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04/06/24

Política de Energia - A Coreia do Sul lidera os esforços para criar um motor de combustão a hidrogénio — que, ao contrário dos motores de células de hidrogénio, que convertem o hidrogénio em eletricidade num processo químico, queimam o hidrogénio para produzir energia, tal como os motores a gasolina tradicionais.



«Adeus gasolina? Novo motor de combustão a hidrogénio está a caminho

A Coreia do Sul lidera os esforços para criar um motor de combustão a hidrogénio — que, ao contrário dos motores de células de hidrogénio, que convertem o hidrogénio em eletricidade num processo químico, queimam o hidrogénio para produzir energia, tal como os motores a gasolina tradicionais.

Esta abordagem inovadora, liderada pelos fabricantes de automóveis coreanas Kia e Hyundai, também está a ganhar força na Volvo, que planeia desenvolver a sua própria versão da tecnologia.

Os motores de combustão a hidrogénio representam uma mudança significativa.

Ao contrário das células de combustível de hidrogénio, que convertem o hidrogénio em eletricidade através de um processo químico, os motores de combustão de hidrogénio queimam o hidrogénio para produzir energia, tal como os motores a gasolina tradicionais.

Este método promete autonomia e tempos de reabastecimento semelhantes aos dos motores de combustão convencionais, realça o Popular Mechanics.

Uma das principais vantagens dos motores de combustão a hidrogénio é a sua compacidade. Ao contrário das células de combustível, que requerem muito espaço e novos sistemas para converter o hidrogénio em eletricidade e alimentar um motor elétrico, os motores de combustão a hidrogénio são mais simples de integrar nos modelos de veículos existentes. Isto pode potencialmente reduzir os custos e facilitar a transição para fontes de energia mais limpas.

No entanto, há desafios a ultrapassar. A combustão do hidrogénio gera temperaturas elevadas, o que exige designs de motor avançados e materiais que possam suportar estas condições.

A Volvo planeia resolver este problema utilizando um tipo de biodiesel. Este biodiesel ajudará a inflamar o hidrogénio na câmara de combustão, acionando os pistões e alimentando o motor. Este método requer uma tecnologia sofisticada de injeção de combustível e materiais compatíveis com o hidrogénio.

A Kia e a Hyundai pretendem ter um motor de combustão a hidrogénio pronto para automóveis de passageiros até 2025. A Volvo, por outro lado, planeia realizar testes na estrada de camiões movidos a hidrogénio até 2026.

“Os camiões com motores de combustão interna tradicionais movidos a hidrogénio terão o mesmo desempenho e fiabilidade que os nossos camiões a diesel, mas com emissões de CO2 significativamente mais baixas. Complementarão eficazmente os nossos camiões elétricos a bateria”, disse Jan Hjelmgren, diretor de gestão de produtos e qualidade da Volvo Trucks.

No entanto, alguns críticos referem que os motores de combustão a hidrogénio continuam a produzir emissões. No entanto, a Volvo acredita que, ao utilizar materiais renováveis, pode atingir níveis de emissões que qualificam estes motores como “veículos de emissões zero” ao abrigo das normas da União Europeia.

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/motor-combustao-a-hidrogenio-caminho-605013


(OS MOTORES DE COMBUSTÃO A HIDROGÊNIO 100% ECOLÓGICOS DA TOYOTA)


#energia    #hidrogénio    #motor    #combustão    #fontes    #energia    #alternativas

03/06/24

Energia Solar - A Alemanha instalou mais capacidade solar do que a procura dos consumidores exige.



«Abaixo de zero: os preços da energia solar estão diferentes na Alemanha

Um país onde há excesso de energia. A Alemanha instalou mais capacidade solar do que a procura dos consumidores exige.

Há muitos países que têm pressa para instalar mais formas de produzir energias renováveis.

Há um país que tem pressa para reduzir a produção de energias renováveis. Neste caso, de energia solar.

A Alemanha instalou mais capacidade solar do que a procura dos consumidores exige. Há mais oferta do que procura.

Dados recentes do banco sueco SEB mostram que, ao longo de 10 dias em Maio, os produtores solares tiveram de aceitar uma redução de preço de 87% durante as horas de produção.

Aliás, durante esse período, quando a produção atingiu o pico, os preços caíram bem abaixo de zero.

Em média, o preço recebido foi de sensivelmente 9 euros por megawatt-hora, significativamente abaixo dos 70,6 euros pagos durante as horas sem energia solar, explica o Business Insider.

“Isto é o que acontece com os preços da energia quando o volume de energia não regulada se torna igual ou maior do que a procura: os preços colapsam quando a energia não regulada produz mais”, escreveu o banco sueco.

Em 2023 houve uma vaga recorde de instalações solares. A capacidade solar total chegou aos 81,7 gigawatts no final do ano passado; a procura ficou-se pelos 52,2 gigawatts, cerca de dois terços da produção total.

É uma diferença que se acentua no Verão, quando há naturalmente um pico de produção e menor procura.

Mas isto não significa que os alemães estejam a ter energia de borla em casa. É que a maioria da energia é consumida de noite, longe dos picos de produção – ou seja, longe dos momentos com preços mais baixos.

Este nível de rentabilidade pode travar a expansão solar na Alemanha.

O corte de energia proveniente da Rússia originou maior aposta na energia verde, em diversos países europeus – e já houve outros momentos em que os preços caíram abaixo de zero.

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/precos-energia-solar-abaixo-zero-605564


#energia    #renovável    #solar    #alemanha    #capacidade    #instalada    #verde  

#excesso     #preço    #desce

09/01/24

Energia Alternativa - Uma empresa britânica desenvolveu um tipo de combustível de aviação feito inteiramente de dejetos humanos.



«O novo combustível de aviação feito inteiramente de fezes humanas

Uma empresa britânica desenvolveu um tipo de combustível de aviação feito inteiramente de dejetos humanos.

Químicos de um laboratório em Gloucestershire, na Inglaterra, transformaram os resíduos em querosene.

"Queríamos encontrar uma matéria-prima de valor realmente baixo que fosse altamente abundante. E, claro, o cocô é abundante", diz James Hygate, CEO da Firefly Green Fuels.

Testes independentes realizados por reguladores internacionais de aviação determinaram que o resultado é quase idêntico ao combustível fóssil padrão usados em aviões.

A equipe da Firefly trabalhou com a Universidade de Cranfield, na Inglaterra, para examinar o impacto do carbono no ciclo de vida do combustível.» in https://www.bbc.com/portuguese/articles/cevqy2jr848o


(Como funciona o novo combustível à base de fezes humanas? PARAFUSO)


#energia    #alternativa    #dejetoshumanos    #combustível    #aviação

#querosene    #combustívelfóssil     #inglaterra    #gloucestershire

24/10/23

Política Energética - 17 de outubro foi um dia histórico para a energia portuguesa: foi atingido um novo máximo histórico de 108 Gigawatts-hora de energia eólica — 69% do consumo de energia elétrica do país.



«Obrigado, ventania: produção de energia eólica atinge máximo histórico

17 de outubro foi um dia histórico para a energia portuguesa: foi atingido um novo máximo histórico de 108 Gigawatts-hora de energia eólica — 69% do consumo de energia elétrica do país. Depressão Aline ajudou.

A produção de energia eólica abasteceu 69% do consumo de energia elétrica no país, no dia 17 de outubro, com a produção de 108 Gigawatts-hora (GWh), um novo máximo histórico, segundo dados da Redes Energéticas Nacionais (REN), divulgados esta segunda-feira.

Segundo a REN, o anterior máximo tinha sido registado em 16 de janeiro deste ano e era de 106,3 GWh.

“Verificando o mix de produção nesse dia, percebe-se que a produção renovável abasteceu 92% do consumo diário, que totalizou 146 GWh”, apontou a REN no comunicado.

No dia 17 de outubro, a produção de energia eólica atingiu também um novo pico de 4.843 Megawatt (MW), às 02:30, ultrapassando o anterior recorde de 4.785 MW, atingidos em 03 de março de 2022.

Em média, referiu a REN, a produção eólica abastece cerca de 25% do consumo nacional de energia elétrica. Na semana passada, o sistema nacional esteve três dias (entre dia 18 e dia 20) sem produção de energia elétrica através de gás.

A energia eólica em Portugal, bem como de outras energias renováveis, é de tal forma relevante que o país já foi reconhecido internacionalmente, posicionando-se entre os maiores produtores.

As vantagens prendem-se ao facto de ser renovável, não emitir gases com efeito de estufa e à criação de empregos, bem como à redução de dependência energética do exterior; mas também há desvantagens relacionadas com a sua imprevisibilidade, o seu impacto na paisagem visual e a ameaça que apresenta às aves.

ZAP // Lusa» in https://zap.aeiou.pt/energia-eolica-atinge-maximo-historico-563408


#portugal    #políticaenergética    #energia   #eólica

06/04/22

Política Energética - A empresa diz ser capaz de produzir cerca de 130 mil litros de combustível por ano, através da sua turbina eólica e do seu sistema de captura de carbono.


«Startup quer transformar vento, água e ar em combustível para carros e aviões 
Por Mariana da Silva Godinho 14:49, 6 Abr 2022

A Highly Innovative Fuels (HIF) é uma startup chilena que está a criar uma instalação pioneira que pode levar a uma revolução energética.

Este projeto da HIF, que tem o nome “Haru Oni”, está localizado numa região com 3,7 hectares onde foram investidos 55 milhões de dólares (cerca de 50 milhões de euros) para a construção de um processo comercial viável de transformação de vento, água e ar em combustíveis para carros, barcos e aviões, enquanto reduz as emissões de carbono, segundo a ‘CNN’.

A empresa diz ser capaz de produzir cerca de 130 mil litros de combustível por ano, através da sua turbina eólica e do seu sistema de captura de carbono. Apesar de o projeto ainda estar em construção, a HIF disse que este deve começar as operações de produção de gasolina sintética ainda este ano.

O processo de fabrico é através de eletricidade gerada por vento que, através do processo de eletrólise, vai separar a água em hidrogénio e oxigénio. Enquanto isso acontece, o dióxido de carbono é capturado do ar atmosféricos e das fontes industriais e é posteriormente combinado com o hidrogénio, sendo sintetizados em “eFuels”.

Em declarações à ‘CNN’, a diretora executiva da HIF USA, Meg Gentle, explicou que o processo apresentado pode fabricar qualquer tipo de combustível usado no quotidiano, como o metanol, propano, a gasolina e os combustíveis para aviões. “Basicamente, qualquer coisa que pudesse ser refinada a partir de petróleo bruto também pode ser feita desta maneira.”

O hidrogénio usado pela empresa é hidrogénio verde, pois é gerado por fontes renováveis, e não derivado de combustíveis fosses, como o hidrogénio cinzento.

Apesar da combinação de hidrogénio com dióxido de carbono, a HIF diz que os combustíveis que produz são neutros em carbono, pois a sua combustão liberta o dióxido carbono capturado, o que Meg Gentle explicou ser “um sistema de reciclagem de CO2”.

Para a instalação do projeto, a HIF fez parcerias com empresas como a Siemens Energy e a Porsche, sendo que a primeira irá receber cerca de 8 milhões de euros para apoiar o projeto e a segunda, para além de investir cerca de 20 milhões de euros, vai ainda comprar a gasolina produzida para usar na sua frota.

No que toca ao combustível sintético para aviões, o eKerosene, a HIF ainda está à procura de parcerias com companhias aéreas.» in https://executivedigest.sapo.pt/startup-quer-transformar-vento-agua-e-ar-em-combustivel-para-carros-e-avioes/

#ambiente

#ecologia

#energiasverdes

30/03/22

Política de Energia - Cinquenta países já obtêm mais de um décimo da sua energia de fontes eólicas e solares, segundo revelou uma pesquisa do think tank de clima e energia Ember, que apontou que as fontes limpas já geraram 35% da eletricidade mundial em 2021.



«Mudanças climáticas: 35% da eletricidade mundial já é produzida por fontes limpas. Energia eólica e painéis solares representam 10% do total

Cinquenta países já obtêm mais de um décimo da sua energia de fontes eólicas e solares, segundo revelou uma pesquisa do think tank de clima e energia Ember, que apontou que as fontes limpas já geraram 35% da eletricidade mundial em 2021. Pela primeira vez, turbinas eólicas e painéis solares geraram 10% do total.

À medida que as economias do mundo recuperavam da pandemia da Covid-19 em 2021, a procura por energia disparou a um ritmo recorde, conforme se viu no aumento na energia do carvão, que subiu ao ritmo mais rápido desde 1985. Segundo a pesquisa, o crescimento da necessidade de eletricidade em 2021 foi equivalente a acrescentar uma nova Índia à rede mundial.

Portugal surge, nesta pesquisa, com 13,2% de energia garantida por fonte eólica, 2,2% por via solar, 3,8% por biomassa e 11,3% de hidrogénio, tendo reduzido a dependência do carvão para 0,9%. O gás natural representa 15,7% da energia no nosso país.

A participação do vento e do sol duplicou desde 2015, quando o acordo climático de Paris foi assinado – a mudança mais rápida para eólica e solar ocorreu na Holanda, Austrália e Vietname. Todos os três transferiram um décimo da sua procura de eletricidade de combustíveis fósseis para fontes verdes nos últimos dois anos. “A Holanda é um ótimo exemplo de um país de latitude mais setentrional, provando que não é apenas onde o Sol brilha, mas também ter o ambiente político certo que faz a grande diferença”, precisou Hannah Broadbent, responsável da Ember.

No entanto, a energia do carvão também teve um aumento notável em 2021, com a grande maioria do aumento da procura por eletricidade em 2021 a ter sido atendida por combustíveis fósseis, com a eletricidade a carvão a aumentar 9%, a taxa mais rápida desde 1985. Grande parte do aumento no uso de carvão ocorreu em países asiáticos, incluindo China e Índia.

Os cientistas garantem que a energia eólica e solar precisam crescer cerca de 20% a cada ano até 2030 para cumprir as metas climáticas e os autores da pesquisa garantiram que é “iminentemente possível”. “A eólica e a solar chegaram e oferecem uma solução para as múltiplas crises que o mundo está a enfrentar, seja uma crise climática ou a dependência de combustíveis fósseis, isso pode ser um verdadeiro ponto de virada”, finalizou Hannah Broadbent.» in https://multinews.sapo.pt/noticias/mudancas-climaticas-35-da-eletricidade-mundial-ja-e-produzida-por-fontes-limpas-energia-eolica-e-paineis-solares-representam-10-do-total/


#energia    #energiaeólica    #energiasolar    #ambiente    #ecologia     #mundo

17/03/22

Política Energética - Inaugurada a primeira central de hidrogénio renovável da Península Ibérica.


«Inaugurada a primeira central de hidrogénio renovável da Península Ibérica

O município de Lloseta, em Maiorca, inaugurou esta semana a primeira central de hidrogénio renovável da Península Ibérica.

O projeto “Power to Green Hydrogen Maiorca” é liderado pela ACCIONA Energía e pela Enagás, com a participação da CEMEX e da IDAE. Este integra o Green Hysland, um projeto subsidiado pela União Europeia e coordenado pela Enagás, que apoia a implementação das infraestruturas necessárias para a construção de um ecossistema de hidrogénio renovável na ilha de Maiorca, e ajuda a alcançar os objetivos ambientais definidos pelo Governo das Ilhas Baleares.

A produção industrial de hidrogénio renovável nas instalações será realizada gradualmente e à medida que as infraestruturas e equipamentos de consumo fiquem aptos. Uma vez implementado o ecossistema verde de hidrogénio, o objetivo será reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) da ilha até 21.000 toneladas por ano. Parte do hidrogénio verde será transportado através do primeiro hidroduto em Espanha, que a Redexis construirá na ilha, e que poderá ser injetado na rede de distribuição de gás natural que a empresa tem em Palma de Maiorca.

O hidrogénio verde terá múltiplas aplicações na ilha de Maiorca, como o fornecimento de combustível limpo às frotas de autocarros, a produção de calor e energia elétrica para edifícios comerciais e públicos e a criação de um posto de abastecimento.» in https://greensavers.sapo.pt/maiorca-inaugura-a-primeira-central-de-hidrogenio-renovavel-da-peninsula-iberica/

28/02/22

Política Energética - Nos últimos 12 meses, a gasolina ficou mais cara 24% e o diesel 27%, o que significa que para encher o depósito do carro tem de pagar mais entre 15 e 20 euros do que há um ano.


«O segredo dos postos de gasolina ‘low cost’ para oferecer combustível mais barato

Antes da pandemia da Covid-19, a União Europeia pagava mais de 300 mil milhões de euros em importações de gás natural, petróleo e outros combustíveis – atualmente, os efeitos da pandemia, assim como a guerra em solo ucraniano, podem tornar-se fatores para elevar o preço do gás e do combustível do Leste Europeu para níveis máximos. Nos últimos 12 meses, a gasolina ficou mais cara 24% e o diesel 27%, o que significa que para encher o depósito do carro tem de pagar mais entre 15 e 20 euros do que há um ano.

A guerra previsivelmente terá as suas consequências nos preços da gasolina e do gasóleo, já em máximos históricos. Essas circunstâncias fizeram com que muitos consumidores procurassem nos postos de gasolina ‘low cost’ uma alternativa ao reabastecer. Na vizinha Espanha, por exemplo, a Petropix, a maior operadora independente de combustíveis sem franquia, garantiu que gerou uma economia de mais de 8 milhões de euros para os motoristas espanhóis em 2021. Atualmente, são quase 1.300 postos de gasolina automáticos, que atingem 13% de quota de mercado. Apenas as três grandes empresas deste sector, Petroprix, Ballenoil e Plenoil, venderam um total de mais de mil milhões de litros de gasolina e gasóleo no ano passado, com uma redução entre 10 e 15 cêntimos de euro face aos preços médios de outros operadores.

Abastecer num posto de gasolina de marca bem estabelecida em vez de uma de baixo custo pode significar um gasto extra de até 20 cêntimos por litro. Um diferencial importante cuja origem não está na matéria-prima, mas nos aditivos que as grandes petrolíferas decidem adicionar para aumentar o desempenho.

A composição dessas gasolinas é alterada pela introdução de aditivos especiais. Essas substâncias adicionadas à gasolina têm diferentes funções, como lubrificar, atuar como anticongelante ou estabilizante. Antes da companhia petrolífera adicionar esses compostos, as gasolinas são exatamente as mesmas. Cada empresa petrolífera tem a sua fórmula, o que lhes permite diferenciar-se das restantes. Os compostos adicionados que carregam a gasolina mais cara, assim como a sua proporção, são mantidos no mais estrito sigilo pelas marcas.

Outra diferença que pode ser encontrada nos custos mais baixos dos postos de abastecimento ‘low cost’ prende-se com os poucos funcionários e sem necessidade de publicidade. “O segredo é a margem de lucro menor que queremos ter”, revelou Francisco Fernández, responsável pela marca espanhola Ballenoil. Da mesma forma, grande parte dos postos de gasolina low cost estão associados a supermercados, de modo a que seu preço baixo seja um atrativo para o cliente ir realizar compras nas suas instalações, o que permite uma margem de lucro maior.

As diferenças nos combustíveis podem causar avarias no veículos? No caso do gasóleo ‘normal’ ou do gasóleo ‘low cost’, o que diferencia um do outro é o cetano – este índice está relacionado ao intervalo de ignição, ou seja, o tempo entre a injeção do combustível e o início da combustão. Quanto mais alto, mais demora a ignição do combustível, causando uma melhoria na qualidade da combustão, o que pode reduzir as emissões poluentes e até mesmo o ruído e a vibração do motor.

Assim, o combustível conhecido como ‘low cost’ mantém uma série de propriedades mínimas (exigidas a nível nacional e europeu) que garantem a sua qualidade.» in https://multinews.sapo.pt/noticias/o-segredo-dos-postos-de-gasolina-low-cost-para-oferecer-combustivel-mais-barato/

13/01/22

Política Energética - Indonésia proibiu a exportação de carvão, o que faz (muita) diferença na China e as promessas chinesas podem agora ser adiadas.


«Falta carvão na China – e isso mexe com todos

Indonésia proibiu a exportação de carvão, o que faz (muita) diferença na China. Promessas chinesas podem agora ser adiadas.

O governo da Indonésia anunciou uma medida para tentar melhorar a economia nacional e sector da energia a nível nacional. Mas esta medida não interfere somente com a Indonésia, vai para além do território local. Muito mais.

O anúncio foi feito no dia 1 de Janeiro deste ano: acabaram as exportações de carvão. Pelo menos, temporariamente. Ficou suspensa a exportação de carvão, por causa da escassez a nível interno, por receios de quebras de energia em larga escala (embora uma semana depois se tenham abertas excepções parciais).

E isso mexe com o quê?

Não muito longe da Indonésia fica a China, o país que produz mais carvão no planeta, que consome mais, e também que importa mais carvão. E mais de metade do carvão que os chineses importam vem (vinha) da Indonésia.

Agora a segunda maior economia do mundo está em apuros, sublinha a revista Time, que lembra que desde 2020 a China também quase não recebe carvão proveniente da Austrália, após as conhecidas divergências diplomáticas entre os dois países.

E agora, sem menos carvão, o consumo de energia deverá ser alterado. As promessas da China de alcançar a neutralidade em carbono até 2060 podem ser adiadas – foi o presidente Xi Jinping que anunciou esta intenção, em Abril do ano passado. E também ficou a promessa de reduzir a utilização do carvão a partir de 2026. Mas esse cenário pode estar a mudar, já.

A China tem receios em relação à segurança, incluindo a segurança energética, e por isso vai hesitar no momento de assumir compromissos em relação ao clima, avisou Kevin Tu, do Centro de Energia Global da Universidade de Columbia.

Ou seja, o combate às alterações climáticas pode ter um “travão” considerável por causa deste anúncio na Indonésia.

A China deverá aumentar a quantidade de carvão que extrai dentro do seu território – tem a quarta maior reserva de carvão do mundo e produziu 4,2 mil milhões de toneladas em 2020.

A produção doméstica vai crescer. Aliás, já cresceu no final de 2021, como consequência de apagões e encerramento de muitas fábricas.

“As autoridades chinesas vão certamente repetir os argumentos de que estão a zelar pela segurança energética nacional e pela autossuficiência“, alertou o analista Ryan Driskell Tate.

A nível mundial, a produção global de energia a partir do carvão subiu 9 por cento no ano passado. Mas especialistas acreditam que, em 2022, a quantidade de eletricidade produzida a partir do carvão vai chegar a um recorde histórico.

Assim ficarão adiadas as metas de “poupar” o clima, neste contexto – a produção de eletricidade a carvão é responsável por cerca de 30 por cento das emissões globais de dióxido de carbono.» in https://zap.aeiou.pt/falta-carvao-na-china-e-isso-mexe-com-todos-456950

21/12/21

Política Energética - A construção da nova unidade de hidrogénio deverá arrancar em 2023 e a operação deverá começar em 2025 e o eletrolisador de 100 MW ficará localizado na antiga central termoelétrica a carvão de Sines.


«Carvão dá lugar a hidrogénio verde. Projeto GreenH2Atlantic arranca em Sines com 30 milhões da UE

A construção da nova unidade de hidrogénio deverá arrancar em 2023 e a operação deverá começar em 2025. O eletrolisador de 100 MW ficará localizado na antiga central termoelétrica a carvão de Sines.

A EDP anunciou esta terça-feira que vai finalmente começar a produzir-se hidrogénio verde em Sines. O GreenH2Atlantic, projeto de produção de hidrogénio renovável, prepara-se para avançar através um consórcio formado por 13 entidades, incluindo empresas como EDP, Galp, ENGIE, Bondalti, Martifer, Vestas Wind Systems A/S, McPhy e Efacec, e parceiros académicos e de investigação como ISQ, INESC-TEC, DLR e CEA, e do cluster público-privado Axelera.

O projeto terá um financiamento de 30 milhões de euros que servirá para a construção da unidade de hidrogénio, localizada na antiga central termoelétrica de Sines. A construção deverá arrancar em 2023 e a operação deverá começar em 2025, datas essas sujeitas às devidas autorizações pelas autoridades.

O GreenH2Atlantic foi um dos três projetos selecionados no âmbito do Horizon 2020 – Green Deal para demonstrar a viabilidade do hidrogénio verde numa escala de produção e aplicação tecnológica sem precedentes.

O eletrolisador de 100 MW será composto por módulos inovadores e escaláveis de 8 MW, com capacidade, para “atingir a máxima eficiência, dimensão, vida útil e flexibilidade”, refere a EDP em comunicado.

Outras características inovadoras incluem o sistema de interface composto por tecnologias de gestão avançada que permitirão a ligação direta do eletrolisador a energia renovável híbrida local (solar e eólica).

“O hidrogénio verde é apontado como um dos pilares do crescimento económico, sendo um vetor energético decisivo no processo de descarbonização dos principais setores da economia. Este projeto materializa a transição de uma antiga central de produção de energia a partir do carvão para uma inovadora unidade de produção de hidrogénio renovável, em linha com a estratégia e objetivos europeus de neutralidade carbónica”, diz a EDP no mesmo comunicado, salientando ainda que “com a criação de um ‘cluster’ de hidrogénio em Sines, o GreenH2Atlantic contribuirá significativamente para os objetivos de sustentabilidade da região e de Portugal e será um importante contributo para cumprir o roteiro de transição energética”.» in https://eco.sapo.pt/2021/12/21/carvao-da-lugar-a-hidrogenio-verde-projeto-greenh2atlantic-arranca-em-sines-com-30-milhoes-da-ue/

19/03/20

Política Energética - Pedro Amaral Jorge, presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (Apren) adiantou ao semanário Expresso que, para projetos já licenciados, “poderá haver adiamento por rotura das cadeias de fornecimento de equipamentos e construção de centrais solares”.



«Projetos de centenas de milhões de euros para centrais solares em Portugal em risco

Há uns meses, a energia solar era uma das mais promissoras, mas tudo mudou com a chegada da pandemia de Covid-19. De norte a sul do país, projetos de centenas de milhões de euros para grandes centrais fotovoltaicas estão agora ameaçados.

Pedro Amaral Jorge, presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (Apren) adiantou ao semanário Expresso que, para projetos já licenciados, “poderá haver adiamento por rotura das cadeias de fornecimento de equipamentos e construção de centrais solares”. Miguel Barreto, fundador da Gesto Energia e promotor de projetos fotovoltaicos, também admite que “possa haver constrangimentos”, ainda que não tenha tido conhecimento de casos concretos.

Um outro gestor do setor, ouvido pelo matutino, foi ainda mais longe, garantindo que “a crise económica vai impactar muitíssimo os projetos das empresas menos sólidas e menos bem preparadas”.

“Acredito que muitos players adiem os projetos. Se antes da Covid-19 havia dificuldade em arrancar com alguns projetos (especialmente do leilão solar de julho de 2019), agora a situação será ainda mais difícil”, disse, adiantando que “há três grandes players do setor que já não pagam os salários na Europa por causa da crise da Covid-19”.

A verdade é que a pandemia de Covid-19 está a provocar quedas bolsistas históricas e  é possível que muitos investimentos fiquem em suspenso, nomeadamente neste setor.

Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa Portugal, disse ao Expresso que, neste momento, “não se sabe se há painéis (solares), quando e a que preço“. “Os bancos e seguradoras estão no casulo, os fundos preocupados e os agentes económicos em baixo.”

Já Pedro Norton, presidente executivo da Finerge, mantém o seu interesse no próximo leilão: “Pelo nosso lado mantemos para já a intenção de participar. Admito que existam players a repensar, mas não tenho conhecimento direto disso.”

De acordo com o semanário, os próximos meses ajudarão a perceber de forma mais concreta como a crise provocada pela pandemia de Covid-19 irá afetar aquele que é um dos eixos centrais da política de descarbonização em curso em Portugal.» in https://zap.aeiou.pt/projetos-centrais-solares-risco-314483


(Segunda Central Fotovoltaica - The Navigator Company)

30/05/19

Política Mineira - Uma investigadora do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), em Braga, considerou hoje que o lítio pode ser o petróleo de Portugal, podendo o país “assumir um lugar cimeiro" na produção de baterias.



«Investigadora diz que lítio pode ser o petróleo de Portugal

Uma investigadora do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), em Braga, considerou hoje que o lítio pode ser o petróleo de Portugal, podendo o país “assumir um lugar cimeiro" na produção de baterias.

Uma investigadora do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), em Braga, considerou hoje que o lítio pode ser o petróleo de Portugal, podendo o país “assumir um lugar cimeiro" na produção de baterias.

No âmbito da Battery Summit 2030, encontro internacional que se vai realizar na sexta-feira no INL, em cooperação com a Agência Nacional de Inovação, Marina Brito salientou que Portugal é "dos únicos" países que tem condições para "cobrir todo o ciclo das baterias, desde da mineração (lítio) à reciclagem" dos equipamentos, apontando que “há toda a economia circular" com base nas baterias.

Segundo referiu, um dos motivos da conferência é conseguir que "seja um passo" para Portugal aderir ao ‘Fet Baterry 2030 Manifesto', sendo que a comunidade científica "está focada" em quatro áreas de investigação: aceleração da descoberta de novos materiais e interfaces, sensorização inteligente e capacidade de autorregeneração, capacidade de fabrico e capacidade de reciclagem.

"Portugal tem o potencial para percorrer o ciclo todo, porque é o único país que tem minas de lítio”, destacou.

Para Marina Brito, “se olharmos para os países da Arábia Saudita e dessa zona, vemos que o petróleo não é uma coisa má”.

“Tem é que ser muito bem pensada a forma como vai ser gerido esse mineral, porque o lítio é o futuro", sublinhou.

A investigadora quer "chamar ao INL à discussão e mostrar" que o instituto pode também estar na vanguarda da questão.

"Aqui no INL temos um ‘cluster’ de energia que está interessado não só na captação da energia solar, mas também em novas formas de armazenamento de energia. Já temos a decorrer investigação solar há algum tempo e tendo em conta que o mundo inteiro está agora a focar nestas novas diretrizes para captação e armazenamento de bateria, achamos que há compatibilidade com as nossas diretrizes", explicou a responsável.

Marina Brito admitiu que "o INL gostava era encontrar novas baterias que não passem só pelo lítio ou chumbo ácido".

Segundo salientou, "há baterias em quase tudo o que se faz hoje em dia, desde o carro, ao telemóvel, ao portátil, ao ‘tablet’, tudo tem uma bateria. O problema é que essas baterias não são eternas e a energia acaba".

Pegando na questão da mobilidade, "talvez aquela em que mais se discute o uso das baterias e as suas vantagens e desvantagens", Marina Brito explicou que o grande problema é "precisamente a pouca autonomia, o baixo nível de armazenamento de energia das baterias" dos automóveis.

"As baterias são de duração limitada, ainda não temos a capacidade de controlar bem a ‘saúde’ da bateria. É preciso criar as ‘smart batteries' que digam o estado da bateria”, disse, referindo-se a uma das diretivas da Europa que prevê a regeneração destes produtos.

Marina Brito explicou que as baterias "podem ser recicladas, mas é limitada a forma como o são até porque há vários tipos de baterias".

"O que se faz hoje em dia é a chamada segunda vida das baterias. Portanto, as baterias que não servem para mobilidade podem ser utilizadas para outras coisas. Há uma economia circular que está a ser desenvolvida e que pode ser otimizada", explicou.

O evento, que decorrerá durante todo o dia e que deverá ter a participação do secretário de Estado João Galamba, do Ministro Manuel Heitor e da nova presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia, Helena Pereira.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/investigadora-diz-que-litio-pode-ser-o-petroleo-de-portugal


(Entrevista ao geólogo consultor Rui Matias - exploração Lítio)

16/11/18

Política Energética - A ANTRAM alerta para a “situação limite” em que se encontra o setor dos transportes, pressionado pelos custos “excessivos e incomportáveis” que não podendo ser suportados pelas empresas sozinhas, “terão necessariamente de o imputar ao consumidor”.



«“Por que o gasóleo não está a acompanhar descida do barril de petróleo?”, pergunta ANTRAM ao Governo

A ANTRAM alerta para a “situação limite” em que se encontra o setor dos transportes, pressionado pelos custos “excessivos e incomportáveis” que não podendo ser suportados pelas empresas sozinhas, “terão necessariamente de o imputar ao consumidor”.

Atendendo à descida do preço do barril de petróleo e para os valores do gasóleo, que continuam elevados, sem acompanhar percentualmente a referida descida, a ANTRAM – Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias vem agora questionar o Governo sobre como pode esta situação continuar sistematicamente e que medidas tem a tutela em marcha para reverter a situação.

Sem encontrar “justificação possível” para este cenário, a associação sublinha que esta situação é visível concretamente no preço do barril que, a 15 de outubro, se situava nos 80,91 euros – rondando, nesta data, o preço médio do gasóleo os 1.404 euros/litro –, e que, um mês depois, a 14 de novembro, se encontra nos 65,58 euros – rondando o preço médio do gasóleo os 1.435 euros/litro.

“Apesar de estarmos perante uma descida superior a 15 euros, a realidade é que o preço do gasóleo pouco ou nada se alterou – neste caso vemos mesmo uma subida –, quando, na realidade, esta descida deveria (e teria obrigatoriamente) de se refletir (consideravelmente) no preço final do litro de gasóleo”, reforça a ANTRAM, em comunicado.

A manter-se esta situação, a associação alerta que estará está em causa a atuação do setor dos transportes, assim como “a sua sobrevivência e, necessariamente, o próprio crescimento da economia nacional”, razão pela qual, defende que ser urgente que o Governo intervenha e “operacionalize celeremente medidas que permitam às empresas de transportes e ao setor enfrentar e combater este flagelo”.» in https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/por-que-o-gasoleo-nao-esta-a-acompanhar-descida-do-barril-de-petroleo-pergunta-antram-ao-governo-378492

26/10/18

Política Energética - A Agência Internacional de Energia diz que é preciso reverter a subida dos preços do petróleo, que já está a entrar na “zona vermelha”, ameaçando o crescimento da economia global.



«AIE apela à OPEP que aumente a produção de petróleo para evitar ‘combinação fatal’

A Agência Internacional de Energia diz que é preciso reverter a subida dos preços do petróleo, que já está a entrar na “zona vermelha”, ameaçando o crescimento da economia global.

A AIE deixou um novo aviso (depois de já este mês ter alertado para o aumento dos preços do petróleo), o que poderia penalizar a procura em algumas das economias de mais rápido crescimento do mundo – a menos que os produtores tomem medidas para travar a escalada das cotações.

“O mercado mundial de petróleo está a passar por um período muito delicado, assim como o crescimento económico”, disse ontem o diretor executivo da AIE, Fatih Birol, numa entrevista em Londres. “Se os produtores de petróleo se preocupam com o crescimento da economia global, e eu acho que eles se importam, devem tomar medidas para dar alívio ao mercado”.

Birol advertiu novamente que, sem um aumento na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a economia global entrará numa “zona vermelha”. O mundo ainda precisa de mais petróleo para compensar as perdas do Irão e da Venezuela, disse o responsável.

No relatório mensal publicado este mês, a AIE estima que o aumento da procura de petróleo a nível global será de 1,3 milhões de barris em 2018 e 1,4 milhões de barris em 2019. Números que representam um corte de 100 mil barris face às previsões anteriores.

Embora o mercado de petróleo esteja bem neste momento, “os próximos meses podem ser difíceis se os produtores não aumentarem a produção ou derem sinal para isso”, acrescentou Birol.» in https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/aie-apela-a-opep-que-aumente-a-producao-de-petroleo-para-evitar-combinacao-fatal-371029


Petróleo, Pré-Sal e Investimentos no Brasil - (28/09/2018)

18/10/18

Política Energética - Há muito que se discute a possibilidade de instalar centrais fotovoltaicas e aerogeradores no deserto do Sahara.



«Painéis solares no Sahara podem desencadear revolução verde

Há muito que se discute a possibilidade de instalar centrais fotovoltaicas e aerogeradores no deserto do Sahara. Até agora, as justificações prendiam-se com a enorme exposição solar, que tem o potencial de satisfazer as necessidades mundiais de energia. Por outro lado, ao contrário de outras zonas do globo, não seria difícil encontrar terrenos disponíveis para instalar as unidades de produção energética.

Um novo estudo, todavia, veio dar conta de mais um benefício em potencial: o aumento da pluviosidade, o que permitiria um renascimento verde do deserto.

O estudo indica que instalar painéis solares e turbinas de vento em grande quantidade no deserto iria diminuir as temperaturas locais e aumentar para o dobro as probabilidades de chuva. Como consequência, nasceria mais vegetação, o que traria ainda mais sombra e descidas nas temperaturas, aumentando também a evaporação, possibilidade de chuva e reforçaria este ciclo.

A ONU Ambiente diz que o maior obstáculo a um projeto desta escala seria político mas também logístico – como substituir centenas de painéis solares defeituosos por dia?

“Com o mundo a ficar muito aquém de conseguir atingir até os mais modestos dos objetivos ambientais definidos pelo Acordo de Paris, a nossa melhor esperança de prevenir mudanças climáticas onde não haverá nada que possamos fazer é ter objetivos ambiciosos sustentados por uma ciência rigorosa e vontade política”, disse Niklas Hagelberg, especialista em mudanças climáticas da ONU.» in https://greensavers.sapo.pt/paineis-solares-no-sahara-podem-desencadear-revolucao-verde/


(Google financia a maior usina solar do mundo)

04/10/17

Política Energética - O relatório “Renováveis 2017”, da Agência Internacional de Energia, refere que foram criados 165 gigawatts de energias renováveis ​no ano passado.



«Adeus, combustíveis tradicionais? Energia solar fotovoltaica cresce mais de 50%

O relatório “Renováveis 2017”, da Agência Internacional de Energia, refere que foram criados 165 gigawatts de energias renováveis ​no ano passado.

Pela primeira vez, no ano passado, a energia solar fotovoltaica cresceu muito mais rápido do que qualquer outro combustível, registando um aumento de 50%, de acordo com o relatório Renewables 2017 (“Renováveis 2017”) da Agência Internacional de Energia (IEA, sigla em inglês), publicado esta quarta-feira. A organização refere que foram criados 165 gigawatts de energias renováveis ​no ano passado, o que representa dois terços da expansão líquida da distribuição de eletricidade a nível mundial.

“O que testemunhamos é o nascimento de uma nova era na energia solar fotovoltaica”, disse Fatih Birol, diretor-executivo da IEA, no comunicado enviado às redações, de acordo com a Bloomberg. “Esperamos que o crescimento da capacidade da energia solar fotovoltaica seja maior que qualquer outra tecnologia renovável até 2022”, acrescentou o responsável da instituição internacional.

Para a Agência Internacional de Energia, a tecnologia terá uma enorme influência nas energias renováveis daqui para a frente, sendo que os biocombustíveis também terão um papel mais ativo na indústria do transportes.

“Muita atenção foi dada nos últimos meses aos veículos elétricos – e com razão. Eles são cada vez mais globais, exponencialmente, (…) mas tenho de dizer que não devemos esquecer os biocombustíveis, que, no final de 2016, representavam 96% do total dos transportes renováveis”, enfatizou, por sua vez, Paolo Frankl, chefe do departamento de Energia Renovável da IEA.

O “Renováveis 2017” sublinha ainda que os Estados Unidos da América e a Índia são dos países que mais têm desenvolvido este setor. Juntamente com a China, os três representam dois terços da expansão da ‘energia limpa’ em todo o mundo. Nos próximos cinco anos, deverão ajudar a chegar à meta da agência: mil gigawatts de renováveis.» in http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/adeus-combustiveis-tradicionais-energia-solar-fotovoltaica-cresce-mais-de-50-216721


(Energia limpa)


(Futuro da energia renovável no país é tema em debate no Cenas do Brasil)


Construindo o Futuro - A Solução é Energia Renovável (Completo)

27/07/17

Ciência e Tecnologia - Uma equipa que envolve especialistas do Porto, de Lisboa e de Coimbra está a desenvolver uma tecnologia para ser aplicada na superfície de pavimentos rodoviários, que permite extrair energia cinética aos veículos e transformá-la em energia elétrica.



«Desenvolvida tecnologia para pavimentos que permite extrair energia cinética aos veículos e transformá-la em energia elétrica

Uma equipa que envolve especialistas do Porto, de Lisboa e de Coimbra está a desenvolver uma tecnologia para ser aplicada na superfície de pavimentos rodoviários, que permite extrair energia cinética aos veículos e transformá-la em energia elétrica.

Esta tecnologia possibilita igualmente a redução da velocidade de circulação, sem qualquer ação dos condutores e sem induzir impacto nos veículos, aumentando assim a segurança rodoviária, indicou à Lusa Francisco Duarte, um dos responsáveis pela tecnologia Pavnext.

A energia cinética captada pela tecnologia é convertida em energia elétrica e pode ser utilizada na iluminação da via pública, em passadeiras, sensores e semáforos, contribuindo para a sustentabilidade ambiental e para promover a eficiência energética no espaço público.

Adicionalmente, gera dados de tráfego e velocidade, em tempo real, assim como de energia gerada e consumida, que são enviados para a 'cloud' (nuvem) e utilizados para criar relatórios e para otimizar os consumos energéticos, explicou Francisco Duarte.

Segundo indicou, os equipamentos Pavnext podem ser aplicados em zonas de desaceleração, como na aproximação a passadeiras e praças de portagem, rotundas, cruzamentos de paragem obrigatória e saídas de autoestradas, entre outros.

"Ao gerar energia elétrica, os equipamentos elétricos do local podem também ser alimentados por essa energia, reduzindo ou eliminando o consumo de energia elétrica da rede, bem como os custos operacionais", acrescentou.

A equipa já criou e testou um protótipo inicial, que permitiu validar o conceito em ambiente privado, estando a desenvolver, neste momento, uma instalação piloto que será aplicada no decorrer do segundo semestre de 2017, de modo a validar a tecnologia em ambiente real.

De acordo com Francisco Duarte, a tecnologia tem vindo a ser desenvolvido ao longo dos últimos quatro anos, desde que iniciou o doutoramento em Sistemas de Transportes no programa MIT-Portugal, na Universidade de Coimbra.

Este projeto conta ainda com o apoio da Universidade de Coimbra (UC), do programa MIT-Portugal, da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), do Instituto Pedro Nunes (Coimbra), do Automóvel Clube de Portugal, da Vodafone Portugal, da Ericsson e do Climate-KIC.

A equipa foi uma das três selecionadas para representar Portugal na final europeia do Climate LaunchPad, uma iniciativa da União Europeia que, em Portugal, é coordenada pelo Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC) e pela Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI).

A final internacional do ClimateLaunchpad, programa que apoia ideias inovadoras com vista à redução do impacto ambiental, em mais de 35 países, ocorrerá no Chipre, entre 17 e 18 de outubro.

Para além desta conquista, o projeto recebeu o Prémio Inovação de Segurança Rodoviária, em 2016, promovido pelo Automóvel Clube de Portugal (ACP) e pela BP Portugal, tendo também vencido, em julho deste ano, o concurso BIG Smart Cities 2017.» in http://24.sapo.pt/tecnologia/artigos/desenvolvida-tecnologia-para-pavimentos-que-permite-extrair-energia-cinetica-aos-veiculos-e-transforma-la-em-energia-eletrica

09/07/17

Política Energética - A construção das barragens do Alto Tâmega transformou-se “num balão de oxigénio” que está a mexer com a restauração, hotelaria, arrendamentos e a criar empregos em Vila Pouca de Aguiar e Ribeira de Pena.



«No Alto Tâmega, as barragens são "balão de oxigénio"

A construção das barragens do Alto Tâmega transformou-se “num balão de oxigénio” que está a mexer com a restauração, hotelaria, arrendamentos e a criar empregos em Vila Pouca de Aguiar e Ribeira de Pena.

“O volume de obra é muito significativo, estende-se mais no tempo e está-se a refletir claramente na socioeconomia destes concelhos”, afirmou hoje à agência Lusa o presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Alberto Machado.

A construção das três barragens está a dar emprego a operários e técnicos superiores dos concelhos do Alto Tâmega, no distrito de Vila Real, e atraíram também mão-de-obra de fora deste território, que consome no comércio local, come nos restaurantes, ocupa unidades hoteleiras e arrenda casas e apartamentos.

“A capacidade de arrendamento que havia neste território praticamente esgotou e a procura continua porque, conforme as obras vão avançando, vão chegando mais técnicos e operários”, salientou o autarca.

Em pico de obra, o empreendimento deverá dar emprego direto a 3.500 trabalhadores e ainda permitirá criar 10.000 postos de trabalho indiretos.

Segundo fonte da espanhola Iberdrola, responsável pelo empreendimento, neste momento trabalham na obra cerca de 1.000 trabalhadores.

No terreno fala-se de muito movimento, de uma nova vida que está a atingir estas vilas do interior do país e algumas das suas aldeias, muito afetadas pelo envelhecimento da população.

Na Casa Fontes, em Pedras Salgadas, Vila Pouca de Aguiar, também “já se notam bastante as consequências” do empreendimento.

“Temos tido muita procura de alojamento. Estamos completamente lotados. Estamos com uma taxa de ocupação semanal de 100%, de segunda a sexta-feira, e mais quartos tivesse”, afirmou João Fontes, responsável por esta unidade hoteleira, que possui 12 quartos.

O empresário falou num “balão de oxigénio” para este território.

Nos estaleiros foram já criadas camaratas e também cantinas. Estas cantinas desviaram alguns clientes dos restaurantes locais mas, mesmo assim, são muitos os trabalhadores que diariamente comem nos estabelecimentos destes concelhos.

Na aldeia de Carrazedo do Alvão, Sílvia Morais explora um restaurante na Estrada Nacional 206, e disse que diariamente serve cerca de “20 a 25 almoços” a trabalhadores da obra.

Na Portela de Santa Eulália, já no concelho de Ribeira de Pena, Carmo Fernandes é responsável por um restaurante, café e supermercado.

“O negócio está a correr bem. Sentimos uma quebra após a abertura das cantinas, mas agora estamos a subir novamente. Estão sempre empresas novas a chegar. Temos uma média de 50 pessoas a almoçar aqui”, salientou.

Carmo Fernandes referiu que, mesmo sendo temporariamente, esta é uma obra que está a ajudar o negócio neste território.

“Mesmo na vila nota-se perfeitamente que o movimento triplicou”, salientou a empresária.

O Sistema Eletroprodutor do Tâmega é um dos maiores projetos hidroelétricos levados a cabo na Europa nos últimos 25 anos e contempla a construção de três aproveitamentos hidroelétricos na região do Alto Tâmega: Gouvães (bombagem), Daivões (turbinação) e Alto Tâmega (turbinação).

As barragens deverão estar concluídas em 2023 e o maior volume de trabalhos concentra-se entre os anos 2018 e 2020.

Aprender a soldar para trabalhar nas barragens

Na escola de soldadura de Vila Pouca de Aguiar, 15 formandos estão a aprender a soldar e anseiam por arranjar, já neste verão, trabalho nas obras das barragens do Alto Tâmega.

Rui Rendeiro, 23 anos e natural da aldeia de Cidadelha de Jales, é um dos formandos e afirmou à agência Lusa que a sua ambição é conseguir arranjar trabalho perto de casa, nas obras do Sistema Eletroprodutor do Tâmega, concessionado à espanhola Iberdrola.

“Vamos ver como corre. A ideia é ser chamado para ir para a barragem. Já tinha trabalhado nisto e aproveitei, agora, para seguir carreira nesta área”, disse.

O formando explicou que, nesta escola profissional, estão a aprender a soldar ensaiando técnicas que terão que usar se foram contratados para o empreendimento.

Os formandos estão a ter formação técnica especializada para se poderem integrar na construção da tubagem de conduta forçada que irá fazer parte do circuito hidráulico do aproveitamento de Gouvães e terá a duração aproximada de três anos.

Ricardo Alves, também de 23 anos e residente em Vila Pouca de Aguiar, despediu-se do emprego que tinha para ir para o curso de soldadura porque acha que “é uma boa oportunidade”.

“Espero ir trabalhar para a barragem, mas se tal não acontecer, tendo este curso tenho mais possibilidade de arranjar emprego. Acho que esta é uma boa saída profissional”, frisou.

A escola nasceu da colaboração entre o município, o Centro de Formação Profissional da Indústria da Fundição, Instituto de Emprego e Formação Profissional e a empresa Andritz Hydro.

A Câmara de Vila Pouca de Aguiar investiu cerca de 132 mil euros neste projeto que, segundo o presidente Alberto Machado, serve o propósito “de promover a empregabilidade local”.

“O melhor investimento que o município pode fazer é nas pessoas. Os formandos poderão ter trabalho garantido na referida área industrial”, salientou o autarca.

Alberto Machado falou numa “simbiose entre os promotores”. “Temos jovens que precisam de formação específica e de entrar no mercado de trabalho. Estão a fazer esta formação e os que tiverem aproveitamento positivo irão entrar no mercado de trabalho”, afirmou à Lusa.

A Andritz Hydro, empresa contratada pela Iberdrola, prevê a necessidade de reforçar a mão-de-obra especializada em soldadura, tendo em conta as suas especificações técnicas.

Está prevista a utilização de 110 toneladas de material de soldadura para a execução desta construção, cujo processo de soldadura terá uma duração estimada de mais de 250.000 horas.

Em pico de obra, o Sistema Eletroprodutor do Tâmega deverá dar emprego direto a 3.500 trabalhadores e ainda permitirá criar 10.000 postos de trabalho indiretos.

Segundo fonte da espanhola Iberdrola, neste momento trabalham na obra cerca de 1.000 trabalhadores.

A Iberdrola referiu ainda que assumiu o compromisso de “privilegiar nas suas contratações o mercado laboral local, promovendo, desta forma, empregos e oportunidades que contribuem para a dinamização socioeconómica da comunidade local e das empresas parceiras”.» in http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/no-alto-tamega-as-barragens-sao-balao-de-oxigenio

08/06/17

Política Energética - Apesar dos Estados Unidos estarem agora menos comprometidos do que nunca em alcançar as metas definidas no Acordo de Paris, o resto do planeta parece continuar empenhado em investir nas energias renováveis.



«Produção mundial de energias renováveis já chega para dar luz a meia Europa ocidental

A conclusão é da Ren21 e vem esmiuçada no "Relatório do Estado Global das Energias Renováveis 2017".

Apesar dos Estados Unidos estarem agora menos comprometidos do que nunca em alcançar as metas definidas no Acordo de Paris, o resto do planeta parece continuar empenhado em investir nas energias renováveis. De acordo com um relatório publicado recentemente pela Ren21, países como a Dinamarca, Emirados Árabes Unidos, Peru, a Índia e o México estão até a obter eletricidade "verde" por preços bem abaixo daqueles que são praticados no mercado das energias fósseis.

Em adição, só durante o ano de 2016, foram construídas infraestruturas de energias renováveis suficientes para alimentar todas as casas existentes no Reino Unido, Alemanha, França e Itália.

No total, pode ler-se no documento, foram produzidos cerca de 161 gigawatts. Este lote custou 187 mil milhões de libras, pouco mais de 214 mil milhões de euros. Em comparação com o valor pago em 2015, o número representa uma diminuição de 23% na despesa.

No "Relatório do Estado Global das Energias Renováveis 2017", a Ren21 explica ainda que esta potência adicional foi principalmente gerada por painéis solares (47%), turbinas eólicas (34%) e centrais hidroelétricas (15,5%).

Em comunicado, a ONG escreve que "as renováveis estão a tornar-se na opção mais barata" e dá o exemplo dos negócios fechados pelos países referidos - Dinamarca, Emirados Árabes Unidos, Peru, Índia, México e Egito - que obtiveram fornecimentos de energia "verde" a pouco mais de 0,04 cêntimos por kilowatt.

Menos positiva é a linha de investimentos em novas instalações para esta indústria. Em comparação com 2015, o dinheiro alocado para este segmento foi reduzido em 23%.

"O investimento continua a estar muito focado na conversão fotovoltaica solar e eólica, mas todas as tecnologias de energias renováveis precisam de ser reforçadas para mantermos [o aumento de temperatura resultante do] processo de aquecimento global abaixo dos dois graus centígrados". explica a Ren21.

A atrasar esta inversão das fósseis para as renováveis está a indústria dos produtos de aquecimento e arrefecimento. "O desenvolvimento de tecnologias renováveis [para este segmento] permanece um desafio à luz daquela que é a natureza deste mercado".

Ao contrário daquele que poderá ser o sentimento geral, a transição para as energias limpas também não está a ser levada "a sério" pela indústria automóvel. A autora do relatório diz que as vendas de veículos elétricos aumentaram, mas as infra-estruturas que suportam o desenvolvimento de tecnologias "verdes" para este sector são ainda poucas.» in http://tek.sapo.pt/noticias/negocios/artigos/producoes-mundiais-de-energias-renovaveis-ja-chegam-para-dar-luz-a-meia-europa-ocidental


(2011 Energias renováveis em Portugal, Reportagem RTP Linha da Frente Jan 12, 2011 8 54 PM)


(Energia Renovável)


(Construindo o Futuro - A Solução é Energia Renovável (Completo))

30/01/17

Política Energética - A empresa do Alqueva anunciou hoje ter instalado um primeiro conjunto de painéis solares fotovoltaicos flutuantes para produzir energia para um dos reservatórios de água do projeto, no âmbito da sua aposta em "soluções energéticas amigas do ambiente".



«No Alqueva, os painéis solares flutuam

A empresa do Alqueva anunciou hoje ter instalado um primeiro conjunto de painéis solares fotovoltaicos flutuantes para produzir energia para um dos reservatórios de água do projeto, no âmbito da sua aposta em "soluções energéticas amigas do ambiente".

Trata-se de um sistema desligado da rede elétrica composto por 44 painéis solares fotovoltaicos flutuantes e com uma potência instalada de 11 quilowatts para produzir energia para abastecer as operações do reservatório da Cegonha, explica a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA).

Segundo a empresa, o conjunto de painéis foi instalado no reservatório da Cegonha, do aproveitamento hidroagrícola de São Matias, que está situado no concelho de Beja e integra-se na rede secundária de rega do projeto.

Além dos painéis, a EDIA também instalou um sistema de armazenamento de energia com autonomia para cinco dias sem sol, o que vai permitir abastecer os órgãos hidráulicos e os sistemas de monitorização e telecontrolo do reservatório e a estação de filtração de um bloco de rega com 2.163 hectares.

Segundo a EDIA, esta solução energética evitou a construção de uma linha de média tensão com uma extensão de cerca de dois quilómetros e traduz-se numa "rentabilidade económico-financeira positiva desde o momento de entrada em funcionamento".

A EDIA frisa que "tem vindo a apostar em soluções energéticas amigas do ambiente e ecologicamente compatíveis com um processo de desenvolvimento sustentado que se deseja para a região, dando o exemplo através de soluções fotovoltaicas", como a instalada no reservatório da Cegonha.

Na área da energia fotovoltaica, a empresa lembra que já instalou painéis solares fotovoltaicos na cobertura da sua sede em Beja e pequenas centrais solares fotovoltaicas junto à barragem do Alqueva e nas estações elevatória do Pisão e da Amoreira.

Na valência agrícola do Alqueva, a EDIA concluiu no ano passado a construção de todas as infraestruturas necessárias para regar os 120 mil hectares previstos no projeto inicial e que estão em exploração.

A albufeira de Alqueva, localizada no "coração" do Alentejo, no rio Guadiana, na sua capacidade total de armazenamento, à cota de 152 metros, é o maior lago artificial da Europa, com uma área de 250 quilómetros quadrados e cerca de 1.160 quilómetros de margens.» in http://24.sapo.pt/tecnologia/artigos/no-alqueva-os-paineis-solares-flutuam#_swa_cname=bloco24&_swa_csource=sapo.pt&_swa_cmedium=web