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04/05/20

F.C. do Porto - O FC Porto fez, esta sexta-feira, uso da newsletter Dragões Diário para anunciar que se opõe frontalmente à escolha de Cláudia Cruz Santos para a liderança do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol na lista de candidatura de Fernando Gomes.



«FC Porto critica Cláudia Santos no CD e fala de "perpetuação do grotesco"

Dragões dizem-se surpreendidos com "a capacidade de o futebol português se expor ao ridículo".

O FC Porto fez, esta sexta-feira, uso da newsletter Dragões Diário para anunciar que se opõe frontalmente à escolha de Cláudia Cruz Santos para a liderança do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol na lista de candidatura de Fernando Gomes.

O emblema azul e branco recorda que a atual deputada do Partido Socialista foi "presidente da Comissão de Instrução e Inquéritos da Liga, durante o mandato de Mário Figueiredo", tendo este ficado marcado por alguns episódios polémicos.

"Esse foi, recorde-se, o pior período da história da instituição, marcado pela promiscuidade bem documentada entre o seu presidente e o Benfica – à qual, segundo a imprensa de ontem, não seria alheia Cláudia Cruz Santos – e por uma relação conflituosa entre ele e uma grande parte dos clubes – quem é que se esquece, por exemplo, da reunião de 16 presidentes numa bomba de gasolina depois de Mário Figueiredo lhes ter fechado as portas da sede da Liga?", pode ler-se.

"A capacidade de o futebol português se expor ao ridículo, não sendo nova, não deixa de surpreender. É que cá dentro haverá sempre muitos a branquear o que acontece e a fazer de conta que estas coisas são normais, mas lá fora, nas redações dos melhores jornais do mundo, a perpetuação do grotesco já não passa despercebida", conclui.» in https://www.noticiasaominuto.com/desporto/1469840/fc-porto-critica-claudia-santos-no-cd-e-fala-de-perpetuacao-do-grotesco

29/04/20

Desporto Corrupção - O antigo presidente da FIFA, Joseph Blatter, sabia de um esquema em torno das transmissões dos Mundiais de 2010 e 2014 que lesava o organismo em milhões, refere um documento da polícia suíça divulgado hoje pela Associated Press.



«Joseph Blatter implicado em negócio ruinoso para a FIFA

Antigo presidente do organismo máximo do futebol mundial assinou documento que perdoava dívida de 3,8 milhões de dólares.

O antigo presidente da FIFA, Joseph Blatter, sabia de um esquema em torno das transmissões dos Mundiais de 2010 e 2014 que lesava o organismo em milhões, refere um documento da polícia suíça divulgado hoje pela Associated Press.

Os relatórios mostram que a FIFA ‘perdoou’ uma dívida de 3,8 milhões de dólares (cerca de 3,5 milhões de euros) de um negócio com a TV do Caribe, assinado em 2005 pelo então presidente Joseph Blatter e pelo vice-presidente de longa data Jack Warner.

Os investigadores concluíram que Joseph Blatter, que viria a ser acusado de gestão danosa, mas que neste caso veria um processo criminal arquivado em 2015, teria agido mais no interesse do seu vice-presidente Jack Warner do que na FIFA.

A polícia suíça acredita que Joseph Blatter sabia em 2007 que Jack Warner havia violado - e se beneficiaria pessoalmente - de um acordo de direitos de transmissão dos Mundiais de 2010 e 2014, que foram vendidos a uma emissora da Jamaica.

Os detalhes do contrato original da FIFA foram revelados pelos órgãos de comunicação social suíços em setembro de 2015 e mostravam uma venda de 600 mil dólares (cerca de 554 mil euros) à União de Futebol do Caribe, controlada por Jack Warner.

Na altura, a FIFA defendeu-se afirmando que o contrato exigia que o órgão governamental do futebol obtivesse participação de 50 por cento nos lucros de qualquer acordo futuro de licenciamento. A revenda dos direitos foi avaliada em cerca de 15 milhões de dólares (cerca de 13,8 ME).

Mas a FIFA, ainda de acordo com as conclusões dos investigadores suíços no relatório de 491 páginas, não tentou arrecadar a verba a que tinha direito em agosto de 2010, nos 30 dias seguintes ao encerramento do Mundial, disputado na África do Sul.

Em 2011, a FIFA calculou que eram devidos quase 3,8 milhões de euros (cerca de 3,5 ME), depois de Jack Warner sair do futebol, após ter sido implicado em subornar eleitores do Caribe para se oporem a Joseph Blatter na eleição presidencial da FIFA daquele ano.

Joseph Blatter, de 84 anos, está proibido de exercer funções relacionadas com o futebol até outubro de 2021, e enfrenta um outro processo relacionado com o pagamento de dois milhões de dólares (cerca de 1,8 ME) ao ex-presidente da UEFA, Michel Platini.» in https://desporto.sapo.pt/futebol/futebol-internacional/artigos/joseph-blatter-implicado-em-negocio-ruinoso-para-a-fifa

14/08/19

Desporto Criminalidade - A ex-eurodeputada Ana Gomes garantiu esta quarta-feira não ter sido processada pelo Benfica nem pelo presidente Luís Filipe Vieira.




«Ana Gomes nega ter sido processada pelo Benfica e explica porque apelidou Luís Filipe Vieira de "delinquente" 

 "Tenho muito gosto em ir a tribunal para explicar o que disse", acrescentou Ana Gomes. A ex-eurodeputada Ana Gomes garantiu esta quarta-feira não ter sido processada pelo Benfica nem pelo presidente Luís Filipe Vieira.

O clube tinha anunciado anteriormente que ia abrir um processo contra a ex-eurodeputada devido às suas declarações publicadas no Twitter sobra a venda do jogador João Félix ao Atlético de Madrid, no entanto, até ao momento nenhum processo judicial foi avançado. "Já várias vezes me ameaçaram com processos. Mas até hoje nada", disse Ana Gomes, em entrevista à Radio Observador.

Quando questionada sobre o porquê de ter apelidado o presidente do Clube da Luz, Luís Filipe Vieira, de delinquente, Ana Gomes explica que este já foi julgado e condenado por ter roubado um camião, anteriormente e sublinha ainda o facto de este ter sido arguido na Operação Lex, que investiga suspeitas de corrupção/recebimento indevido de vantagem, branqueamento de capitais, tráfico de influências e fraude fiscal. "Tenho muito gosto em ir a tribunal para explicar o que disse", acrescentou Ana Gomes.» in https://sol.sapo.pt/artigo/668035/ana-gomes-nega-ter-sido-processada-pelo-benfica-e-explica-porque-apelidou-luis-filipe-vieira-de-delinquente


16/03/19

Desporto Corrupção - O jornal 'Expresso' revela, na sua edição deste sábado, uma conversa em que César Boaventura terá tentado aliciar o guarda-redes Cássio para facilitar num jogo com o Benfica, na época 2015/2016.



«JORNAL 'EXPRESSO' REVELA ALICIAMENTO DE CÉSAR BOAVENTURA A CÁSSIO PARA PERDER COM BENFICA A TROCO DE 250 MIL EUROS

Semanário revela conversas entre o guarda-redes e o empresário.

O jornal 'Expresso' revela, na sua edição deste sábado, uma conversa em que César Boaventura terá tentado aliciar o guarda-redes Cássio para facilitar num jogo com o Benfica, na época 2015/2016. Escreve o semanário, citando fontes do processo que investiga a corrupção desportiva no Rio Ave visando apostas desportivas, que o empresário apresentou-se perante Cássio, na altura, guarda-redes dos vila-condeneses, como "mandatado por Luís Filipe Vieira" para lhe oferecer 250 mil euros.

Diz o 'Expresso' que Cássio deu conta do sucedido aos responsáveis do clube, que optaram por manter o caso em segredo. O guarda-redes, que foi titular neste jogo, ganho pelo Benfica por 1-0, está disposto a colaborar com a Polícia Judiciária e testemunhar contra o empresário.

O semanário revela ainda que Nélson Monte, se mantém no plantel do Rio Ave, confessou às autoridades que César Boaventura foi visto nas instalações do clube de Vila do Conde em finais de março de 2016. O central disse que o empresário terá tentado aliciar Marcelo para o jogo com o Benfica.

Na altura, Cássio, Marcelo, Roderick, Rafa Soares e Nadjack tinham os telefones sob escuta, na sequência de uma suspeita de de viciação de resultados, relacionada com apostas. Uma das conversas que chamou a atenção dos investigadores foi de Cássio com o empresário, antes do Rio Ave - Benfica dessa época.

O 'Expresso' revelou a conversa entre César Boaventura e Cássio
- "Cássio, estás sozinho? Precisava de te dar uma palavrinha, mas pessoalmente, porque os telemóveis nascem com ouvidos.
- Se isto é de Lisboa, nem vale a pena conversar. Não quero saber.
- Sim, por acaso uma parte até é, a outra não."

Depois, Cássio contou o sucedido a um amigo, pelo por mensagens.

- "Lembra aquilo que você me perguntou? Teve aqui um gajo que me tentou fazer o mesmo outra vez.
- É o mesmo da outra vez? Lá de Paços de Ferreira?
- Não, este é outro."

Garante fonte judicial ao 'Expresso' que o 'mesmo da outra vez' será, César Boaventura, empresário que também foi acusado por Lionn de o tentar aliciar antes desse Rio Ave-Benfica.

No processo haverá também uma troca de mensagens de WhatsApp trocadas entre César Boaventura e Marcelo, jogador que está no Chicago Fire dos EUA, depois de passar pelo Sporting.

- "Está aqui um gajo do Porto a dizer que eu te aliciei para a viciação de resultados. Diz que te queixaste.
- Nunca comentei com ninguém. Os únicos que sabem são o Cássio e o Lionn.
- Apaga as mensagens, amigo. Apaga todas."

Mas Marcelo não terá apagado as mensagens e terá colaborado com as autoridades portuguesas.

César Boaventura já reagiu a estas acusações. O empresário de futebol diz que vai processar Cássio, tal como já tinha feito em relação às acusações do defesa Lionn, que o acusou de tentativa de aliciamento antes desse Rio Ave-Benfica.

"Como é possível isto? 250.000€? Como alguém pode acreditar numa pessoa assim? Vais pagar bem pago. Não precisas colaborar com a PJ, precisas provar. Mais um processo em tribunal agora com o homem que de 15000€ chegavam 3000€ para acabar o processo de difamação. Camada de gente sem escrúpulos", escreveu César Boaventura na sua conta no Facebook.» in 
https://desporto.sapo.pt/futebol/primeira-liga/artigos/jornal-expresso-revela-aliciamento-de-cesar-boaventura-a-cassio-para-perder-com-benfica-a-troco-de-250-mil-euros

14/03/19

Desporto Corrupção - O brasileiro Lionn, que atualmente representa o Chaves, terá acusado César Boaventura de o ter tentado aliciar antes do encontro entre Benfica e Rio Ave da temporada 2015/16.



«LIONN: "CÉSAR BOAVENTURA TENTOU COMPRAR-ME ANTES DO JOGO CONTRA O BENFICA"

Antigo jogador do Rio Ave acusa ainda o empresário de ter aliciado mais dois colegas nas vésperas do jogo contra os encarnados.

O brasileiro Lionn, que atualmente representa o Chaves, terá acusado César Boaventura de o ter tentado aliciar antes do encontro entre Benfica e Rio Ave da temporada 2015/16.

De acordo com a Tribuna Expresso, a acusação do jogador de 30 anos, agora ao serviço do Desportivo de Chaves, foi feita no Tribunal de Esposende, num depoimento prestado no âmbito da queixa apresentada por Cássio precisamente contra César Boaventura, depois de o empresário ter sugerido que o então guarda-redes do Rio Ave teria facilitado num jogo contra o FC Porto, que terminou com 0-5 para os portistas

"César Boaventura tentou comprar-me antes do jogo contra o Benfica. A mim, ao Cássio e ao Marcelo", terá dito o defesa brasileiro em tribunal.

De acordo com o semanário, Lionn é testemunha num processo em que a Polícia Judiciária investiga o alegado envolvimento de jogadores do Rio Ave num esquema de apostas.

Confrontado pela Tribuna Expresso com estas declarações, César Boaventura negou as acusações, e garantiu que vai mover um processo em tribunal contra Lionn.

"Vou mover um processo contra esse jogador, porque isto é totalmente falso. Ele vai ter de provar em tribunal o que disse", garante Boaventura, salientando que tudo isto não passa de um esquema "montado por alguns jogadores com algumas pessoas do FC Porto e com o Bruno Carvalho [ex-presidente do Sporting]. Esses jogadores acabaram por ser contratados por clubes com ligações a FC Porto e Sporting."

De referir que Lionn não foi utilizado nesse encontro da época de 2015/16 por estar lesionado. O Benfica acabaria por vencer a partida por 1-0.» in https://desporto.sapo.pt/futebol/primeira-liga/artigos/lionn-cesar-boaventura-tentou-comprar-me-antes-do-jogo-contra-o-benfica

03/12/18

Desporto Corrupção - Procurador Válter Alves reitera que Luís Filipe Vieira tinha conhecimento das contrapartidas entregues por Paulo Gonçalves aos funcionários judiciais.



«E-TOUPEIRA: MP PEDE JULGAMENTO PARA TODOS OS ARGUIDOS NOS TERMOS DA ACUSAÇÃO

Procurador Válter Alves reitera que Luís Filipe Vieira tinha conhecimento das contrapartidas entregues por Paulo Gonçalves aos funcionários judiciais.

O Ministério Público pediu hoje que o processo 'e-toupeira' siga para julgamento “nos exatos termos da acusação”, reiterando que Luís Filipe Vieira tinha conhecimento das contrapartidas entregues por Paulo Gonçalves aos funcionários judiciais, a troco de informações sobre inquéritos.

No debate instrutório, no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa, o procurador Válter Alves reiterou a tese de uma “teia de interesses e de contrapartidas que havia entre os arguidos”, descrita na acusação do Ministério Público, acrescentando que a fase de instrução serviu, essencialmente, “para demonstrar a hipotética normalidade das ofertas”.

A prova produzida em sede de instrução “não permitiu afastar a indiciação que resultava já do inquérito”, sustentou o procurador, responsável pela acusação deste processo.

A instrução, fase facultativa, que visa decidir por um juiz de instrução criminal se o processo segue para julgamento, requerida pelos quatro arguidos, incluindo a SAD do Benfica, teve início em 14 de novembro.

Para o procurador do MP, Luís Filipe Vieira tinha conhecimento dos pedidos de convites e das camisolas do clube e se prova, como descreve a acusação, através da troca de emails entre o antigo assessor jurídico da SAD [Sociedade Anónima Desportiva] do Benfica Paulo Gonçalves e o presidente da SAD do Benfica.

Válter Alves destacou que a justificação da SAD do Benfica para a atribuição de ofertas e de bilhetes era o uso do “bom senso, atirando tudo para a regra do bom senso”.

O procurador defendeu que “o bom senso não é regra, é um princípio ético” e, neste processo, representa a “desregulação” com a “oportuna ausência” de regras da SAD benfiquista.

Para o MP, o antigo assessor jurídico da SAD benfiquista esteve “presente na maioria das reuniões do conselho de administração da SAD”, sublinhando que Paulo Gonçalves sempre se manteve próximo “da liderança e das tomadas de decisões da SAD”, além de o arguido manter uma relação “muito próxima” com o presidente do clube Luís Filipe Vieira.

“[Ofertas de merchandising e os convites] não foram entregues por amizade, foram entregues pelas razões que estão descritas na acusação do Ministério Público. Não é crime ter amigos, é crime ter praticado os factos descritos na acusação, sendo amigos ou não”, frisou o procurador.

Para o MP, os funcionários judiciais Júlio Loureiro e José Silva viviam “destes favorezinhos” para terem “um ‘status’”.

Segundo o procurador, Paulo Gonçalves não conseguiu justificar os pedidos, as cedências de convites, as conversas com José Silva, o facto de ter na sua posse o histórico de um inquérito judicial, ou o currículo do sobrinho de José Silva, alegadamente em troca de favores do oficial de justiça.

A acusação defende que a versão de Paulo Gonçalves apresentada na fase de instrução foi “pouco credível”, com ideias “vagas e incoerentes”, entrando em várias vezes em contradição.

Para o procurador, Júlio Loureiro e José Silva aceitaram as ofertas de Paulo Gonçalves, a troco e como recompensa pelas informações prestadas pelos dois funcionários judiciais.

“Só não há prova direta do acordo. O acordo retira-se dos atos que as pessoas praticam. O acordo é lógico e prova-se através dos factos descritos. Ninguém em momento algum recusou: nem Paulo Gonçalves recusou as informações, nem Júlio Loureiro nem José Silva recusaram as ofertas”, vincou o procurador.

A acusação do MP considera que o presidente da Benfica SAD, Luís Filipe Vieira, teve conhecimento e autorizou a entrega de benefícios aos dois funcionários judiciais, por parte de Paulo Gonçalves, a troco de informações sobre processos em segredo de justiça, envolvendo o Benfica, mas também clubes rivais.

A SAD do Benfica está acusada de 30 crimes e Paulo Gonçalves de 79 crimes. O MP acusou a SAD do Benfica de um crime de corrupção ativa, de um crime de oferta ou recebimento indevido de vantagem e de 29 crimes de falsidade informática.» in https://desporto.sapo.pt/futebol/primeira-liga/artigos/e-toupeira-mp-pede-julgamento-para-todos-os-arguidos-nos-termos-da-acusacao

06/11/18

Desporto Corrupção - A 'Tribuna Expresso' avança esta quarta-feira que o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa pediu à juíza de instrução mais tempo para investigar o caso dos e-mails do Benfica.



«BENFICA: DCIAP QUER MAIS TEMPO PARA INVESTIGAR CASO DOS E-MAILS

Informação foi avançada esta quarta-feira pela 'Tribuna Expresso'.

A 'Tribuna Expresso' avança esta quarta-feira que o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa pediu à juíza de instrução mais tempo para investigar o caso dos e-mails do Benfica.

O organismo considera que "a atividade criminosa se insere num esquema altamente organizado" e que a sua gravidade pede mais tempo para que o caso seja analisado ao pormenor.

Para já, o caso conta com sete volumes de documentação. Em causa está o roubo e divulgação de correspondência eletrónica do Benfica, que alegadamente pode apontar para uma influência por parte do clube da Luz sobre outros emblemas com o objetivo de favorecer os resultados dos 'encarnados'.

Também as equipas de arbitragem eram supostamente abordadas para facilitar o Benfica em deterimento dos seus adversários.

Paulo Gonçalves, Pedro Guerra, Domingos Soares de Oliveira são alguns dos nomes envolvidos no caso, bem como o do presidente dos 'encarnados'.

Recorde todos os momentos do caso dos e-mails.» in https://desporto.sapo.pt/futebol/primeira-liga/artigos/benfica-dciap-quer-mais-tempo-para-investigar-caso-dos-e-mails

30/10/18

Desporto Corrupção - A Polícia Judiciária solicitou os extractos bancários dos funcionários judiciais suspeitos de passar informações confidenciais a Paulo Gonçalves, ex-assessor jurídico do Benfica, e encontrou vários depósitos em dinheiro e transferências cuja origem não foi identificada.



«E-TOUPEIRA: PJ DESCOBRE TRANSFERÊNCIAS E DEPÓSITOS EM DINHEIRO NAS CONTAS DOS SUSPEITOS

Muitos dos depósitos foram em numerário o que torna praticamente impossível saber de onde veio o dinheiro nas contas dos suspeitos.

A Polícia Judiciária solicitou os extractos bancários dos funcionários judiciais suspeitos de passar informações confidenciais a Paulo Gonçalves, ex-assessor jurídico do Benfica, e encontrou vários depósitos em dinheiro e transferências cuja origem não foi identificada.

Segundo escreve o jornal Correio da Manhã, durante a investigação no processo e-Toupeira, os inspetores da Polícia Judiciária solicitaram os extractos bancários dos funcionários judiciais suspeitos de enviarem informação a Paulo Gonçalves com o objetivo de encontrar factos susceptíveis de enquadrar o crime de corrupção.

De acordo com a informação veiculada pelo referido diário, as autoridades encontraram transferências e depósitos em quantias entre os 10 e os 20 mil euros nas contas de José Augusto Silva e Júlio Loureiro.

Depois de serem analisadas três contas bancárias de José Augusto Silva, a Polícia Judiciária encontrou depósitos em dinheiro e transferências cuja origem não foi identificada sendo que no total, em 2017, entraram nesta conta mais de 10 mil euros.

Os inspectores não conseguiram identificar a origem do dinheiro pelo facto de muitos dos depósitos terem sido dinheiro vivo. Os dois arguidos serão confrontados com estes dados no interrogatório marcado para 13 e 14 de novembro.» in https://desporto.sapo.pt/futebol/primeira-liga/artigos/e-toupeira-pj-descobre-transferencias-e-depositos-em-dinheiro-nas-contas-dos-suspeitos

26/09/18

Dersporto Corrupção - O ex-presidente do Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) Augusto Baganha escreveu uma carta à procuradora-geral da República a denunciar furto de documentos, acesso ilegítimos a computadores e favorecimento ao Benfica, relativos a 55 autos levantados pela PSP e que foram arquivados.



«Baganha denuncia à PGR acesso ilegítimos a computadores, furto de documentos e favorecimento ao Benfica

Numa carta enviada à Procuradoria-Geral da República e a que o Jornal Económico teve acesso, o ex-presidente do Instituto Português do Desporto e da Juventude aponta a existência de “factos graves, que eventualmente, consubstanciam ilícitos criminais”.

O ex-presidente do Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) Augusto Baganha escreveu uma carta à procuradora-geral da República a denunciar furto de documentos, acesso ilegítimos a computadores e favorecimento ao Benfica, relativos a 55 autos levantados pela PSP e que foram arquivados.

Na carta, a que o Jornal Económico teve acesso, Baganha aponta “factos graves, que eventualmente, consubstanciam ilícitos criminais graves e que, por essa razão, necessitam urgentemente de ser investigados”, admitindo ainda que estes podem estar relacionados com a sua demissão, bem como de Lídia Praça, que era vogal do conselho diretivo (CD) do IPDJ.

Augusto Baganha relata a “intrusão” no computador de Lídia Praça e um “apagão”, que ocorreu na tarde em que essa intrusão foi detetada, “tendo o Ministério Público declarado: concluído com elevado grau de certeza, do exame ao disco rígido, que o acesso foi presencial”.

O ex-presidente do IPDJ apresentou a denuncia na Polícia Judiciária, que faz atualmente parte do processo e-toupeira.

Na carta, datada de segunda-feira, 24 de setembro, Baganha solicita à PGR a reabertura desta investigação, de modo a serem apurados três pontos: “A quem interessava aceder ilegitimamente ao PC da ex. Vogal Lídia Praça e fazer pesquisas, durante um fim de semana, não autorizadas por si”; “Quantas pessoas podiam aceder ao edifício nesse fim de semana, tendo em consideração que apenas havia três chaves disponíveis”; “Se o “apagão” ocorrido nessa tarde, após o fim de semana em que ocorreu o acesso ilegítimo para a realização das pesquisas referidas eliminou a possibilidade de se visualizar nas cameras de vigilância as pessoas que entraram no edifício, sede do IPDJ”.

O ex-presidente do IPDJ fala também no “eventual furto” da ata original de uma reunião do conselho diretivo de 5 de maio de 2017, e que Augusto Baganha refere ter solicitado a sua entrega, o que nunca terá acontecido. Acrescenta que o assunto foi de novo mencionado na última reunião que presidiu como responsável máximo do IPDJ, tendo Vítor Pataco, na altura vice-presidente do IPDJ, “sugerido que se assinasse outra ata, que substituísse a referida”, algo que Augusto Baganha recusou.

O furto foi comunicado às autoridades, “por tal facto configurar um ato de extrema gravidade”, e por, no entender de Augusto Banha, se tratar de “um crime, que deve ser investigado”.

Por último, o ex-presidente do IPDJ fala num “eventual favorecimento” ao Benfica, pedindo que seja investigado “o atraso provocado no processo administrativo, relativo ao regulamento de segurança” do clube, já que esse atraso “provocou o arquivamento  de 55 autos de contraordenação, baseados em autos de notícia levantados pelas forças de segurança”.

Augusto Baganha refere que este processo contraordenacional estava condicionado pela decisão do então vice-presidente Vítor Pataco de assinar o documento para que o Benfica “pudesse ser notificado da desconformidade do seu regulamento de segurança com a lei. Ou seja, durante todo o tempo em que o processo administrativo esteve parado, pendente da assinatura da notificação da declaração de nulidade do regulamento de segurança pelo vice-presidente, Vítor Pataco, todos os autos levantados ao Benfica por apoio ilegal às suas ‘claques’ seriam arquivados”, explica o ex-presidente do IPDJ.» in https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/baganha-denuncia-a-pgr-acesso-ilegitimos-a-computadores-furto-de-documentos-e-favorecimento-ao-benfica-358257

24/09/18

Desporto Corrupção - A Polícia Judiciária captou o momento em que Paulo Gonçalves ofereceu camisolas do Benfica a José Nogueira Silva e Júlio Machado Loureiro.



«PJ capta momento em que Paulo Gonçalves ofereceu camisolas do Benfica

A Polícia Judiciária captou o momento em que Paulo Gonçalves ofereceu camisolas do Benfica a José Nogueira Silva e Júlio Machado Loureiro.

De acordo com o CM, que divulgou as fotografias captadas pela Polícia Judiciária, Paulo Gonçalves aparece a oferecer camisolas do Benfica a José Nogueira Silva e Júlio Machado Loureiro.

As fotografias foram registadas a 20 de janeiro depois do encontro entre Benfica e Chaves.» in https://sol.sapo.pt/artigo/627033

16/09/18

Desporto Corrupção - Presidente do Benfica esteve internado na CUF Infante Santo na véspera do dia em que iria ser ouvido no tribunal pelo Ministério Público por ser um representante legal da SAD do clube.



«e-Toupeira. Luís Filipe Vieira sofre surto de amnésia antes de ser ouvido no âmbito do processo

Presidente do Benfica esteve internado na CUF Infante Santo na véspera do dia em que iria ser ouvido no tribunal pelo Ministério Público por ser um representante legal da SAD do clube.

Luís Filipe Vieira foi internado na CUF, na véspera de ser ouvido no tribunal, depois de ter tido um surto de amnésia, escreve o Correio da Manhã este sábado.

A mesma publicação adianta ainda que foi o advogado do presidente do Benfica a notificar o procurador do internamento, tendo prometido para depois um relatório da unidade hospitalar de Lisboa. No entanto, acabou por nunca o fazer.

Vieira da Silva teria de prestar declarações a 11 de agosto.

No processo e-Toupeira estão envolvidos quatro arguidos, entre eles dois funcionários judiciais, um colaborador de sociedade anónima desportiva, Paulo Gonçalves, e ainda uma pessoa coletiva - o Sport Lisboa e Benfica.» in https://ionline.sapo.pt/626058

08/09/18

Desporto Corrupção - O Moreirense foi, esta sexta-feira, condenado pelo Tribunal de Santa Maria da Feira a um ano de suspensão de participação em competições desportivas, depois de terem sido provados quatro crimes de corrupção ativa.



«Moreirense suspenso das competições durante um ano por corrupção ativa

O Moreirense foi, esta sexta-feira, condenado pelo Tribunal de Santa Maria da Feira a um ano de suspensão de participação em competições desportivas, depois de terem sido provados quatro crimes de corrupção ativa.

Em causa, está o suborno de futebolistas da Naval 1.º de Maio e do Santa Clara, para prejudicarem as suas equipas e ajudarem o Moreirense a vencer os jogos e a ser promovido da então Liga Orangina à 1ª Liga, no final da época de 2011/12.

Além da suspensão de um ano, o clube foi condenado ao pagamento de 250 euros por dia durante 450 dias, o que perfaz o valor total de 112 mil e 500 euros de multa.

Os restantes arguidos do processo, nomeadamente o filho do presidente do Moreirense e o vice-presidente, foram condenados a penas suspensas mediante o pagamento de valores que variam entre os mil e os cinco mil euros a instituições de solidariedade.

O Moreirense vai recorrer da decisão por considerar não ter ficado provado o envolvimento do clube nos atos de corrupção. A sentença só entrará em vigor quando a pena transitar em julgado, ou seja, quando terminarem todos os recursos possíveis.» in https://www.jn.pt/desporto/interior/moreirense-suspenso-das-competicoes-durante-um-ano-por-corrupcao-ativa-9815904.html

07/09/18

Desporto Corrupção - A revelação através do Jornal Económico de uma das atas das reuniões do Conselho Diretivo (CD) do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) vem confirmar publicamente o que já era conhecido nos corredores do Poder.



«Comunicado

A revelação através do Jornal Económico de uma das atas das reuniões do Conselho Diretivo (CD) do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) vem confirmar publicamente o que já era conhecido nos corredores do Poder, ou seja, que Vítor Pataco não reunia condições de isenção para ser promovido a novo presidente deste Instituto. Hoje, ficamos a saber que Vítor Pataco agiu nove meses a fio com o propósito de evitar a notificação do SL Benfica sobre a nulidade do regulamento de segurança e utilização do Estádio da Luz, o qual acolhia ilegalmente condições efetivas de apoio a grupos de adeptos que não se encontram registados no IPDJ, designadamente aos No Name Boys, claque que todos sabemos existir por muito que o SL Benfica e em primeira linha o seu presidente façam de conta que não.

A revelação pública desta ata torna as sucessivas intervenções do Secretário de Estado da Juventude e Desporto em defesa da escolha de Vítor Pataco para a presidência do CD do IPDJ numa peça de teatro de cordel em que o próprio governante não se coibiu de mentir na descrição dos factos que fez  em recente entrevista à SIC Notícias.

Diz o Povo que mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo.

Que credibilidade pode ter um governante que se comporta desta forma perante o país?» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/2018-pt-joao-paulo-rebelo-mentiu

Desporto Corrupção - O FC Porto emitiu esta sexta-feira um comunicado onde acusou João Paulo Rebelo, secretário de Estado da Juventude e do Desporto, de mentir, tendo em conta a ata de uma reunião do Conselho Diretivo do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) revelada pelo Jornal Económico.



«FC PORTO ACUSA SECRETÁRIO DE ESTADO DO DESPORTO DE MENTIR

Em comunicado, os campeões nacionais atiram-se ao novo presidente do IPDJ, Vítor Pataco.

O FC Porto emitiu esta sexta-feira um comunicado onde acusou João Paulo Rebelo, secretário de Estado da Juventude e do Desporto, de mentir, tendo em conta a ata de uma reunião do Conselho Diretivo do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) revelada pelo Jornal Económico.

No mesmo documento, os campeões nacionais atiram-se ainda a Vítor Pataco, que foi nomeado novo presidente do IPDJ, acusando-o de agir "nove meses a fio com o propósito de evitar a notificação do Benfica sobre a nulidade do regulamento de segurança e utilização do Estádio da Luz".» in https://desporto.sapo.pt/futebol/primeira-liga/artigos/fc-porto-acusa-secretario-de-estado-do-desporto-de-mentir

Desporto Criminalidade - José Silva, funcionário judicial era o 'amigo 66' de Paulo Gonçalves na aplicação 'WhatsApp, que usavam para fugirem a escutas e traficarem informação de processos.



«E-toupeira: PJ descobre crimes combinados por telefone

PJ recuperou os telemóveis e conseguiu reconstruir as conversações. José Silva, funcionário judicial era o 'amigo 66' de Paulo Gonçalves na aplicação 'WhatsApp, que usavam para fugirem a escutas e traficarem informação de processos.

A Policía Judiciária descobriu crimes relacionados com o caso e-toupeira, que envolve a Benfica SAD e o assessor jurídico Paulo Gonçalves, através de códigos utilizados na aplicação de mensagens ‘WhatsApp’, segundo avança esta sexta-feira o jornal “Correio da Manhã”.

José Silva, (que está em prisão preventiva desde o arranque do caso, há seis meses) funcionário judicial que alegadamente terá sido corrompido por Paulo Gonçalves, era o ‘amigo66’ na aplicação que ambos usavam para fugirem a escutas e traficarem informação de processos.

Segundo o “CM” o assessor jurídico da SAD benfiquista nem sempre estava de acordo com o que lhe era enviado. “Interessante. Depois de estudar bem cheguei à conclusão que falta algo mais, depois falamos”, terá respondido Paulo Gonçalves, a José Silva, no dia 13 de novembro de 2017.

Na origem desta afirmação estava um processo no qual o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira era arguido por difamação, e que fazia parte do ‘leque’ de informação que Paulo Gonçalves queria controlar. De acordo com a acusação do Ministério Público, o assessor jurídico agia sempre “reportando” a Luís Filipe Vieira, que conhecia e “aceitava todas as condutas” de Paulo Gonçalves.» in https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/e-toupeira-pj-descobre-crimes-combinados-por-telefone-351931

06/09/18

Desporto Corrupção - A acusação no processo 'e-toupeira' considera que o presidente da Benfica SAD, Luís Filipe Vieira, teve conhecimento e autorizou a entrega de benefícios a dois funcionários judiciais, por parte do assessor jurídico do clube, Paulo Gonçalves.



«E-toupeira. Luís Filipe Vieira sabia da entrega de benefícios a funcionários judiciais

A acusação no processo 'e-toupeira' considera que o presidente da Benfica SAD, Luís Filipe Vieira, teve conhecimento e autorizou a entrega de benefícios a dois funcionários judiciais, por parte do assessor jurídico do clube, Paulo Gonçalves.

“As entregas aos arguidos José Silva e Júlio Loureiro eram do conhecimento do presidente da Sociedade Anónima Desportiva (SAD), que as autorizava ou delas tomava conhecimento por correio eletrónico, ou rubricando folha de autorização, sem nunca as impedir, pois tal era para beneficio da arguida [Benfica SAD], assim querendo e aceitando todas as condutas”, refere a acusação do Ministério Público (MP), a que a agência Lusa teve hoje acesso.

Segundo o despacho do procurador adjunto Valter Alves, do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, “todos os benefícios entregues aos funcionários judiciais e observador de arbitragem foram-no a custo da Benfica SAD, que os suportou, fazendo uso da sua própria estrutura e colaboradores”.

A acusação do processo 'e-toupeira' diz que Paulo Gonçalves, enquanto assessor da administração da Benfica SAD, e no interesse da SAD, solicitou a estes dois funcionários judiciais que lhe transmitissem informações sobre inquéritos, a troco de bilhetes, convites e merchandising do clube.

Tais condutas ilícitas foram, de acordo com o MP, sendo feitas “sem controlo, sem instituição de regras próprias, impeditivas de tal comportamento de Paulo Gonçalves, não cuidando a sociedade [Benfica SAD], de criar mecanismos reais exequíveis para evitar os factos” que contam da acusação do DIAP de Lisboa.

Os dois funcionários judiciais terão agido “em concertação com Paulo Gonçalves, o qual bem conhecia as funções públicas exercidas por José Silva e Júlio Loureiro".

“José Silva (oficial de justiça) e Júlio Loureiro (escrivão e também observador de árbitros), com a promessa de tratamento privilegiado junto do Benfica, designadamente para assistência a jogos em condições favoráveis, aceitaram proceder como solicitado [por Paulo Gonçalves]”, que lhes pedia informações acerca de inquéritos, sustenta a acusação do MP.

Segundo o despacho do procurador do MP Valter Alves, tais processos “incidiam sobre investigações na área do futebol ou a pessoas relacionadas com este desporto, designadamente inquéritos em curso e em segredo de justiça, em que era visada, ou denunciante, a Sport Lisboa e Benfica – Futebol SAD, ou os seus elementos”.

Os processos pesquisados pelos dois funcionários judiciais, através da plataforma informática Citius, abrangiam também casos “relativos a clubes adversários e seus administradores ou colaboradores”.

O procurador do MP sustenta que os dois funcionários judiciais “tudo fizeram para favorecerem o Benfica e seus elementos nas investigações em curso, permitindo, se necessário, a dissipação antecipada de elementos de prova”.

O Benfica reagiu em comunicado à acusação, prometendo “desmontar” as “absurdas e injustificadas imputações”.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/e-toupeira-luis-filipe-vieira-sabia-da-entrega-de-beneficios-a-funcionarios-judiciais

05/09/18

Desporto Corrupção - O Ministério Público (MP) acusou dois funcionários judiciais, a SAD do Benfica e um seu colaborador de vários crimes, incluindo corrupção, favorecimento pessoal, peculato e falsidade informática, no caso “e-toupeira”.



«BENFICA E PAULO GONÇALVES ACUSADOS DE CORRUPÇÃO NO CASO E-TOUPEIRA

O Ministério Público (MP) acusou dois funcionários judiciais, a SAD do Benfica e um seu colaborador de vários crimes, incluindo corrupção, favorecimento pessoal, peculato e falsidade informática, no caso “e-toupeira”.

Segundo informação hoje disponibilizada no sítio na Internet da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), o MP “requereu o julgamento em tribunal coletivo por factos apurados no âmbito do inquérito referente aos acessos ao sistema CITIUS”, conhecido por “e-toupeira”.

“A acusação foi deduzida contra quatro arguidos: dois funcionários judiciais (um deles observador de arbitragem), um colaborador de sociedade anónima desportiva e uma pessoa coletiva (sociedade anónima desportiva)”, adianta a PGDL.

Este processo envolve o assessor jurídico do Benfica, Paulo Gonçalves, que foi constituído arguido.

Em causa estão os crimes de corrupção passiva (e pena acessória de proibição do exercício de função), corrupção ativa e oferta ou recebimento indevido de vantagem (e na pena acessória relativa ao regime de responsabilidade penal por comportamentos suscetíveis de afetar a verdade, a lealdade e a correção da competição e do seu resultado na atividade desportiva)”.

Favorecimento pessoal, violação do segredo de justiça, violação de segredo por funcionário, peculato, acesso indevido, violação do dever de sigilo e falsidade informática são os outros crimes imputados aos acusados.

Segundo a mesma nota, “ficou suficientemente indiciado que os arguidos com a qualidade de funcionários de justiça, pelo menos desde março de 2017, acederam a processos-crime pendentes no DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] de Lisboa e do Porto e em outros tribunais, transmitindo as informações relevantes ao arguido colaborador da SAD, fazendo-o de acordo com a solicitação do mesmo e em benefício da mesma sociedade”.

“Tais processos tinham por objeto investigações da área do futebol ou de pessoas relacionadas com este meio, ou de clubes adversários, seus administradores ou colaboradores”, acrescenta a PGDL, salientando que as “pesquisas foram efetuadas fraudulentamente com a utilização de credenciais de terceiros, sem o seu conhecimento ou consentimento, por forma a obterem acessos encobertos, não detetáveis”.

Acresce que “tais informações foram obtidas ilicitamente tendo como contrapartida benefícios indevidos para os funcionários e vantagens ilícitas no interesse da respetiva SAD”.

“Tais condutas ocorreram, designadamente, durante as épocas desportivas 2016/2017 e 2017/2018”, lê-se na mesma nota, sustentando que, “com estes comportamentos, os arguidos puseram em risco a integridade do sistema informático da justiça, a probidade das funções públicas, os interesses da verdade e da lealdade desportiva e a integridade das investigações criminais”.

Um dos arguidos mantém-se em prisão preventiva, esclarece a PGDL.

Em 27 de agosto, a Procuradoria-Geral da República confirmou à Lusa ter constituído a SAD do Benfica como arguida no processo “e-toupeira”.

No mesmo dia, o clube considerou esta decisão “ilegal e inconstitucional”, anunciando a sua impugnação.» in https://desporto.sapo.pt/futebol/primeira-liga/artigos/ministerio-publico-acusa-sad-do-benfica-e-mais-tres-arguidos-no-caso-e-toupeira


28/08/18

Desporto Corrupção - De acordo com a SIC, a SAD do Benfica foi constituída arguida no processo E-Toupeira, sendo que, Domingos Soares Oliveira e Nuno Gaioso Ribeiro estiveram hoje a prestar declarações no Ministério Público.



«SAD DO BENFICA CONSTITUÍDA ARGUIDA NO PROCESSO E-TOUPEIRA. ENCARNADOS REAGEM E DIZEM TRATAR-SE DE "DECISÃO ILEGAL E INCONSTITUCIONAL"

Encarnados já reagiram em comunicado.

De acordo com a SIC, a SAD do Benfica foi constituída arguida no processo E-Toupeira.

Domingos Soares Oliveira e Nuno Gaioso Ribeiro estiveram hoje a prestar declarações no Ministério Público.

Entretanto o Benfica já reagiu em comunicado. Encarnados falam em "decisão ilegal e inconstitucional".

Confira o comunicado na íntegra

Tendo a Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD sido contactada por diversos órgãos de comunicação social pelo facto de ter sido notificada esta manhã, em audiência com a finalidade de ser Constituída Arguida, enquanto pessoa coletiva, no âmbito de um inquérito sobre violação do segredo de justiça, esclarece:

1. O Mandatário Judicial da SLB, SAD consultou os Autos de Inquérito e dessa consulta resultaram as seguintes conclusões objetivas:

a) Inexistem nos Autos quaisquer factos, circunstâncias e provas que fixem qualquer conexão entre os factos imputados aos funcionários judiciais e o Conselho de Administração da Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD.

b) Inexistem nos Autos quaisquer factos, circunstâncias e provas que estabeleçam qualquer conexão entre o Dr. Paulo Gonçalves e o Conselho de Administração da SAD do SLB no que à matéria do presente Inquérito diz respeito.

c) Do mesmo modo, inexiste qualquer facto, circunstância e prova que tenha conexão com os Advogados constituídos nos Inquéritos em que o Benfica é interessado.

d) Finalmente, inexiste qualquer facto, circunstância ou prova que estabeleçam um qualquer contacto entre os Arguidos nestes Autos e o Conselho de Administração da SAD do SLB.

2. De realçar que o Magistrado titular do Inquérito, para poder alcançar a imputação dolosa de um qualquer benefício, teria de obter e carrear provas nos seguintes sentidos:

a) Identificar o benefício obtido, o que não fez;

b) Identificar quem recebeu e quem transmitiu as informações em segredo de justiça, o que não fez;

c) Identificar, pelo menos, um membro do CA, SAD que tenha recebido essas informações, o que não fez;

d) Identificar, agora em concreto, o benefício obtido e a suas repercussões na marcha de quaisquer Autos, o que não fez;

e) Identificar o meio para alcançar qualquer benefício, o que não fez;

f) Identificar as contrapartidas dos benefícios e os autores dessas contrapartidas, o que não fez.

3. Ficou assim totalmente provado que o Inquérito, repete-se, mostra-se absolutamente omisso quanto a factos, quanto a circunstâncias de tempo, lugar e modo e, o que se mostra gravíssimo, quanto a provas que visem suportar a arquitetura do titular do Inquérito para justificar a determinação de constituição de arguida à Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD.

4. Obviamente, este desastre processual era antevisível pois do nada não se consegue extrair senão nada, reafirmando da nossa parte que:

a) Nenhum membro do Conselho de Administração da SAD do SLB sabe o que o Dr. Paulo Gonçalves sabe ou não sabe reiterando da nossa parte a absoluta confiança na sua conduta.

b) Só obtiveram notícia destes factos aquando das buscas e da formalização da motivação das buscas.

c) Nunca, em reunião alguma do Conselho de Administração da SAD do SLB, foi abordado qualquer facto emergente das comunicações, se ocorreram, emergentes de qualquer dos Arguidos.

d) Nem, em momento algum, qualquer Advogado constituído pela SAD do SLB recebeu qualquer notícia sobre processos em segredo de justiça.

e) O que todos receberam – e beneficiaram dessas notícias – foram as informações obtidas pelos órgãos da comunicação social, todas em segredo de justiça com especial destaque para o Jornal de Notícias (este promovido a porta-voz dos Processos que correm na Comarca do Porto).

5. Como se vê, a constituição da Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD como Arguida padece, logo à partida, de duas gravíssimas ilegalidades, a saber:

a) A primeira, reitera-se, porque inexiste qualquer facto, circunstância de tempo, lugar e modo, bem como prova, que fixem uma qualquer conexão entre os factos divulgados por qualquer dos Arguidos e o Conselho de Administração da SAD do SLB;

b) A segunda, na qual nem sequer crê, emerge da inexistência de qualquer facto que demonstre que o Dr. Paulo Gonçalves, a saber de qualquer facto, o tenha transmitido ao Conselho de Administração da SAD do SLB.

6. Fica assim provado que a constituição da Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD como Arguida, como agora é possível concluir, não tem que ver com a matéria de facto e com as provas constantes do Inquérito, como se comprova pela ausência absoluta de factos, circunstâncias e provas que incriminem a SAD do SLB, mas consiste em mais um passo – aliás gravíssimo – na senda persecutória movida contra o Benfica por parte de alguns responsáveis pelas investigações.

7. De tal modo que todas as Participações Criminais entregues pelo Benfica acham-se paralisadas e silenciadas. Ao passo que as que visam a perseguição do Benfica são reiteradamente publicitadas apesar de se acharem em segredo de justiça, sem que daí decorram quaisquer consequências para os agentes dos crimes. Realçamos que desta dualidade tem sido dada nota à Procuradora-Geral da República.

8. Mas mais grave nesta decisão é que ela não é só ilegal pela omissão de factos, circunstâncias e prova, ou seja, pela matéria de facto, mas também pela arquitetura empreendida pelo titular de Inquérito que denota que o móbil da constituição da SAD do SLB como Arguida, não só é desfocado da realidade constante do Processo, como vai mais longe, afronta a Constituição, a Lei e os deveres funcionais do Procurador.

9. Perante a gravidade desta conduta, entendeu a Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD determinar que se avance com a imediata impugnação da constituição como Arguida e o competente pedido de incidente de suspeição sobre o Magistrado titular do inquérito com base em diversa matéria de facto e de direito, já que o Magistrado em nome do Ministério Público usou o poder discricionário de constituir uma pessoa singular ou coletiva como Arguida em processo de Inquérito sem atender à necessária demonstração de prova de qualquer prática de crime ou de fundada suspeita, e por não observar os deveres funcionais a que se acha legal e estatutariamente adstrito, adotando uma conduta estranha e colidente com o texto da lei processual e, mais grave, com a própria Constituição da República.

10. Consideramos que ficou demonstrado que:

a) Promoveu a constituição da Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD como Arguida sem se munir de factos, circunstâncias de tempo, lugar e modo, nem de provas para atingir tal desiderato;

b) Tudo isto apesar de ter de se achar munido de especial experiência e competência para exercer a sua missão no DIAP;

c) E, mesmo, apesar de ter e dever achar-se munido de rigorosa consciência sobre as consequências desportivas, económicas e sociais emergentes da constituição da SAD do SLB como arguida;

d) O Magistrado afronta pela sua ação uma ordem genérica de Procurador-Geral da República, o seu Estatuto, desrespeita a lei processual penal e adota uma conduta violadora da Lei Fundamental.

e) Provando-se que não nos achamos no domínio da autonomia técnica, mas tão-só no afrontamento à hierarquia, à Lei e à Constituição da República, ou seja, no âmbito da violação de deveres emergentes das agressões ao princípio da legalidade.

f) Em suma, no nosso entender este Magistrado deve ser recusado e, por consequência, ser afastado da titularidade do Inquérito.

11. A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD entende que a hierarquia do Ministério Público e os Juízes de Instrução Criminal são titulares do poder-dever de pôr termo a esta perversa, ilegal e discriminatória perseguição movida por alguns responsáveis ao Sport Lisboa e Benfica.

12. Por fim, reafirmamos perante todos os milhões de Sócios, adeptos e simpatizantes do Sport Lisboa e Benfica a nossa total convicção de que no fim a Lei prevalecerá e será provado que nenhum elemento da Administração da SAD do Sport Lisboa e Benfica teve qualquer tipo de contacto ou conhecimento sobre os factos imputados neste processo. Factos que versam afinal sobre uma matéria sobre a qual se alguém tem sido vítima, trata-se precisamente do Benfica. Vítima de violação sistemática do segredo de justiça e de arbitrariedade de decisões que merecem da nossa parte o mais forte repúdio e resposta compatível nas instâncias legais.

Conselho de Administração da Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD

Lisboa, 27 de agosto de 2018

Também a Procuradoria Geral da República confirmou à agência Lusa ter constituída a SAD do Benfica como arguida do processo 'e-toupeira'.

"Ao abrigo do disposto no art.º 86.º, n.º 13, al. b) do Código de Processo Penal, confirma-se a constituição como arguida, no âmbito do designado processo 'e-toupeira', da SAD do Benfica", pode ler-se na nota enviada pela PGR.» in https://desporto.sapo.pt/futebol/primeira-liga/artigos/sad-do-benfica-constituida-arguida-no-processo-e-toupeira-avanca-a-sic

26/07/18

Desporto Corrupção - PGR confirma inquérito sobre a transferência de João Amaral para o Benfica...



«PGR CONFIRMA INQUÉRITO SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE JOÃO AMARAL PARA O BENFICA

A informação foi avançada pelo blog 'mercadodebenfica' e confirmada por uma fonte da Procuradoria-Geral da República.

O blog 'mercadodebenfica' revelou na terça-feira o contrato de João Amaral, depois do jogador sair do Vitória de Setúbal para os 'encarnados'. O contrato foi assinado entre o Benfica e a 'Team of Future', empresa de agenciamento de jogadores. Esta transferência gerou polémica por ter sido levantada a hipótese de o jogador ter atuado no Vitória de Setúbal na temporada 2017/2018 já cedido pelas 'águias'.

Segundo o 'Record', o contrato data de maio de 2017 e confere à SAD benfiquista poderes para negociar um acordo com os sadinos pelo direito de opção de compra. Este mesmo direito foi recentemente exercido, mas entretanto João Amaral foi vendido ao Lech Poznan por 1,5 milhões de euros.

Na quarta-feira, o mesmo blog fez uma nova publicação que levanta a suspeita de que a transferência de João Amaral já estaria a ser investigada. "Ainda sobre o jogador João Amaral e a sua transferência para o SLB, corre termos no DIAP do Porto o inquérito com o NUIPC 602/18.9 JAPRT", pode ler-se.

Já esta quinta-feira, a revista 'Sábado' avançou que uma fonte da Procuradoria-Geral da República confirmou a existência do inquérito. "O processo está em investigação e segredo de justiça", explicou a referida fonte.» in https://desporto.sapo.pt/futebol/primeira-liga/artigos/pgr-confirma-inquerito-sobre-a-transferencia-de-joao-amaral-para-o-benfica

28/04/18

Desporto Corrupção - O semanário 'Expresso' escreve na edição deste sábado que a Polícia Judiciária (PJ) e o Ministério Público (MP) estão a passar a pente fino os 163 jogos do campeonato realizados pelo Benfica nas últimas cinco temporadas, que se traduziram na conquista do tetracampeonato pelo clube da Luz.



«JUSTIÇA INVESTIGA ÚLTIMAS CINCO ÉPOCAS DO BENFICA

Polícia Judiciária e Ministério Público investigam as 163 partidas do campeonato desde a época 2013/14.

O semanário 'Expresso' escreve na edição deste sábado que a Polícia Judiciária (PJ) e o Ministério Público (MP) estão a passar a pente fino os 163 jogos do campeonato realizados pelo Benfica nas últimas cinco temporadas, que se traduziram na conquista do tetracampeonato pelo clube da Luz.

O jornal garante que em causa estão suspeitas de resultados combinados, em que vários intermediários terão, supostamente, abordado jogadores adversários para facilitarem.

Vários jogadores estarão a ser monitorizados pela PJ e pelo MP. Além disso, SMS e mensagens trocadas entre investigados estão entre os indícios recolhidos que estão neste momento a ser analisadas.

O 'Expresso' adianta ainda que as autoridades suspeitam que as denúncias anónimas que esta semana chegaram à Procuradoria-Geral da República -  uma relativa à "rede com o intuito de destruir a hegemonia do Benfica" e outra que envolve o guarda-redes do Marítimo Amir (que joga contra o FC Porto esta jornada) - terão partido de dirigentes do Benfica.

A  mesma publicação acrescenta que o gabinete de crise dos 'encarnados' também está a ser investigado, porque existem razões para desconfiar do modo de actuar deste gabinete.» in https://desporto.sapo.pt/futebol/primeira-liga/artigos/justica-investiga-ultimas-cinco-epocas-do-benfica
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