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10/11/23

Arte Desenho - Os esboços de Michelangelo foram descobertos em 1975 por Paolo Dal Pogetto, então diretor das Capelas dos Médici, atrás de paredes de gesso numa sala que era frequentemente usada para armazenar carvão.



«Desenhos extraordinários de Michelangelo ficaram escondidos numa sala secreta durante 400 anos

Nas paredes estão desenhos que ficaram escondidos do mundo por mais de 400 anos e são atribuídos ao génio renascentista Michelangelo (1475-1564).

Mas, finalmente, esta sala estreita escondida sob as Capelas dos Médici, em Florença, na Itália, abrirá as suas portas ao público pela primeira vez a 15 de novembro.

Os esboços foram descobertos em 1975 por Paolo Dal Pogetto, então diretor das Capelas dos Médici, atrás de paredes de gesso numa sala que era frequentemente usada para armazenar carvão.

Dal Pogetto encontrou os desenhos após descobrir um alçapão escondido sob um armário, enquanto procurava um lugar para fazer uma saída alternativa do museu. O acesso ao quarto é através de uma escadaria estreita.

Ao mandar remover o gesso das paredes, Dal Pogetto deparou-se com os desenhos, feitos com carvão e giz. Segundo especialistas, os esboços são semelhantes a algumas obras renomadas do artista, como David e os afrescos da Capela Sistina.

“Ele desenhou coisas do passado como se estivesse a fazer uma viagem pela memória… era como ter um álbum das suas obras“, disse Paola D’Agostino, diretora dos Museus Bargello, ao qual pertencem as Capelas dos Médici.

D’Agostino acrescentou que os desenhos estão em condições “notavelmente boas” e que “não há nada parecido no mundo dos desenhos do século XVI”.

D’Agostino, diretor dos Museus Bargello, explicou que, devido ao tamanho da abóbada e para proteger os desenhos, não entrarão mais de quatro pessoas por vez no local.

As visitas durarão no máximo 15 minutos e serão alternadas com intervalos de 45 minutos de total escuridão. Os bilhetes terão um custo de 20 euros por pessoa, além da entrada no museu.

Acredita-se que Michelangelo tenha criado alguns destes desenhos em 1530, enquanto estava escondido para escapar de uma sentença de morte ordenada pelo Papa Clemente VII, que fazia parte da família Médici.

Os Médici eram a família mais rica de Florença e os governantes de facto da cidade e também foram um dos principais mecenas de Michelangelo.

Em 1527, a poderosa família foi expulsa da cidade e uma república foi lá estabelecida, com a qual Michelangelo colaborou.

Assim, quando os Médici retomaram o controle de Florença, o artista tornou-se seu inimigo e teve que desaparecer do mapa durante alguns meses para evitar ser morto.

Provavelmente foi nessa época que ele fez os desenhos na sala escondida. Mais tarde, foi perdoado pelos Médici. A autoria dos desenhos, no entanto, é cercada de polémica.

Alguns acreditam ser improvável que Michelangelo tenha passado meses no auge de sua carreira um retiro tão sombrio.

O diretor do museu observa, no entanto, que “a maioria dos estudiosos concorda que certamente há a mão de Michelangelo em alguns destes desenhos”.

ZAP // BBC» in https://zap.aeiou.pt/os-desenhos-extraordinarios-de-michelangelo-que-ficaram-escondidos-numa-sala-secreta-durante-400-anos-566487


Michelangelo: A collection of Drawings - (HD)

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#capelasdosmédici    

30/10/18

Arte Desenho - O primeiro desenho original criado por um robô, concebido por Leonel Moura, artista pioneiro nesta área, em Portugal, foi vendido em leilão, por 5.000 euros, em Lisboa, revelou hoje à agência Lusa fonte da leiloeira.



«Desenho criado por robô do artista Leonel Moura vendido por 5.000 euros

O primeiro desenho original criado por um robô, concebido por Leonel Moura, artista pioneiro nesta área, em Portugal, foi vendido em leilão, por 5.000 euros, em Lisboa, revelou hoje à agência Lusa fonte da leiloeira.

Contactado pela Lusa, Filipe Costa, assessor da leiloeira Cabral Moncada, indicou que a obra foi comprada por um colecionador particular durante o leilão presencial que decorreu na segunda-feira à noite, em Lisboa.

"É um facto histórico porque é a primeira vez, de que tenhamos conhecimento, que uma obra desta natureza é vendida em leilão, em Portugal", comentou o responsável.

Intitulada "SP0008", a pintura de 30 por 30 centímetros foi realizada em acrílico sobre papel, e está assinada e datada de 10 de janeiro de 2002.

Nessa data, o artista Leonel Moura colocou um pincel, mergulhado em tinta azul, num braço robótico comandado por um programa de Inteligência Artificial (IA), que desenhou autonomamente um conjunto de linhas numa composição abstrata.

O desenho foi capa da revista do MIT (Massachusetts Institute of Technology)“Artificial Life”, em 2008, despertando o interesse do meio científico, e também da revista Flash Art, dedicada à arte contemporânea, que o reproduziu na edição de setembro de 2017, num artigo dedicado à nova arte de base digital.

A obra já não pertence ao artista Leonel Moura, e tinha sido apresentada para venda em leilão por um particular.

Contactado pela Lusa, Leonel Moura, mostrou-se surpreendido com a venda, assinalando que "contou também o fator raridade".

"Estas obras são raras no contexto da arte contemporânea. E essa é uma qualidade muito apreciada pelos colecionadores”, comentou.

A venda de uma obra de arte criada por IA "significa que finalmente a arte robótica entrou no mercado da arte em Portugal", acrescentou.

Em março deste ano, o artista português apresentou um conjunto de robôs pintores, de sua autoria, numa exposição sobre o uso destas máquinas na arte, realizada no Grand Palais, em Paris.

A mostra constituiu uma das primeiras abordagens museológicas desta nova forma de arte, e reuniu obras de alguns artistas que foram precursores mundiais, como Jean Tinguely, e outros nomes, como Nicolas Schöffer, Patrick Tresset, So Kanno, Takahiro Yamaguchi, J. Lee Thompson, e Arcangelo Sassolino.

Intitulada “Artistes & Robots”, a mostra apresentou, entre peças de outros artistas, um conjunto de robôs de Leonel Moura que criavamm, em tempo real e de forma autónoma, pinturas originais.

A peça de Moura era uma arena, no interior da qual se encontram os robôs em ação, e nas paredes são apresentadas duas grandes pinturas finalizadas, podendo os visitantes observar ao vivo a 'performance' robótica e o resultado.

Em Portugal, Leonel Moura é um artista pioneiro da aplicação da inteligência artificial e da robótica na arte, e tem realizado exposições, conferências e livros em todo o mundo sobre a IA.

Entre outras obras, Leonel Moura publicou, em 2013, "Robot Art", com o essencial do seu trabalho com robôs aplicados à arte, e, em 2016, "Robots and Art", editado pela Springer, com textos de artistas de referência nesta área.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/desenho-criado-por-robo-do-artista-leonel-moura-vendido-por-5-000-euros
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