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08/12/21

Política de Emprego - Uma florista em São Francisco está tão desesperada para encontrar trabalhadores, que afixou um anúncio a oferecer-se por contratar “qualquer um que apareça”.


«Empresas americanas já contratam “qualquer um que apareça”

Uma florista em São Francisco está tão desesperada para encontrar trabalhadores, que afixou um anúncio a oferecer-se por contratar “qualquer um que apareça”.

Andrei Abramov, o dono da “French Tulip Flowers”, em Noe Vallley, contou à ABC 7 News que ele e a sua namorada são os únicos empregados da florista.

“Neste momento, aceitamos qualquer pessoa que esteja disposta a aprender e a trabalhar connosco”, realçou Abramov.

Não é a primeira entidade empregadora que se depara com este problema, mas a razão pelo qual este fenómeno de falta de trabalhadores no Estados Unidos acontece, ainda está por ser descoberta, como aponta o Independent.

O caso da florista é apenas um de vários. Desde lojas a restaurantes, a dificuldade em contratar empregados é sentida por muitos.

À semelhança de Andrei Abramov, o dono de uma pizzaria em São Francisco também publicou um anúncio no Facebook do restaurante, no qual se oferecia para contratar “literalmente qualquer pessoa“.

As empresas americana que oferecem baixos salários estão a lutar para contratar empregados, a meio da chamada “Grande Demissão” — um aumento exponencial do número de trabalhadores que, todos os meses, se demitiram desde, pelo menos, o início do século XXI.

De acordo com os dados do US Bureau of Labor Statistics, 3% dos trabalhadores americanos despediram-se em setembro do seu emprego.

Comparando os números com 1,6 % em abril de 2020, e 1,2% depois da crise financeira em 2009, é possível notar um aumento bastante razoável da taxa.

A “Grande Demissão” verifica-se, mesmo depois de o subsídio de desemprego de emergência, atribuído durante a pandemia, ter terminado.

Isto sugere que o fenómeno pode estar relacionado com o facto de os trabalhadores reavaliarem as suas vidas após uma crise global, e se fartarem de salários baixos e más condições de trabalho.

As empresas estão a tentar combater o problema através de bónus de contratação, comissões para recrutadores ou redução das qualificações mínimas. Mas são poucos os que apostam no aumento de salários.

Os donos das pequenas empresas afirmam que não têm capacidade para aumentar os gastos, devido ao choque da pandemia, contrariamente às grandes empresas.

De acordo com Joe Biden, “em vez de os trabalhadores estarem a competir entre si por postos de trabalho que são escassos, os empregadores estão a competir uns com os outros para atrair funcionários“.» in https://zap.aeiou.pt/empresas-americanas-ja-contratam-qualquer-um-que-apareca-448909

09/03/18

Tecnologias de Informação - A entrada em vigor das novas regras europeias para a proteção de dados poderá criar uma lacuna na oferta de profissionais de tecnologias de informação, disse à Lusa o presidente da Associação Nacional de DPO (ANDPO), Henrique Necho.



«Novas regras de proteção de dados podem criar novo “mercado em ebulição”

A entrada em vigor das novas regras europeias para a proteção de dados poderá criar uma lacuna na oferta de profissionais de tecnologias de informação, disse à Lusa o presidente da Associação Nacional de DPO (ANDPO), Henrique Necho.

O novo Regulamento Geral sobre Proteção de Dados (RGPD), em vigor a partir de 25 de maio de 2018, vai exigir que empresas públicas e privadas da União Europeia que lidem com o tratamento, ou armazenamento, de dados pessoais passem a integrar a função do ‘Data Protection Officer’ (DPO), ou operacional de proteção de dados, sob pena de coimas que podem chegar aos 20 milhões de euros, ou 4% do volume de negócios anual global das empresas.

“Não há oferta. Há, neste momento, como em tudo o que é novidade, um desequilíbrio na procura e na oferta nesta área dos DPO”, asseverou o presidente da ANDPO, admitindo a emergência de um “mercado em ebulição” para dar resposta às exigências do novo regulamento europeu.

Citando um estudo de 2017 da Associação Internacional de Profissionais de Privacidade (IAPP, na sigla em inglês), Henrique Necho apontou para “uma lacuna na ordem dos 75 mil profissionais desta área em todo o continente europeu”, a que se deverão somar novos serviços em áreas da auditoria, consultoria, formação, ou de profissionais de certificação através da atribuição de selos de privacidade.

A preparação das empresas portuguesas para o novo regulamento permanece, contudo, aquém do desejável para o que o especialista da ANDPO considera “uma mudança civilizacional”.

Recorrendo a um outro estudo, publicado em janeiro deste ano e encomendado pela Microsoft Portugal à IDC (International Data Corporation), Henrique Necho sublinha que apenas 2,5% dos decisores consideram que a sua empresa está preparada para lidar com o RGPD e que “todas as entidades e organizações que façam o tratamento de dados pessoais têm de investir nesta matéria, começando pela sensibilização interna”.

O risco de incumprimento por parte das empresas e instituições públicas portuguesas pode ainda provocar uma sobrecarga de processos e pedidos de tratamento de informações recebidos pela Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNDP), que em 2017 registou quase 22 mil ocorrências e motivaram um alerta à comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais para o incumprimento, a partir de maio de 2018, das novas competências exigidas pelo regulamento europeu, caso não se verifique um incremento de verbas e pessoal.

“A CNPD, muito provavelmente, terá de expandir a sua capacidade de resposta, quer em termos de recurso humanos, quer em termos materiais, para, de alguma forma, poder responder de uma forma mais eficaz a esta avalanche que se prevê nos próximos tempos”, corroborou à Lusa o presidente da ANDPO.

Já no que diz respeito ao incumprimento por parte de empresas e instituições, Henrique Necho acredita que a CNPD “não se vai colar aos valores máximos que estão previstos no regulamento.”

“Muito provavelmente, a CNPD, numa situação de fiscalização em que tenha de aplicar algum tipo de coima – e estou aqui a tentar prever um bocado o futuro – vai ter em conta a realidade económica da empresa”, afirmou o presidente da ANDPO.

A Comissão Europeia estima que a entrada em vigor do RGPD venha permitir benefícios económicos na ordem de 2,3 mil milhões de euros anuais decorrentes da legislação única, no que Henrique Necho entende dever-se sobretudo a uma “questão de concorrência desleal” entre empresas e instituições.

Segundo o especialista, “este é um regulamento que veio na sequência de uma exigência da sociedade para que houvesse mais cuidado na proteção da privacidade, de dados pessoais que são usados para todo o tipo de ‘scams’ (esquemas fraudulentos), de ‘spams’ (mensagens nãos solicitadas) e de todo o tipo de situações ilegítimas”, asseverou.

“A Comissão Europeia estima que, pondo um ordenamento europeu, vá equilibrar as relações entre as empresas. No fundo, o DPO é uma destas novas profissões de que se fala que vêm aí com a transformação digital”, disse à Lusa.» in https://www.sapo.pt/noticias/economia/novas-regras-de-protecao-de-dados-podem-criar_5aa102805b40bc0f76ccd496

21/02/18

Cidade de Vila Real - A empresa Critical Software vai abrir um centro de desenvolvimento em abril, na zona de Vila Real, e contratar 100 engenheiros em dois anos, adiantaram hoje fontes da universidade e autarquia.



«Critical Software abre polo em Vila Real e vai contratar 100 engenheiros

A empresa liderada por Gonçalo Quadros vai abrir um centro de desenvolvimento em abril, em Vila Real. Empresa vai recrutar 100 engenheiros até 2020.

A empresa Critical Software vai abrir um centro de desenvolvimento em abril, na zona de Vila Real, e contratar 100 engenheiros em dois anos, adiantaram hoje fontes da universidade e autarquia.

De acordo com as fontes, a empresa, sediada em Coimbra e que atua nos setores da aeronáutica, da defesa e dos transportes, vai instalar um polo, numa parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e a Câmara Municipal. O centro de desenvolvimento entra em funcionamento em abril com um grupo de 15 engenheiros que ficarão, numa primeira fase, instalados no Regia Douro Park – Parque de Ciência e Tecnologia. O objetivo da Critical Software é mudar, depois, para uma instalação definitiva no centro histórico da cidade.

As fontes referiram que a empresa prevê contratar mais de uma centena de diplomados em engenharia nos próximos dois anos, principalmente informáticos e eletrotécnicos, mas também ligados à área aeroespacial ou física. Será articulada com a UTAD a cooperação na formação especializada em alguns desses domínios. Entretanto, a empresa já lançou o processo de recrutamento.

Criada em 1998, a Critical Software, liderada por Gonçalo Quadros, é especializada no desenvolvimento de serviços para o suporte de sistemas críticos orientados para a segurança e para o negócio de empresas. Atua em setores como o da aeronáutica, da defesa, da segurança interna, dos transportes, das telecomunicações, das finanças e da energia.

É uma das mais importantes empresas de ‘software’ do mundo e trabalha para clientes como as Forças Armadas de Portugal e do Reino Unido, as agências espaciais norte-americana (NASA), europeia (ESA), chinesa (CNSA) e japonesa (JAXA).

Atualmente, tem escritórios em Lisboa e Porto e marca presença, através de subsidiárias, no Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos da América, Brasil, Moçambique e em Angola.

Já emprega, ao todo, cerca de 500 pessoas, das quais perto de 400 são da área da engenharia.

Vila Real tem reforçado esforços para atrair empresas e centros de investigação, com o objetivo de criar emprego qualificado e fixar pessoas. Na semana passada, foi anunciada a instalação de um centro Fraunhofer no Regia Douro Park, também numa parceria com a UTAD, que prevê um programa de atuação ao nível da agricultura de precisão, nomeadamente nas áreas do vinho e da vinha.

A Fraunhofer-Gesellschaft é a maior organização de investigação aplicada na Europa, tem uma equipa de cerca de 25 mil pessoas distribuídas em mais de 80 centros de investigação no mundo, incluindo 69 Institutos na Alemanha.» in https://www.sapo.pt/noticias/economia/critical-software-abre-polo-em-vila-real-e_5a8d43225043e2f73a259897

25/01/18

Política Emprego - O primeiro-ministro referiu este investimento da Google na sua intervenção, que abriu a conferência e que foi dedicada a apresentar Portugal a investidores estrangeiros como um país competitivo, sobretudo em matéria de captação de ‘startup’ e investimentos tecnológicos.



«Costa anuncia investimento da Google em Portugal que vai criar 500 postos de trabalho

O primeiro-ministro anunciou hoje que a multinacional norte-americana vai instalar a partir de junho, em Oeiras, um centro de serviços, hub tecnológico, para a Europa, Médio Oriente e África, arrancando com 500 empregos qualificados.

António Costa fez este anúncio em Davos, na Suíça, no âmbito do Fórum Económico Mundial, numa conferência intitulada "Porquê Portugal, porquê agora?", em que também estiveram presentes os ministros da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e das Finanças, Mário Centeno.

O primeiro-ministro referiu este investimento da Google na sua intervenção, que abriu a conferência e que foi dedicada a apresentar Portugal a investidores estrangeiros como um país competitivo, sobretudo em matéria de captação de ‘startup’ e investimentos tecnológicos.

"Entre muitos investimentos em perspetiva destaco um: Portugal vai em breve acolher um investimento da Google, que arrancará logo com a criação de 500 empregos qualificados, sobretudo na área da engenharia", disse.

Fonte oficial do executivo português acrescentou à agência Lusa que Portugal conseguiu este investimento da Google "no quadro de uma competição internacional muito forte".

Neste ponto, António Costa frisou que Portugal apresenta as vantagens competitivas de ser um país com cidadãos que falam bem línguas estrangeiras, que tem boa formação académica no ramo das engenharias e que "investe forte na educação".

"Estas companhias também sabem que Portugal é uma porta para diferentes continentes", completou o líder do executivo português no seu discurso.

Perante vários investidores internacionais, assim como diretores e editores de órgãos de comunicação social internacionais, António Costa procurou igualmente passar a mensagem de que Portugal "tem uma política atrativa para investimentos tecnológico e está a acelerar a aplicação dos fundos estruturais europeus".

"Para além de novos investimentos, verifica-se também que empresas de grande dimensão, que estão há muitos anos em Portugal, como a Siemens ou a Bosch, encontram-se agora a reforçar os seus investimentos", apontou o líder do executivo nacional.

Ao longo do dia de hoje, quer na entrevista que concedeu à Euronews logo pela manhã, quer na intervenção na conferência dedicada a Portugal, António Costa procurou sempre evidenciar o percurso do país em matéria de consolidação orçamental.

Em sucessivas intervenções públicas, o primeiro-ministro salientou fatores macroeconómicos como a "redução progressiva e acentuada do défice, a diminuição da dívida, a antecipação do pagamento de tranches do empréstimo contraído em 2011 junto do Fundo Monetário Internacional (FMI) e, em consequência, aumento do ‘rating’ por parte de duas das principais agências de notação financeira internacionais".

"Além de consolidação das contas públicas, Portugal apresenta um quadro fiscal estável", acrescentou também o primeiro-ministro perante uma plateia maioritariamente composta por cidadãos estrangeiros.» in http://24.sapo.pt/economia/artigos/costa-anuncia-investimento-da-google-em-portugal-que-vai-criar-500-postos-de-trabalho

06/01/18

Política de Emprego - Os trabalhadores mais valiosos não serão engenheiros nem programadores, serão as pessoas com grandes conhecimentos técnicos, simultaneamente, capazes de compreender as necessidades da empresa e dos seus clientes



«Polí… quê? polímatas vão ser os profissionais mais procurados do futuro
Almerinda Romeira

Os trabalhadores mais valiosos não serão engenheiros nem programadores, serão as pessoas com grandes conhecimentos técnicos, simultaneamente, capazes de compreender as necessidades da empresa e dos seus clientes.

Teria um génio como Leonardo Da Vinci ficado na história se tivesse nascido na nossa era? As mentes de Copérnico ou Francis Bacon teriam brilhado no mundo atual, tão marcado pela especialização?

Nos últimos dois séculos, a hiperespecialização tem sido a palavra-chave na sociedade ocidental, o que torna raras as pessoas que se destacam, simultaneamente, por exemplo, na ciência e nas artes. Mas algo está a mudar. Com efeito, um estudo realizado pela espanhola Deusto Business School e pela empresa de inovação 3M, agora divulgado, conclui que dominar várias áreas é a chave para inovar, condição indispensável para ser bem-sucedido na era digital.

“Num cenário acelerado, em que a cada 10 anos se duplica a produção científica, a polimatia parece fazer um novo sentido”, afirma o estudo.

Por polimatia entende-se “a capacidade de alcançar a excelência em duas ou mais áreas de conhecimento pertencendo a expressões diferentes do génio humano, com uma combinação de estruturas que podem proceder de campos tão diversos como as artes, as ciências, os negócios, o desporto, a tecnologia ou as humanidades.”

Neste contexto, conclui-se que “os trabalhadores mais valiosos do futuro não serão os melhores engenheiros ou programadores, serão os polímatas”. Isto é, as pessoas com grandes conhecimentos técnicos, mas também capazes de compreender as necessidades da empresa e dos seus clientes.» in http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/poli-que-polimatas-vao-ser-os-profissionais-mais-procurados-do-futuro-252402

01/09/14

Política de Emprego - Histórias de pessoas que deixaram de trabalhar na função pública por vontade própria, um caso de Amarante.



«Histórias de quem deixou de trabalhar na função pública por vontade própria
RAQUEL MARTINS 01/09/2014 - 07:59

Há um ano arrancou, pela primeira vez, um programa de rescisões na função pública. Outros dois se seguiram. O que levou estes trabalhadores com décadas de vínculo ao Estado a rescindir?

Durante décadas, trabalhar no Estado foi sinónimo de estabilidade financeira e de emprego para a vida. Mas, nos 17 anos como auxiliar de acção educativa, Manuela Machado nunca sentiu que assim fosse. Sempre esteve a contrato e o salário não ia muito além dos 500 euros. Decidiu aderir ao primeiro programa de rescisões para a função pública, lançado no ano passado, e não se arrepende.

O “baixo vencimento” e os cinco filhos foram razões determinantes para a decisão tomada por Manuela, 36 anos, a viver em Amarante. Outros pediram para rescindir porque se sentem maltratados pelo Estado, cansaram-se das constantes alterações nas regras do jogo e não vêem perspectivas de carreira. Há ainda quem tenha visto aqui uma oportunidade para se dedicar a uma actividade que até agora não passava de um “hobby”.

As razões de Manuela foram essencialmente práticas. Estava a regressar de uma licença parental e, pela mesma altura, surgiu a necessidade de contratar um funcionário para o restaurante do marido. Em casa fizeram as contas. “Os 518 euros que recebia não compensavam. O dinheiro ficava pelo caminho. Decidimos que mais valia ficar eu no restaurante, do que contratar um empregado”, diz num tom despachado, próprio de quem não tempo a perder e está em cima da hora para preparar os almoços.

Não se arrepende da decisão que tomou. Tem mais tempo para acompanhar os filhos, que têm entre os três meses e os 15 anos, e a compensação que recebeu do Estado permitiu-lhe “organizar a vida”.

Manuela faz parte dos 2157 trabalhadores que rescindiram na sequência do primeiro programa de rescisões na função pública, destinado a assistentes técnicos e operacionais. A possibilidade já estava prevista na lei desde 2008, mas nunca tinha sido regulamentada. No Verão de 2013, o Governo decidiu avançar com este instrumento há muito usado no sector privado para reduzir pessoal.

E não ficou por aí. Em Novembro, abriu um novo programa, desta vez para professores e, já em Janeiro deste ano, outro destinado aos técnicos superiores do Estado. O objectivo era complementar a redução de pessoal através da aposentação e, ao mesmo tempo, cortar nas despesas com salários.

Num primeiro momento, a expectativa era que aderissem entre 5000 e 15000 trabalhadores. Na altura, o Governo contava que a ameaça dos despedimentos desse uma ajuda, mas o Tribunal Constitucional chumbou essa possibilidade e as rescisões acabaram por cativar menos gente do que o esperado. Por outro lado, a redução de pessoal acima das metas de 2% impostas pela troika levou a que o Governo tivesse cuidados redobrados, para evitar o esvaziamento do Estado. Só sai quem não faz falta.

Essa foi a explicação dada pela Ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, para os atrasos no encerramento do programa dos professores. Só no sábado, mesmo em cima do prazo para a cessação dos contratos, foi divulgada a decisão final. Dos mais de 3600 pedidos,1900 foram autorizados a sair, tendo agora oito dias para dizer se mantêm a decisão.

Abdicar de um sonho

António (que não quer ser identificado e por isso pede para usar um nome fictício) é um dos professores à espera de resposta. Depois de quase três décadas a leccionar numa escola pública, decidiu responder “ao repto do actual Governo no sentido de promover o empreendedorismo” e traçar um novo caminho profissional, mesmo “abdicando de uma carreira com a qual já sonhava no final da infância”.

Num testemunho enviado por escrito ao PÚBLICO, António aponta três razões para a sua decisão: a “ineficácia” do modelo de avaliação “que não valoriza o mérito”; a carga burocrática que deixa os professores “assoberbados” e que desvaloriza a preparação das aulas e a “perda brutal de qualidade de vida, desde que a actual elaboração de horários obrigou os docentes a ter a seu cargo, com frequência, mais de centena e meia de alunos, por vezes uma dezena de turmas”. Perante este cenário, “raro é o dia útil que não se tenha mais de dez horas de trabalho na escola e em casa”, nota.

Quando falou ao PÚBLICO, e embora ainda não tivesse resposta positiva ao seu pedido, António já preparava o projecto onde pretende investir o seu futuro, preferindo mantê-lo ainda em segredo.

Outros professores contactados elencam razões semelhantes às de António, a que acrescentam as alterações às regras da aposentação e ao estatuto da carreira docente. É o caso de Rafael (também nome fictício), de 43 anos, que lamenta que o Estado “não cumpra o que assinou com os profissionais no início das suas carreiras”. “Em Portugal ser funcionário público deixou de ser uma segurança, para se tornar uma insegurança e humilhação constantes”, insurge-se.

As mudanças dos últimos anos foram determinantes para que Fernanda (que pediu que o seu apelido não fosse identificado), técnica num centro de emprego da região de Lisboa durante duas décadas e meia, tivesse pedido a rescisão, tal como aconteceu com outros 473 técnicos superiores. “Se me tivessem tratado melhor nos últimos anos não teria avançado”, diz, embora na voz não se note qualquer mágoa ou arrependimento.

“Não me valorizavam devidamente, os cortes nos vencimentos passaram a ser uma coisa permanente, acrescentaram-nos uma hora no horário diário… Quem faz atendimento ao fim de sete horas está completamente esgotado”, relata. Uma situação que se agrava quando pela frente se tinha pessoas desempregadas e as respostas, em tempos de crise, eram escassas.

Aos 53 anos, decidiu aproveitar a porta que se abriu para se dedicar a uma actividade que até então apenas beneficiava os amigos e conhecidos. Investiu em formação na área da massagem com pedras quentes e já tem uma parceria com uma clínica da cidade onde vive. O último dia de trabalho foi a 31 de Julho e, embora já estivesse mentalizada, conta que lhe custou quando chegou a hora de dizer a alguns utentes que no dia seguinte já lá não estaria.

Optimista, Fernanda garante, contudo, que não teve dificuldade em sair. “Foi um alívio, porque não estava sintonizada com o momento. A minha forma de ser não condiz com o geral da administração pública neste momento”, justifica. “Entrei pelo meu próprio pé e saio por vontade própria”, resume.

Projectos adiados

Nem todos viram o seu pedido aceite. É o caso de Ana Morais, 55 anos, técnica superior num instituo público há quase 27 anos. Quando o marido lhe leu, pelo telefone, a carta da Direcção-Geral da Administração Pública ficou desapontada. O seu pedido de rescisão para sair do instituto foi recusado.

“Foi uma surpresa, um choque. Fiquei muito desapontada. Estava convencida de que não haveria argumentos para recusar o meu pedido”, conta. Ainda para mais quando o próprio instituto onde trabalha se envolveu na divulgação do programa, lançado em Janeiro deste ano, e alguns colegas tinham, uns dias antes, recebido resposta positiva.

“Mesmo que o conselho directivo não viabilizasse o pedido, imaginei que o Governo não iria ter isso em conta”, relata. Mas num organismo a braços com falta de técnicos superiores, não se justificava a saída massiva de pessoal qualificado e com experiência. A maioria dos pedidos acabou recusada e poucos tiveram luz verde.

O programa de rescisões foi a oportunidade por que Ana esperava para se dedicar a uma outra actividade. Engenheira agrónoma de formação, aderiu para poder dedicar-se à actividade agrícola na região da Serra da Estrela. “Mais cedo ou mais tarde pensava desligar-me do serviço. O programa de rescisões era uma forma de me desligar mais cedo e poder usar a compensação para investir numa actividade no sector privado”. A resposta negativa veio adiar o sonho, mas dentro de alguns anos Ana garante acabará por sair.

A ausência de perspectivas de carreira, as escassas possibilidades de mudança e não saber o que esperar em termos salariais – “agora são os cortes nos salários, depois virão os suplementos” – são algumas das razões que a levaram a tomar a decisão. “A mobilidade entre organismos da administração pública não funciona e dentro dos próprios organismos não há rotatividade. Estamos a ficar velhos e não há renovação”, lamenta.

A estes motivos há ainda que somar o aumento do horário semanal de 35 para 40 horas. “Como não se verificou o consequente ajustamento em termos de organização do trabalho, não se criaram as condições para produzir mais ou melhor (até acho que a desmotivação causada levou ao contrário), apenas se passou a estar no local de trabalho mais uma hora diária, como um castigo”, refere.

E nem mesmo a perspectiva de ter um emprego para a vida pesou no outro prato da balança. Ana reconhece que essa estabilidade pode ser “perniciosa”, porque “a pessoa não arrisca e não troca o seguro pelo inseguro”. “Olhando para trás, talvez devesse ter arriscado mais. É o que vou fazer mais tarde ou mais cedo, agora com mais segurança”, remata.» in http://www.publico.pt/economia/noticia/historias-de-quem-deixou-de-trabalhar-na-funcao-publica-por-vontade-propria-1668239?page=-1

11/03/13

Emprego - A Sonae vai escolher a partir de hoje 60 recém-diplomados que participarão no Dia Contacto dos quais metade terão a oportunidade de estagiar no grupo.



«Sonae começa hoje a recrutar 60 recém-licenciados

A Sonae vai escolher a partir de hoje 60 recém-diplomados que participarão no Dia Contacto dos quais metade terão a oportunidade de estagiar no grupo, que dá preferência aos licenciados ou mestres em Economia, Gestão e Engenharia. 

Os jovens seleccionados conhecerão a empresa por dentro e vão estar pessoalmente com Paulo e Belmiro de Azevedo, enquanto a Sonae escolhe a metade que seguirá para estágio e a metade que fica por ali. Lançada em 2010, a Rede Contacto é a ferramenta principal de recrutamento da Sonae. 

Conta com 22 mil utilizadores e aposta numa relação contínua com os jovens universitários. O grupo procura "perfis curiosos, desafiantes, ambiciosos, criativos e orientados para a excelência", avançou ao Económico fonte oficial da Sonae. 

Em edições anteriores, foram milhares os jovens que se candidataram a esta iniciativa. A actual edição é a mais participada de sempre e a rede oferece uma forma alternativa dos jovens demonstrarem o seu potencial, já que possibilita a cada candidato reforçar a sua avaliação com dinâmicas de participação que vão para além do seu currículo académico. Como elemento de selecção, os utilizadores tiveram, este ano, de responder ao desafio "If the world is upside down, only you can turn it up".» in http://economico.sapo.pt/noticias/sonae-comeca-hoje-a-recrutar-60-recemlicenciados_164544.html


(PAULO AZEVEDO: LÍDER DA SONAE FALA DA LIGAÇÃO ENTRE UNIVERSIDADE E EMPRESAS)

05/03/13

Emprego - A Safira tem lugar tanto para recém-licenciados como para engenheiros com experiência, uma vez que está a contratar para várias posições, incluindo ‘managers', oferecendo um salário líquido de início de carreira de 1.100 euros mensais!



«Safira tem 60 vagas para engenheiros com e sem experiência

Qualquer engenheiro pode candidatar-se desde que domine a área da programação, o que exclui basicamente engenharia civil.

A Safira tem lugar tanto para recém-licenciados como para engenheiros com experiência, uma vez que está a contratar para várias posições, incluindo ‘managers', oferecendo um salário líquido de início de carreira de 1.100 euros mensais.

"Estamos a recrutar activa e continuamente. A perspectiva de negócio levou-nos a aumentar a previsão do número de vagas para 2013. Começámos o ano em 40 e já vamos em 60. Praticamente todas as semanas entra alguém novo na Safira", diz Sofia Anselmo de Carvalho, a directora de recursos humanos da empresa da área das Tecnologias de Informação.

Os recém-licenciados - em Engenharia Informática, Tecnologias de Informação, Electrotécnica, etc. - têm a porta aberta e entram com direito a 
formação interna dada na academia recentemente inaugurada.

O processo de recrutamento passa por várias entrevistas e testes técnicos e, depois de seleccionados, entram com contrato sem termo e "praticamente todos ficam na empresa", garante Sofia Anselmo de Carvalho, sublinhando que a taxa de retenção é "muito elevada", havendo apenas um ou outro caso de saída que se revela ser mesmo um "erro de casting".

Além da boa capacidade técnica, a Safira valoriza, cada vez mais, tal como a generalidade do mercado de trabalho, as chamadas ‘soft skills', destacando a capacidade para trabalhar em equipa e para lidar com os clientes.

Neste momento, a Safira está apostada numa ligação maior às universidades e em diversificar o leque de instituições do ensino superior por todo o país onde vai buscar recém-licenciados.

Pontualmente, também abrem vagas na Safira para lugares de outras áreas que não as engenharias. Neste momento, por exemplo, há duas nos recursos humanos.» in http://economico.sapo.pt/noticias/safira-tem-60-vagas-para-engenheiros-com-e-sem-experiencia_164123.html