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15/06/13

Política de Emigração - Quatro portugueses fugiram da China, vítimas de maus tratos físicos e psicológicos durante uma formação para guarda-costas.



«Portugueses fogem da China vítimas de maus tratos

Quatro portugueses fugiram da China, vítimas de maus tratos físicos e psicológicos durante uma formação para guarda-costas. 

Chegaram a Lisboa esta segunda-feira e já denunciaram o caso ao Ministério dos Negócios Estrangeiros. 

Entre o grupo de portugueses contam-se dois antigos concorrentes do Big Brother I: Mário Ribeiro que também estava a receber formação e Marco Borges, responsável pelo treino.» in http://portocanal.sapo.pt/noticia/1972/


(Portugueses fogem da China vítimas de maus tratos)

24/05/13

Política de Emigração - Há cerca de 90 portugueses a viver Luxemburgo que correm o risco de serem despejados pelo Governo daquele país. Este grupo de emigrantes mora no Foyer de Muehlenbach, o maior bairro social para estrangeiros economicamente carenciados.



«Dezenas de portugueses no Luxemburgo podem ficar sem casa

“Fomos apanhados de surpresa e não sabemos o que fazer, porque não temos dinheiro disponível", afirma António Costa, um dos 90 portugueses que corre o risco de ser despejado.

Há cerca de 90 portugueses a viver Luxemburgo que correm o risco de serem despejados pelo Governo daquele país. Este grupo de emigrantes mora no Foyer de Muehlenbach, o maior bairro social para estrangeiros economicamente carenciados.

Entre os 18 emigrantes lusos já notificados, encontra-se António da Costa, 52 anos. Trabalha no sector da construção civil, mora naquela zona há mais de duas décadas e garante que tem as rendas em dia.

“Estou neste prédio, neste bairro, desde dia 3 de Junho 1987, e ainda nunca tive notificação de nada que eram os três anos conforme eles agora dizem, o senhorio da casa nunca nos advertiu de nada e agora recebemos esta carta. Não sei o que eles me vão dizer, mas normalmente, por aquilo que os meus colegas já me transmitiram, é para nós sairmos daqui”, conta António Costa, ouvido pela Renascença.

Em causa está a natureza provisória das habitações onde os emigrantes apenas deviam permanecer durante três anos. Muitos deles não conheciam tal prazo.

António Costa mostra-se por isso apreensivo quanto ao futuro e promete “lutar até ao fim”, porque “não tem outra hipótese”.

“Fomos apanhados de surpresa e não sabemos o que fazer, porque não temos dinheiro disponível. Mesmo para alugar um estúdio a meias, eles exigem três meses – um mês de renda e mais dois de caução. Quem é que tem dois, três ou cinco mil euros para mobilar um pequeno estúdio. Quem é que tem cinco mil euros neste momento”, afirma este emigrante português.

A Renascença tentou contactar o secretário de Estado das Comunidades José Cesário e o Gabinete Luxemburguês de Acolhimento e Integração, até ao momento, sem sucesso.» in http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=108605

25/03/13

Emigração - Mais de um milhão de portugueses emigraram para França entre 1960 e 1982, que faziam planos de ir por uns anos, mas o salto estendeu-se no tempo para quase todos.



«O coração também emigra

Mais de um milhão de portugueses emigraram para França entre 1960 e 1982. Faziam planos de ir por uns anos, mas o salto estendeu-se no tempo para quase todos.

Abílio e Irene Laceiras, de 69 e 70 anos, vivem em Villeparisi, nos arredores leste de Paris. Ela é natural de Lisboa, ele de Silvares, no Fundão. Chegaram a França a salto, há mais de 40 anos. Continuam a gostar muito de Portugal - falam português um com o outro e vivem numa casa à portuguesa, que vai do vinho que enche os copos à mesa até às loiças que decoram a cozinha -, mas têm razões - essencialmente quatro, explica Irene - para não regressar: "Gabriel, Hugo, Thomas e Sarah". Os netos. Quatro netos.

"Nós nunca fomos muito ambiciosos em termos de dinheiro. Tentámos sempre viver normalmente. E já que a gente não tinha dinheiro para dar aos filhos, apoia de outra maneira, a tomar conta dos netos", explica Abílio.

Irene diz também que "nunca" gostou de França. Ainda não gosta. Mas diz também que não lhe apetece ir embora: "Estão aqui os filhos, os netos, para onde é que a gente vai agora?". E Abílio acrescenta: "Ninguém que foi obrigado a sair de Portugal para aqui pode gostar de França. Porque se se encontra aqui é de maneira forçada".

O casal quer continuar em França por razões de coração, mas conhece quem tenha outras razões para não ir para Portugal de vez. Abílio conta que "o facto de o sistema social francês ser diferente, e mais propício a que as pessoas tenham acesso aos tratamentos, implica que muita gente que vai para Portugal mantenha em França um domicílio para poder vir aqui fazer os tratamentos".

Às razões de saúde, diz ainda, junta-se alguma vergonha, na sombra do mito do emigrante bem-sucedido: "Para a maioria das pessoas, o facto de ser emigrante é sinónimo de ter dinheiro. E essa é uma das razões pelas quais muitos emigrantes não querem regressar a Portugal. Porque enveredaram por outro tipo de vida, e por causa do sarcasmo dos amigos e da família não vão".

"Um país onde a saúde, a justiça e a educação não funcionam não me convém"
Entre 1960 e 1982, mais de um milhão de portugueses emigraram para França, a maioria de forma clandestina. Uns fugiam de um Portugal em ditadura, outros disso e também da miséria. Faziam planos de ir por uns anos, esperar pela liberdade – resistir aí à ditadura –, juntar dinheiro para construir uma casa e regressar. Para quase todos, o salto estendeu-se no tempo, além dos planos.

É o caso de José da Silva Rey, de 59 anos, que vive em Clamart, na periferia sudoeste de Paris. Nasceu na região de Lafões, no distrito de Viseu. Chegou a França em Maio de 1969. Vinha contornar o serviço militar obrigatório e amealhar algum dinheiro, para poder regressar e viver melhor.

O plano inicial era simples: "Vinha uns anos, arranjava umas coroas, construía uma casa e depois ia trabalhar para Portugal". E regressou, mas apenas para casar. Casou com uma portuguesa e voltou para França. Vinha, de novo, apenas por uns tempos: "Era até acabar a casa que tínhamos começado. Mas depois acabou-se a casa e os filhos andavam aqui na escola, e a casa estava lá e os filhos estavam aqui. Portanto, fomos ficando por aqui e a casa lá está".

José da Silva Rey é técnico superior de manutenção num laboratório farmacêutico. Faz descontos desde 1970 e, por isso, pode reformar-se a partir do final deste ano. Como Abílio e Irene Laceiras, tem "uma casa à portuguesa, com o garrafão do vinho, o bacalhau, o galo de Barcelos". José vai diversas vezes por ano a Portugal, em vez de uma já tem duas casas, o filho e a filha são adultos, ainda não tem netos, mas, mesmo assim, não faz planos para um regresso definitivo.

"Enquanto tivermos pernas, vamos passar o bom tempo em Portugal e o resto do tempo vamos passá-lo aqui. Quando eu lá estou, ao fim de um certo tempo falta-me a Torre Eiffel, faltam-me os meus amigos daqui, faltam-me os meus colegas de serviço. Falta-me lá toda esta história que tenho aqui, que não posso transportar e que nem tem interesse, porque a história lá é outra e também é muito agradável", explica.

Mas não é só o coração dividido que impede José de passar toda a reforma em Portugal. "Um país onde a saúde, a justiça e a educação não funcionam não me convém."

"Penso que a minha morada definitiva será sempre cá"
Lurdes Fernandes, de 46 anos, é a única porteira da rua Gauthey, no XVII bairro de Paris, a norte da capital francesa. É natural de Vouzela, no distrito de Viseu. Emigrou para França com 15 anos. Regressou a Portugal dois anos depois, mas tornou a sair. O marido, Fausto Fernandes, juntou-se a ela. Vieram os filhos, foram-se adiando os planos.

"Eu quis sempre ficar cá o tempo que pudesse, mas o Fausto vinha com aquela ideia de estar aí seis, sete anos, o tempo de construir uma casa, e depois, quando os nossos filhos estivessem em idade de ir para a escola primária, regressar a Portugal, arranjar um trabalho e viver lá. Era isso que estava mais ou menos combinado. Só que o tempo foi passando, começámos a ver que a vida estava a mudar. Quando íamos de férias, as pessoas diziam 'não caiam na asneira de vir para cá, que isto aqui não está muito fácil, há pouco trabalho'. Os garotos começaram a ir para a escola e foi passando."

Lurdes Fernandes está a mais de 15 anos da reforma. Vai a Portugal com muita regularidade, mas também não pensa ir de vez quando deixar de trabalhar: "Claro que quando for para a reforma vou para lá dois, três meses, e volto para aqui dois, três meses, mas penso que a minha morada definitiva será sempre cá". Porque comprou uma casa em Paris, porque o mais certo é que os três filhos fiquem em França e porque há preocupações e medos que a ideia da velhice traz.

"O que não me atrai em Portugal é a questão da saúde. Os acessos à saúde lá são difíceis, em comparação com aqui. A minha casa está numa aldeia, aquilo é calminho, mas depois, se há um problema de saúde, temos que ir a 30 quilómetros da nossa terra. Se há uma urgência… Isso mete-me medo."

A reforma que Lurdes Fernandes planeia é, como a de Abílio e Irene Laceiras, e como a de José da Silva Rey, uma reforma à imagem da vida que viveram: a reforma de um coração dividido, com um pé em França e outro em Portugal.» in http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=26&did=101314



(Documentário AU REVOIR PORTUGAL - O SALTO)

12/03/13

Política de Emigração - O Governo português quer apurar se na origem da agressão a um grupo de trabalhadores portugueses em Berlim pode estar uma rede de exploração laboral!



«Governo quer esclarecimentos sobre agressão a portugueses em Berlim

Secretário de Estado diz à Renascença que "estas coisas não acontecem por acaso".

O Governo português quer apurar se na origem da agressão a um grupo de trabalhadores portugueses em Berlim pode estar uma rede de exploração laboral. A Secretaria de Estado das Comunidades aguarda os resultados da investigação alemã.

"A nossa grande questão é saber se estamos ou não confrontados com uma hipotética rede que explore as pessoas. Se isso se verificar, a polícia alemã deve actuar, eventualmente articulada com a nossa, bem como a autoridade para o trabalho", diz à Renascença José Cesário. 

O secretário de Estado revela que a embaixada já contactou todos os cidadãos vítimas da agressão, que não têm explicação para o sucedido. "A Secretaria já contactou as autoridades alemãs, e particularmente a polícia, no sentido de que seja apurado aquilo que se passou", garante José Cesário.  O secretário de Estado das Comunidades considera que "estas coisas não acontecem por acaso". 

A polícia alemã está a investigar o ataque, que ocorreu na passada sexta-feira quando pelo menos dez homens munidos com armas brancas atacaram os portugueses, todos trabalhadores na construção civil, por razões ainda desconhecidas. As quatro vítimas, com idades entre os 36 e os 55 anos, permanecem internadas. 

As autoridades ainda estão a tentar apurar a identidade dos atacantes, mas negam que a agressão tenha sido provocada por questões raciais.» in http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=26&did=99910





(Sete trabalhadores portugueses foram agredidos na Alemanha)

11/02/13

Política de Emigração - O deputado do PS pela emigração, Paulo Pisco, exortou este domingo o governo a abordar as autoridades da Suíça para resolver os casos de exploração de trabalhadores portugueses no país, que vêm crescendo!



«Deputado denuncia exploração de trabalhadores portugueses na Suíça

O deputado do PS pela emigração, Paulo Pisco, exortou este domingo o governo a abordar as autoridades da Suíça para resolver os casos de exploração de trabalhadores portugueses no país, que vêm crescendo.

Na conclusão de uma visita à Suíça, em que se reuniu com representantes de sindicatos e outros membros da comunidade, o deputado socialista disse à Lusa que há "intermediários" a tirar partido do aumento da imigração portuguesa para a Suíça, retendo parte do salário dos contratados.

"Muitos recebem infinitamente abaixo daquilo que as convenções de trabalho na Suíça obrigam", disse à Lusa o deputado.

Enquanto o salário estipulado nas convenções varia entre 25 a 35 francos suíços por hora, nalguns casos o vencimento real dos trabalhadores é de "menos de 10 euros" (12,3 francos) e até "menos de cinco euros" (6,1 francos).

"É uma situação de exploração laboral clara, que provoca um `dumping" salarial e cria problemas de natureza social. É uma infração a todas as regras e leis do Estado suíço e não é aceitável que este tipo de situações ocorra", adiantou Paulo Pisco.

Nalguns casos, são empresas de portugueses a "atravessar dificuldades", que contratam conterrâneos e acabam por explorá-los, noutros os responsáveis são "intermediários com patrões suíços ou que eles próprios tem negócios", de acordo com as denúncias que têm chegado aos sindicatos.» in http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=3046262

12/01/13

Portugal Emigração - Há portugueses a trabalhar na construção civil em França, recrutados por empresas nacionais e estrangeiras, que chegam a receber menos de metade do ordenado mínimo naquele país, denuncia o sindicato francês CGT!



«Há portugueses "a preço de saldo" nas obras em França

Trabalhadores chegam a receber menos de metade do salário mínimo francês, denuncia sindicato.

Há portugueses a trabalhar na construção civil em França, recrutados por empresas nacionais e estrangeiras, que chegam a receber menos de metade do ordenado mínimo naquele país, denuncia o sindicato francês CGT.  
  
René de Froment, da comissão executiva da Federação Nacional dos Trabalhadores em Madeira, Construção e Mobiliário (Confederação-Geral do Trabalho - CGT), disse à agência Lusa que, nos últimos anos, se tem "generalizado" a contratação de trabalhadores "a preço de saldo", e "de forma ilegal", por empresas estrangeiras que prestam serviços temporários em França.   
  
"Temos encontrado centenas de trabalhadores estrangeiros, incluindo portugueses, sem contrato, ou com contratos que não são respeitados, instalados em alojamentos sem condições, e, nos piores casos, a receberem 500 euros por mês por 40 horas de trabalho semanal. É menos de metade do salário mínimo francês (1.118 euros líquidos por mês a trabalhar 35 horas semanais), e em alguns casos ainda têm que pagar alojamento e comida", afirma.  
  
Este responsável diz que nas obras que o sindicato tem visitado por toda a França encontrou portugueses e outros residentes em Portugal (sobretudo guineenses e cabo-verdianos) a trabalharem mais horas do que as que os seus contratos estipulam, sem receberem horas extra, outros a quem os patrões não dão trabalho suficiente para que eles consigam atingir a totalidade da remuneração base prevista no contrato, e até trabalhadores que não chegam 
a ser pagos.   
  
Muitos "não leram os contratos, outros leram e não perceberam o que leram, e a maioria não sabe como defender-se. Os trabalhadores têm medo. Os patrões que fazem estas coisas dizem-lhes que se eles reclamarem levam-nos para Portugal e que eles nunca mais são autorizados a trabalhar em França", acrescenta.   
  
Em documentos a que agência Lusa teve acesso - e que a CGT garante que nem ilustram os piores casos que encontrou no terreno, porque, diz Froment, "há muitos trabalhadores que não têm contratos nem recibos de vencimento ou que têm medo de mostrá-los" - duas empresas portuguesas de construção civil contratam residentes em Portugal para trabalharem como armadores de ferro em França (uma delas estende a área de vigência do contrato ao espaço europeu) com salários base de 496,5 (categoria 2.º) e de 610 euros (categoria 1.º), por 40 horas semanais.  
  
Nos contratos fica estabelecido que a este valor acresce o pagamento pela empresa de ajudas de custo de deslocação, transporte e alimentação. O valor das primeiras não é precisado, mas as empresas comprometem-se, no caso da alimentação, a dar a cada trabalhador cerca de 6 euros por dia de trabalho.  
  
Considerando a informação que consta de dois recibos de vencimento decorrentes de um destes dois contratos a que a Lusa teve acesso, o trabalhador recebeu, por 133 horas de trabalho durante o mês de Dezembro de 2011, em França, 785 euros líquidos (incluindo subsídios de férias e de Natal, em duodécimos, subsídio de alimentação e outras ajudas de custo). O recibo de vencimento regista apenas uma falta (injustificada), pela qual o trabalhador foi penalizado em 7 euros.  
  
Já por quase 60 horas de trabalho efetuado durante o mês de Fevereiro de 2012 em França, o mesmo trabalhador recebeu 410 euros líquidos (também incluindo subsídios de férias e de Natal, em duodécimos, subsídio de alimentação e outras ajudas de custo). Também deste recibo de vencimento apenas consta uma falta (injustificada), mas pela qual o trabalhador foi penalizado em 20 euros.  
  
Dados do Ministério do Trabalho francês indicam que o número de trabalhadores destacados -- dentro da lei - no país quadruplicou nos últimos cinco anos. 
  
 As autoridades francesas têm agora registados 144 mil trabalhadores neste regime, a maior parte (um terço) a trabalhar na construção civil, mas estimam que o número real de trabalhadores destacados em França seja o dobro. A CGT estima que seja o triplo.  
  
Os trabalhadores portugueses são os terceiros na lista oficial dos mais numerosos (16.500), atrás dos polacos (27.600) e dos franceses, destacados sobretudo por empresas de trabalho temporário luxemburguesas (18.500).  
  
A prestação internacional de serviços no espaço comunitário é enquadrada por uma directiva europeia de 1996, que visa "conciliar o exercício da liberdade económica num clima de concorrência leal e de garantia da protecção dos assalariados", em questões como remuneração, assistência médica, férias pagas, ou condições  de segurança, mas não é sempre respeitada.» in http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=92385


(Portugueses em França veem Portugal "parado" e a esquecer emigrantes)

25/12/12

Política de Emigração - A actual vaga de emigração poderá servir de "válvula de escape" para a crise mas também poderá causar “graves problemas” para a evolução futura da economia, segundo vários economistas consultados pela Lusa!



«Emigração: 'Escape' para a crise ou 'problema' para o futuro?

A actual vaga de emigração poderá servir de "válvula de escape" para a crise mas também poderá causar “graves problemas” para a evolução futura da economia, segundo vários economistas consultados pela Lusa.

Não há números exactos para a emigração nos últimos anos, mas é consensual que o fluxo de portugueses para o estrangeiro está a ser muito significativo.

O secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, estimou recentemente que entre 100 mil e 120 mil portugueses abandonaram o país em 2011, e que o número poderá ter aumentado este ano. Este número é muito significativo num país com uma população como Portugal: 1% da população.

Ora, quais são as consequências para a economia de um país que perde 1% dos seus habitantes por ano? O primeiro economista a debruçar-se especificamente sobre este tema foi o actual ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira.

Em 2010, Santos Pereira (então professor universitário em Vancouver, no Canadá) publicou um livro onde questionava os números oficiais sobre as saídas de portugueses para o estrangeiro.

Segundo Santos Pereira, ainda antes da agudização da crise económica já estava em curso uma vaga de emigração só comparável à dos anos 1960 e 70: pelos números do actual ministro, 700 mil portugueses emigraram entre 1998 e 2008.

“A questão dos novos fluxos de emigração não está a ser tomada em conta pelo Governo português e terá um efeito grave”, disse Santos Pereira à Lusa em 2010. O agora responsável pela pasta do Emprego no Governo alertava para os efeitos da emigração sobre a sustentabilidade da Segurança Social, e para os riscos da ‘fuga de cérebros’.

“Portugal é o segundo país da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico] com maior fuga de cérebros, a seguir à Irlanda”, disse Santos Pereira.

O economista João Ferreira do Amaral vê um “problema muito grande para o futuro” nesta vaga de emigração: o envelhecimento da população.

“Os que ficam são os mais velhos. Isto é muito problemático para o futuro do Estado social”, afirma Ferreira do Amaral.

Há, contudo, opiniões diferentes sobre os impactos da emigração: “Todos os estudos sobre a emigração mostram que toda a gente ganha com ela – o país de onde se emigra, o país que recebe e, normalmente, a pessoa que emigra também”, disse à Lusa João César das Neves, professor na Universidade Católica. “É dos poucos consensos que temos na análise económica.”

César das Neves recorda os “enormes custos pessoais e humanos” da emigração, mas garante que o fluxo para o estrangeiro funciona como uma “válvula de escape” em tempos de crise.

O economista rejeita que a emigração ponha em risco a sustentabilidade da Segurança Social: “O envelhecimento da população é um fenómeno estrutural, não tem nada a ver com isto. O problema fundamental é não termos filhos.”

César das Neves considera também que a saída de uma geração qualificada não é necessariamente grave: “São pessoas sem emprego em Portugal. Quando encontramos oportunidades para elas, regressarão. Não é coisa com que devamos estar preocupados.”

Teodora Cardoso, presidente do Conselho de Finanças Públicas, discorda totalmente desta visão: “Portugal não se reformou nem se desenvolveu mais [nos anos 1960 e 70] precisamente porque conseguia exportar mão-de-obra.”

Cardoso nota ainda que, ao contrário da vaga de emigração anterior, “o emprego que agora emigra é qualificado”, lamentando que se tenha "investido na educação destas pessoas e agora elas vêem-se obrigadas a procurar emprego noutro país.”

Lusa/SOL» in http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=65275


(Emigração & Imigração - Portugal entre Povos)

27/09/12

Emigração - Engenheiros, informáticos, cozinheiros e empregados de mesa não têm dificuldades em encontrar trabalho, sobretudo no Norte da Europa!

 


«65 mil portugueses querem emigrar

Em menos de um ano, há mais 45% de portugueses que procuram emprego fora do país. Engenheiros, informáticos, cozinheiros e empregados de mesa não têm dificuldades em encontrar trabalho, sobretudo no Norte da Europa.

Com o desemprego em 15% e as perspectivas sombrias no mercado de trabalho nacional, o número de portugueses com vontade de sair do país não pára de aumentar. Segundo dados solicitados pelo SOL ao Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), o número de cidadãos nacionais inscritos na rede Eures – que dá acesso a ofertas de emprego em toda a Europa – subiu quase 45%, em menos de um ano. Hoje, há 64.683 candidatos portugueses a procurar trabalho fora do país.

Além do sistema Eures, as solicitações de trabalho estão também a inundar as representações de países estrangeiros em Portugal. «Há uma grande procura de emprego na Suíça por parte de cidadãos portugueses. A nossa embaixada recebe diariamente pedidos de ajuda na procura de emprego na Suíça», admitiu ao SOL Patrick Durrer, responsável pelo Departamento de Negócios da Embaixada da Suíça em Portugal.

Já existem mais de 225 mil portugueses no país – na construção 28% da mão-de-obra na Suíça já é oriunda de Portugal. E também não é raro haver acções de recrutamento para hotelaria, restauração e profissões na área da saúde. «A taxa de desemprego absolutamente invejável da Suíça situa-se hoje abaixo de 3%. Isto não significa que haja propriamente falta de mão-de-obra local, e sim que continua a haver oportunidades», acrescenta.

Além de casos específicos como militares ou polícias, os portugueses podem candidatar-se a qualquer emprego no país. Regra geral, apenas é necessário o documento de identificação, cabendo à entidade empregadora tratar da autorização de residência e de trabalho, explica Patrick Durrer.

Noruega precisa de 14 mil engenheiros

O interesse de portugueses está a ir muito além dos tradicionais destinos de emigração. «Recebemos muitas perguntas de pessoas que querem viver e trabalhar na Noruega», refere, por exemplo, a embaixada da Noruega, que criou uma página específica no seu site para responder às dúvidas de trabalhadores. Em cada semestre, este país nórdico publica uma lista com as profissões com falta de mão-de-obra e, mais uma vez, as engenharias aparecem entre as mais requisitadas. Na segunda metade deste ano, há 14 mil vagas para engenheiros de diversos ramos. E com uma vantagem: «Para certas profissões, por exemplo os engenheiros, é suficiente ser fluente em inglês para trabalhar na Noruega», frisa a embaixada.

A procura por profissões qualificadas mostra que o perfil de emigrantes também está a mudar e há uma segmentação cada vez maior. Por um lado, continua a haver muita procura de trabalhos na construção civil, hotelaria e restauração, bem como na indústria. Mas há uma faixa em nítido crescimento: a dos jovens com habilitações superiores. Hoje, 35,2% do total dos candidatos na Rede Eures têm, pelo menos, o bacharelato, e 56,3% tem menos de 35 anos. A grande maioria (89,3% do total) está desempregada.

Procura aumenta

O IEFP diz que «a procura dos serviços Eures tem vindo a crescer de forma consistente nos últimos anos» e tem havido «algum sucesso nas acções e projectos de recrutamento feitos com empregadores de outros países». Por norma, as iniciativas mais bem sucedidas são as directamente mediadas por conselheiros Eures, que envolvem uma confirmação posterior do recrutamento.

Por ano, há cerca de 200 portugueses colocados desta forma. O instituto estima, porém, que tenha havido 2.100 colocações entre Junho de 2011 e Maio de 2012, se forem tidas em conta as colocações em que os candidatos estabelecem um contacto directo com os empregadores.

O top das profissões com mais saída, embora dependa de país para país (ver infografia), é ocupado por engenheiros de sistemas, informáticos, engenheiros mecânicos, chefes e empregados de mesa ou cozinheiros. Soldadores e maçariqueiros, vendedores e especialistas de marketing são também requisitados.

Para quem esteja interessado em sair do país, o IEFP deixa o conselho: «É fundamental estar na posse de uma boa informação sobre o país de destino». As pessoas devem preparar-se «adequadamente» para uma nova cultura e língua e, antes de viajar, devem informar-se sobre legislação laboral, sistema de protecção social, fiscalidade, sistemas de saúde e de ensino, custo de vida e oferta de alojamento.


(Crise e emigração portuguesa - Sem oportunidades em Portugal, a juventude emigra)

(Portugueses estão a emigrar para Macau!)

(Portugueses em Angola)


23/09/12

Política de Emigração - As restrições e a burocracia que envolvem a passagem de vistos de entrada e permanência de portugueses no Brasil é vista como um dos principais entraves às relações comerciais!

Empresários portugueses queixam-se das burocracias nos vistos.

«Empresários querem mais trabalhadores portugueses no Brasil

As restrições e a burocracia que envolvem a passagem de vistos de entrada e permanência de portugueses no Brasil é vista como um dos principais entraves às relações comerciais.

Os empresários portugueses esperam que a política de vistos entre Portugal e o Brasil seja flexibilizada no âmbito da realização do Ano de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal - que tem início hoje, dia da Independência brasileira, e que finalizará no Verão do próximo ano. 

Ao lado das "pesadas taxas aduaneiras praticada pelo Brasil aos produtos importados, nomeadamente de Portugal", as restrições e a burocracia que envolvem a passagem de vistos de entrada e permanência de portugueses no Brasil é vista como um dos principais entraves ao desenvolvimento de interesses empresariais comuns.

Jorge Martins, da Martifer, para quem a questão dos vistos é fundamental, vai mesmo mais longe: "Porque não acabar com os vistos?", pergunta.

Jorge Gonçalves, responsável do Fundo Vallis - que tem vindo a comprar empresas da área da construção, as últimas das quais foram a Monte Adriano e a Hagen - considera que "todos gostaríamos de ver maior liberdade de circulação", mas alerta para "a dificuldade de abordagem desses acordos internacionais".

Por seu turno, Armindo Monteiro, da Compta, afirma que a flexibilização "dos vistos é uma boa medida", mas nota que "os brasileiros querem reciprocidade e isso iria chocar com os acordos de Schengen" - que obrigam os países da União Europeia que o assinaram a assumir uma postura comum nestas matérias. Nada que, de qualquer modo, não pudesse ser ultrapassado: "Pode haver um acordo no âmbito da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), tal como o Reino Unido tem acordos nesta área com os países da Commonwealth".

Este mesmo caminho é o proposto por Nelson Faria de Oliveira, advogado brasileiro, líder de um escritório instalado (entre outros locais) em Lisboa, Rio de Janeiro e S. Paulo: "Maior facilidade de importação e exportação entre os dois países e maior flexibilidade na concessão de vistos devem ser acordados no âmbito da CPLP". Faria de Oliveira vai mesmo mais longe: "Há abertura política no actual governo brasileiro para abordar estas matérias, não seria difícil convencer alguns altos responsáveis". E especifica: "José Eduardo Martins Cardozo, um luso-descendente, é um deles".

Abertura do lado português

Do lado português também há abertura para a introdução do tema. Miguel Horta e Costa, comissário do evento, disse ao Diário Económico, sobre o tema específico dos vistos, que "estas iniciativas vão abrir oportunidade para que todas essas questões possam ter um espaço propício a serem ultrapassadas".

Horta e Costa avançou ainda que o fim por trás da iniciativa é "trazer ao Brasil o Portugal novo, moderno e jovem, para acabar de vez com a velha imagem" de um país pobre e atrasado que ainda prevalece. "Cultura, economia, educação, ciência e desporto", são, neste âmbito, as áreas que o programa entendeu privilegiar.

Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, em recente visita ao Brasil para tomar parte no lançamento da iniciativa. Na pasta, levava a criação de uma incubadora para empresas portuguesas na cidade de São Paulo, que deve começar a funcionar em 2013. "As empresas precisam de aconselhamento jurídico e alfandegário para se instalarem noutro local, e é esse o objectivo da incubadora", afirmou, citado pela Lusa.

Trabalho publicado na edição de 18 de Setembro de 2012 do Diário Económico» in http://economico.sapo.pt/noticias/empresarios-querem-mais-trabalhadores-portugueses-no-brasil_151991.html


(Imigrantes portugueses no Brasil)


(Portugueses emigram para o Brasil)


(Os portugueses não serão bem vindos ao Brasil)

16/05/12

Dinamarca - Nos próximos cinco anos, várias indústrias deste país escandinavo vão precisar de engenheiros!




«Dinamarca tem entre sete a dez mil vagas de trabalho


Nos próximos cinco anos, várias indústrias deste país escandinavo vão precisar de engenheiros.


Entre sete mil a dez mil é o número de engenheiros que a Dinamarca precisa, nos próximos cinco anos, revelou ao Diário Económico Michel Pird, da Work in Denmark, uma organização governamental, que esteve a apoiar os candidatos a um emprego no seu país no "Engineers Mobility Day".


"Precisamos de engenheiros para o sector do gás e petróleo, para as infra-estruturas como metropolitano, estradas, pontes e linhas ferroviárias, para a construção, etc.", adiantou Michel Pird. As empresas recrutadoras dão prioridade aos candidatos já com experiência profissional.


Neste país, o salário médio de um engenheiro, antes de impostos, ronda os cinco mil euros. No entanto, os impostos são de cerca de metade, o que coloca o valor líquido pago nos 2.500 euros.


Presentes ou representadas neste evento, que decorreu no ISEL, destinado a conquistar os engenheiros portugueses, estiveram as empresas Alfa Laval, Atkins-Oil & Gas, Danfoss e Det Norske Veritas ( DNV).


Se pretende candidatar-se a um emprego na Dinamarca, saiba que para permanecer no país mais de três meses tem de pedir autorização de residência e para isso tem de: ter um emprego remunerado, um negócio próprio, ser estudante e tem sempre de provar que tem recursos para se manter.


Condições de vida e de trabalho


Numa entrevista de emprego na Dinamarca, o número de pessoas presentes varia, geralmente, entre uma e cinco. Normalmente, não dura mais de uma hora e, muitas vezes, é oferecida ao candidato uma chávena de chá ou café. No final, poderá fazer perguntas sobre, por exemplo, as funções a desempenhar, o salário, as condições de trabalho, o contrato, as férias ou as regalias complementares. Em geral, o ambiente da entrevista é franco e amigável. Na conversa predominam, obviamente, os temas profissionais, mas, numa conversa mais descontraída que ocorra na fase final, também podem ser abordados assuntos relacionados com, por exemplo, filhos, desporto, etc.


Existem contratos-tipo de trabalho, mas a empresa pode usar um clausulado próprio. Para ter a certeza de que não há falhas no seu contrato individual, compare-o com o contrato-tipo aplicável, que pode ser adquirido em qualquer livraria.


Geralmente, o salário ou o horário de trabalho são negociáveis, assim como eventuais benefícios complementares. A remuneração é paga à hora, à semana ou ao mês. A fixação de uma remuneração anual é rara. O subsídio de férias é regulado por lei e, se existir algum sistema de atribuição de prémios, deve ser descrito separadamente.


Embora a respectiva concessão dependa do nível do lugar em causa, é sempre possível negociar benefícios complementares. Telefone, jornais, automóvel e acesso à Internet gratuitos são alguns dos mais comuns.


Normalmente, o contrato prevê um período experimental de três meses e as despesas efectuadas para comparecer à entrevista não são reembolsadas.


Conjuntamente com a candidatura e o CV, terá de ser apresentada cópia do diploma e uma carta de recomendação poderá ser útil.


Os dinamarqueses são muito pontuais. Convém chegar com cinco ou dez minutos de antecedência. E opte por um estilo de vestuário moderadamente conservador, evitando a descontracção excessiva.




Eures


Alemanha


A 4 e 5 de Junho haverá um evento de recrutamento de engenheiros para empresas alemãs. Para se candidatar até 15 de Maio no site do Eures em www.iefp.pt


Enfermeiros


Também em www.iefp.pt pode ver mais informação sobre os profissionais de enfermagem que Suiça, Reino Unido e Alemanha estão a contratar.


Aibel


Na Noruega, a Aibel procura engenheiros mecânicos e de electrotecnica, entre outros, em www.aibel.com


Statoil


Também a Statoil está a contratar engenheiros para todas as áreas ligadas ao petroleo, na Noruega. Ver em www.statoil.com


Irlanda 


Se preferir a Irlanda, a EDGE Design & Engineering Innovation também está a contratar. Basta ver em www.edgeinnovate.new.gridhosted.co.uk


UE


Se pretende um emprego em alguma instituição europeia, em www.eu-careers.eu são muitas as ofertas.


Noruega


Ainda na área do petróleo e gás, a Aker Solutions também está a contratar para a Noruega, em www.akersolutions.com» in http://economico.sapo.pt/noticias/dinamarca-tem-entre-sete-a-dez-mil-vagas-de-trabalho_144459.html



(Dinamarca restabelece a livre circulação)

18/04/12

Emigração - A Bélgica procura portugueses para ocuparem os cerca de oito mil empregos disponíves para engenheiros e profissionais de Ciência e Tecnologia (C &T) que há nas empresas da região flamenca!




«Bélgica procura portugueses para oito mil vagas de trabalho


Um salário limpo de dois mil euros, em início de carreira, e rápida progressão salarial são as condições oferecidas.


A Bélgica procura portugueses para ocuparem os cerca de oito mil empregos disponíves para engenheiros e profissionais de Ciência e Tecnologia (C&T) que há nas empresas da região flamenca. "Só para engenheiros há cerca de três mil vagas, mas, se juntarmos os profissionais do sector da Ciência e Tecnologia, as vagas chegam às oito mil", explicou Gert de Buck, responsável pelo recrutamento internacional da agência de emprego da comunidade flamenga na Bélgica, ao Diário Económico. Dominar o inglês é o suficiente para concorrer a muitos dos empregos, mas depois convém aprender o flamengo. "Em muitas dals empresas de Investigação e Desenvolvimento (I&D), o inglês é a língua comum", esclarece Ludo Froyen, reitor da Faculdade de Engenharia da Universidade Católica de Lovaina. E não faltam exemplos. "Há uma empresa, a IMICOR, que tem um centro de I&D com mais de 300 engenheiros de várias nacionalidades e todos falam inglês e todos os relatórios são feitos em inglês. Hoje as companhias não se preocupam com a nacionalidade dos trabalhadores, mas com a qualidade", acrescenta. Em termos de rendimento poderá contar com "um salário limpo de 1.800 a 2.000 euros no início de carreira, mais extras: carro, telemóvel e computador", assegura Ludo Froyen. Mas rapidamente se consegue ganhar mais, porque a profissão de engenheiro na Bélgica garante "uma progressão salarial muito mais rápida" do que outras áreas.


Porque está com dificuldade em preencher as vagas no sector das engenharias e tecnologias, a Bélgica decidiu começar a contratar em países onde há diplomados desempregados nestas áreas como Portugal, Espanha e Grécia. Para se candidatar a estes lugares pode enviar o seu currículo em inglês ou francês para Eures@vdab.be. Ou então contactar directamente as dezenas de empresas que vêm a Portugal participar na Feira de Emprego para engenheiros que se realiza nos próximo dia 10 e 11 de Maio, nas instalações do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL). A iniciativa, organizada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, trará a Portugal dezenas de empresas que procuram engenheiros também da Noruega, Suécia, Reino Unido e Dinamarca.


"É a primeira vez que se realiza esta iniciativa, mas se tiver sucesso poderá ser repetida", sublinha o responsável pelo recrutamento internacional no instituto de emprego belga. Até porque o país precisa de mais 30% de engenheiros. A falta de profissionais nestas áreas está a provocar a deslocalização de empresas. "Há uma empresa belga que recentemente foi para China porque não conseguia encontrar engenheiros suficientes no país", sublinha o responsável pela Faculdade de Engenharia da Universidade de Lovaina. A taxa de desemprego nesta área é de 4%, muito abaixo da média nacional que se situa nos 10%. Também na Alemanha existe uma falta de engenheiros.


Muitas vezes, a dificuldade está em saber onde encontrar as vagas disponíveis nestes países. Para além das ofertas de emprego que poderá encontrar na rede Eures, há hipóteses de emprego no portal da Associação Europeia dos Estudantes de Tecnologia (Best) em best.eu.org.


Engenheiros portugueses com porta aberta para os mercados internacionais
Apesas de ser uma área com elevado empregabilidade, os efeitos da crise já se começam a sentir em Portugal. "Já há casos de desemprego e sub-emprego com salários mais baixos, por causa da paragem brusca da actividade de construção e com empresas a fechar" , sublinha Pedro Lourtie, professor do Instituto Superior Técnico, que coordena o relatório "Atrair estudantes para ciência, tecnologia e engenharia" do projecto Attract.


Este projecto foi criado por oito das melhores escolas europeias para atrair mais estudantes para as áreas de engenharia e tecnologias. Entrar num curso de engenharia ou tecnologia é abrir as portas para uma carreira internacional. "Quando não há emprego em Portugal, há sempre hipóteses no estrangeiro".


Ser engenheiro é uma profissão global que "abre a possibilidade de poder trabalhar em todo o mundo", afirma Mats Hanson da KTH na Suécia. Até porque "o inglês é a língua oficial dos engenheiros", sublinha.


Oportunidades


Um salário limpo de dois mil euros, mais carro, telemóvel e computador. São estas as condições oferecidas a um diplomado em engenharia na Bélgica,em início de carreira. E a progressão salarial é muito rápida, garante Ludo Froyen, director da Faculdade de Engenharia da Universidade de Lovaina. Esta escola quer aumentar em cerca de 30% os estudantes nos seus cursos e está a convidar estudantes portugueses a frequentar o 2º ciclo. Se vierem do IST entram sem qualquer limitação. Neste momento, já há 25% de estudantes estrangeiros neste nível de ensino, mas gostariam de ter mais. A propina é de 600 euros por ano, mais baixa que a cobrada em Portugal. A maioria dos estudantes consegue emprego mesmo antes de terminar o curso.» in http://economico.sapo.pt/noticias/belgica-procura-portugueses-para-oito-mil-vagas-de-trabalho_142589.html




(BÉLGICA 2012)

23/03/12

Emigração - Na sequência de uma notícia que divulgava o interesse da cidade alemã de Schwäbisch Hall, em contratar trabalhadores portugueses, mais de dez mil já se candidataram aos lugares!

Schwäbisch Hall, uma cidade rural, com boa comida e habitação acessível, e três mil empregos para oferecer


«Mais de dez mil portugueses à procura do sonho alemão


Na sequência de uma notícia que divulgava o interesse de uma cidade alemã em contratar trabalhadores portugueses, mais de dez mil já se candidataram aos lugares. Schwäbisch Hall não esperava tamanha procura.


"Há uma cidade alemã a três horas de avião de Lisboa que precisa desesperadamente de trabalhadores qualificados." O artigo, publicado em fevereiro e que assim começava, provocou uma inesperada avalanche de candidaturas lusas na agência de emprego de Schwäbisch Hall, a povoação onde se dizia existirem três mil novos empregos, e onde a média dos salários ronda os 2700 euros.


Conta o "Spiegel Online" que, graças ao facto de o artigo (do "Diário Económico") estar acessível na internet, do dia para a noite, surgiram 2500 emails de portugueses oferecendo-se para preencher as vagas. Empregados de limpeza, da construção civil, engenheiros, médicos... as candidaturas são provenientes de todo o tipo de profissionais e, atualmente, ultrapassam as dez mil e todas as expetativas.


É preciso recuar um bocadinho para se perceber como se gerou este fenómeno. Preocupado com a falta de mão-de-obra, o presidente da Câmara de Schwäbisch Hall promoveu uma iniciativa para captar trabalhadores de vários países europeus com elevadas taxas de desemprego. Convidou para isso jornalistas de Portugal, Espanha, Itália e Grécia para conhecerem a sua cidade e divulgarem as oportunidades de emprego existentes.


Dez mil euros investidos


Segundo o "Spiegel Online", a campanha da autarquia envolveu um investimento de dez mil euros, mas a adesão vinda de Portugal surpreendeu todos os envolvidos. "Não contávamos com tamanha ressonância", confirmou um porta-voz da câmara, antes de admitir que "se tivéssemos de fazer tudo de novo, faríamos as coisas de forma mais coordenada".


Não é para menos. Atraídos também pela descrição de Schwäbisch Hall - apresentada como uma cidade rural, com comida saudável, casas a preços acessíveis, uma intensa actividade cultural e jardins-de-infância com mensalidades de 85 euros -, os portugueses bloquearam literalmente a caixa de correio da agência de emprego, mas também dispararam noutras direcções, remetendo candidaturas para todos os endereços de empresas que encontraram na localidade. Um casal português de férias nas proximidades, acabou mesmo por se dirigir à cidade, candidatando-se pessoalmente.


O saldo, para já, refere a contratação de dois motoristas, um pintor e dois empregados de hotel. Embora muitos portugueses com emprego tenham respondido, o objectivo desta iniciativa é, sobretudo, dar trabalho a gente desempregada. Ainda assim, há a promessa de todos os candidatos receber uma resposta aos emails enviados. Uma nova notícia publicada no "Diário Económico" afirma que "um terço dos currículos recebidos vão ser enviados para os serviços de recrutamento internacional do país".» in http://expresso.sapo.pt/mais-de-dez-mil-portugueses-a-procura-do-sonho-alemao=f713909#ixzz1py8rbnmQ


(germany schwabisch hall)

(Schwäbisch Hall Sommer 2010)

(Schwäbisch Hall Kocherquartier Abriss alte JVA 2009)

07/03/12

Emigração - Brasil e Angola são um Mundo de Oportunidades para jovens qualificados!




«Brasil e Angola, mundo de oportunidades


Nos últimos três anos, 64,9 mil desempregados que estavam inscritos nos centros de emprego optaram por deixar Portugal.


A precisar de oito milhões de quadros até 2015, o Brasil continua a ser um mercado cheio de oportunidades de trabalho, sobretudo na construção civil, que é a área onde há mais falta de recursos qualificados no país, devido à aproximação do Mundial de Futebol de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. O país parece um enorme estaleiro e precisa de 60 mil engenheiros.


Muitas oportunidades estão também concentradas no sector do petróleo e gás devido à descoberta de novas reservas. Faltam técnicos especializados no trabalho de prospecção e gestão das actividades neste sector, que está a ser ocupado principalmente por estrangeiros de diversas nacionalidades.


No entanto, e apesar da evidente falta de recursos qualificados que o país tem, a dificuldade em obter o visto é um dos obstáculos com que os emigrantes se podem confrontar.


Também por causa da língua, Angola é outro dos destinos preferenciais dos portugueses. Precisa de profissionais qualificados para as áreas das tecnologias da informação, da formação profissional, dos serviços de ‘back-office' e do turismo.


O perfil dos portugueses que vão para Angola está a mudar. Hoje são, sobretudo, jovens profissionais, que levam a família, e que vão trabalhar para sectores cada vez mais diversificados, como a formação em recursos humanos e as tecnologias de informação, a par de sectores mais tradicionais como a construção.


A adaptação pode não ser fácil, mas compensa. "É difícil a adaptação a Angola, as pessoas têm de ser resilientes", opina José Bancaleiro, ‘managing partner' da Stanton Chase International, empresa de ‘executive search'. Porém, "a vantagem é que os salários compensam", lembra. "As pessoas vão ganhar pelo menos o dobro líquido do que ganham em Portugal", garante José Bancaleiro. Os salários são altos, mas o custo de vida em Luanda também.


Os mercados que oferecem mais oportunidades


Alemanha


- A Alemanha tem, neste momento, cerca de 400 mil vagas para emigrantes qualificados.


- Depois da cidade alemã de Schwäbisch Hall ter aberto as portas a talento estrangeiro, mais de dez mil portugueses concorreram às vagas.


- O salário médio na Alemanha ronda os 3.500 euros mensais, sendo que os engenheiros (uma das profissões com maior procura) recebem, em média, cerca de 4.340 euros por mês.


Angola


- Angola precisa de profissionais qualificados para as áreas das tecnologias da informação, da formação profissional, dos serviços de ‘back-office' e do turismo.


- Os salários chegam ao dobro do que são em Portugal.


- O processo de obter o visto de trabalho, válido por um ano, pode demorar um mês, implicando reunir uma lista extensa de documentação aprovada pelo Consulado de Angola.


Brasil


- O país precisa de 60 mil engenheiros devido à realização do Mundial de Futebol, em 2014, e dos Jogos Olímpicos, em 2016. Os sectores do petróleo e gás e das TI têm também muitas oportunidades de trabalho.


- A obtenção do visto e o reconhecimento do diploma por uma universidade brasileira podem ser dificuldades à entrada neste mercado.


- Os salários são mais elevados, mas o custo de vida é superior ao de Portugal, sobretudo em São Paulo onde vive a maioria dos portugueses.


Nota: Trabalho publicado na edição de 23 de Fevereiro de 2012 do Diário Económico» in http://economico.sapo.pt/noticias/brasil-e-angola-mundo-de-oportunidades_138822.html




(Portugueses emigram cada vez mais para Angola)