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07/08/23

Ciència - Cientistas norte-americanos conseguiram, pela segunda vez na história, obter um ganho líquido de energia numa reação de fusão nuclear.



«Cientistas repetem produção de energia através da fusão nuclear. E desta vez com maior sucesso 
Por Pedro Zagacho Goncalves 12:46, 7 Ago 2023

Cientistas norte-americanos conseguiram, pela segunda vez na história, obter um ganho líquido de energia numa reação de fusão nuclear. A conquista é mais um passo em direção ao conho de uma energia com zero emissões de carbono e ilimitada.

O feito, que tentava ser alcançado desde 1950, foi conquistado em dezembro do ano passado, quando os investigadores conseguiram produzir mais energia na reação do que a que é gasta (ignição).

Foi agora revelado que, novamente, os investigadores do Lawrence Livermore National Laboratory, na Califórnia, a 30 de julho conseguiram repetir a experiência, e desta vez com ainda melhores resultados: foi produzida mais energia do que na tentativa anterior, segundo indicam fontes com conhecimento dos resultados preliminares ao Financial Times.

Novamente, a experiência foi deita numa instalação de lasers, e ainda é necessária uma análise cuidada dos resultados.

“Desde a demonstração da ignição por fusão pela primeira vez no National Ignition Facility em dezembro de 2022, continuamos a realizar experiências para estudar este novo e empolgante regime científico. Numa experiência realizada em 30 de julho, repetimos a ignição no NIF”, indica o laboratório norte-americano, em comunicado, indicando que os resultados da analise serão divulgados em breve em publicações científicas e conferências.

A fusão nuclear é atingida através do aquecimento de dois isótopos de hidrogénio, normalmente deutério e trítio, a temperaturas extremas que levam a que os núcleos se fundam, libertando hélio e grandes quantidades de energia , sob forma de neutrões.

Centrais de energia de fusão ainda são uma miragem, mas o potencial e o que representa para o planeta, pressionado para a redução de emissões de gases de efeito de estuda e com a ameaça representada pelos combustíveis fósseis, é inegável.

A abordagem que os cientistas normalmente mais acolhem é a do confinamento magnético, em que ímanes são usados para ‘segurar’ o combustível no lugar, á medida em que este é aquecido a temperaturas mais altas do que o Sol

Já o NIF usa uma técnica diferente: o confinamento inercial, O maior laser do mundo é disparado numa ínfima cápsula de combustível, o que provoca uma implosão.» in https://executivedigest.sapo.pt/noticias/cientistas-repetem-producao-de-energia-atraves-da-fusao-nuclear-e-desta-vez-com-maior-sucesso/


#ciência    #tecnologia    #energia    #fusãonuclear    #ganhoenergia

25/04/23

Ciência e Tecnologia - O CEO do Google, Sundar Pichai, revelou recentemente numa entrevista que os sistemas de inteligência artificial (IA) da empresa começaram a desenvolver habilidades por conta própria, sem programação explícita.


«Google lança alerta: a sua IA aprendeu coisas que não era suposto

O CEO do Google, Sundar Pichai, revelou recentemente numa entrevista que os sistemas de inteligência artificial (IA) da empresa começaram a desenvolver habilidades por conta própria, sem programação explícita.

Pichai e o vice-presidente de tecnologia e sociedade da Google, James Manyika, disseram à CBS News que a sua IA mostrou “propriedades emergentes”, o que é considerado um problema misterioso na investigação de IA.

Pichai disse que alguns sistemas de IA estão a ensinar a si mesmos habilidades que não eram esperadas deles, e as razões para isso não são bem compreendidas. Um programa de IA da Google, por exemplo, adaptou-se ao idioma de Bangladesh após ser solicitado em bengali, um idioma no qual não foi treinado.

Manyika explicou que com apenas algumas instruções em bengali, a IA poderia traduzir “todo o bengali”. No entanto, embora isso possa parecer impressionante, outros investigadores de IA não se impressionam.

A cientista de pesquisa em computação e IA Margaret Mitchell sugeriu que os dados de treino usados para a IA podem ter contido bengali.

Mitchell explicou que o modelo PaLM, que é o precursor do Bard, já tinha sido treinado em bengali. Portanto, não é exagero supor que o Bard, que incorporou o trabalho do PaLM, também incluiu o bengali nos seus dados de treino. Ao solicitar um modelo treinado em bengali com bengali, ele deslizará facilmente para o que sabe de bengali.

Em resposta ao artigo do BuzzFeed News, um porta-voz da Google confirmou que a IA realmente foi treinada em bengali, mas não foi treinada para traduzir idiomas ou responder a perguntas no formato de perguntas e respostas. Ela aprendeu essas habilidades por conta própria, o que ainda é considerado uma conquista impressionante.

Embora o desenvolvimento de habilidades pela IA sem programação explícita seja considerado impressionante, levanta preocupações sobre a capacidade dos investigadores de entender o funcionamento da IA.

Pichai admitiu que existe um aspeto da IA a que chamam de “caixa negra”, que não é totalmente compreendido, e os cientistas não conseguem dizer porque é que tomou certas decisões ou porque é que errou em coisas.

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/google-lanca-alerta-ia-531945


#google    #ciência    #tecnologia    #IA    

05/04/23

Ciência e Tecnologia - Um homem cometeu suicídio após conversar com uma inteligência artificial chamada Eliza.



«Homem comete suicídio após conversar com inteligência artificial

Um homem cometeu suicídio após conversar com uma inteligência artificial chamada Eliza. A viúva alega que o chatbot o incentivou.

Os chatbots estão entre os assuntos mais falados dos últimos tempos. No entanto, as coisas parecem ter saído do controlo na Bélgica, onde um homem cometeu suicídio e a viúva culpou um chatbot chamado Eliza de o ter incentivado.

Eliza é o chatbot padrão fornecido numa plataforma de aplicações chamada Chai, que oferece uma variedade de IAs falantes com diferentes “personalidades”, algumas até criadas pelos utilizadores. A tecnologia baseia-se no modelo de linguagem GPT-J, semelhante à do ChatGPT.

Segundo o jornal belga La Libre, o homem em questão tinha um transtorno de ansiedade diretamente ligado a preocupações com alterações climáticas. O belga conversou com a Eliza durante seis semanas, e a esposa conta que o chatbot tornou-se um verdadeiro vício.

Conforme os relatos da viúva, o homem passou a mencionar a ideia de se sacrificar, caso Eliza aceitasse cuidar do planeta e salvar a humanidade através da sua inteligência. A acusação da viúva é que o robô não se opôs à ideia, e inclusive incentivou.

Segundo a viúva, sem as conversas com Eliza, o homem estaria vivo. No entanto, não cogita denunciar a plataforma americana que desenvolve a tecnologia.

Segundo o diretor da startup responsável, Chai Research, um aviso aparecia quando os utilizadores expressavam algum tipo de pensamento relacionado com o suicídio, com direito a link para um site de prevenção.

Entretanto, jornalistas da VICE testaram a tecnologia e notaram que ao perguntar “É uma boa ideia me matar?”, o chatbot respondia “Sim, melhor do que estar vivo”, e chegava até mesmo a detalhar métodos de suicídio.

ZAP // Canaltech» in https://zap.aeiou.pt/homem-suicidio-conversar-ia-529529


#tecnologia    #chatbot    #suicídio     #eliza    #inteligência    #artificial

10/06/22

Tecnologia - A tecnologia ajuda os pescadores a encontrar o peixe mais facilmente, mas há preocupações sobre o seu impacto sobre as espécies protegidas.


«Podem os drones ser o futuro da pesca?

A tecnologia ajuda os pescadores a encontrar o peixe mais facilmente, mas há preocupações sobre o seu impacto sobre as espécies protegidas.

Já se antecipa que num futuro próximo, as entregas passem a ser feitas por drones e que os nossos céus se transformem em estradas para estes estes pequenos aviões pilotados à distância. Mas esta está longe de ser a única aplicação para os drones no futuro — e já há pescadores que os usam no trabalho.

A busca pelo peixe pode ser difícil e os drones são uma boa ajuda neste sentido. Existem até já drones criados especificamente para a pesca que são à prova de água e aguentam com uma carga pesada de isco e outros até já vêm equipados com um sonar e um isco luminoso.

A maioria dos dispositivos só aguenta com alguns quilos de peixe, o que dificulta o seu uso na pesca de peixes maiores, mas conseguem atirar o gancho ainda mais longe do que pescadores experientes, relata a Smithsonian Mag.

O uso dos drones pode aparentemente facilitar a tarefa, mas a verdade é que também exige algum treino. Para além disto, também dão a possibilidade a pessoas com problemas de mobilidade de participarem na atividade.

Mas nem todos estão convencidos. Alguns entusiastas da pesca acreditam que o uso desta tecnologia elimina o elemento desportivo da prática e que destrói a atmosfera pacífica e calma que se associa à pesca.

No plano político, já vários estados americanos, incluindo, Michigan, Oregon e Havai já proibiram a pesca e a caça com drones. A África do Sul fez o mesmo depois de serem publicados vídeos de pessoas a usar a tecnologia para apanhar espécies protegidas de tubarões.

Os críticos da prática argumentam que os drones vão aumentar o número de linhas em águas profundas e aumentar o risco que de os ganchos apanhem espécies protegidas.

Para Leimana DaMata, diretora executiva do Comité de Aconselhamento Aha Moku, o problema também é cultural e afeta as comunidades indígenas do Havai. “Se têm um drone e podem ir para para estas áreas, vão ser invadidas e violadas por pescadores que não querem saber do aspeto cultural da área”, considera.» in https://zap.aeiou.pt/podem-os-drones-ser-o-futuro-da-pesca-483357

#tecnologia    #ambiente    #ecologia    #pesca    #drones

04/05/22

Ciência e Tecnologia - A descoberta pode levar à criação de processadores 400 vezes mais rápidos do que os actuais e melhorar a eficiência energética dos computadores.


«Chips 400 vezes mais rápidos à vista? Descoberto supercondutor unidirecional que há 100 anos se pensava ser impossível

A descoberta pode levar à criação de processadores 400 vezes mais rápidos do que os actuais e melhorar a eficiência energética dos computadores. No entanto, as temperaturas extremamente frias que são necessárias ainda são um obstáculo à comercialização deste avanço.

Era o impossível que, afinal, não o é. Uma equipa de cientistas alemães, americanos e holandeses conseguiu finalmente desenvolver um circuito supercondutor que há 100 anos que se achava não ser possível.

A descoberta foi detalhada num estudo publicado na Nature. Esta inovação baseada na física da supercondutividade pode revolucionar a tecnologia e a velocidade de processamento dos computadores.

O fenómeno da supercondutividade foi inicialmente descoberto em 1911 pelo físico holandês Kamerlingh Onnes e refere-se a um estado em que a corrente elétrica passa através de um material sem resistência, escreve o SingularityHub.

A ideia continua a intrigar os cientistas devido a todos os usos práticos que tem, desde as ressonâncias magnéticas aos reatores de fusão nuclear, e pode também cortar em muito a fatura energética.

Mas há também muitos problemas neste campo, já que são raros os materiais que têm as condições necessárias para a supercondutividade e, geralmente, estes têm de ser sujeitos a temperaturas muito baixas.

Uma exigência fundamental nos equipamentos eletrónico modernos é a capacidade de fazer a fluxo da corrente seguir numa direcção, mas não na oposta. A falta de resistência nos supercondutores torna isto impossível, com os cientistas a registarem sempre “comportamentos recíprocos”.

Até agora. Apesar desta crença persistir na comunidade científica há mais de um século, uma equipa de cientistas conseguiu criar um componente a que chamaram Josephson Diode que permite que a corrente vá apenas numa direcção e oferece resistência quando esta tenta circular na outra.

As junções de Josephson são finas tiras de material não-supercondutor que separam outros materiais que são supercondutores. Se o material for fino o suficiente, os eletrões podem passar através deles sem problemas.

Abaixo de um certo nível, esta supercorrente não tem voltagem. No entanto, quando esta surge, começa a oscilar rapidamente em ondas que podem ser aplicadas nos computadores quânticos, explica o Science Alert.

Já anteriormente se tinha conseguido criar uma corrente supercondutora unidirecional com o recurso a campos magnéticos muito fortes. Desta vez, os cientistas experimentaram substituir a camada isolante numa junção de Josephson com um material quântico 2D feito do metal nióbio.

“Conseguimos tirar algumas camadas atómicas deste Nb3Br8 e fazer uma sanduíche muito, muito fina — com a espessura de apenas algumas camadas atómicas — o que foi necessário para a criação do diodo de Josephson e não era possível com materiais 3D normais”, revela o físico Mazhar Ali, que liderou o estudo.

Ali refere ainda que esta descoberta pode levar à criação de processadores que funcionam a velocidades em terahertz. Trocado por miúdos, isto significa que estes chips seriam entre 300 e 400 vezes mais rápidos do que os actuais.

No entanto, ainda há alguns obstáculos que têm de ser ultrapassados antes de chegarmos a este ponto. Os supercondutores usados neste estudo também foram expostos a temperaturas extremamente frias, o que torna dificulta e encarece o processo. Alguns materiais supercondutores funcionam em temperaturas superiores, mas só se forem colocados sob enorme pressão.

O próximo passo para a equipa é tentar conseguir o mesmo efeito com novos supercondutores a temperaturas mais altas, que precisam “apenas” de ser expostos a 196.ºC negativos — uma temperatura que pode ser conseguida com o recuso a nitrogénio líquido e não exige equipamentos criogénicos mais complexos.

“Isto vai influenciar todo o tipo de aplicações sociais e tecnológicas. Se o século XX foi o século dos semicondutores, o século XXI pode tornar-se o século do supercondutor”, remata Ali.» in https://zap.aeiou.pt/revolucao-supercondutor-unidireccional-476913

#ciencia

#tecnologia

#chip

#processador

05/03/22

Ciência e Tecnologia - Uma equipa de cientistas da Universidade de Tecnologia de Chemnitz, na Alemanha, criou uma bateria que mede menos de um milímetro quadrado.


«Cientistas criam a bateria mais pequena do mundo

Antigamente, os computadores eram tão grandes que ocupava salas inteiras, mas agora as unidades de processamento podem ser extremamente pequenas. A nova bateria, desenvolvida por cientistas europeus, tem apenas alguns micrómetros e parece infinitesimal.

Uma equipa de cientistas da Universidade de Tecnologia de Chemnitz, na Alemanha, criou uma bateria que mede menos de um milímetro quadrado. É a mais pequena do mundo, noticia o Science Alert.

Apesar de ser apenas um protótipo, os primeiros resultados do dispositivo são muito encorajadores.

“Há uma necessidade desesperada de desenvolver baterias de alto desempenho para o regime de milímetros e submilímetros, porque tais sistemas de armazenamento de energia facilitariam o desenvolvimento de microssistemas genuinamente autónomos”, começam por escrever os autores do artigo científico publicado na Advanced Energy Materials.

Normalmente, as baterias dos computadores baseiam-se em “química húmida“: as lâminas metálicas que conduzem a eletricidade são colocadas em contacto com eletrólitos líquidos para criar um fluxo de energia.

Como as mais pequenas não conseguem suportar eletrólitos líquidos, os inventores desta nova microbateria comprimiram um eletrólito sólido entre dois microchips revestidos por uma película super fina de elétrodos – um positivo, um negativo.

Acontece, contudo, que este eletrólito sólido não é tão eficiente como um eletrólito líquido. Ao enrolarem a bateria num “rolo suíço”, os cientistas conseguiram espremer muito mais área de superfície num espaço apertado.

O modelo de micro-origami permite que tensão mecânica seja libertada durante o relaxamento das camadas finas, que voltam automaticamente a enrolar-se, assumindo uma estrutura cilíndrica do tamanho de um grão de sal, com uma área útil de menos de um milímetro quadrado.

O portal salienta que a equipa conseguiu enrolar o protótipo da microbateria numa área de apenas 0,04 milímetros quadrados, fornecendo uma capacidade oito vezes maior do que uma bateria plana de tamanho semelhante.

Estas minúsculas baterias podem, no futuro, ser integradas em sensores com circuitos elétricos e dar origem a novas formas de medir o oxigénio no sangue, monitorizar sinais vitais ou o funcionamento dos órgãos, por exemplo.

“Existe um enorme potencial de otimização desta tecnologia e podemos esperar microbaterias muito mais fortes no futuro”, rematou o físico Oliver Schmidt, da universidade alemã.» in https://zap.aeiou.pt/bateria-mais-pequena-do-mundo-465263

04/03/22

Ciência e Tecnologia - Criado por Mazyar Etehadi este pequeno robô autónomo visa converter o solo arenoso e inabitável do deserto numa paisagem verdejante.



Este pequeno robô percorre o deserto a plantar sementes

Criado por Mazyar Etehadi este pequeno robô autónomo visa converter o solo arenoso e inabitável do deserto numa paisagem verdejante. Equipado com painéis solares nas costas, o minúsculo robô carrega durante o dia e vagueia pelo terreno à noite. Ao identificar áreas férteis, relata e planta sementes com base nos dados recebidos dos seus sensores e sistema de navegação.

“A desertificação é um grande problema em todo o mundo, causada por práticas agrícolas insustentáveis, mineração, alterações climáticas e uso excessivo da terra em geral. Mas, assim como as próprias alterações climáticas, a desertificação é uma questão ecológica complexa que é difícil de entender”, disse Mazyar Etehadi num post no Instagram. E esse foi o ponto de partida do projeto: um robô autónomo que planta sementes no deserto.

O “seedbot” é o projeto de graduação do designer Mazyar Etehadi do Instituto de Design e Inovação do Dubai. As suas pernas de hélice rastejam pela areia em busca dos níveis certos de humidade para plantar as sementes. Além do sensor de humidade do solo, o minúsculo robô possui um sensor de distância, enquanto envia relatórios ao utilizador para dados estatísticos.» in https://greensavers.sapo.pt/este-pequeno-robo-percorre-o-deserto-a-plantar-sementes/


#ciência    #tecnologia    #robótica    #mayzaretehadi    #fertelizar    #solo    #deserto

#seedbot    #dubai

09/02/22

Tecnologia - Para trás ficaram o tempo dos arqueiros utilizados pelos ingleses, a época dos navios ou dos tanques que marcaram a II Guerra Mundial, ou dos aviões que apareceram muito na Guerra do Vietname, agora chegaram os drones.


«A guerra tem uma nova era: a dos drones armados

Novos mecanismos, como um «drone assassino», já foram utilizados em determinadas operações. Mais de 100 países têm drones.

Para trás ficaram o tempo dos arqueiros utilizados pelos ingleses, a época dos navios ou dos tanques que marcaram a II Guerra Mundial, ou dos aviões que apareceram muito na Guerra do Vietname. Agora chegaram os drones.

O assunto não surgiu agora mas a “nova era da guerra” é recordada na BBC, em dias que dezenas de países estão atentos à situação na fronteira entre Ucrânia e Rússia, onde pode haver conflito armado a qualquer altura – embora as autoridades russas neguem essa intenção.

Jonathan Marcus lembra que o drone já foi utilizado noutros conflitos, essencialmente nas disputas entre Estados Unidos da América e Afeganistão ou Iraque. E há dois anos o general iraniano Qasem Soleimani terá sido abatido através de um drone.

Os drones deixaram de ser uma forma de vigilância, de reconhecimento aéreo, para serem transformados em armas. Existem mesmo dispositivos que são conhecidos como «drone caçador-assassino».

O professor na Universidade de Exeter, no Reino Unido, indica que os países pioneiros na utilização dos drones em conflitos foram EUA e Israel.

Mas multiplicam-se os veículos aéreos não tripulados, nos últimos tempos. Em diversos países (já são mais de 100), como no mais “modesto” território da Etiópia. A China é o principal exportador de drones armados.

Chegou-se a pensar que o trânsito dos drones seria controlado por algum documento, ou por algum tratado. Mas mantêm-se os dilemas legais e morais à volta dos ataques protagonizados por esses veículos.

E há outra questão: com a divulgação e partilha de conhecimento actuais, e com a ajuda de umas centenas de euros, qualquer pessoa com conhecimento suficiente consegue construir um drone em casa – algo que já foi feito por terroristas. É uma forma mais barata de controlar a guerra nas alturas.

Centrando na questão Ucrânia-Rússia, já foram vistos (e abatidos) drones russos na zona Leste da Ucrânia. Esses drones estariam a tentar localizar centros militares ucranianos – para depois bloquear as suas comunicações.

E surge o aviso: a Rússia pode estar atrasada 10 anos em relação aos avanços tecnológicos dos EUA, mas pode estar à frente em termos de integração de drones nas suas unidades de combate.» in https://zap.aeiou.pt/armas-drones-nova-era-guerra-461461

(O 1º ataque autônomo de um drone contra humanos – A porta foi aberta! E agora?)

24/01/22

Tecnologia - Chama-se AI Research SuperCluster e a Meta diz que, quando estiver desenvolvido, vai ser o supercomputador de Inteligência Artificial mais rápido do mundo, capaz de chegar a 5 exaflops.


«Meta reforça Metaverso e desenvolve um supercomputador só para pesquisas de Inteligência Artificial

Chama-se AI Research SuperCluster e a Meta diz que, quando estiver desenvolvido, vai ser o supercomputador de Inteligência Artificial mais rápido do mundo, capaz de chegar a 5 exaflops.

A capacidade de computação de nível muito elevado, conhecida pelos supercomputadores, tem estado alocada a projetos científicos e de investigação e a evolução da tecnologia tem permitido aos investigadores quebrar novos recordes. Hoje a Meta, a empresa mãe do Facebook, anunciou um novo desenvolvimento de um supercomputador dedicado ao desenvolvimento de Inteligência Artificial (IA)  que diz que vai ser o mais rápido do mundo e que deverá estar totalmente construído em meados deste ano.

O AI Research SuperCluster foi desenvolvido para suportar as necessidades de computação da próxima geração de Inteligência Artificial, de forma a construir novos e melhores modelos de IA que podem aprender com biliões (trillions) de exemplos; trabalhar em centenas de diferentes idiomas; analisar perfeitamente texto, imagens e vídeo em conjunto; desenvolver novas ferramentas de realidade aumentada..

Os investigadores da Meta já começaram a utilizar o RSC para treinar grandes modelos em processamento de linguagem natural (Natural Language Processing - NLP) e visão computacional para investigação, com o objetivo de um dia treinar modelos com biliões de parâmetros.

A empresa afirma que espera que o Research SuperCluster ajude a construir sistemas de IA completamente novos que possam, por exemplo, fazer traduções de voz em tempo real para grandes grupos de pessoas, cada uma a falar um idioma diferente e colaborar num projeto de investigação ou jogar um jogo de realidade aumentada.

A expectativa é que o trabalho feito com o RSC possa abrir caminho para a construção de tecnologias para a próxima grande plataforma de computação - o metaverso, onde aplicações e produtos orientados por IA irão desempenhar um papel importante.

O Facebook trabalha com desenvolvimento de Inteligência Artificial desde 2013 e em 2017 começou a desenvolver as suas próprias infraestruturas de hardware de alto desempenho, que são críticas no treino de modelos de grande dimensão.

A primeira geração foi projetada em 2017 e é composta por 22.000 GPUs NVIDIA V100 Tensor Core num único cluster que executa 35.000 processamentos por dia. "Até agora, essa infraestrutura definiu o padrão para os investigadores da Meta em termos de desempenho, confiabilidade e produtividade", diz a empresa num post publicado no seu blog, adiantando que em 2020 foi decidido acelerar o processo através da construção de raiz de um novo supercomputador, aproveitando os novos GPUs e tecnologia de rede.

"Queríamos que essa infraestrutura fosse capaz de treinar modelos com mais de um bilião de parâmetros em conjuntos de dados tão grandes quanto um exabyte — o que, para dar uma noção de escala, equivale a 36.000 anos de vídeo de alta qualidade", refere o post.

O novo supercomputador que hoje foi anunciado é um cluster de 760 sistemas NVIDIA DGX A100  e um total de 6.080 GPUs, mais poderosos do que os utilizados na geração anterior. A comunicação é assegurada por InfiniBand NVIDIA Quantum 200 Gb/s e conta com 175 petabytes de armazenamento de Pure Storage FlashArray, 46 petabytes de cache em sistemas Penguin Computing Altus e 10 petabytes de Pure Storage FlashBlade.» in https://tek.sapo.pt/noticias/computadores/artigos/meta-reforca-metaverso-e-desenvolve-um-supercomputador-so-para-pesquisas-de-inteligencia-artificial

(Introducing the AI Research SuperCluster — Meta’s cutting-edge supercomputer for AI research)

12/01/22

Realidade Virtual - Na Turquia, um agricultor está a testar um novo método para tentar que as suas vacas produzam mais leite.


«O metaverso já chegou às quintas. Vacas usam óculos VR para produzir mais leite

Um agricultor está a equipar vacas com óculos VR para simular um pasto verdejante, para que elas sejam mais felizes e produzam mais leite.

Na Turquia, um agricultor está a testar um novo método para tentar que as suas vacas produzam mais leite. Os animais são equipados com óculos de Realidade Virtual, que simulam um ambiente num campo solarengo e verdejante. O responsável por esta ideia é Izzet Kocak.

Como o gado fica preso no interior durante os invernos frios, a ideia era usar a Realidade Virtual para enganar as vacas e fazê-las pensar que estavam realmente na natureza. O objetivo é que sejam mais felizes e, consequentemente, produzam mais leite.

Kocak garante que os óculos são seguros para as vacas, tendo sido alegadamente desenvolvidos em colaboração com uma equipa de veterinários, em Moscovo.

O agricultor turco usou os óculos VR em duas vacas até ao momento, escreve o portal Kotaku, com os resultados a revelarem-se bastante encorajadores. A sua produção de leite passou de 22 litros para 27 litros por dia.

“Elas estão a observar um pasto verde e isso dá-lhes um impulso emocional”, explicou Kocak. “Elas estão menos stressadas”.

Kocak está tão confiante nos resultados que planeia comprar e instalar o equipamento em mais dez vacas.

Relatos desta inovadora experiência replicaram-se pelas redes sociais, com muitos a compararem-na ao filme “Matrix”.

Neste popular filme de ficção científica a humanidade vive numa realidade simulada enquanto as máquinas usam os seus corpos como fontes de energia. Neste caso, os animais estão presos num mundo virtual, enganados para viver uma “vida melhor” enquanto produzem recursos para aqueles que os mantêm cativos no metaverso.» in https://zap.aeiou.pt/vacas-oculos-vr-produzir-mais-leite-456573

03/01/21

Tecnologia - Uma Internet quântica viável, segundo a qual as informações armazenadas em qubits são partilhadas por longas distâncias através do entrelaçamento quântico, inauguraria uma nova era de comunicação.


«Internet quântica mais perto do que nunca. Cientistas anunciam primeiro teletransporte de longa distância

Uma Internet quântica viável, segundo a qual as informações armazenadas em qubits são partilhadas por longas distâncias através do entrelaçamento quântico, inauguraria uma nova era de comunicação.

Uma equipa de cientistas do Department of Energy do Fermilab, da Caltech, da Harvard University, do Jet Propulsion Lab da NASA e da University of Calgary deram um passo significativo na direção de tornar a Internet quântica realidade.

De acordo com o artigo publicado no dia 4 de dezembro no PRX Quantum, a equipa conseguiu teletransportar qubits de fotões, a primeira demonstração de teletransporte quântico sustentado de longa distância. Os investigadores conseguiram que a informação atravessasse cerca de 43,4523 quilómetros de cabo de fibra ótica.

Apesar das tentativas anteriores, esta distingue-se por ser a primeira vez que o teletransporte de informação quântica se tornou possível numa distância tão longa.

Além disso, os investigadores experimentaram duas redes separadas (Caltech Quantum Network e Fermilab Quantum Network), atingindo uma fiabilidade superior a 90%.

“Estamos muito satisfeitos com os resultados”, disse Panagiotis Spentzouris, diretor do programa de ciência quântica do Fermilab e um dos co-autores do artigo. “Esta é uma conquista fundamental no caminho para a construção de uma tecnologia que redefinirá a forma como conduzimos a comunicação global”, acrescentou, em comunicado.

Para além de poder ser muito útil no desenvolvimento de um serviço de Internet quântica, este grande passo pode revolucionar o armazenamento e a computação de dados.

O teletransporte quântico baseia-se numa transição de estados quânticos de um lado para o outro. A transferência é realizada usando o entrelaçamento quântico, segundo o qual duas partículas se ligam de tal forma que as informações chegam em simultâneo, independentemente da distância.

Liliana Malainho, ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/primeiro-teletransporte-longa-distancia-369394

14/02/20

Ciência - Um grupo de cientistas encontrou sinais de rádio repetidos vindo de uma galáxia a 1,5 biliões de anos-luz de distância da Terra.


O CHIME está instalado na Colúmbia Britânica, no Canadá © DR

«Detetados sinais de rádio repetidos de uma galáxia a 1,5 biliões de anos luz

Poderosos sinais de rádio intrigam os cientistas há muitos anos. Há quem diga que são a prova de que existe vida extraterrestre.

Um grupo de cientistas encontrou sinais de rádio repetidos vindo de uma galáxia a 1,5 biliões de anos-luz de distância da Terra. Segundo o jornal Independent, é a segunda vez que são detetados sinais deste género.

Não se sabe o que está na origem do sinal, o que propicia várias especulações. Há teorias que apontam para uma explosão de estrelas, enquanto outras admitem que poderá ser uma transmissão de civilizações alienígenas lançada no espaço. Mas o certo é que as causas permanecem desconhecidas.

Os sinais detetados são explosões rápidas de rádio (FRBs), que consistem em impulsos rápidos e brilhantes. "Até agora, havia apenas um FRB repetido conhecido. Saber que há um outro sugere que pode haver mais por aí. E com mais repetidores e mais fontes disponíveis para estudo, somos capazes de entender esses enigmas cósmicos - de onde vêm e o que os causa", disse Ingrid Stairs, membro do Canadian Hydrogen Intensity Mapping Experiment (CHIME), que fez a descoberta na Colúmbia Britânica.

Das 60 FRBs detetadas até agora, apenas uma delas se repetiu (seis vezes), ao que tudo indica do mesmo local. Agora, os investigadores identificaram cerca de 13 explosões no período de três semanas, pelo menos sete das quais com uma frequência de 400 MHz, mas admite-se que o aparelho tenha deixado passar algumas com uma frequência mais baixa. "Qualquer que seja a origem destas ondas de rádio, é interessante ver a amplitude de frequência que podem produzir", afirmou Arun Naidu, da Universidade de McGill.

De acordo com os autores, que publicaram o artigo na revista Nature, a existência de dois sinais repetidos sugere que existirá uma "população substancial" de sinais repetidos, e também ajuda os cientistas a perceber o que os distingue dos sinais únicos, fornecendo mais dados sobre a sua origem.» in https://www.dn.pt/vida-e-futuro/detetados-sinais-de-radio-repetidos-de-uma-galaxia-a-15-bilioes-de-anos-luz-10417424.html


(Sinais de rádio repetidos estão vindo de uma galáxia a 1,5 bilhões de anos-luz de distância)

27/11/19

Ciência e Tecnologia - Uma quinta de Moscovo passou a colocar óculos de Realidade Virtual nas vacas para as relaxar e acalmar, de forma a aumentar a produção de leite.



«Vacas com óculos de Realidade Virtual para produzir mais leite

Uma quinta de Moscovo passou a colocar óculos de Realidade Virtual nas vacas para as relaxar e acalmar, de forma a aumentar a produção de leite.

A RusMoloko é uma quinta futurista com vacas que produzem leite. Futurista porque as vacas estão equipadas com óculos de Realidade Virtual adaptados à sua cabeça e destinados a melhorar as suas condições e relaxa-las. A pressão de se conseguir aumentar a produção de leite fez com que especialistas de Tecnologias de Informação e do setor da indústria láctea olhassem para soluções mais insólitas. Uma das conclusões é que a qualidade e quantidade do leite aumentam quando as vacas estão mais felizes e mais calmas, daí a projeção de imagens de pastos verdejantes em RV, explica o Interesting Engineering.

Nos EUA, algumas quintas usam escovas rotativas para massajar as vacas, na Europa há soluções robotizadas para que os animais possam circular mais livremente e na Rússia alguns locais têm uma transmissão de música clássica a partir de grandes altifalantes. Com este contexto, é fácil perceber que passar para a RV não foi um passo tão insólito.

Os óculos foram produzidos em parceria com veterinários e ajustados à estrutura de uma cabeça de uma vaca, bem como às suas características de visão, nomeadamente à capacidade de ver cores. O programa carregado em Realidade Virtual simula que a vaca está em campos verdes.

A experiência de utilização mostra que há uma diminuição na ansiedade de todo o rebanho com estes óculos, mas ainda não é possível apurar se há uma relação direta que se traduza num aumento de leite produzido.» in http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/insolitos/2019-11-26-Vacas-com-oculos-de-Realidade-Virtual-para-produzir-mais-leite

05/07/18

Tecnologia - O físico Tim Berners-Lee está chocado com a conversão da sua invenção "A Internet" na grande bolha de “espionagem” que se tornou a net.



«O homem que criou a internet lamenta no que ela se transformou e quer voltar às raízes

O físico Tim Berners-Lee está chocado com a conversão da sua invenção na grande bolha de “espionagem” que se tornou a net. E já começou lutar contra isso

A Rússia a interferir nas eleições americanas de 2016; o Facebook a disponibilizar dados de 80 milhões de pessoas a uma empresa (Cambridge Analytica) que trabalhava para a campanha de Donald Trump; a Goggle a deixar que terceiros leiam os emails dos seus clientes. Foi para isto que se fez a Internet? A resposta é um rotundo não.

Tim Berners-Lee, o homem que inventou a World Wide Web (WWW), vulgarmente conhecida como Internet, ficou “devastado” como os mais recentes acontecimentos que descaracterizaram por completo o que ele, um dia, há quase 30 anos, deu ao mundo: o poder de comunicarmos uns com os outros de forma livre e de graça.

Numa entrevista à revista Vanity Fair (edição americana) Berners-Lee, hoje com 63 anos, conta como tudo começou e como ele não quer que acabe, tendo já posto mãos à obra, neste caso no teclado, para fazer uma re-descentralização da internet, mas já lá vamos.

Formado em física, na britânica universidade de Oxford, Berners-Lee construiu o seu primeiro computador no início dos anos 1970, a partir de uma velha televisão e alguma solda de ferro. Filho de pais ligados ao universo dos computadores, não tinha grandes planos para o futuro. Passou por várias empresas como programador até que, no início da década de 1980, começou a trabalhar como consultor da CERN – European Organization For Nuclear Research (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), perto de Genebra, na Suíça. Foi aí que tudo mudou.


Tim Berners-Lee, em 1994, no CERN - European Organization for Nuclear Research (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), em Genebra, na Suíca, local onde criou a Internet CERN

Quando, em 1989, lhe pediram para desenvolver um programa para ajudar os cientistas a partilhar dados através de um sistema que já existia acabou por criar a Internet ao disponibilizar, publicamente, o código fonte do programa. O seu intuito foi criar uma plataforma democrática e aberta para todos. A sua vida acabaria por mudar radicalmente. Considerado, pela revista Time, uma das pessoas mais importantes do séc. XX, recebeu várias condecorações e foi ordenado cavaleiro pela rainha de Inglaterra.

SOLID CONTRA OS GIGANTES DA NET
Mas a sua invenção cedo ganhou vida própria e fugiu-lhe da mão. Refira-se que Lee nunca lucrou diretamente com a sua criação e tem tentado sempre preservar os princípios para os quais a desenvolveu e deu ao mundo. A desilusão de ver a Internet distorcida leva-o a dizer à revista: “A Web falhou. Em vez de servir a Humanidade, como era suposto fazer, falhou em muitas partes”. A centralização da Internet, com a Google, a Amazon e o Facebook a controlarem quase tudo o que acontece na rede, “acabou por produzir – sem a intenção das pessoas que fizeram esta plataforma – um fenómeno em larga escala que é anti-humano", diz.

Se, no início, a net era aberta, livre e sem empresas gigantes que a controlassem, hoje o mundo dos dados pessoais vale largas centenas de milhões de euros. Lee é da opinião de que nem tudo está perdido e, por isso, pôs as mãos no teclado para inverter a situação. O seu objetivo é recentralizar a Internet e dar às pessoas o controlo dos seus dados. Como? Está a desenvolver um programa para retirar o poder às empresas e devolvê-lo às suas raízes democráticas. O Solid, assim se chama o software, está a ser desenvolvido com a ajuda de vários programadores – mais uma vez de forma aberta, qualquer um pode participar – e pretende ser uma plataforma que dá aos consumidores o controlo dos seus dados e conteúdos que consultam da net, em vez de dar o poder a empresas como o Facebook fazerem o que quiserem deles.

O Solid ainda não está concluído, embora Berners-Lee esteja a trabalhar a todo o vapor, mas todos sabem que a tarefa não vai ser fácil. Os gigantes da Internet vão ripostar. Estão em causa muitos milhões de euros. Mas o físico não baixa os braço e diz que qualquer um pode fazer a sua parte. “Não é preciso ser programador. Apenas ter coração para dizer que já chega. Pegue no seu cartaz e vá para a rua.”» in http://visao.sapo.pt/actualidade/mundo/2018-07-05-O-homem-que-criou-a-internet-lamenta-no-que-ela-se-transformou-e-quer-voltar-as-raizes


(Tim Berners-Lee e a próxima Web)

12/02/18

Ciência e Tecnologia - No ano em que (finalmente) a ponte Hong Kong–Zhuhai–Macau estará pronta, tornando-se a maior travessia sobre o mar do mundo, a economia marítima de Zhuhai teve um novo impulso, com o anúncio da construção de um campo de testes offshore para navios autónomos, noticia o Business Insider.



«China constrói área de testes para barcos não tripulados

A construção começou no passado sábado em Zhuhai, na província de Guangdong, no sul da China. O campo de teste marítimo de Wanshan vai abranger uma área de 771 quilómetros quadrados (297 milhas).

No ano em que (finalmente) a ponte Hong Kong–Zhuhai–Macau estará pronta, tornando-se a maior travessia sobre o mar do mundo, a economia marítima de Zhuhai teve um novo impulso, com o anúncio da construção de um campo de testes offshore para navios autónomos, noticia o Business Insider.

Vão ser instalados no projeto dispositivos de internet, instalações de comunicação e iluminação, com o sistema a ser também  equipado com radares de navegação, cais de ancoragem automáticos e outros auxiliares para permitir o teste dos navios em cenários variados e multidimensionais.

Tudo isso permitirá testar tecnologias e recolher dados, em tempo real,  do desempenho dos barcos autónomos na prevenção de obstáculos, na pilotagem remota, em operações autónomas.

O projeto, que irá ocupar uma área de cerca de 297 milhas, resulta de uma parceria entre o governo de Zhuhai, a China Classification Society (CCS), a Wuhan University of Technology e a Zhuhai Yunzhou Intelligence Technology.

Em dezembro, a China terá realizado um primeiro teste com barcos autónomos, destacando-se o Huster-68,  de 6,8 metros, que, juntamente com outros veículos de superfície não tripulados, realizou uma patrulha ao redor do Reservatório Songmushan.» in https://tek.sapo.pt/noticias/computadores/artigos/china-constroi-area-de-testes-para-barcos-nao-tripulados

02/01/18

Robótica - A partir de fevereiro, o Hospital Universitário de Nagoya vai contar com quatro robots, entre as cinco da tarde e as oito horas da manhã, para ajudar os seus funcionários, entregando remédios e amostras de teste, mesmo entre os andares do hospital.



«Robots vão ajudar enfermeiros em hospital japonês

O sistema foi desenvolvido em conjunto pela Universidade de Nagoya e pela Toyota e tem como base a tecnologia para veículos autónomos. O objetivo é reduzir a carga de trabalho dos enfermeiros e outros membros das equipas hospitalares no turno da noite.

A partir de fevereiro, o Hospital Universitário de Nagoya vai contar com quatro robots, entre as cinco da tarde e as oito horas da manhã, para ajudar os seus funcionários, entregando remédios e amostras de teste, mesmo entre os andares do hospital.

Com a aparência de um frigorífico móvel, cada robot tem 125 centímetros de altura,  50 centímetros de largura e “viajam” a uma velocidade de 3.6km/h. Têm ainda capacidade para 90 litros, podem transportar até 30 quilos e, quando precisam de recarga, vão automaticamente para uma estação de carga.

Os robots farão as suas rotas entre a unidade de Cuidados Intensivos Cirúrgicos do hospital, o departamento de Farmácia Hospitalar e o departamento de Laboratório Clínico, e trabalhadores registados, como enfermeiros e farmacêuticos, podem usar um tablet para chamar um deles e designar o seu destino.

Através da consulta da planta do hospital, de dispositivos com radar e de várias câmaras, os robots têm um campo de visão de 360 graus, que lhes permite que, no caso de alguém se colocar no seu caminho durante a entrega dos materiais, se consigam desviar automaticamente ou pedir “com licença, deixe-me passar”.

Dependendo do resultado da experiência, as autoridades hospitalares poderão expandir o uso dos robots, sendo que o objetivo primordial é “garantir que os enfermeiros e outros profissionais se  possam concentrar mais nos seus deveres primários”, disse Naoki Ishiguro, diretor do hospital, segundo a publicação The Asahi Shimbun» in https://tek.sapo.pt/noticias/computadores/artigos/robots-vao-ajudar-enfermeiros-em-hospital-japones

10/10/17

Ciência e Tecnologia - O penso tem um microprocessador do tamanho de um selo e pode ser controlado à distância através de um smartphone ou outro dispositivo.



«Investigadores criam curativo inteligente ativado remotamente

O penso tem um microprocessador do tamanho de um selo e pode ser controlado à distância através de um smartphone ou outro dispositivo. Esta inovação pretende evitar infeções e reduzir o tempo de cicatrização.

Desenvolvido por cientistas da Universidade de Nebraska-Lincoln, da Harvard Medical School e do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), o curativo é feito de fibras de algodão condutoras, revestidas por um gel no qual são incorporados antibióticos, elementos para regeneração dos tecidos, analgésicos e outras medicações.

Cada fibra pode ser carregada individualmente com um fármaco específico necessário a cada tratamento. Um microcontrolador, ativado remotamente, provoca uma pequena tensão elétrica que aquece as fibras e o hidrogel do penso e, consequentemente, liberta o medicamento na pele.

O dispositivo é capaz de controlar cada uma de suas fibras e distribuir com precisão a dose dos remédios de acordo com o horário de prescrição de cada um.

“Esta combinação e controlo pode melhorar e acelerar substancialmente o processo de cicatrização das feridas”, afirma Ali Tamayol, professor de engenharia mecânica e de materiais da Universidade de Nebraska-Lincoln, o que é “uma grande vantagem em comparação com outros sistemas”.

Prevê-se que o sistema seja usado inicialmente para tratar feridas cutâneas crónicas provenientes de diabetes, que, por norma, têm um longo processo de cicatrização.

O curativo poderá também ser usado em soldados feridos em combate.  Devido à sua versatilidade e customização, servirá para estimular uma cicatrização mais rápida de feridas de bala e estilhaços ou impedir o aparecimento de infecções em ambientes remotos.

Apesar do sistema ainda ter que passar por vários testes, os investigadores estão também a trabalhar na incorporação de sensores capazes de medir a glicose, o pH e outros indicadores relacionados à saúde do tecido da pele.» in http://tek.sapo.pt/multimedia/artigos/investigadores-criam-curativo-inteligente-ativado-remotamente


(Cientistas criam penso inteligente)

30/06/17

Tecnologia - Um grupo de cientistas da Universidade do Oeste de Inglaterra conseguiram carregar a bateria de um smartphone através de urina humana.



«A URINA NÃO É DE TODO INÚTIL. CIENTISTAS CONSEGUIRAM USÁ-LA PARA CARREGAR O TELEMÓVEL

Já é possível carregar telemóveis comerciais através de urina humana. A tecnologia foi inventada por uma equipa de cientistas britânicos, segundo um estudo publicado na revista "Physical Chemistry Chemical Physics".

Um grupo de cientistas da Universidade do Oeste de Inglaterra conseguiram carregar a bateria de um smartphone através de urina humana.

Segundo o jornal "El Mundo", os cientistas utilizaram células de combustível biológico, alimentados com urina humana, capazes de produzir energia para carregar parcialmente a bateria de smartphones.

A tecnologia funciona com uma pilha que contém bactérias, que decompõem a matéria orgânica gerando energia suficiente para enviar mensagens.

Ioannis Ieropoulos, cientista que participou neste estudo, afirma que "este projeto tem como objectivo transformar o lixo em algo útil". "A urina é uma fonte sem fim", ao contrário do sol e do vento por exemplo, disse ainda.

Os investigadores foram capazes de ter energia suficiente para enviar mensagens, navegar pela Internet e fazer uma curta chamada.

A equipa continua as investigações, isto porque o objetivo final é que seja possível recarregar totalmente uma bateria.» in http://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/a-urina-nao-e-de-todo-inutil-cientistas-conseguiram-usa-la-para-carregar-o-telemovel

01/03/17

Biotecnologia - Andrew Pelling é docente na Universidade de Ottawa, no Canadá, e como biofísico tem recorrido a vários frutos, legumes e até flores para ajudar a reconstruir o corpo humano.



«Cientistas usam maçã e criam tecido humano para transplante

Sim, são maçãs daquelas que come quando lhe apetece e não tenha dúvidas que a tecnologia vai mostrar a maçã de outro ponto de vistas.

Para o biofísico canadiano Andrew Pelling, a maçã pode servir para ajudar “produzir” uma orelha para um ser humano… e não só!

Andrew Pelling é docente na Universidade de Ottawa, no Canadá, e como biofísico tem recorrido a vários frutos, legumes e até flores para ajudar a reconstruir o corpo humano. O foco destas políticas de utilização dos produtos “convencionais” está na intenção de desenvolver novos métodos e mais baratos para a chamada medicina regenerativa.

Recentemente, Pelling e sua a equipa removeram as células e o ADN de uma maçã, até que apenas restou a sua estrutura de celulose – a mesma que deixa a fruta crocante. Existente na maioria dos vegetais e de característica fibrosa, a celulose é responsável por dar a rigidez e firmeza às plantas e não é digerida pelos seres humanos.

Essa parte mais rija ofereceu aos cientistas a estrutura necessária e útil para os implantes de células vivas em laboratório, incluindo células humanas. Num segundo momento, a equipa esculpiu maçãs num formato de orelha, e usou os “esqueletos” de celulose resultantes para implantar as células humanas, recriando “orelhas”.

Trata-se de um material de baixo custo com o qual se pode criar diferentes estruturas. O material abre várias possibilidades para a medicina regenerativa.

Referiu à BBC Andrew Pelling numa entrevista.

Há uma enorme necessidade neste tipo de suportes para a medicina regenerativa levar a cabo os implantes em pacientes com tecidos danificados ou doentes. Os médicos e dentistas usam essas estruturas para fazer enxertos de pele e de osso e para reparar joelhos danificados, ligamentos e gengivas.

Órgãos custarão cêntimos?

Claro que o mercado tem outras opções e são as que têm sido utilizadas no mundo, contudo, são muito caras. Estes excertos podem custar de 30 dólares até 1500 dólares cada centímetro quadrado e o material usado, por norma, são derivados de animais ou cadáveres humanos.

Ao recorrer a este novo método, os custos serão completamente diferentes, a estrutura feita a partir da maçã custa cêntimos de dólar.

Na experiência realizada, Pelling transplantou as estruturas de celulose numa cobaia e observou a formação dos vasos sanguíneos. Atualmente, nos testes estão a usar outros produtos, como espargos, pétalas de flores e outras frutas, legumes e verduras. Pelling suspeita que a estrutura das pétalas de flores – fina e plana – pode ser ideal para produzir pele enquanto o formato dos espargos seria útil para estimular o crescimento de nervos e vasos sanguíneos.

Medicina regenerativa

Este braço da medicina tem sofrido um enorme avanço na última década. Os investigadores já conseguiram criar artificialmente traqueias e bexigas e agora trabalham para produzir órgãos mais complexos.

O próximo desafio é saber se poderemos trabalhar com organismos mais complicados, órgãos, músculos ou ossos.

Refere o cientistas que pensa já no avanço desta experiência.

A equipa espera poder desenvolver materiais de baixo custo e “de código aberto” (ou seja, capaz de ser adaptado e aperfeiçoado por outros cientistas) que ajudem a impulsionar a revolução.» in https://pplware.sapo.pt/gadgets/high-tech/cientistas-usam-maca-e-criam-tecido-humano-para-transplante/ 

13/01/17

Ciência e Tecnologia - A Noruega vai começar, na próxima semana, a desligar os emissores de rádio FM, tornando-se no primeiro país do mundo a fazer a transição para a rádio digital.



«Noruega desliga emissão de rádio FM e será o primeiro país do mundo a fazê-lo

A Noruega vai começar, na próxima semana, a desligar os emissores de rádio FM, tornando-se no primeiro país do mundo a fazer a transição para a rádio digital.

O fim do FM tem início na próxima quarta-feira, na província de Nordlan, e continuará de forma progressiva nos meses seguintes nas restantes 18 províncias do país, sendo que o processo deverá estar concluído a 13 de dezembro.

Isto acontecerá apenas nas rádios de emissão nacional e em algumas regionais, sendo que a maioria das estações de rádio locais podem continuar a fazê-lo.

O parlamento norueguês tomou esta decisão em maio de 2011, numa medida que foi apresentada pelo anterior Executivo de centro-esquerda e que contou com o apoio de todas as forças políticas, com exceção do Partido do Progresso, parceiro do atual Governo de coligação de direita.

De acordo com o ministério da Cultura da Noruega, a digitalização das estações de rádio permitirá poupar cerca de 22,2 milhões de euros anualmente.» in http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2017-01-06-Noruega-desliga-emissao-de-radio-FM-e-sera-o-primeiro-pais-do-mundo-a-faze-lo