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12/08/20

Ciência - Um novo estudo mostra que os seres humanos podem ter “reciclado” uma região-chave do cérebro para os ajudar a dar sentido à palavra escrita.


«Humanos podem ter “reciclado” região do cérebro quando aprenderam a ler

Um novo estudo mostra que os seres humanos podem ter “reciclado” uma região-chave do cérebro para os ajudar a dar sentido à palavra escrita.

De acordo com o site Science Alert, em testes com macacos-rhesus, os cientistas demonstraram que uma região chamada córtex temporal inferior foi capaz de fornecer as informações essenciais de que precisamos para transformar sequências de letras em algo mais significativo.

Este comportamento sugere que, em vez de desenvolver novas áreas do cérebro especificamente para a leitura, os humanos podem ter reaproveitado a mesma região enquanto desenvolviam a capacidade de reconhecer palavras à medida que eram escritas (o chamado processamento ortográfico).

Nos novos experimentos, os cientistas monitorizaram cerca de 500 zonas neurais usando elétrodos implantados, enquanto os animais viam cerca de duas mil palavras e não-palavras.

Esses dados foram alimentados num modelo informático chamado classificador linear, que foi treinado para usar a atividade medida para fazer uma suposição inteligente sobre a natureza de cada sequência de letras.

O modelo mostrou que a atividade cerebral era de facto capaz de fornecer informações que um primata precisaria para realizar tarefas ortográficas, incluindo a interpretação de imagens para distinguir entre palavras e não-palavras.

Na verdade, o classificador linear poderia usar essa saída neural para dizer essa diferença com uma precisão de cerca de 70%, comparável a um estudo, de 2012, de babuínos que foram treinados para fazer a mesma coisa.

O estudo também apoia a ideia de que os humanos pegaram nos mecanismos evoluídos do córtex temporal inferior e os reaproveitaram para dar um sentido adequado às palavras e aos símbolos – embora sejam necessários mais estudos para saber com certeza.

O estudo científico foi publicado, a 4 de agosto, na revista científica Nature Communications.» in https://zap.aeiou.pt/humanos-reciclado-regiao-cerebro-ler-339804

04/08/20

Ciência - Um novo estudo mostra que um remédio medieval com cerca de mil anos pode ter resultados positivos onde muitos antibióticos modernos estão a começar a falhar.

«Remédio medieval mata bactérias resistentes a antibióticos

Um novo estudo mostra que um remédio medieval com cerca de mil anos pode ter resultados positivos onde muitos antibióticos modernos estão a começar a falhar.

De acordo com o site Science Alert, o “ancientbiotic” (junção das palavras inglesas “ancient” – antigo – e “antibiotic” – antibiótico), como os cientistas lhe estão a chamar, foi encontrado num dos primeiros livros médicos conhecidos da Inglaterra medieval: o “Bald’s Leechbook”, também chamado “Medicinale Anglicum”.

Com base em pesquisas anteriores, os cientistas mostraram que esta mistura de ingredientes naturais, como alho, cebola ou alho-porro, bílis de vaca e vinho, pode ter propriedades anti-sépticas poderosas. Aliás, parece funcionar contra uma série de bactérias perigosas que se tornaram resistentes a vários fármacos modernos.

No passado, já se tinha demonstrado que este remédio mata a Staphylococcus aureus. Agora, o novo estudo, liderado pela investigadora Jessica Furner-Pardoe, da Universidade de Warwick, no Reino Unido, apoia esses resultados: Mesmo quando as bactérias formaram estruturas particularmente robustas, conhecidas como biofilmes, esta ‘mezinha’ foi eficaz.

Melhor ainda, o remédio medieval parece funcionar com outras bactérias igualmente resistentes, como é o caso da Acinetobacter baumanii, Stenotrophomonas maltophilia, Staphylococcus epidermidis e Streptococcus pyogenes.

Mas há um problema. Os ingredientes do remédio funcionam melhor como agente antimicrobiano apenas na sua forma final. Quando os investigadores tentaram separar ou purificar cada elemento, estes não foram tão eficazes a matar estirpes bacterianas.

Os autores pensam que pode ser por isso que os remédios à base de plantas não resistiram ao escrutínio científico até agora. No desenvolvimento e na pesquisa de medicamentos, é comum isolar compostos isolados.

Neste novo estudo, por exemplo, o vinho mostrou pouca atividade antimicrobiana por si só, tanto para as bactérias como para os biofilmes. Mas isso não significa que não tenha importância. Quando os autores o removeram da receita, houve uma grande queda na atividade contra os biofilmes da S. aureus, o que sugere que este possui algumas propriedades antimicrobianas importantes. E isto também aconteceu com a cebola e a bílis.

Segundo o mesmo site, ainda são necessárias investigações mais aprofundadas, mas a mistura não mostrou danos para as células humanas ou para as cobaias usadas em laboratório.

“A maioria dos antibióticos que usamos atualmente são derivados de compostos naturais, mas o nosso trabalho destaca a necessidade de explorar não apenas os compostos isolados, mas misturas de produtos naturais para o tratamento de infeções por biofilmes”, afirma a microbióloga Freya Harrison, outra das autoras do estudo publicado, no dia 28 de julho, na revista científica Scientific Reports.» in https://zap.aeiou.pt/remedio-medieval-mata-bacterias-338146