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15/02/23

Produção Mineira - A corrida ao “ouro branco”, o lítio, já começou em Portugal, com o país a ser o sétimo maior produtor mundial.


«Corrida ao ouro branco. Portugal já é o sétimo maior produtor mundial

A corrida ao “ouro branco”, o lítio, já começou em Portugal, com o país a ser o sétimo maior produtor mundial. Mas tem capacidade para mais, pois tem as sextas maiores reservas mundiais deste metal e quer ter a primeira refinaria de lítio da Europa.

Em 2021, Portugal produziu 900 toneladas de lítio, o que o transforma no sétimo maior produtor a nível mundial, conforme dados da BP Statistical Review of World Energy citados pelo Jornal de Negócios.

Mas Portugal “é o sexto país do mundo com maiores reservas de lítio, com 60 mil toneladas, em potência”, segundo projecções do Departamento de Geologia dos EUA realçadas pela mesma publicação. Isto significa que pode ainda produzir muito mais.

O chamado “ouro branco” pode ter uma importância estratégia para Portugal, em termos económicos e energéticos.

Nesse sentido, o Governo já lançou o chamado plano do lítio para a avaliação dos impactos ambientais da extracção deste metal.

A questão ambiental promete ser um braço-de-ferro complicado de ultrapassar perante protestos das comunidades locais que contestam a exploração do lítio nas suas regiões.

A Mina do Barroso, em Montalegre, Vila Real, é um dos projectos que tem sido contestado por populares e organizações ambientais. A Galp e a britânica Savannah Resources são as responsáveis por esta mina a céu aberto que deve produzir mais de um milhão de toneladas de minerais por ano, algo que dará para fabricar baterias para 250 a 500 mil carros anualmente.

O Governo prevê ainda fazer a prospecção e pesquisa de lítio em Seixoso-Vieiros (Braga, Porto e Vila Real), Massueime (Guarda) e em quatro zonas de Guarda-Mangualde, entre os distritos de Castelo Branco, Guarda, Viseu e Coimbra.

Primeira refinaria de lítio da Europa em Setúbal

A Galp e a gigante sueca Northvolt também estão a planear construir a primeira refinaria de lítio da Europa, em Setúbal. Este mega-projecto permitirá abastecer a gigafactory da Northvolt que opera no norte da Suécia.

A Northvolt explora a primeira gigafactory da Europa que aguarda o lítio refinado em Portugal para poder concorrer directamente com os players que dominam, actualmente, o mercado – China, Coreia do Sul e Japão que produzem mais de 90% das baterias usadas em todo o mundo.

A empresa sueca tem, sobretudo, clientes da indústria automóvel, nomeadamente a BMW, a Volkswagen e a Volvo.

A principal aplicação do lítio são as componente das baterias dos veículos eléctricos, o que torna o “ouro branco” tão interessante em termos de potencial económico, face aos objectivos de reduzir a dependência dos combustíveis fósseis.

A partir de 2035, os novos carros vendidos na União Europeia não podem produzir emissões de CO2. Assim, a aposta nos eléctricos surge como inevitável.

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/ouro-branco-portugal-produtor-mundial-522061

#portugal

#setúbal    #extraçãomineira    #lítio

18/05/20

Extração Mineira - As pedreiras e areeiros em processo de recuperação paisagística deveriam apenas receber resíduos de solos de escavação não contaminados.



«Pedreiras: as novas lixeiras do séc. XXI

As pedreiras e areeiros em processo de recuperação paisagística deveriam apenas receber resíduos de solos de escavação não contaminados. Quercus alerta para deposição de amianto sem qualquer controlo.

Os aterros têm levantado inúmeras questões relativamente à deposição de resíduos de forma ilegal – quer pela mistura de amianto com resíduos orgânicos, quer pela deposição de resíduos importados de países da União Europeia. Mas há outra realidade que esconde a dimensão do problema e assusta os ambientalistas: os resíduos que são depositados em pedreiras e areeiros desativados que estão em processo de recuperação paisagística. «É uma prática normal, mas isso não significa que seja adequada e, por questões financeiras, isso continua a ser feito em Portugal. Quando dizemos que erradicamos as lixeiras, não o fizemos na realidade, porque elas continuam a existir, só que escondidas», avançou ao SOL Carmen Lima, coordenadora do Centro de Informação de Resíduos da Quercus.

«Aquilo que acontece é que há várias situações em Portugal, distribuídas a nível nacional por estes areeiros e pedreiras em recuperação paisagística, que recebem de forma ilegal determinado tipo de resíduos. Aí são competitivos com os aterros, que estão licenciados, e serão futuras lixeiras do século XXI», acrescentou. As pedreiras e areeiros nestas condições só deveriam receber resíduos de escavação não contaminados – que resultam de obras feitas em solos que não estão contaminados.

À Quercus já chegaram, porém, denúncias de pedreiras e areeiros que recebem amianto sem qualquer acondicionamento, em que «os impactos do mau manuseamento e encaminhamento refletem-se nos profissionais que estarão em contacto com o mesmo durante o processo de gestão do resíduo, dado que o mesmo é carcinogénico». Azambuja, Seixal, Barreiro e Sintra são alguns dos casos relatados.

De uma forma geral, o processo de recuperação paisagística acontece quando uma pedreira encerra a sua atividade de extração e é necessário restaurar e recuperar aquela área que ficou degradada. Das escavações nas pedreiras surgem enormes buracos que é depois preciso tapar para integrar o espaço. O que acontece frequentemente é que as pedreiras são preenchidas com resíduos de solos de escavação contaminados. «Geralmente, os locais de instalação dos aterros são infraestruturas onde houve exploração de areia ou pedra que estão abandonados que têm de ter um processo de recuperação paisagística que é obrigatório e poderão fazê-lo através da instalação de um aterro», explicou Carmen Lima.

Segundo a regulamentação em vigor, é preciso assegurar o isolamento das células para deposição de resíduos urbanos ou industriais, ou seja, «o buraco tem de ser insular para impedir que haja infiltração do lixo enviado – a água das chuvas que passa pelos resíduos e, no caso de ser um aterro de resíduos industriais banais, pode arrastar contaminação», alerta a Quercus. Mas, no caso das pedreiras em recuperação paisagista – em que se considera que recebe apenas resíduos de escavação – esta proteção não existe. Não tendo esta proteção, se for lá colocado outro tipo de materiais, «haverá o arrastamento direto dos lixiviados para os lençóis freáticos e para o solo».

Além de, por vezes os resíduos serem mal classificados na obra, também é muito mais barato encaminhar resíduos para pedreiras ou areeiros. E, como estes «projetos de recuperação paisagística são fiscalizados pelas autarquias, e como as autarquias têm recursos humanos limitados de fiscalização», acaba por ser muito difícil identificar todos os casos.

Depois de depositados os resíduos de forma errada, o impacto indireto negativo reflete-se na contaminação da água – por exemplo, próximo de zonas rurais, onde as pessoas fazem furos e utilizam a água para a agricultura. Ao contrário dos aterros licenciados, que se situam longe de zonas habitacionais, as pedreiras e areeiros estão, muitas vezes, localizados junto a essas zonas. Esta situação, «poderá contribuir para a perda de fertilidade do solo, uma vez que estes produtos químicos reduzem a fertilidade dos solos, e contribuirá igualmente para impactos na saúde, uma vez que provoca a contaminação dos aquíferos».

Os casos, explicou a Quercus, são evidentes em diversos pontos do país. E, apesar de estarem localizados, maioritariamente, na zona de Lisboa, isso «não inviabiliza que não esteja a ocorrer em outras localizações de Portugal».

Os exemplos e os alertas

Na Azambuja, em Vila Nova da Rainha, numa antiga pedreira, foram identificadas práticas ilegais, como a deposição de Resíduos de Construção e Demolição (RCD) e amianto. No Seixal e no Barreiro estão também identificados alguns casos – o areeiro ‘Saforal’, o areeiro ‘António Silva’, o areeiro ‘Quinta da Areia’, o areeiro ‘Sofarmil’ e o areeiro ‘J.Caetano’. Já em Sintra foram identificadas descargas ilegais de resíduos e descargas de Resíduos de Construção e Demolição sem triagem em Alfouvar e Pedra Furada. Existem ainda «relatos de deposições ilegais neste âmbito igualmente nas recuperações paisagísticas localizadas em Benavente e Sesimbra», acrescentou Carmen Lima.

Um outro exemplo, mais antigo e que ficou resolvido depois da divulgação por parte das associações ambientalistas e que exemplifica o perigo do encaminhamento de resíduos de escavações em solos contaminados, são as obras de ampliação feitas na CUF Descobertas. Quando começaram a ser feitas as escavações, os resíduos «foram encaminhados para o um processo de recuperação paisagística e só quando a contaminação começou a ser evidente é que pararam o encaminhamento», explicou a coordenadora da Quercus.

A associação ambientalista alerta que seria fundamental que o Ministério do Ambiente promovesse uma campanha de inspeção aos areeiros e pedreiras que se encontram em fase de recuperação paisagística, preferencialmente em articulação com o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), com as respetivas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) e com as autoridades, para que sejam identificados «os maus encaminhamentos e  atue como fator de alarme para estes espaços não receberem este tipo de resíduos».» in https://sol.sapo.pt/artigo/696977/pedreiras-as-novas-lixeiras-do-sec-xxi



13/03/20

Extração Mineira - Após 37 de abandono, a atividade mineira está de regresso ao concelho de Moncorvo pela iniciava da Aethel Mining, com um investimento previsto de 550 milhões de euros, para os próximos 60 anos.



«Minas de ferro de Moncorvo entram em atividade após 37 anos ao abandono

Após 37 de abandono, a atividade mineira está de regresso ao concelho de Moncorvo pela iniciava da Aethel Mining, com um investimento previsto de 550 milhões de euros, para os próximos 60 anos.

Desde Outubro de 2011, altura em que foi anunciada pelo então ministro da economia Álvaro Santos Pereira a intenção de um gigante internacional do setor mineiro (a australiana Rio Tinto) de investir mil milhões de euros na região de Moncorvo com a perspectiva de criação de 420 postos de trabalho diretos, muita tinta correu e as expectativas aumentaram em relação o projeto, algumas goradas ao longo dos anos.


Cerca de um ano depois do anúncio, os autarcas dos concelhos do Douro Superior afirmavam que o Governo teria de explicar às populações o que se passou nas negociações com a multinacional Rio Tinto tendo em vista a exploração mineira naquele concelho.


A reativação das minas chegou a ser dada como provável, graças ao interesse demonstrado pela Rio Tinto, mas acabou por retroceder com o recuo por parte daquela multinacional australiana.


O processo da exploração mineira em Torre de Moncorvo entrou num impasse quando a Rio Tinto desistiu da exploração das minas de ferro de Moncorvo depois de um ano de intensas negociações entre o detentor dos direitos de prospeção e exploração e o Governo.

A justificação oficial para o recuo da Rio Tinto, referia à data a Minning Technology Investments (MTI), que detém os direitos de concessão das minas de Moncorvo até 2070, ” é que a Rio Tinto não conseguiu provar que o projeto era viável e rentável”.

Os sucessivos adiamentos ao projeto começaram logo, em 2012, altura em que se esperava que a exploração arrancasse pela mão da MTI- Ferro de Moncorvo, S.A., o que não veio a acontecer alegadamente “por fatores técnicos, ambientais e por alguma burocracia”.


O processo de licenciamento da reativação das minas de ferro de Moncorvo tornou-se num decisivo passo no longo percurso mineiro deste projeto, decorrendo em paralelo com um conjunto de trabalhos e estudos ambientais, sociais e económicos, que constituem a fase de RECAPE – Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução.


Em novembro 2016, quando foi assinado com a MTI o contrato definitivo relativo a esta concessão, o então ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, realçou “o empenho colocado pelo Governo para agilizar este projeto”.


Mais recentemente, as minas de Moncorvo, cuja concessão de 2016 foi entregue à MTI, Ferro de Moncorvo, SA, tornam-se “atraentes” para a Aethel Mining não só pelas suas perspetivas económicas, mas também pelo seu perfil de sustentabilidade – sendo um depósito de minério de ferro muito significativo no coração da Europa – e pelo seu potencial para revitalizar um ativo histórico da economia local”, descreveu a empresa, aquando da assinatura do tratado concessão.


A Aethel destaca ainda que o seu projeto para Moncorvo se “diferencia” do de todos os seus pares pelo “pleno uso da sua visão de sustentabilidade e sensibilidade ambiental”.


No início de novembro de 2019, a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) autorizou o “controlo da mina” de ferro de Torre de Moncorvo pela Aethel Mining, empresa que espera colocar Portugal numa “posição de liderança na mineração europeia”.


A Aethel Partners revelou que a Aethel Mining Limited, uma “empresa britânica detida exclusivamente” pelo português Ricardo Santos Silva e a americana Aba Schubert, “recebeu aprovação da DGEG para assumir o controlo da mina de Moncorvo”, um “depósito de minério de ferro muito significativo no coração da Europa”.


O recomeça após 12 anos de impasse


Hoje, tem início a exploração de mineiro de ferro em Torre de Moncorvo, com máquinas a operar no local, indicou a empresa concessionária.


A empresa Aethel Mining que detém a concessão mineira em Torre de Moncorvo anunciou hoje o recomeço da exploração de minério de ferro naquele concelho, lamentando o impasse de 12 anos que ditou significativos adiamentos do projeto.


"Estes processos deveriam ser mais céleres. Doze anos é muito tempo para a obtenção de todas as aprovações para um empreendimento desta natureza, o que criou alguma ansiedade nas populações do concelho", disse à Lusa o presidente do conselho de administração da Aethel Mining, Ricardo Santos Silva.


Segundo o empresário, a prospeção de que agora se inicia terá várias fases ao longo dos próximos cinco anos, estando previsto um investimento de 550 milhões de euros, ao longo dos próximos 60 anos.


"Nos primeiros cinco anos de exploração mineira, o investimento rondará os 50 milhões de euros, prevendo que ao longo dos próximos 60 anos da concessão sejam investidos cerca de 550 milhões de euros", perspetiva Ricardo Santos Silva.


A Aethel Mining avançou que o início dos trabalhos está localizado no sítio da Cascalheira da Mua, na União de Freguesias de Felgar e Souto da Velha, naquele concelho do distrito de Bragança.


"Neste local está prevista a extração a céu aberto, sem recurso a explosivos, de cerca de seis milhões de toneladas de inerte de ferro, numa primeira fase, para produção de matéria-prima de alta densidade", explicou o empresário.


Segundo Ricardo Santos Silva, nesta primeira fase está prevista a criação de 60 postos de trabalho diretos, alguns mão-de-obra especializada, como engenheiros ou geólogos.


O empresário está convencido de que com este empreendimento possa colocar "o concelho trasmontano de Torre de Moncorvo no centro da atividade mineira".


"Estamos a falar num depósito de minério de ferro muito relevante, com grande procura de mercado. É uma aposta certa, já que precisamos de ferro para tudo", indicou Ricardo Santos Silva.


Segundo a Aethel Mining, o processo de licenciamento do projeto de reativação das minas de ferro de Moncorvo tornou-se num decisivo passo no longo percurso mineiro deste projeto, decorrendo em paralelo com um conjunto de trabalhos e estudos ambientais, sociais e económicos.


"Temos muita preocupação com as questões ambientais. Toda a documentação é pública, estando disponível na Agência Portuguesa do Ambiente e na Direção-Geral de Energia e Geologia. A limpeza das áreas onde vamos intervir é uma desses exemplos", vincou o responsável da Aethel Mining.


As minas de ferro de Torre de Moncorvo foram a maior empregadora da região na década de 1950, chegando a recrutar 1.500 mineiros.


A exploração de minério foi suspensa em 1983, com a falência da Ferrominas.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/minas-de-ferro-de-moncorvo-entram-em-atividade-apos-37-anos-ao-abandono



(Galeria nas minas de ferro de Moncorvo)

20/11/17

Extração Mineral - O banco Goldman Sachs apelidou o lítio de "a nova gasolina" e o seu preço deverá disparar até 2022 e Portugal já é um dos países onde várias empresas lutam pela exploração desta matéria-prima.



«Porque é que o lítio está a causar uma luta em Portugal?
António Sarmento

O banco Goldman Sachs apelidou este metal de "a nova gasolina". O preço deverá disparar até 2022 e Portugal já é um dos países onde várias empresas lutam pela exploração desta matéria-prima.

O lítio é uma matéria-prima cada vez mais importante, indispensável para o funcionamento de muitas baterias de carros elétricos e outros dispositivos de alta tecnologia, incluindo ‘smartphones’. Enquanto alguns países produtores de petróleo passam por dificuldades e as empresas de mineração tentam sobreviver, este metal vive bons momentos.

E isso promete trazer grandes benefícios a vários países sul-americanos, liderados por Argentina, Chile e Bolívia. Estes três países englobam cerca de 60% das reservas conhecidas deste metal, de acordo com estudos realizados pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos. A revista Forbes escreveu que esta área é a “Arábia Saudita do lítio”, numa referência à abundância de petróleo naquele país do Médio Oriente.

Por exemplo, em 2015, o preço do lítio importado da China atingiu os 130 mil dólares por tonelada. O interesse é tanto que o banco de investimento Goldman Sachs o apelidou de “a nova gasolina”. Um relatório da consulta americana Allied Market Research estima que o mercado mundial de baterias de lítio poderá valer 46 mil milhões de dólares em 2022. Esta avaliação tem em conta a expansão da produção de carros elétricos por parte de várias marcas nas próximas décadas.

O caso português
Portugal é o sexto maior produtor mundial de lítio. Os minerais de lítio extraídos por cá destinam-se sobretudo à indústria cerâmica, porque transformação do minério extraído em carbonato de lítio que tem propriedades de geração ou armazenagem de energia exige grandes investimentos. Este metal é a base da produção de mosaicos, azulejos e louças sanitárias e de cozinha.

A extração deste metal em Portugal não é a mais barata. Há nove regiões entre o Norte e Centro do país que estão a despertar o interesse. O desafio atual é encontrar um processo rentável de transformação do lítio que permita a pureza de 99,5% necessária para a construção de baterias de veículos elétricos – a produção de uma tonelada de carbonato de lítio a partir de pegmatitos, o tipo de exploração que se faz em Portugal, custa 4,45 mil euros, avançou o jornal ‘Público’.

Entretanto, o litígio entre empresas que estiveram envolvidas na exploração de lítio em Sepeda, Montalegre, vai arrastar-se à barra dos tribunais. A empresa Lusorecursos conseguiu obter o contrato de prospeção e pesquisa de lítio na região nas vésperas de arrancar o julgamento da providência cautelar movida pela antiga parceira, Novo Lítio, que é agora adversária na corrida ao lítio transmontano e contesta o contrato celebrado, noticiou o ‘Público’.

Em causa está uma área de exploração de 75.581 quilómetros quadrados, que poderá conter um depósito de dez milhões de toneladas de minério de óxido de lítio. A DGEG vai avaliar agora se a Lusorecursos tem ou não capacidade e viabilidade de avançar para uma licença de exploração. Entretanto, a litigância judicial está para continuar.» in http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/porque-e-que-o-litio-esta-a-causar-uma-luta-em-portugal-234129

13/04/14

Industria Mineira - As minas em Portugal abriram o apetite de um dos maiores exportadores da indústria extractiva mundial: o Chile.



«Minas portuguesas atraem chilenos

As minas em Portugal abriram o apetite de um dos maiores exportadores da indústria extractiva mundial: o Chile.

Fonte oficial do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia (MAOTE) adiantou ao SOL que o Governo tem mantido conversações com investidores deste país: “Já se registaram contactos de empresários chilenos a quererem investir em Portugal, designadamente através de parcerias para a prospecção de diversos minérios”.

O interesse chileno ficou mais claro esta semana. Um dos principais empresários da indústria mineira do país, Pedro Del Campo Toledo, esteve em Portugal. Ao SOL, admitiu que há oportunidades por explorar. “Somos um país com ADN mineiro. Portanto, haverá certamente empresas interessadas em investir em Portugal”.

O empresário manteve encontros com gestores portugueses, com o intuito de captar novas parcerias para a indústria chilena. E marcou presença num encontro promovido pela Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Electromecânicas (ANEME).

“As empresas portuguesas têm reputação de serem sérias. E Portugal tem muito prestígio em áreas como a energia, infra-estruturas, metalomecânica, manutenção, tecnologia de informação, certificação ou gestão de projectos. Os sectores em que procuramos parcerias”, detalhou.

Um novo passo para estabelecer acordos de parceria será dado em Junho, quando uma missão de empresários portugueses visitar o Chile. O país tem em curso mais de 50 projectos de investimento no sector, no valor de 100 mil milhões de dólares até 2020. A indústria mineira representa 60% do total das exportações do país da América do Sul, sendo o Chile responsável por um terço da produção de cobre em todo o mundo.

Por estas razões, “convidamos as empresas portuguesas a visitarem as nossas minas em Junho. Há muitas oportunidades no nosso país. É muito importante irem ao terreno e conhecerem os projectos”, sublinhou Pedro Del Campo Toledo.

A assinatura de parcerias com a indústria mineira chilena pode assim abrir portas ao investimento em Portugal. “Os principais players internacionais do sector estão presentes no Chile, como a Rio Tinto, a Anglo American ou a empresa estatal Codelco. E creio que estariam interessados em conhecer o processo mineiro de Portugal”, adiantou.

Esta opinião é partilhada pelo presidente da ANEME, José de Oliveira Guia. Apesar de não ter informações concretas sobre futuros investimentos do Chile em Portugal, antecipa “abertura recíproca para o cruzamento de interesses”.

Ponte para a América do Sul

No final do ano será a vez de empresários do sector mineiro do Chile visitarem Portugal. Nessa data poderão ser assinados acordos com empresas do país, e não só. “O Chile é o país com mais acordos de comércio-livre. Quem sabe se a maior oportunidade resultante das parcerias das empresas portuguesas com a industria chilena não poderá ser servir de plataforma para mais negócios na região, como no Peru, na Colômbia, no Equador, no Brasil ou na Argentina. Há muito espaço para crescer nesta plataforma sul-americana na indústria mineira”, explica Pedro Del Campo Toledo.

Os eventuais investimentos no sector mineiro em Portugal poderiam impulsionar a indústria mineira do país. O ex-ministro da Economia Álvaro Santos Pereira chegou a indicar que os recursos minérios em Portugal valem mais do que o PIB nacional, que ronda os 170 mil milhões de euros. Há um ano, defendeu “fortes incentivos fiscais e financeiros para as empresas nacionais e estrangeiras investirem nos recursos naturais”.

O ex-governante dinamizou concessões mineiras em todo o país - entre 2012 e 2013 foram assinados cerca de 80 contratos - até que a remodelação do Governo no Verão fez com que Álvaro saísse e a pasta da energia passasse para o MAOTE. De acordo com estimativas recentes do ministério de Moreira da Silva, apenas 30% do potencial mineiro está em exploração.

Uma indústria com potencial

A extracção geológica e mineira está no topo da agenda dos clusters de investimentos prioritários da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

Actualmente, as exportações da indústria mineira portuguesa valem 856 milhões de euros, segundo os últimos dados da Direcção-Geral de Energia e Geologia, relativos a 2012. Deste total, 53,7% correspondem aos minérios metálicos, como o ferro. As rochas ornamentais têm uma fatia de 41,5%, em grande parte devido aos mármores e calcários, e os minerais industriais, como a argila e o caulino, valem 4,3%.

A Colt Resources (minas de Cercal e de Borba), a Redcorp (Lagoa Salgada) ou a MTI (Moncorvo e Rebordelo/Murçós) são algumas das empresas que têm investido na exploração e prospecção de minérios em Portugal.» in http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=103481


(Ruinas de Portugal - Minas dos Carris)


(Descendo às Minas dos Carris)


(Minas da Panasqueira)

10/02/13

Exploração Mineira - Os projetos de exploração de ouro em Portugal, de onde se destacam Montemor, no Alentejo e Gralheira/Jales, em Trás-os Montes, têm um potencial já avaliado em 2,5 mil milhões!



«Ouro por explorar em Portugal vale 2,5 mil milhões

Os projetos de exploração de ouro em Portugal, de onde se destacam Montemor, no Alentejo e Gralheira/Jales, em Trás-os Montes, têm um potencial já avaliado em 2,5 mil milhões.

Em menor escala, mas com viabilidade industrial já assegurada está a futura mina de tungsténio (volfrâmio) em Tabuaço, no Alto Douro. Ainda no setor mineiro a novidade é que, em Torre de Moncorvo não vai haver uma mas duas explorações de ferro.» in http://expresso.sapo.pt/ouro-por-explorar-em-portugal-vale-25-mil-milhoes=f785523#ixzz2KUKqNn60


(Ouro; Rio Eldorado Portugal; Gente Simples N Miséria Engordou Vampiros)


(Mina de ouro em Vila Pouca de Aguiar)


(Minas de ouro de Jales com reabertura possível, Vila Pouca de Aguiar)

04/07/12

Extração Mineira - A empresa canadiana Colt Resources, que desenvolve prospeções de ouro no Alentejo, indicou hoje que uma estimativa independente aponta para concentrações daquele metal na ordem das 1,57 gramas por tonelada, na zona de Boa-Fé (Évora)!


«Empresa canadiana estima existência de 1,57 gramas de ouro por tonelada no Alentejo

A empresa canadiana Colt Resources, que desenvolve  prospeções de ouro no Alentejo, indicou hoje que uma estimativa independente  aponta para concentrações daquele metal na ordem das 1,57 gramas por tonelada,  na zona de Boa-Fé (Évora). 

Segundo a empresa canadiana, estes dados fazem parte da estimativa inicial  de recursos, feita pela empresa independente SRK Consulting, para os depósitos  da Chaminé e de Casas Novas, inseridos no projeto de prospeção de ouro na  Boa-Fé, concelho de Évora. 

Nestes dois depósitos, a SRK estimou que os recursos minerais (toda  a jazida, incluindo a terra, rocha ou outros componentes) rondem os 4,23  milhões de toneladas, sendo a concentração de ouro indicada em 1,57 gramas  por tonelada. 

A Colt Resources, no mesmo comunicado enviado à Agência Lusa, refere  ainda que os dados desta empresa independente indicam que em "209 mil toneladas"  adicionais a concentração de ouro estimada pode ser superior, atingindo  as 2,36 gramas por tonelada. 

Tendo em atenção estes indicadores, a empresa refere que as zonas com  concentrações de ouro inferiores a 0,40 é que não devem ser exploradas.» in http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2012/07/03/empresa-canadiana-estima-existencia-de-157-gramas-de-ouro-por-tonelada-no-alentejo


(Mina de ouro em Vila Pouca de Aguiar)


(Minas de ouro de Jales com reabertura possível, Vila Pouca de Aguiar)


(Ruinas de Portugal - Minas dos Carris)


14/06/12

Ouro - A empresa canadiana Colt Resources, que desenvolve prospeções de ouro no Alentejo, revelou hoje que os resultados das perfurações na Boa-Fé, no concelho de Évora, evidenciam “graus impressionantes” daquele metal precioso, “perto da superfície”!


Concessão experimental de ouro nas freguesias de Santiago do Escoural (Montemor-o-Novo) e de Nossa Senhora da Boa-Fé (Évora)


«RESULTADOS DAS PERFURAÇÕES


Confirmados "graus impressionantes" de ouro no Alentejo.


A empresa canadiana Colt Resources, que desenvolve prospeções de ouro no Alentejo, revelou hoje que os resultados das perfurações na Boa-Fé, no concelho de Évora, evidenciam “graus impressionantes” daquele metal precioso, “perto da superfície”.


Em comunicado enviado hoje à Agência Lusa, mas divulgado quarta-feira no Canadá, a empresa anuncia já ter recebido os resultados analíticos finais correspondentes a amostras das sete sondas de perfuração instaladas naquela zona alentejana.


A Colt Resources, através de uma “joint-venture” com a Iberian Resources, assinou com o Governo português um acordo para a concessão experimental de ouro nas freguesias de Santiago do Escoural (Montemor-o-Novo) e de Nossa Senhora da Boa-Fé (Évora).


Já em maio, o Chief Executive Officer (CEO) da Colt Resources, Nikolas Perrault, tinha realçado à Lusa que as perfurações na Boa-Fé estavam a detetar “mineralizações de alto teor” de ouro, admitindo que a extração industrial poderá vir a arrancar em 2014.


No comunicado agora divulgado, Nikolas Perrault afiança que, atendendo aos resultados analíticos finais, as perfurações na Boa-Fé “continuam a fornecer graus de ouro impressionantes, perto da superfície”.


“Estes dados serão incluídos na estimativa inicial de recursos do projeto, que deverá ficar concluída até final do mês”, referiu.


O CEO da Colt adianta ainda que, devido à “confiança” da empresa no “potencial regional” de ouro, foi iniciada “a campanha de exploração alargada na concessão de Montemor-o-Novo”, que possui um total de 47 quilómetros quadrados e integra a licença na zona da Boa-Fé.


Os “resultados iniciais” desta campanha na serra de Monfurado, que vai incorporar dados geofísicos recebidos recentemente pela empresa, “têm sido positivos”, destacou o responsável.


Os trabalhos, assegurou, vão prosseguir com a realização de perfurações mais profundas para “testar a extensão de depósitos [minerais de ouro] conhecidos”.


Além disso, a empresa garante, no comunicado, que vai continuar com a “fase avançada” da sua “campanha de exploração” na Boa-Fé, com várias perfurações.


O acordo com o Governo português, para a concessão experimental de ouro nas duas freguesias alentejanas, foi assinado em novembro passado, num investimento previsto de três milhões de euros, durante três anos.


A perfuração na Boa-Fé está a decorrer “desde dezembro”, disse à Lusa Nikolas Perrault, frisando que o projeto “tem vindo a exceder as expetativas” e que a empresa está “cada vez mais confiante” de que “é viável” a exploração industrial de ouro no Alentejo.» in http://noticias.sapo.pt/nacional/artigo/confirmados-graus-impressionante_4003.html

(Corrida ao El Dorado Alentejano)


(A Sombra da Mina)


(Gato Fedorento: Tesourinhos Deprimentes - Alentejo Sem Lei)


26/03/12

Indústria Extrativa - A mina de Jales, em Vila Pouca de Aguiar (Trás-os-Montes), a única em Portugal onde se explorou ouro, vai reabrir, duas décadas depois de encerrar!



«Portugal volta a extrair ouro 20 anos depois

A mina de Jales, em Vila Pouca de Aguiar (Trás-os-Montes), a única em Portugal onde se explorou ouro, vai reabrir, duas décadas depois de encerrar.

O anúncio foi feito ao SOL pelo responsável do departamento de Minas e Pedreiras, da Direcção-geral de Energia e Geologia (DGEG), Luis Martins, adiantando que no final deste mês deverá ser «lançado o concurso público» para as empresas interessadas em explorar aquele metal precioso naquela mina.

«O ouro que for extraído em Portugal deverá ter como destino o emergente mercado asiático», prevê Luis Martins, acrescentando que há já vários grupos interessados.

É o caso, entre muitas outras, de duas empresas canadianas: a Redcorp Ventures, uma das principais a operar no mercado mineiro em Portugal, e a Colt Resources. Na corrida deverá estar ainda a a portuguesa Almada Mining, também com capitais canadianos. De acordo com o responsável da DGEG «numa primeira fase o concurso será aberto só às empresas de extracção mineira que já mostraram interesse na Mina de Jales», mas depois será aberto a outros candidatos.

Para o país, as vantagens do regresso à exploração de ouro, numa altura em que a cotação do metal precioso atinge máximos históricos, são óbvias. «Além de todos os empregos directos e indirectos ligados à exploração, há as exportações, em que o país está a ter dificuldade. E este Governo já assumiu que as exportações são a saída da crise», diz Luís Martins.


Crescem pedidos de prospecção do metal

Aliás, no último ano aumentaram os pedidos de prospecção de ouro feitos à DGEG. E dispararam os investimentos de empresas privadas em projectos de pesquisa deste metal precioso. «Há, por exemplo, um projecto para prospecção no Valongo, da Almada Mining, em vias de ser aprovado; outro em Penedono e outro ainda em Vila do Rei, da inglesa MedGold», diz Luis Martins, esclarecendo que este departamento governamental não tem ainda os números conclusivos de 2011. «Mas temos a clara ideia de que o investimento aumentou ao nível dos melhores anos», garante.

Segundos os dados da DGEG, aos quais o SOL teve acesso, no melhor ano, 2005, em metais preciosos no país, foram investidos 2.944.458 euros.

A maioria das empresas mineiras a operar no país são, porém, estrangeiras, refere Daniel Oliveira, investigador do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG). É que os investimentos são bastante avultados e tem de se perder pelo menos dois anos para detectar se é viável explorar uma mina.

Por exemplo, a Colt Resources começou trabalhos de pesquisa de ouro em 2010 perto de Montemor-o-Novo, no Escoural, e só agora surgem os primeiros resultados do investimento. «E apenas dentro de seis meses a um ano, saberemos se vamos conseguir extrair ouro destas minas e se vamos avançar», explica ao SOL Nikolas Perrault, presidente da empresa que há cinco anos chegou ao país.

O líder da Colt Resources aproveita para sublinhar que «a tradição mineira em Portugal, que remonta há 200 anos, tem sido negligenciada nos tempos modernos». Nikolas Perrault diz que Montemor «era uma oportunidade em que ninguém reparava». E que agora promete dar lucros: «Tudo indica que vamos encontrar reservas assinaláveis em Montemor. Todos os dias temos dados novos promissores. Mas é cedo».

O presidente da empresa admite, no entanto, que o negócio é caro: «o investimento necessário à exploração será no mínimo de 10 milhões a 15 milhões de dólares ».

«Há grande potencial em Jales»

A Redcorp Ventures, que, do mesmo modo, mostrou interesse na prospecção na Mina de Jales, também adianta que a sua aposta passapelo ouro português. Depois de anos dedicados a outros metais, tem agora dois projectos para extrair ouro no país: um na Seara Velha, perto de Boticas, em Vila Real; e o de Jales.

«As Minas de Jales foram as maiores de ouro em Portugal e o projecto Jales/ Gralheira tem um potencial mínimo total de 300 mil onças de ouro (com um teor médio de 8,9 gramas por tonelada de ouro). Há um grande potencial», explica João Barros, director da Redcorp em Portugal.

O outro projecto da empresa é em Boticas, na Mina da Seara Velha, «Corresponde às antigas minas de ouro denominadas Limarinho e Poço das Freitas, cuja antiga concessionária Kernow Resources abandonou, e cujos estudos já realizados revelam um grande potencial em termos de reservas de ouro», adianta ainda João Barros.

Para os dois projectos, a Redcorp prevê, em termos de prospecção, um investimento de um milhão e 800 mil euros, só nos primeiros três primeiros anos.

Para Daniel Oliveira, o facto de o ouro ter uma cotação «tão alta» é uma oportunidade para Portugal. O responsável do LNEG lembra: «Não foi por acaso que os romanos investiram em Portugal. Já eles tinham minas de ouro abertas».

sonia.balasteiro@sol.pt» in http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=45026


(Minas de ouro de Jales com reabertura possível, Vila Pouca de Aguiar)
(Vila Pouca_Minas de Jales)