«REGRESSO ÀS VITÓRIAS COM GOLEADA
Varela, Herrera, Danilo e Aboubakar marcaram os quatro golos na receção ao Nacional.
O FC Porto regressou às vitórias na Liga NOS, após dois desaires consecutivos, com uma boa exibição na recepção ao Nacional (4-0). Não há mal que sempre dure e, tal como já tinha referido José Peseiro, era impossível continuar a falhar tantas oportunidades de golo como nos últimos jogos; desta vez, os azuis e brancos chegaram ao 2-0 logo aos nove minutos e continuaram depois a dominar uma partida que até poderiam ter vencido por uma margem bem mais gorda do que quatro golos. Peseiro apresentou algumas novidades no onze face ao jogo em Paços de Ferreira, com destaque para a estreia no onze inicial, na Liga NOS, de André Silva, e para o regresso de Rúben Neves, recuando Danilo para central. As mexidas parecem ter dado vitalidade à equipa frente a um rival tradicionalmente difícil, que só é superado pelo Benfica (nove) no que diz respeito aos pontos conquistados no Dragão, desde a sua inauguração.
Varela abriu o marcador com uma bomba, aos dois minutos, e fica por saber se terá sido causa ou consequência da boa exibição do FC Porto, que se mantém no terceiro lugar, com 64 pontos. Provavelmente, terá sido um pouco das duas coisas: a equipa demonstrou desde o primeiro segundo agressividade e vontade de jogar rápido e ao primeiro toque e o 1-0 foi consequência disso mesmo; por outro lado, o remate de pronto de Varela (de pé esquerdo, à entrada da área, no seu primeiro golo desde a jornada inaugural da Liga, em Agosto) funcionou como detonador. O futebol vivo e alegre dos Dragões prosseguiu, especialmente até aos 20, e o 2-0 surgiu aos nove minutos: tudo começou numa recuperação de bola de Rúben Neves, a jogada desenvolveu-se rapidamente e a bola chegou a Herrera na esquerda, que rematou cruzado e sem hipóteses para Rui Silva. O guarda-redes seria ainda forçado a uma defesa apertada, aos 18 minutos, após cabeceamento de André Silva.
Após o arranque fulgurante dos Dragões, os madeirenses foram acertando agulhas e obrigaram pela primeira vez Casillas a esforçar-se aos 20 minutos, após um pontapé de longe de Aly Ghazal. O ritmo da partida diminuiu, mas o FC Porto continuou a dominar e a criar oportunidades de golo, particularmente entre os minutos 33 e 37, em que André Silva e Corona estiveram perto do terceiro golo. O mexicano viu um cruzamento seu desviado para o poste por Hichem, que depois entrou com tudo sobre o portista, num lance duvidoso, em plena grande área; pouco depois, triangulou com Maxi e Sérgio Oliveira, e Rui Silva voltou a efetuar uma excelente defesa. O FC Porto marcava pela primeira vez esta época dois golos na primeira parte de um jogo caseiro da Liga NOS.
Na segunda parte, não houve reação dos forasteiros, por culpa do FC Porto, que nunca se desligou nem perdeu a intensidade. O duelo com Rui Silva continuou, com Herrera (55 minutos) e André Silva (67) - que bem merecia o golo, por todo o trabalho que efetuou - a verem o guardião evitar o terceiro golo, que surgiu mesmo da cabeça de Danilo, na sequência de um pontapé de canto estudado, em que Varela serviu Corona de calcanhar para um cruzamento perfeito para a cabeça do português. O jogo estava mais do que decidido, mas ainda haveria tempo para outro regresso, o de Aboubakar aos golos: foi o 13.º nesta edição da Liga, após ter entrado em campo para o lugar de André Silva, aos 75 minutos. Se não fosse Rui Silva, o resultado teria sido bem mais folgado, mas os três pontos foram conquistados e, ainda mais importante, foi conseguido um reforço da confiança. O fantasma do Nacional também parece dissipar-se: nas oito últimas receções à equipa madeirense a contar para o campeonato, os portistas venceram sete e cederam um empate, em 2013/14.
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(Análise: Porto Tónico e Nacional)
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