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19/02/24

História - Faz esta semana oitenta anos que avião bombardeiro caiu em Loriga, na Serra da Estrela, morrendo os seus seis ocupantes da RAF.



«Faz oitenta anos que avião bombardeiro caiu em Loriga, na Serra da Estrela

Faz esta semana oitenta anos que avião bombardeiro caiu em Loriga, na Serra da Estrela. Morreram os seis ocupantes, militares da Força Aérea do Reino Unido: dois britânicos e quatro sul africanos.

Os destroços foram encontrados pelos homens que andavam na serra a explorar minério e os funerais fizeram-se ali mesmo na localidade serrana.

Mas a história passou despercebida na imprensa nacional porque a censura queria dar a imagem de um país neutro, em plena segunda guerra mundial.» in https://www.rtp.pt/noticias/pais/faz-oitenta-anos-que-aviao-bombardeiro-caiu-em-loriga-na-serra-da-estrela_v1551494


Mais sobre este acontecimento histórico em Portugal: https://www.jf-loriga.com/wp-content/uploads/2019/11/4Queda-do-avi%C3%A3o-em-Loriga-em-22-2-1944-2.pdf


(Queda do avião em Loriga 22 02 1944)



15/12/23

História - Alguns visitantes do Museu da Bomba Atômica de Hiroshima acreditam que as pessoas foram instantaneamente vaporizadas pela explosão nuclear, deixando apenas as suas sombras para trás.



«O que são as “sombras” deixadas para trás em Hiroshima? 

As “sombras” foram causadas por objetos que absorveram a intensa energia da bomba atómica, enquanto a força da bomba branqueou a área circundante.

No início deste ano, foi revelado que muitas pessoas tinham uma ideia errada sobre os corpos de pedra de Pompeia, acreditando que eram corpos reais e antigos. Ao contrário dessa crença, essas figuras de pedra são, na verdade, moldes de gesso criados nos moldes deixados pelos corpos cobertos por material vulcânico durante a erupção de 79 d.C.

“O material do vulcão cobriu os corpos dos mortos, endurecendo-os e solidificando-os. À medida que a carne, os órgãos internos e as roupas se decompunham gradualmente, um vazio foi deixado. Não demorou muito para que se visse que derramar gesso de Paris naquele vazio criaria um molde de gesso que era uma réplica exata do corpo”, explica Mary Beard, professora de clássicos da Universidade de Cambridge, num artigo para a BBC Magazine.

Uma confusão semelhante rodeia as sombras encontradas e preservadas em Hiroshima após o bombardeamento atômico a 6 de agosto de 1945. Alguns visitantes do Museu da Bomba Atômica de Hiroshima acreditam que as pessoas foram instantaneamente vaporizadas pela explosão nuclear, deixando apenas as suas sombras para trás.

No entanto, não é esse o caso. A Dr.ª Minako Otani, professora emérita na Universidade de Hiroshima, explicou que, embora os corpos humanos possam ser queimados ou carbonizados, a vaporização completa requer uma quantidade imensa de energia, e alguns restos, como ossos, ainda seriam deixados.

As “sombras” observadas em Hiroshima não são restos vaporizados de pessoas, mas são causadas por objetos que absorveram a intensa energia da bomba atómica. Estes objetos, sejam humanos, animais ou inanimados, bloquearam a energia, enquanto a força da bomba branqueou a área circundante. Este fenómeno criou um efeito semelhante a uma sombra, mas na verdade a área circundante é que foi alterada, explica o IFLScience.

Foram feitos esforços para preservar estas impressões históricas significativas. O Museu Memorial da Paz de Hiroshima abriga uma exposição intitulada “Sombra Humana Gravada em Pedra“, que exibe os degraus de pedra onde alguém se sentou em 6 de agosto de 1945 e foi provavelmente morto instantaneamente. A identidade da pessoa permanece desconhecida.

Estes esclarecimentos sobre a natureza das sombras em Hiroshima lançam luz sobre os aspetos frequentemente mal compreendidos destes eventos históricos.

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/sombras-deixadas-hiroshima-571966


(As aterrorizantes sombras humanas gravadas pelas bombas atômicas lançadas no Japão)

#história    #hiroshima    #bombaatómica    #sombras     #vaporizado

28/11/23

História - O desespero dos parisienses durante o cerco na guerra contra os protestantes levou a que fizessem pão usando ossadas humanas em vez de farinha.



«Na França do século XVI, comeu-se pão feito com ossos humanos

O desespero dos parisienses durante o cerco na guerra contra os protestantes levou a que fizessem pão usando ossadas humanas em vez de farinha.

Durante Guerras de Religião na França do século XVI, entre os católicos e os protestantes, Paris sofreu um cerco pelo Exército Real Francês liderado por Henrique de Navarra, mais tarde Henrique IV.

O objetivo do cerco era forçar a cidade a render-se impedindo a entrada de comida — uma estratégia que levou a que os parisienses esfomeados recorressem a medidas desesperadas.

Durante este período sombrio, Pierre de L’Estoile, um funcionário do Parlamento Francês, registou uma decisão aterradora tomada pelos parisienses. Com a escassez de alimentos, os cidadãos estavam a moer ossos do Cemitério dos Inocentes e fazer pão com esta “farinha” de ossadas humanas, escreve o Ancient Origins.

Este plano macabro foi executado, mas teve resultados trágicos. L’Estoile relata que aqueles que comeram este ‘pão de ossos’ encontraram a morte — não pela fome, mas pela solução que esperavam que os salvasse.

A causa da morte por consumo de “pão de ossos” permanece um mistério. Especula-se que substâncias tóxicas como o arsénio tenham contribuído para as mortes, mas há também quem aponte o mero o trauma psicológico causado pelo consumo de restos humanos como uma das causas.

Contudo, a explicação mais provável reside na inadequação nutricional e na natureza inorgânica dos ossos humanos. Os ossos são ricos em minerais como cálcio, mas carecem de nutrientes e calorias essenciais. Consumir ossos como fonte primária de alimento poderia levar a graves problemas digestivos, incluindo bloqueios intestinais, que numa população já enfraquecida, provaram ser fatais.

Interessantemente, no início do século XIX, a compreensão da riqueza mineral dos ossos mudou o seu uso. Após as Guerras Napoleónicas, os ossos dos soldados e cavalos caídos na Batalha de Waterloo foram recolhidos, moídos e usados como fertilizante, em reconhecimento ao seu rico conteúdo mineral.

Enquanto o conto trágico do pão de ossos de Paris permanece um capítulo sombrio, uma peculiaridade persiste na Inglaterra. Em Gloucestershire, emergiu um tipo de pão conhecido como ‘Bone Bread‘, nomeado assim não pelos seus ingredientes, mas pelos catadores de ossos ao longo do Rio Severn nos anos 1860.

Este pão, felizmente, não contém restos humanos, marcando um contraste acentuado com as medidas desesperadas dos parisienses do século XVI.

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/franca-seculo-xvi-pao-ossos-humanos-569232


#história    #frança    #séculoXVI    #pão    #ossoshumanos

16/10/23

História - Uma misteriosa rainha chamada Thyra, que viveu durante a Era Viking, pode ter sido uma das fundadoras do que é atualmente a Dinamarca.



«Misteriosa rainha viking pode ter ajudado a unificar a Dinamarca no ano 900

Uma misteriosa rainha chamada Thyra, que viveu durante a Era Viking, pode ter sido uma das fundadoras do que é atualmente a Dinamarca.

Thyra, a mãe do rei Harald I (ou Harlad Bluetooth), foi homenageada em quatro pedras rúnicas em diferentes partes da Dinamarca, o que sugere que era uma figura poderosa.

Lisbeth Imer, do Museu Nacional da Dinamarca, em Copenhaga, disse que “devido às numerosas pedras rúnicas erigidas em honra de Thyra, podemos concluir que ela deve ter sido muito poderosa e que provinha de uma família muito poderosa”.

A Era Viking na Dinamarca durou entre 800 a 1050 d.C., tendo como figura-chave Harald I — rei desde 958 d.C. até à sua morte em 987 — e filho do rei Gorm, que chegou ao poder por volta de 936, e da rainha Thyra.

Durante estes dois reinados a Dinamarca tornou-se um Estado unificado.

Anteriormente, estava dividida em reinos ou territórios mais pequenos. “Não fazemos ideia de quantos e quem os terá governado, devido à falta de fontes escritas”, explica Imer.

A falta de registos também significa que não se sabe quase nada sobre Gorm e Thyra, de acordo com o NewScientist.

Contudo, Imer tem razões para suspeitar que Thyra era uma figura importante, uma vez que na Dinamarca da Era Viking, as pessoas poderosas eram frequentemente homenageadas com pedras rúnicas: altas placas de granito com runas gravadas.

O nome “Thyra” encontra-se em quatro pedras rúnicas de meados do século XIX. Duas são de Jelling — onde viviam os monarcas — e foram erigidas por Gorm e Harald.

As outras duas — as pedras rúnicas de Læborg e Bække 1 — foram encontradas noutro local e parecem ter sido esculpidas por um individuo desconhecido chamado Ravnunge-Tue.

Para descobrir se as pedras rúnicas se referiam à mesma Thyra, Imer e os seus colegas tentaram determinar se todas tinham sido esculpidas pelo mesmo artesão, uma vez que isso sugeriria que todas foram produzidas na mesma altura e que, provavelmente, se referiam à mesma pessoa.

Para o descobrir, os investigadores examinaram os métodos de gravação, os tamanhos e as formas das runas.

Uma das pedras da Jelling estava demasiado mal conservada para se obterem resultados fiáveis, mas a outra estava em bom estado e o estilo das suas gravuras coincidia com o da pedra de Læborg.

Esta conclusão sugere que Thyra foi homenageada não só pela sua família mais próxima, mas também por outras pessoas noutros locais do país.

Segundo Imer, Thya não pode ter sido vulgar nas sociedades nórdicas. “As mulheres da elite tinham provavelmente muito poder”. Acrescenta, ainda, que “um grande túmulo em Oseberg, na Noruega, continha os corpos de duas mulheres, que deviam ocupar as posições mais elevadas da comunidade”.

Teresa Oliveira Campos, ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/misteriosa-rainha-viking-pode-ter-ajudado-a-unificar-a-dinamarca-no-ano-900-561758

(The Legend of Thyra - Queen of Denmark 👑 #history #denmark #queen #historical #vikings #legends)


#história    #rainhathyra    #eraviking    #dinamarca

27/09/23

História - Durante séculos, Cristóvão Colombo foi acusado de ter trazido a sífilis para a Europa, mas novas provas de ADN sugerem que esta doença sexualmente transmissível podia já existir no continente.



«Terá Cristóvão Colombo trazido a sífilis para a Europa?

Durante séculos, Cristóvão Colombo foi acusado de ter trazido a sífilis para a Europa, mas novas provas de ADN sugerem que esta doença sexualmente transmissível podia já existir no continente. A nova teoria sugere que ambas as histórias podem ser verdadeiras.

No final do século XV, uma epidemia devastadora varreu a Europa, causando febres altas, dores nas articulações, erupções cutâneas, úlceras e desfiguração, com consequências fatais para muitos. A propagação da doença coincidiu com a agitação política, passando de França para Itália, Suíça, Alemanha, Ilhas Britânicas, Escandinávia e Rússia. As pessoas atribuíram-na a um castigo divino e chamaram-lhe “veneno bárbaro”.

Há muito que se pensa que Cristóvão Colombo e os seus marinheiros introduziram a sífilis na Europa, mas novas investigações põem em causa esta ideia. Há cerca de duas décadas que os paleopatologistas estudam os cemitérios europeus e encontraram sinais de infeção por sífilis em ossos e dentes medievais, o que sugere que a doença já estava presente na Europa antes das viagens de Colombo.

Agora, uma equipa de investigadores utilizou a análise de ADN antigo para fornecer provas convincentes da presença da bactéria Treponema, associada à sífilis, num esqueleto enterrado na Provença entre os séculos VII e VIII. Esta descoberta é a mais forte indicação até à data de que a sífilis, ou uma doença relacionada, infetou os europeus séculos antes da época de Colombo, escreve a Wired.

De acordo com Michel Drancourt, o autor principal do novo estudo publicado em setembro na revista The Journal of Infectious Diseases, esta descoberta é a primeira prova concreta que apoia a hipótese de que a sífilis existia na Europa antes das viagens de Colombo. Desafia a crença de longa data de que Colombo e os seus marinheiros introduziram a doença na Europa.

Embora esta descoberta acrescente complexidade à compreensão da história da sífilis, não absolve totalmente Colombo. O registo histórico continua a descrever uma epidemia devastadora de sífilis que coincidiu com o seu regresso à Europa. Além disso, existiam outras doenças causadas pela bactéria Treponema, como a bouba, que afetava principalmente as crianças e podia ser transmitida através do contacto com a pele e não através do contacto sexual.

A narrativa inicial da chegada da sífilis à Europa também serviu os objetivos coloniais da Era dos Descobrimentos ao retratar os indígenas americanos como “selvagens”, reforçando os estereótipos que os europeus usaram para justificar a sua conquista.

O impacto da sífilis na Europa, desde o Renascimento até ao início da era industrial, foi dramático, com uma parte substancial da população a procurar tratamento para as infeções de sífilis. Esta evidência de uma epidemia europeia muito antes de Colombo levanta questões sobre as verdadeiras origens da doença e as suas possíveis variantes.

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/tera-colombo-trazido-sifilis-europa-558860

(Fatos Obscuros sobre Cristóvão Colombo que não ensinam na escola)


#história    #cristovãocolombo    #sífilis

05/09/23

História - Uma teoria conhecida como a “hipótese do tempo-fantasma” divide céticos e crentes e esta hipótese postula que uma parte significativa da história da Humanidade, desde 614 d.C. até 911 d.C., pode não passar de uma elaborada invenção.



«Teoria propõe que podemos estar a viver no ano 1726

Uma teoria da conspiração, defendida pelo historiador alemão Heribert Illig, argumenta que quase três séculos de História podem ter sido inventados.

Uma teoria conhecida como a “hipótese do tempo-fantasma” divide céticos e crentes. Esta hipótese postula que uma parte significativa da história da Humanidade, desde 614 d.C. até 911 d.C., pode não passar de uma elaborada invenção. Será possível que estejamos a viver no ano de 1726 e não em 2023, como pensamos?

A premissa é que quase três séculos de história, incluindo acontecimentos, governantes e desenvolvimentos, podem ter sido inventados ou manipulados por um grupo poderoso durante a Idade Média. De acordo com os proponentes, indivíduos como o Sacro Imperador Romano Otão III desempenharam um papel fundamental na orquestração deste grande logro.

No centro desta teoria controversa, defendida pelo historiador alemão Heribert Illig, estão vários princípios fundamentais. Uma das figuras mais emblemáticas da história europeia, Carlos Magno, que governou durante os séculos VIII e IX, é posta em causa. Os defensores da hipótese do tempo-fantasma sugerem que a sua existência pode ter sido total ou parcialmente fabricada.

Esta conspiração alega que documentos históricos críticos, incluindo registos papais e moedas, foram forjados ou adulterados para criar a ilusão de uma linha temporal histórica diferente. A teoria baseia-se na afirmação de que o calendário gregoriano, introduzido pelo Papa Gregório XIII em 1582, foi manipulado para fabricar três séculos. Este ajustamento do calendário significaria que não estamos no ano 2023, mas sim no ano 1726.

A ideia é que o calendário tenha sido manipulado para transportá-los para o ano especial de 1000 d.C., e para reescrever a História para legitimar a reivindicação de Otão ao Sacro Império Romano.

No entanto, é essencial notar que a teoria é olhada de lado por muitos. Um vasto conjunto de provas históricas de diversas culturas e fontes apoia a linha temporal tradicional. Isto inclui registos escritos, descobertas arqueológicas e observações astronómicas que se alinham com a cronologia comummente aceite.

Os críticos identificaram numerosas inconsistências e erros nos cálculos e pressupostos da teoria da conspiração. As manipulações propostas dos registos históricos exigiriam um nível de coordenação sem precedentes em diferentes regiões e épocas. A reivindicação da teoria de uma linha temporal fabricada levanta questões sobre como as sociedades mantiveram a continuidade linguística, cultural e tecnológica ao longo deste alegado período fantasma.

Embora esta hipótese possa despertar a curiosidade das pessoas, continua a ser uma teoria marginal sem provas significativamente sólidas. O consenso esmagador entre historiadores, arqueólogos e académicos é que a cronologia tradicional é exata.

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/podemos-estar-viver-1726-555479

(Hipótese do Tempo Fantasma)


#história    #heribertIllig    #conspiração    #cronologia     #linhatemporal

25/08/23

História ou Estórias - O alegado avistamento foi noticiado no Inverness Courier, dando origem ao mito do monstro de Loch Ness.



«Arranca este fim de semana a maior busca pelo monstro de Loch Ness em meio século. Participam centenas de pessoas 
Por Pedro Zagacho Goncalves 16:00, 25 Ago 2023

Foi há 90 anos que Aldie Mackay, gerente do hotel Drumnadrochit, entrou uma noite no espaço e surpreendeu todos ao contar a história de uma “besta aquática” que tinha acabado de ver no lago Ness. O alegado avistamento foi noticiado no Inverness Courier, dando origem ao mito do monstro de Loch Ness. Este fim de semana, ocorre a maior busca dos últimos 50 anos pela misteriosa criatura, e contará com centenas de voluntários.

A ‘caça’ ao monstro está a ser organizada pelo Loch Ness Centre, com voluntários de todo o mundo a participarem pessoalmente e online, num acompanhamento da maior superfície de sempre de forma permanente.

Vão ser utilizados drontes que produzem imagens térmicas da água, câmaras de infravermelhos e um hidrofone, para captar sons debaixo das águas. A ideia é que, com as imagens recolhidas, seja possível monitorizar e detetar quaisquer falhas ou movimentos inexplicáveis na água do lago.

A exploração só será possível com o equipamento e especialistas da Loch Ness Exploration, que vai treinar a equipa de voluntário sobre o que deve merecer atenção e como registar os dados.

“Sempre foi um dos nossos objetivos registrar, estudar e analisar todos os tipos de fenómenos naturais e outros que podem ser mais difíceis de explicar”, explica ao The Guardian Alan McKenna, da Loch Ness Exploration.

Certo é que a busca, que ocorre este fim de semana, já levou a um pico de procura na hotelaria local, que praticamente não tem vagas.

Ao longo dos anos, vários cientistas e entusiastas tentaram recolher provas da presença de um grande peixe, como um esturjão, ou até de um réptil marino semelhante a um plesiossauro, no lago que tem 230 metros de profundidade, mas sem sucesso.» in https://zap.aeiou.pt/humanidade-colapso-civilizacional-seculo-553340

(O MONSTRO DO LAGO NESS - "A Verdadeira História")


#caça    #lochnessexploration

21/04/23

História - Um caçador de tesouros acredita ter encontrado o ouro do cowboy fora-de-lei Jesse James.


«Tesouro perdido de um icónico cowboy fora-da-lei pode ter sido encontrado

Um caçador de tesouros acredita ter encontrado o ouro do cowboy fora-de-lei Jesse James. Há especialistas com sérias dúvidas.

Jesse James, o notável fora-da-lei norte-americano, há muito está associado a um tesouro que supostamente escondeu antes da sua morte. O ouro perdido de Jesse James atraiu a atenção de muitos caçadores de tesouros, historiadores e entusiastas, que procuraram pistas sobre o paradeiro do tesouro.

Enquanto alguns acreditam que não passa de um mito, outros continuam intrigados com a possibilidade de descobrir a recompensa avaliada em dezenas de milhões de dólares.

Jesse James nasceu no Missouri em 1847 e tornou-se um dos bandidos mais famosos do Velho Oeste americano. Era conhecido pelos seus roubos a bancos e comboios que fez com o seu gangue. A reputação de James como fora-da-lei foi consolidada quando foi baleado e morto por Robert Ford em 1882.

Antes da sua morte, James supostamente escondeu uma quantidade significativa de moedas de ouro e prata, barras de ouro e joias, que acumulou durante a sua vida criminosa.

Segundo a lenda, James enterrou o tesouro num lugar desconhecido na região centro-oeste dos Estados Unidos, provavelmente no Missouri, onde passou grande parte da sua vida.

Ao longo dos anos, muitos caçadores de tesouros tentaram encontrar o ouro perdido de Jesse James. Alguns basearam a sua procura em registos e pistas históricas, enquanto outros confiaram no folclore e em rumores.

Um dos caçadores de tesouros mais famosos foi Otto Fuchs, um imigrante alemão que morava no Missouri. Fuchs disse ter encontrado um mapa que o levou à localização do tesouro, mas morreu antes de poder recuperá-lo.

Nos últimos anos, várias novas teorias surgiram sobre o ouro perdido de Jesse James. Uma teoria sugere que o tesouro está enterrado na pequena cidade de Kansas City, Missouri.

«De acordo com esta teoria, James confiou o tesouro ao seu amigo e companheiro Frank James, que o escondeu numa caverna nos arredores de Kansas City. Outra teoria sugere que o tesouro foi enterrado na quinta da família de James, em Kearney, Missouri.

Apesar de inúmeras tentativas, ninguém conseguiu encontrar o ouro perdido de Jesse James. Alguns historiadores e especialistas acreditam que o tesouro nunca existiu e que a lenda do ouro perdido não passa de um mito. Outros acreditam que o tesouro ainda está por aí, à espera de ser descoberto.

Uma nova descoberta

Recentemente, um caçador de tesouros chamado Chad Somers alegou ter encontrado uma pista que poderá levá-lo ao ouro perdido de Jesse James.

Somers descobriu uma mensagem codificada numa bíblia que pertenceu à mãe de Jesse James, Zerelda James. A mensagem supostamente continha instruções sobre onde encontrar o tesouro.

Somers tem trabalhado para decifrar o código e acredita que está perto de descobrir a localização do tesouro, segundo o site Popular Mechanics. Se Somers estiver certo, pode ser um grande avanço na busca pelo ouro perdido de Jesse James.

No entanto, alguns especialistas permanecem céticos em relação às afirmações de Somers, e muitos caçadores de tesouros antes dele fizeram alegações semelhantes sem nunca encontrar o tesouro. Outros questionaram a autenticidade da bíblia e da própria mensagem, sugerindo que pode ser uma falsificação.

Apesar do ceticismo, Somers continua determinado a descobrir o tesouro perdido de Jesse James.

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/tesouro-perdido-de-um-iconico-cowboy-fora-da-lei-pode-ter-sido-encontrad» in

(The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford (2007) Official Trailer #1 HD)


#western    #cowboys    #jessejames

07/02/23

História - O Titanic era considerado o navio mais luxuoso e mais seguro da sua época, promovendo lendas de que era supostamente “inafundável”.


«A história do icebergue que (quase não) afundou o Titanic

O icebergue que afundou o mítico Titanic estava quase a desaparecer. Tinha apenas mais uma ou duas semanas de vida, revela um novo livro.

O bilhete mais caro do Titanic — cerca de 60.000 dólares nos dias de hoje — concedia ao passageiro acesso a uma sala de jantar de elite, salas de reuniões com painéis de carvalho, banho turco, piscina de água salgada, enormes janelas e uma orquestra ambulante.

O Titanic era considerado o navio mais luxuoso e mais seguro da sua época, promovendo lendas de que era supostamente “inafundável”.

Essa mesma lenda viria a ser desmistificada da pior forma, em 1912, na sua viagem inaugural. O navio colidiu com um icebergue na proa do lado direito, naufragando com mais de 2.200 pessoas a bordo. Todas, exceto 710, acabariam por morrer à superfície das águas gélidas, ou pior, puxados para o fundo do oceano.

Os cascos de aço, como o de Titanic, eram considerados invencíveis, mas esta conceção era baseada em suposições, não em experiência.

Segundo a Smithsonian Magazine, a maioria dos icebergues da região onde se deu o naufrágio derrete no primeiro ano, com apenas alguns a sobreviverem dois anos. Só um punhado dura três anos, porque eventualmente encontram as águas quentes da Corrente do Golfo, que atuam como um micro-ondas oceânico.

Apenas 1% dos icebergues do hemisfério norte sobrevive a esta zona deserta e, finalmente, apenas um em vários milhares chegaria à mesma latitude da cidade de Nova Iorque e diretamente no caminho dos navios transatlânticos.

Para azar dos passageiros do Titanic, o icebergue que afundou o navio estava quase a desaparecer, escreve Daniel Stone no seu mais recente livro “Sinkable”. Depois de três anos à deriva, o bloco de gelo provavelmente tinha uma semana de vida, duas no máximo.

Outra semana e o mítico Titanic completaria a sua viagem inaugural e daria meia-volta rumo ao ponto de partida. Outro dia e o icebergue teria uma fração do seu tamanho perigoso. Qualquer outra hora e o gelo estaria a centenas de metros de distância.

Tudo se resume a um golpe de azar, misturado com a ideia errónia de que o Titanic era inafundável.

Daniel Costa, ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/historia-icebergue-afundou-titanic-493683

Titanic - A História em Imagens Reais - (Narrado e Legendado) - 2020

#história    #titanic

03/02/23

História - Ao longo da História, vários episódios terríveis moldaram a vida da população, alguns dos quais consequências até aos dias de hoje.


«De vulcões a guerras, estes foram os 7 piores anos de sempre para se viver

Ao longo da História, vários episódios terríveis moldaram a vida da população, alguns dos quais consequências até aos dias de hoje. 

Qualquer humano que tenha experienciado a vida na Terra ao longo dos últimos três anos dirá que este foi um período marcado por catástrofes e um enorme espírito de resiliência, face à pandemia da covid-19 e à guerra na Ucrânia.

No entanto, a História da Humanidade está repleta de anos negros e de grande sofrimento para a humanidade, seja por desastres naturais, crises económicas ou doenças que se espalham com enorme facilidade.

1346 — A Peste Bubónica

O ano de 1346 é frequentemente referido como um dos mais nefastos na história, já que representou o período em que a peste bubónica começou a alastrar-se pela Europa. A doença acabou por matar cerca de 75-200 milhões de pessoas ou 30-50% da população da Europa.

Alguns dos sintomas da doença incluíam febre, arrepios, vómitos, diarreia e os bubões indicadores de infeção. Globalmente, a taxa de mortalidade foi de cerca de 50%. Nesta época, as pessoas eram frequentemente enterradas vivas por estarem demasiado doentes para se mexerem.

1918 — Guerra e Gripe Espanhola

O ano de 1918 não foi melhor, pelo menos por duas razões. Primeiro, representou o fim da I Guerra Mundial, um conflito que se estima que tenha resultado na morte de 16 milhões de pessoas.

As boas notícias do fim do conflito não se mantiveram durante muito tempo, já que poucos meses teve início o surto da gripe espanhola, doença que ceifou entre 50 a 100 milhões de vidas, depois de infetar 500 milhões de pessoas.

Viver durante o ano de 1918 significaria, com elevado grau de probabilidade, perder um ente querido ou alguém querido.

1945 — Fim da Guerra

À primeira vista, o fim da II Guerra Mundial seria outro motivo para se festejar. Ainda assim, este não acontecer a qualquer preço.

Só depois dos Estados Unidos da América terem lançado as mais poderosas bombas — matando cerca de 210 mil pessoas — é que os representantes das nações envolvidas no conflito aceitaram colocar termo à Guerra — na qual morreram entre 60 a 80 milhões de pessoas.

No entanto, o fim do conflito não é sinónimo de fim do sofrimento, já que muitos dos efeitos das ações dos decisores políticos acabaram por se prolongar durante anos. Especial destaque para os casos de Hiroshima e Nagasaki.

Por todo o mundo, a população também se deparou com a fome, já que o conflito criou disrupções na produção e na distribuição de comida em todo o mundo.

536 — O Ano em que os vulcões acordaram

Em 536, o mundo atravessava a A Pequena Idade do Gelo da Antiguidade Tardia, um período de arrefecimento planetário e que durou entre 450-700. Estas alterações no clima provocaram igualmente fome e a propagação de doenças.

No entanto, o grande evento aconteceu no norte da Europa, especificamente na Islândia, com a erupção de um vulcão.

Estima-se que esta tenha sido tão grande que pintou os céus de todo o continente de cinzento graças a uma névoa que ali permaneceu durante um ano inteiro.

Devido ao impacto direto deste fenómeno na agricultura, os indivíduos depararam-se com a fome extrema.

Durante o mesmo período, quando o Império Romano ainda vigorava, o seu território foi invadido por um conjunto de invasões bárbaras.

De acordo com os livros de história, o imperador romano Justiniano ficou tão perturbado com tudo o que estava a acontecer que teve um colapso nervoso e faleceu.

O ano de 536 é mesmo considerado o pior ano da história da Humanidade.

1816 — O ano sem verão

O ano de 1816 também merece destaque nesta lista por vários motivos. No sudoeste asiático, mais especificamente na Indonésia, uma erupção vulcânica causou alterações profundas no clima, o que, mais uma vez, se refletiu nas colheitas e na alimentação da população.

Estima-se que 200 mil pessoas tenham perdido a vida devido a estas disrupções.

Mas 1816 não se fica por aqui, já que como consequência destas alterações, uma parte significativa do globo ficou coberta de neve.

Segundo os especialistas, tal deve-se às cinzas e ao pó lançados para a atmosfera, que refletiam a luz solar e faziam com que a temperatura global descesse.

Na Europa, o Inverno de 1816 foi tão mau que nevou em agosto, e as pessoas foram reportadas como tendo congelado.

1630 — O Pesadelo de Roma

Este ano foi especialmente difícil para os habitantes da Cidade Eterna, que viram a sua população diminuir drasticamente como consequência de um surto de peste, que se estima ter matado 20 mil pessoas.

Paralelamente, uma série de terramotos atingiu a cidade, causando ainda mais destruição e desespero. É caso para dizer que sobreviver em Roma, no ano de 1630, foi um autêntico milagre.

1929 — A Grande Depressão

Alguns séculos depois, não foram as doenças, a fome ou a guerra a causar o desespero da população. Na verdade, o grande evento que marcou este ano teve origem na atividade humana: a Grande Depressão.

Tudo começou com o crash da bolsa de Wall Street, o que levou milhões de pessoas aos bancos para levantarem as suas poupanças.

As instituições financeiras acabaram por não resistir, precipitando a economia norte-americana e, posteriormente, a global. Empregos foram perdidos, os sem-abrigos multiplicavam-se e os suicídios sucediam-se.

Foi também um ano em que diversas doenças modernas emergiram, como consequência do estilo de vida pouco saudável.

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/vulcoes-guerras-piores-anos-para-viver-519735

(O pior ano da história para estar vivo)

#história    #mundo    #catástrofes

28/12/22

História - Um novo estudo contesta a principal teoria sobre a morte de Eduardo de Woodstock, conhecido como “Príncipe Negro”.


«Afinal, a morte do temível “Príncipe Negro” não foi como pensávamos

Um novo estudo contesta a principal teoria sobre a morte de , conhecido como “Príncipe Negro”.

Eduardo de Woodstock, Príncipe de Gales, era mais conhecido como “Príncipe Negro”, por causa da sua armadura ou da sua reputação marcial distinta. Eduardo lutaria com distinção nas duas grandes vitórias de Inglaterra contra os franceses durante a primeira fase da Guerra dos Cem Anos, tendo até capturado o rei de França numa das batalhas.

Acreditava-se que Eduardo de Woodstock tivesse morrido de disenteria, no dia 8 de junho de 1376. Disenteria é um tipo de gastroenterite que causa diarreia com sangue. Entre os fatores de risco está a contaminação da água ou alimentos com fezes devido a más condições de higiene.

Agora, a causa da morte do famigerado “Príncipe Negro” pode não a ser que se pensava. Um novo estudo publicado na revista científica BMJ Military Health contesta a versão anteriormente referida. Os autores argumentam que é muito mais provável que o príncipe tenha morrido de outra forma.

O autor principal do estudo, James Robert Anderson, diz que existem várias causas possíveis para a morte do príncipe cuja coroa foi roubada pela doença. Eduardo pode ter morrido de malária, brucelose, doença inflamatória intestinal ou até mesmo complicações causadas por um episódio único de disenteria.

Além de diarreia com sangue, entre os sintomas da disenteria estão febre, dor abdominal e sensação de defecação incompleta.

No campo de batalha, Eduardo de Woodstock era temido entre os inimigos. Desde muito jovem, o príncipe demonstrou aptidão e gosto pela guerra. Participou na sua primeira campanha aos 16 anos e lutou ou liderou muitas guerras ao longo da sua carreira militar de 30 anos.

Apesar de ter estado envolvido em muitas batalhas, Eduardo nunca foi gravemente ferido em nenhum conflito.

Apesar de sair ileso do campo de batalha, o Príncipe de Gales foi atormentado por problemas médicos nos últimos anos de vida. A saúde de Eduardo piorou repentinamente em 1367, quando ele tinha 37 anos, escreve o Ancient Origins.

“Acredita-se que a doença do Príncipe Negro tenha começado após a sua vitória na Batalha de Nájera em 1367”, escreveram os autores do estudo. “Ele parou na cidade de Valladolid, no norte da Espanha. Era o início do verão e ‘o seu exército suportou grande angústia e fome, por falta de pão e vinho'”.

O “Príncipe Negro” não terá sido o único a sofrer de maleitas. Os relatos da época sugeriam que até 80% do exército do príncipe pode ter sucumbido a diferentes doenças.

Historiadores apontaram disenteria como a causa da morte de Eduardo visto que muitos dos seus soldados morreram devido a essa doença contagiosa. No entanto, apenas dois anos depois de ter sido descrito como demasiado doente para andar, liderou novamente o seu exército em batalha.

É por isso que os autores do novo estudo não acreditam que a disenteria crónica tenha sido a causa da morte do “Príncipe Negro”.

Daniel Costa, ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/morte-temivel-principe-negro-514270

#gales    #eduardodewoodstock    #prícipenegro    #morte

02/11/22

História - Mais de três décadas após a queda do muro, Berlim redescobre a marca da cultura homossexual na antiga Alemanha Oriental e o envolvimento da comunidade gay na dissidência em relação ao regime comunista.


«"Um tesouro quase enterrado": Berlim redescobre contracultura gay da Alemanha Oriental

Mais de três décadas após a queda do muro, Berlim redescobre a marca da cultura homossexual na antiga Alemanha Oriental e o envolvimento da comunidade gay na dissidência em relação ao regime comunista.

Mais de três décadas após a queda do muro, Berlim redescobre a marca da cultura homossexual na antiga Alemanha Oriental e o envolvimento da comunidade gay na dissidência em relação ao regime comunista.

Desde setembro, a capital alemã recebe uma retrospetiva dedicada ao pintor Jürgen Wittdorf (1932-2018). A mostra destaca o surpreendente percurso deste artista, cujas obras homoeróticas eram compradas pelo regime e chegaram a decorar edifícios oficiais.

A exposição recebeu cerca de 20.000 visitantes, um sucesso inesperado para um artista que morreu há quatro anos e foi esquecido após a reunificação.

O público toma consciência da "coragem" que as pessoas LGTBQIA+ tiveram para passar despercebidas na ex-RDA comunista, explica Stephan Koal, um dos curadores da retrospetiva.

A arte de Wittdorf envolvia "acrobacias": mascaradas como imagens do realismo socialista, representações altamente sensuais do corpo masculino, como um retrato de jovens atletas a esfregarem-se no chuveiro, eram trazidas ao espaço público.

Definir-se como homossexual na RDA era tão tabu como noutras sociedades da época, especialmente quando "o regime via a cena gay como uma ameaça", diz Koal.

No entanto, o regime comunista descriminalizou a homossexualidade em 1968, um ano antes da Alemanha Ocidental.

"Os homossexuais eram uma componente importante da contracultura incrivelmente transbordante" na Berlim Oriental, composta por intelectuais, ativistas ambientais, frequentadores de igrejas protestantes, artistas e marginalizados.

Todos eles foram a ponta de lança do protesto contra o poder comunista até a Queda do Muro, a 9 de novembro de 1989.

Para Karin Scheel, diretora artística do Palácio Biesdorf, que acolhe a exposição de Wittdorf, as 250 obras apresentadas são como "um tesouro quase enterrado" que brinca com os limites da censura num Estado autoritário.

O caráter ousado de algumas obras não foi percebido por muitos. Mas, "para quem percebeu, foi sensacional", lembra Wolfgang Winkler, um ex-livreiro de 86 anos que conheceu o artista.

Associado do Departamento de Cultura da cidade de Berlim, homossexual e da Alemanha Oriental, Klaus Lederer elogia os esforços para solucionar o "apagamento" que esta cena vibrante sofreu.

Desde 2021, o Orgulho de Berlim Oriental homenageia os pioneiros LGBTQIA+ que resistiram atrás da Cortina de Ferro. Essa marcha também defende os direitos homossexuais agora questionados em alguns países da Europa Central, como Hungria e Polónia.

A redescoberta da cena gay na antiga Alemanha Oriental também decorre nos ecrãs de cinema, com o recente filme de sucesso "In einem Land, das es nicht mehr gibt" ("Num país que já não existe", em tradução livre).» in https://mag.sapo.pt/showbiz/artigos/um-tesouro-quase-enterrado-berlim-redescobre-contracultura-gay-da-alemanha-oriental

#RDA    #berlim    #história    #homossexualidade    #contraculturagay

12/09/22

História - O Monge Louco, Grigiri Raspotini, tinha uma reputação de ser um grande mulherengo e há muitos mitos sobre o que terá acontecido ao seu órgão sexual depois do seu assassinato em 1916.


«As histórias e mitos mais doidos sobre o pénis de Grigori Rasputin

O Monge Louco tinha uma reputação de ser um grande mulherengo e há muitos mitos sobre o que terá acontecido ao seu órgão sexual depois do seu assassinato em 1916.

Parece que Napoleão Bonaparte não é a única figura histórica cujo pénis já inspirou imensas lendas e mitos. O famoso conselheiro do mundo místico e religioso da família real russa Grigori Rasputin continua a ser o centro de muitas conspirações e mitos — e o seu pénis também é o foco de muita conversa.

E não é por acaso. O Monge Louco, como ficou conhecido, tinha uma reputação por ser um grande mulherengo, já que a sua ordem não exigia a abstinência. Reza a história que Rasputin seguia os ensinamentos dos khlysts — um grupo de cristãos ortodoxos que acreditava que ficavam “mais perto de Deus” quando estavam exaustos depois de um longo período de relações sexuais intensas.

Há até boatos de que Rasputin teve um caso com a mulher do czar Nicolau II, Alexandra Feodorovna, e que isso terá sido uma das causas da revolta dos nobres que acabaram por o matar, mas não há provas de qualquer relação entre os dois.

Até aos dias de hoje continua a não haver uma versão definitiva sobre as circunstâncias da morte de Rasputin. Sabe-se apenas que o Monge Louco foi assassinado e afogado a 30 de Dezembro de 1916.

O primeiro registo de que algo teria acontecido ao seu pénis está datado dos anos de 1920, quando um grupo de imigrantes russos que vivia em França disse ter na sua posse as “jóias da coroa” de Rasputin, digamos assim. O grupo acreditava que o membro sexual do conselheiro russo tinha poderes para dar fertilidade.

O burburinho gerado por este grupo acabou por chegar aos ouvidos de Maria, filha de Rasputin, que terá ficado furiosa com os imigrantes e reavido o pénis do seu pai, de acordo com o All That’s Interesting.

A história não acaba aqui. Em 1994, um coleccionador norte-americano chamado Michael Augustine disse que a falecida Maria lhe vendeu o pénis e que o tinha na sua posse. No entanto, Augustine ou foi burlado ou pregou-nos uma partida, já que mais tarde se soube que o suposto pénis de Rasputin não passava de um pepino seco.

Já em 2004, o dono do Museu Erótico da Rússia, em São Petersburgo, anunciou que tinha o pénis de Rasputin em exposição e que tinha pagado oito mil dólares para a sua aquisição. O membro em questão tinha 30 centímetros, o que fez os especialistas acreditar antes que o pénis era antes de um cavalo ou de um touro.

Apesar de todas estes mitos, o verdadeiro destino do pénis de Rasputin é bastante menos aventureiro. Depois do seu corpo ter sido retirado do rio onde foi assassinado, foi feita uma autópsia que confirmou que o seu membro estava intacto. Impossível saber é se, tal como o pénis que estava em exposição no Museu Erótico, o órgão de Rasputin tinha 30 centímetros.» in https://zap.aeiou.pt/historias-mitos-doidos-penis-rasputin-496993

(The Bizarre Life & Death Of Grigori Rasputin)

#grigorirasputin    #napoleãobonaparte    #pénisgrande    #frança    #russia

01/08/22

História - O galeão espanhol Nuestra Señora de las Maravillas, carregado de tesouros, afundou nas Bahamas em 1656, desencadeando repetidas expedições.


«Após 350 anos, o mar desiste das joias de galeão espanhol naufragado

O galeão espanhol Nuestra Señora de las Maravillas, carregado de tesouros, afundou nas Bahamas em 1656, desencadeando repetidas expedições. Agora, 350 anos depois, algumas das joias – que se mantiveram intactas no fundo do mar – foram recuperadas.

Quando a última expedição – composta por arqueólogos e mergulhadores dos Estados Unidos (EUA) e das Bahamas – foi lançada, poucos acreditavam que poderia restar alguma peça no navio afundado. Mas, surpreendentemente, há joias entre os objetos recuperados, revelou este domingo o Guardian.

O galeão afundou a mais de 70 quilómetros da costa, mas os tesouros recentemente descobertos foram encontrados através de um vasto rasto de destroços, que se estende por mais de 13 quilómetros.

Entre as peças está uma elaborada cadeia de filigrana dourada, com rosetas, provavelmente destinada à aristocracia ou à realeza. Foram também encontrados um pingente de ouro com a Cruz de Santiago e uma pedra de bezoar indiana – na altura valorizada na Europa devido às propriedades curativas – em formato de concha, símbolo dos peregrinos que se dirigem a Santiago de Compostela, na Galiza.

Outro pingente apresenta uma cruz de ouro de Santiago de Compostela sobre uma esmeralda oval, emoldurada por uma dúzia de outras esmeraldas quadradas, podendo simbolizar os 12 apóstolos, está também entre as peças.

De acordo com o jornal britânico, esmeraldas e ametistas extraídos na Colômbia e agora recuperados oferecem provas de contrabando, uma vez que não estavam registados na lista de bens a bordo.

O navio fazia parte de uma frota que saiu de Havana (Cuba) e se dirigia para Espanha. Levava peças para a realeza e outras particulares, contrabando e uma carga resgatada de outro galeão espanhol naufragado no Equador.

Na madrugada de 04 de janeiro de 1656 acabou por afundar, na sequência de um erro de navegação. Apenas 45 das 650 pessoas a bordo sobreviveram e muitas foram devoradas por tubarões.

A expedição Allen Exploration, licenciada pelo governo das Bahamas, foi fundada pelo filantropo Carl Allen. Ao jornal, disse que o objetivo desta expedição era estudar os destroços arqueológicos, ao contrário do que fizeram os seus antecessores, que simplesmente venderam as peças encontradas.

“O fundo do mar é árido”, disse Allen. “O coral colorido que os mergulhadores se lembram de ver dos anos 70 desapareceu, envenenado pela acidificação do oceano e sufocado por metros de areia movediça. É dolorosamente triste”.

A equipa encontrou lastros de pedra e parafusos de ferro que uma vez mantiveram o casco unido, bem como anéis e pinos de ferro. Também foram encontradas provas de refeições – desde frascos de azeitonas a pratos chineses e mexicanos – e objetos pessoais, incluindo um punho de uma espada de prata e um anel de pérolas.

Todos os destroços nas águas das Bahamas são propriedade do governo das Bahamas e a Allen Exploration mantém as peças juntas, patrocinando o Museu Marítimo das Bahamas, que abrirá a 08 de agosto em Freeport.» in https://zap.aeiou.pt/mar-joias-galeao-espanhol-naufragado-490830

(Treasure of the Maravillas)

#história    #museumarítimadasbahamas

#galeãoespanholnuestraseñoradelasmaravillas

02/06/22

História - Caio Apuleio Diocles nasceu em Lamecus, atualmente Lamego, e tornou-se um dos maiores aurigas da Roma Antiga, tendo amealhado mais de 15 mil milhões de dólares ao longo da sua carreira.


«O atleta mais rico de sempre nasceu em Portugal (e não, não é Cristiano Ronaldo)

Caio Apuleio Diocles nasceu em Lamecus, atualmente Lamego, e tornou-se um dos maiores aurigas da Roma Antiga, tendo amealhado mais de 15 mil milhões de dólares ao longo da sua carreira.

Portugal é muitas vezes descrito como um belo jardim à beira-mar plantado — e parece que para além disso, este nosso pequeno retângulo de território também tem um talento especial para criar atletas multimilionários.

Em 2020, Cristiano Ronaldo tornou-se o primeiro futebolista a acumular mais de mil milhões de dólares desde o início da carreira. Mas se acha que esta marca do craque português é imbatível, é melhor tirar o cavalinho — ou a quadriga — da chuva, já que um auriga na Roma Antiga, também nascido em Portugal, fê-lo.

Caio Apuleio Diocles era um famoso condutor de quadrigas, um desporto que era o equivalente aos ralis ou à Fórmula 1 do Império Romano, e ainda hoje reina como o atleta mais rico da História, relata o Ancient Origins.

Apuleio Diocles ganhou o equivalente a 15 mil milhões de dólares ao longo da carreira, de acordo com um estudo de 2010 de Peter Struck, professor de estudos clássicos da Universidade da Pensilvânia, que analisou registos históricos para calcular este valor.

Caio seria mesmo cinco vezes mais bem pago do que o governador da sua província e a sua fortuna daria para abastecer Roma de cereais durante um ano. Em comparação, CR7 ainda tem muito dinheiro para ganhar para conseguir competir.

Nascido por volta de 104 D.C., o berço de Caio foi na antiga Lusitânia, mais especificamente na capital em Lamecus, que atualmente corresponde a Lamego, em Portugal. A cidade tem até uma estátua e azulejos em honra do atleta.

O condutor de quadrigas começou a sua carreira aos 18 anos em Ilerda, a atual Lérida, na Catalunha. Depois de um arranque promissor, Apuleio Diocles seguiu-se para o Circo Máximo, em Roma, onde se realizava o maior campeonato do desporto. Lá, adotou o nome profissional de “Lamecus”, em honra à sua cidade-natal.

Ao longo de uma carreira de 24 anos, o atleta participou em 4257 corridas e venceu 1462. Sem patrocínios ou direitos de imagem para vender, a única fonte da fortuna do corredor eram os prémios do campeonato.

Para os romanos, as corridas de quadrigas eram o desporto de eleição. A iniciativa partiu dos Imperadores que queriam oferecer uma distração à população e procuravam aumentar a sua popularidade.

As provas estavam envoltas em grandes rituais e iniciavam-se com uma procissão sagrada desde as ruas até ao Circo Máximo, que acolhia até 200 mil pessoas.

Apesar da popularidade do desporto, os corredores não eram vistos como grandes estrelas e eram até ostracizados por competirem por dinheiro. Tal como os gladiadores, muitos eram escravos ou cidadãos de segunda e era raro que algum corredor ocupasse a um cargo público ou tivesse plenos direitos.

O que torna a carreira de Caio Apuleio Diocles ainda mais notável foi a sua longevidade. As corridas de quadrigas eram notoriamente perigosas e uma queda significava muitas vezes que se seria pisado pelos cavalos dos rivais ou arrastado pela arena.

Por esta razão, muitos dos atletas não chegavam à casa dos 30 anos. O exemplo de Diocles foi bem diferente, tendo-se reformado aos 42 anos, após mais de 20 anos no topo do desporto, e decidido ir viver calmamente na Itália rural com a sua família. Será que CR7 lhe vai seguir o exemplo?

Adriana Peixoto, ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/atleta-mais-rico-portugal-nao-e-cr7-481683

#lamego #lamecus #caioapuleiodiocle #auriga

20/05/22

História - A rainha egípcia, Cleópatra, falava oito línguas e tinha um grande interesse por ciência, tendo até escrito alguns livros que acabaram por ser destruídos no incêndio da biblioteca de Alexandria.


«Longe de ser uma mera sedutora, Cleópatra era uma intelectual, poliglota e cientista

A rainha egípcia falava oito línguas e tinha um grande interesse por ciência, tendo até escrito alguns livros que acabaram por ser destruídos no incêndio da biblioteca de Alexandria. Algumas das suas receitas foram usadas por Galeno.

A rainha egípcia falava oito línguas e tinha um grande interesse por ciência, tendo até escrito alguns livros que acabaram por ser destruídos no incêndio da biblioteca de Alexandria.

A rainha do Reino Ptolemaico do Egito era também uma líder poderosa, mas os registos históricos manchados pela propaganda romana desvalorizaram os seus feitos e exageraram o drama da sua vida amorosa, mostrando-a como uma femme fatale que usava a sua sexualidade para alcançar os seus objetivos.

Cleópatra era, na verdade, uma das maiores intelectuais do seu tempo, tendo sido educada pelos melhores académicos do período helenístico e estudado no Mouseion de Alexandria, onde se incluía a famosa biblioteca.

A rainha estudou geografia, história, astronomia, filosofia, diplomacia internacional, matemática, alquimia, medicina, zoologia e economia, revela o Ancient Origins.

Cleópatroa era o único membro da sua dinastia que falava egípcio antigo e que consiga ler hieróglifos e também sabia grego antigo e as línguas do Império Parto, dos judeus, medes, sírios, etíopes e árabes.

Também é conhecido que a rainha passava muito tempo no laboratório e que nutria um grande interesse por ervas e pela cosmética, tendo escrito vários livros sobre estes temas. Infelizmente, os livros foram perdidos no incêndio de 391 D.C. na biblioteca de Alexandria.

O famoso médico Cláudio Galeno estudou os trabalhos de Cleópatra e conseguiu reescrever algumas das suas receitas. Um dos remédios em questão era um creme que ajudava os homens a voltar a crescer cabelo.

O impacto dos conhecimentos da rainha na ciência era conhecido durante os primeiros séculos após o surgimento do cristianismo. Depois da morte de Cleópatra, o Egito tornou-se uma província do Império Romano.» in https://zap.aeiou.pt/sedutora-cleopatra-maiores-intelectuais-479398

(Not just a pretty face: Cleopatra was a genius — and a scientist)

18/05/22

História - Apesar de ser algo muito comum nos dias de hoje, o divórcio nem sempre foi tão fácil ou socialmente visto com bons olhos — e a era Vitoriana é um bom exemplo disso.


«Quem dá mais? Os maridos da Era Vitoriana leiloavam as esposas (que se vendiam voluntariamente)

Os custos enormes do divórcio levava a que muitos casais de classes mais pobres optassem pela venda das esposas. Na grande maioria dos casos, as mulheres consentiam à venda e tinham direito de veto sobre os pretendentes que as quisessem comprar.

Apesar de ser algo muito comum nos dias de hoje, o divórcio nem sempre foi tão fácil ou socialmente visto com bons olhos — e a era Vitoriana é um bom exemplo disso.

Sem classificados ou eBay que os ajudassem, o primeiro caso conhecido da venda de uma esposa está datado de 1553, mas há historiadores que estimam que esta prática é muito mais antiga e que começou no século XI. No entanto, só se tornou mais popular no mundo anglo-saxónico com o surgimento dos jornais a partir de 1750.

Mas, afinal, por que é que esta prática era tão comum? Bem, depende das circunstâncias. Na maioria dos casos, as classes mais pobres não tinham forma de suportar os custos de um divórcio, por isso a venda da esposa era vista como a melhor alternativa, escreve o Ancient Origins.

Os obstáculos ao divórcio

Na Inglaterra Vitoriana, o divórcio era apenas permitido se ficasse provado adultério ou abusos que pusessem em causa a vida do companheiro ou companheira. Se o problema fosse apenas a infelicidade, os custos e os obstáculos para a separação legal já eram bastante maiores, especialmente se a iniciativa partisse da mulher.

Para se separarem, os casais precisavam de uma autorização parlamentar que só era concedida após ser garantida uma separação judicial que deixasse o casal viver em locais separados. De seguida, o casal teria de provar legalmente o adultério e o juiz teria de ser convencido e o processo era mais complicado para as mulheres

Este caminho até ao divórcio custava milhares de libras e se este valor ainda agora parece caro, imagine-se na altura, quando um trabalhador sem qualificações ganhava, em média, 75 cêntimos por semana.

Já as outras alternativas para a separação eram todas ilegais. Por um lado, havia a deserção, mas se o marido fosse apanhado, seria obrigado a pagar uma pensão à esposa devido ao seu dever legal de a suportar financeiramente.

No caso das mulheres, que não tinham direitos de propriedade, era ainda mais difícil poderem simplesmente fazer as malas e fugir devido à dificuldade para arranjarem empregos e aos esforços das autoridades religiosas em apanhar as fugitivas. Se fosse apanhadas, eram enviadas de volta para os maridos e a lei obrigava os homens a confiná-las em casa.

Os leilões das esposas

Dadas as dores de cabeça que o divórcio trazia, a venda das esposas começou a ser vista como uma opção viável. O marido publicitava o leilão na vila e também nos jornais, onde deixava a nu os defeitos que o fizeram querer separar-se da esposa, como a teimosia, mas também exaltava as qualidades aos potenciais pretendentes, como o seu talento para ordenhar vacas ou para arar os campos.

Um leilão com sucesso podia atrair milhares de interessados. A mulher era levada com uma corda em torno do pescoço como se fosse um animal e fazia uma ronda pelo mercado para que os potenciais compradores a pudessem ver mais de perto.

As licitações eram inusitadas e não se limitavam ao dinheiro. Em 1832, uma mulher foi vendida por uma libra e um cão vindo da província canadiana Newfoundland. Já em 1862, um marido estava tão desesperado por se ver livre da mulher que a vendeu em troca de uma cerveja.

As mulheres tinham também um poder de veto caso não gostassem do pretendente, o que obrigava os maridos a baixar-lhes o preço. Isto garantia que, na maioria dos casos, as mulheres ficassem felizes após a venda.

A prática começou a perder popularidade ao longo do tempo, apesar de ter sido sempre desaprovada pelas classes mais ricas. O Matrimonial Act de 1857 marcou o início do seu declínio ao começar a dar mais direitos legais às mulheres durante o divórcio. Com o início do século XX, os leilões das esposas tornaram-se  mais uma raridade do que uma norma.» in https://zap.aeiou.pt/maridos-era-vitoriana-leiloavam-esposas-478587 (Adriana Peixoto, ZAP //)

#divorcio    #mulher    #inglaterra    #eravitoriana

13/05/22

História - Um caso de um porco julgado pelo assassinato de uma criança é um dos casos mais bem documentos de animais julgados por crimes na Idade Média.


«Em 1386, um porco foi julgado em tribunal, condenado e enforcado por assassinato

Um caso de um porco julgado pelo assassinato de uma criança é um dos casos mais bem documentos de animais julgados por crimes na Idade Média.

Na Idade Média, os animais eram julgados por crimes assim como os seres humanos. Por crimes como assassinato ou danos a colheitas, os animais poderiam ser punidos com execução ou exílio.

No dia 9 de janeiro de 1386, a comuna de Falaise, em França, assistiu a um julgamento de um porco que atacou um bebé de três meses, que resultou na morte da criança.

O porco foi então detido por assassinato e levado para a prisão, onde aguardou por julgamento. Segundo o Ancient-Origins, o tribunal viria a declarar o porco culpado pelo crime de que era acusado.

O animal foi condenado a ser “mutilado nas patas dianteiras”, seguido de execução por enforcamento. No dia da execução, o porco foi vestido com um colete, luvas e calções, e levado para a forca na praça do mercado.

Com base nas evidências documentadas, o porco era o animal mais julgado durante a Idade Média. Isto acontecia não só porque existiam em grande número, mas também porque tinham maior liberdade para andar livremente do que outros animais.

Ainda assim, outros animais como touros, cães, cabras e galos também foram julgados pelos seus crimes, durante a Idade Média.

Historiadores sempre ficaram intrigados com isto, não encontrando uma explicação clara para o facto de animais serem julgados como pessoas. No entanto, investigadores acreditam que alguns animais tinham agência moral e, portanto, como os seres humanos, poderiam ser responsabilizados pelos crimes que cometiam.

Um ilustração de 1457 representa até uma porca e os seus leitões a serem julgados pelo assassinato de uma criança — à semelhança do julgamento de 1386, em França. A mãe foi considerada culpada e os leitões foram absolvidos.» in https://zap.aeiou.pt/porco-condenado-executado-assassinato-476601

#justiça #humor #porco #história

01/04/22

História - A origem do Dia das Mentiras não é conhecida ao certo, mas desde festivais romanos a mudanças de calendário em França, já vários fenómenos foram associados a esta celebração no dia 1 de Abril.


«Hoje é o Dia das Mentiras. Afinal, como e quando é que esta tradição nasceu?

A origem do Dia das Mentiras não é conhecida ao certo, mas desde festivais romanos a mudanças de calendário em França, já vários fenómenos foram associados a esta celebração no dia 1 de Abril.

Todos os anos é a mesma coisa — chega o dia 1 de Abril e já estamos todos a antecipar partidas de familiares ou amigos e até de celebridades ou empresas. Mas afinal, como nasceu este dia? Bem, ninguém sabe ao certo.

As referências históricas mais antigas a uma dia semelhante ao Dia das Mentiras surgem num poema flamengo datado de 1561 em que um nobre envia o seu servo para fazer “recados tolos” a 1 de Abril.

No entanto, a celebração do festival “Hilaria” na Roma Antiga — em que as pessoas se juntavam para comemorar a ressurreição do deus Attis e vestiam disfarces — também já foi creditada como a origem deste dia, escreve o NPR.

A Igreja Católica também ajudou a popularizar o Dia das Mentiras, com a “Festa dos Tolos” que era celebrada em França e Inglaterra a 1 de Janeiro na era medieval e incluía a eleição falsa de um bispo ou Papa e paródias dos costumes católicos.

A festa foi banida no século XV, no entanto, o feriado continuou a ser celebrado durante centenas de anos, nota o USA Today.

Já no século XVI, em França, as pessoas que demoraram a adotar a mudança do calendário juliano para o gregoriano também foram alvos de travessuras. No calendário juliano, o ano começa com o equinócio da Primavera, no fim de Março, pelo que as celebrações do ano novo se estendiam até 1 de Abril.

A notícia da mudança para o calendário gregoriano viajou devagar, e aqueles que se atrasaram na transição e ainda faziam a festa em Abril ficaram conhecidos como “tolos de Abril”, sendo alvo de partidas. As traquinices incluíam colocar um peixe de papel nas costas destes “tolos”, que eram chamados de “poisson d’avril,” ou “peixes de Abril”.

Já no mundo anglo-saxónico, uma das primeiras aparentes referências ao Dia das Mentiras em inglês aparece no livro de John Aubrey “Remaines of Gentilisme and Judaisme”, publicado em 1686, onde diz simplesmente: “Observamos isto no primeiro de Abril. Por isso mantém-se na Alemanha em todo o lado”.

Especula-se também que o dia já era uma celebração generalizada em 1760, devido a uma referência na calendário satírico Poor Robin’s. “O primeiro de Abril, alguns dizem, distingue-se por ser o dia dos tolos. Mas por que é que as pessoas o chamam assim, nem eu nem elas sabem”. No século XIX, o Dia das Mentiras já estava consolidado na cultura norte-americana.

Quando as marcas e media pregam partidas

Muitas marcas já se aperceberam que podem aproveitar este dia para pregar partidas e atrair assim alguma atenção mediática, apesar da receção não ser sempre positiva.

Três dias antes do dia 1 de Abril de 2021, a Volkswagen anunciou que ia mudar o seu nome nos Estados Unidos para Voltswagen, como forma de mostrar o seu compromisso com a transição para os carros elétricos.

A empresa negou a vários meios de comunicação que o anúncio se tratava de uma piada antes destes avançarem com as notícias, tendo sido alvo de críticas depois de confessar que a mudança não ia realmente acontecer.

Outra partida que não foi bem recebida foi o anúncio da Google de que o Gmail ia passar a incluir a definição Mic Drop, representada por um GIF de um minion a deixar cair um microfone. A característica acabou por ser erradamente anexada a vários emails e teve de ser desligada.

“Devido a um erro, a característica Mic Drop causou inadvertidamente mais dores de cabeça do que gargalhadas. Pedimos imensa desculpa”, afirmou a empresa num comunicado.

Para além das marcas, os meios de comunicação também já estiveram por detrás de algumas partidas famosas. A Abril de 1905, um jornal alemão escreveu uma notícia onde afirmou que um grupo de ladrões tinha escavado um túnel debaixo da Tesouraria dos Estados Unidos e roubado 268 milhões de dólares em ouro e prata.

Já uma das partidas mais famosas aconteceu em 1957, quando a BBC emitiu uma reportagem onde mostrou agricultores suíços a colher esparguete de árvores e arbustos, revelando que a região tinha tido uma “colheita de esparguete excecional” nesse ano.» in https://zap.aeiou.pt/dia-mentiras-como-tradicao-nasceu-470919

(O Dia das Mentiras (em Portugal) // Aprende português)

11/03/22

História - Um novo estudo explica como Stonehenge pode ter sido originalmente utilizado para acompanhar um ano solar de pouco mais do que 365 dias.


«Mistério resolvido? Arqueólogo decifra calendário solar de Stonehenge

Um novo estudo explica como Stonehenge pode ter sido originalmente utilizado para acompanhar um ano solar de pouco mais do que 365 dias.

As novas descobertas baseiam-se na análise do número e do posicionamento das pedras que compõem o sítio arqueológico, assim como em comparações com outros antigos sistemas de calendário que poderiam ter influenciado os construtores de Stonehenge, salienta o Science Alert.

Esta investigação foi desenvolvida tendo por base um estudo anterior, que revelou que as pedras que constituem a maior parte do monumento provinham todas da mesma fonte. Isto significa que podem ter sido colocadas ao mesmo tempo.

A partir desse pressuposto, o arqueólogo Timothy Darvill, da Universidade de Bournemouth, no Reino Unido, analisou o posicionamento dos diferentes anéis que compõem o monumento e como se podem ter relacionado com um calendário.

Os arqueólogos suspeitavam já há algum tempo que Stonehenge representava algum tipo de calendário, dado que o monumento está posicionado e alinhado com os solstícios.

Segundo Darvill, funciona de uma maneira muito simples: cada uma das 30 pedras que formam o Círculo Sarsen representam um dia no mês. Por sua vez, esse círculo é divido em três semanas, com 10 dias cada.

“O mês intercalar, provavelmente dedicado às divindades do local, é representado pelos cinco trílitos no centro do local”, acrescentou o investigador.

Já as quatro pedras de fora do Círculo fornecem os marcadores para ajustar até um dia bissexto. Como um calendário solar, os solstícios de verão e de inverno podiam ser contemplados nos mesmos pares de pedra anualmente, o que também teria ajudado a reparar possíveis erros de posição.

Nenhuma formação do monumento parece corresponder ao ano de 12 meses. No entanto, o estudo refere que algumas pedras perdidas ou movidas de local poderiam ser responsáveis por esse tempo.

De qualquer forma, Stonehenge foi dividido em duas partes para combinar com os solstícios.

O calendário solar – que dura, em média, pouco mais de 365 dias e 5 horas – foi desenvolvido no Mediterrâneo Oriental a partir de 3.000 a.C., adotado no Egito por volta de 2.700 a.C. e muito usado no Império Antigo em 2.600 a.C. O que ainda não está certo é como esse conhecimento chegou ao sul da Inglaterra naquela época.

O artigo científico com as descobertas foi publicado na Antiquity.» in https://zap.aeiou.pt/stonehenge-calendario-solar-465247

(STONEHENGE NO SOLSTÍCIO DE VERÃO É IMPERDÍVEL!)
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