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06/12/24

Filosofia - Damo, filha de Pitágoras e de Theano, nasceu em Croton, uma próspera cidade da Grécia Antiga, por volta do ano 535 a.C, que cresceu envolta nas correntes filosóficas do seu pai, influente pensador e matemático, e depressa se tornou também ela filósofa.



«A filha filósofa de Pitágoras preferiu ser pobre em vez de revelar segredos do pai

Foi filósofa numa sociedade que permitia às mulheres pensarem livremente. Ao longo da vida, carregou consigo segredos deteriorados para sempre no tempo. Quem era Damo, a filha de Pitágoras que nunca cedeu à riqueza?

Damo, filha de Pitágoras e de Theano, nasceu em Croton, uma próspera cidade da Grécia Antiga, por volta do ano 535 a.C. Cresceu envolta nas correntes filosóficas do seu pai, influente pensador e matemático, e depressa se tornou também ela filósofa.

Estudou matemática, filosofia, música e misticismo — disciplinas que os pitagóricos (pessoas que seguiam a escola de Pitágoras) consideravam essenciais para a purificação da alma, explica o LBV.

Dentro da comunidade pitagórica, as mulheres eram respeitada se tinham lugar nas discussões políticas e filosóficas, e é por isso bastante plausível que Damo tenha contribuído para o desenvolvimento de ideias que foram mais tarde atribuídas ao seu pai ou a outros membros pitagóricos.

Na tradição desta comunidade, Damo ficou, então, marcada como um modelo de virtude e de devoção filosófica.

Iamblichus, um filósofo neoplatónico, menciona a filha filósofa do matemático na sua obra A vida de Pitágoras. Conta ainda que Damo herdou os escritos de seu pai, que incluíam memorandos (em grego, hypomnemata) de grande importância para a comunidade pitagórica. De acordo com Iamblichus, Pitágoras confiou na sua filha para preservar os seus ensinamentos.

Os manuscritos de Pitágoras que foram confiados à sua filha Damo parecem ter tido um destino misterioso, seguindo a tradição secreta e esotérica que caracteriza a comunidade pitagórica, descreve o LBV.

Mas de acordo com relatos antigos, Damo preservou-os fielmente após a morte do pai, cumprindo rigorosamente as suas instruções de não os partilhar com indivíduos fora do círculo pitagórico. Pitágoras receava que os seus manuscritos fossem mal interpretados ou distorcidos se caíssem nas mãos erradas.

De acordo com os relatos de Iamblichus, Damo resistiu sempre face às muitas propostas que foi recebendo de compra dos documentos — por quantias que lhe valeriam uma grande riqueza.

Relatos contam que, mais tarde, Damo passou estes escritos à sua filha Bitale e ao seu irmão Telauges, assegurando que os escritos permanecesse no seio da família e no círculo de confiança.

Num livro de Diógenes Laércio, é posível ler-se: “Damo acreditava que a pobreza e os desejos do pai valiam mais do que o ouro, e isto apesar de ser mulher”.

Ainda assim, quer por deterioração, quer por algum tipo de perseguição ou guerra, os documentos acabaram por se perder, e a filosofia pitagórica passou a ser transmitida oralmente ou através de cópias manuscritas limitadas (escritas, essencialmente, pelos discípulos de Pitágoras, como Filolau ou Arquitas).

Há mesmo quem conte que a comunidade pitagórica foi perseguida após a morte do seu filósofo fundador, e os seus escritos se tenham perdido nessa altura.

Damo morreu por volta de 475 a.C., em Atenas. O seu legado continua a viver nas próprias ideias do pai e de toda a comunidade pitagórica. Sem ela, guardiã do trabalho do filósofo, é possível que, até hoje, muitas ideias pitagóricas tivessem sido deturpadas.

Que segredos de Pitágoras terão ficado por revelar, perdidos para sempre nos manuscritos escondidos?

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/a-filha-filosofa-de-pitagoras-preferiu-ser-pobre-em-vez-de-revelar-segredos-do-pai-645371


(As filhas de Pitágoras)

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15/05/12

Filosofia - Gilles Lipovetsky, autor de conceitos com a hipermodernidade, esteve à conversa com o jornalista Francisco Sena Santos sobre o que é isso do luxo!




«Gilles Lipovetsky: estar bem é o novo luxo 


É um dos filósofos mais influentes da atualidade, refletindo sobre temas contemporâneos como a moda, a arte, o ecrã e agora o luxo. Gilles Lipovetsky, autor de conceitos com a hipermodernidade, esteve à conversa com o jornalista Francisco Sena Santos sobre o que é isso do luxo. "Hoje em dia o luxo é encarado como algo que toda a gente deve ter", diz Lipovetsky. 


O que é o luxo hoje? Quem tem acesso ao luxo? "Há algo de chocante no luxo", diz Gilles Lipovetsy, um dos filósofos mais influentes da atualidade. Nos países com economias emergentes, como o Brasil, por exemplo, o luxo convive lado a lado com a miséria. Nos países desenvolvidos há muito que o desejo pelo luxo se democratizou. "Ter um telemóvel de última geração, fazer um cruzeiro, andar de avião, ir ao SPA", explica o filósofo. 


De passagem por Portugal para a apresentação do seu mais recente livro - “O Luxo Eterno - Da Idade do Sagrado ao Tempo das Marcas” - Gilles Lipovetsky conversou com o jornalista Francisco Sena Santos sobre o luxo em tempos de crise, sobre a crise política e económica na Europa, e até sobre o Facebook e o papel da escola nos dias de hoje. Só não conseguiu cumprir o único luxo a que se queria dar durante a sua estadia em Lisboa: comer sardinhas.

 


Gilles Lipovetsky nasceu em França em 1944, é professor agregado de Filosofia na Universidade de Grenoble, membro do Conseil d’Analyse de la Societé, órgão consultivo do primeiro-ministro de França, e do Conseil Nationale des Programmes, do Ministério da Educação. É um dos ideólogos mais representativos da corrente “ética inteligente”. Francisco Sena Santos e Vera Moutinho » in http://noticias.sapo.pt/nacional/artigo/gilles-lipovetsky-estar-bem-e-o-_3686.html