«São Jorge
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
São George e o Dragão, de Gustave Moreau
O Santo Guerreiro
Falecimento c. 23 de abril de 303 em Nicomédia
Venerado pela 23 de Abril e 3 de novembro
Principal templo Igreja de S.Jorge (Lida,Israel)
Festa litúrgica
Atribuições Cavaleiro combatendo dragão, Cruz de São Jorge, espada.
Portal dos Santos
São Jorge é o santo patrono da Inglaterra, Portugal, Geórgia, Catalunha, Lituânia e da cidade de Moscou, além de ser padroeiro dos escoteiros e do S.C Corinthians Paulista. No dia 23 de Abril comemora-se seu martírio. Ele também é lembrado no dia 3 de novembro, quando, por toda parte, se comemora a reconstrução da igreja dedicada a ele, em Lida (Israel), onde se encontram suas relíquias, erguida a mando do imperador romano Constantino I. Há uma tradição que aponta o ano 303 como ano da sua morte. Apesar de sua história se basear em documentos lendários e apócrifos (decreto gelasiano do século VI), a devoção a São Jorge se espalhou por todo o mundo. A devoção a São Jorge pode ter também suas origens na mitologia nórdica, pela figura de Sigurd, o caçador de dragões[carece de fontes?] (ver sincretismo religioso).
Índice
1 História
1.1 Disseminação da devoção a São Jorge
2 Padroeiro da Inglaterra
3 Padroeiro da Catalunha
4 São Jorge, o Dragão e a Lua
5 São Jorge na cultura pop
6 Ver também
História
De acordo com a lenda, Jorge teria nascido na antiga Capadócia, região da atual Turquia. Ainda criança, mudou-se para a Palestina com sua mãe após seu pai morrer em batalha. Sua mãe, ela própria originária da Palestina, possuía muitos bens e o educou com esmero. Ao atingir a adolescência, Jorge entrou para a carreira das armas, por ser a que mais satisfazia à sua natural índole combativa. Logo foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade - qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde da Capadócia. Aos 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo a função de Tribuno Militar.
Neste tempo sua mãe faleceu e ele, tomando grande parte nas riquezas que lhe ficaram, foi-se para a corte do Imperador. Vendo, Jorge, que urdia tanta crueldade contra os cristãos, parecendo-lhe ser aquele tempo conveniente para alcançar a verdadeira salvação, distribuiu com diligência toda a riqueza que tinha aos pobres.
O imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos e no dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses.
Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus Cristo. Indagado por um cônsul sobre a origem dessa ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da Verdade. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O que é a Verdade?". Jorge respondeu-lhe: "A Verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e Nele confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade."
Como Jorge mantinha-se fiel ao cristianismo, o imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Todavia, Jorge reafirmava sua fé, tendo seu martírio aos poucos ganhado notoriedade e muitos romanos tomado as dores daquele jovem soldado, inclusive a mulher do imperador, que se converteu ao cristianismo. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito, mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303, segundo a tradição católica, em Nicomédia (Ásia Menor).
Os restos mortais de São Jorge foram transportados para Lida (Antiga Dióspolis), cidade em que crescera com sua mãe. Lá ele foi sepultado, e mais tarde o imperador cristão Constantino, mandou erguer suntuoso oratório aberto aos fiéis para que a devoção ao santo fosse espalhada por todo o Oriente.
Pelo século V, já havia cinco igrejas em Constantinopla dedicadas a São Jorge. Só no Egito, nos primeiros séculos após sua morte, construíram-se quatro igrejas e quarenta conventos dedicados ao mártir. Na Armênia, em Bizâncio, no Estreito de Bósforo na Grécia, São Jorge era inscrito entre os maiores santos da Igreja Católica.
Disseminação da devoção a São Jorge
Na Itália, era padroeiro da cidade de Gênova. Frederico III da Alemanha dedicou a ele uma Ordem Militar. Na França, Gregório de Tours era conhecido por sua devoção ao santo cavaleiro; o Rei Clóvis dedicou-lhe um mosteiro, e sua esposa, Santa Clotilde, mandou erguer várias igrejas e conventos em sua honra. A Inglaterra foi o país ocidental onde a devoção ao santo teve papel mais relevante.
O monarca Eduardo III colocou sob a proteção de São Jorge a Ordem da Jarreteira, fundada por ele em 1330. Por considerá-lo o protótipo dos cavaleiros medievais, o rei inglês Ricardo I, comandante de uma das primeiras Cruzadas, constituiu São Jorge padroeiro daquelas expedições que tentavam conquistar a Terra Santa dos muçulmanos. No século XIII, a Inglaterra já celebrava o dia dedicado ao santo e, em 1348, criou a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge. Os ingleses acabaram por adotar São Jorge como padroeiro do país, imitando os gregos que também trazem a cruz de São Jorge na sua bandeira.
Ainda durante a Grande Guerra, muitas medalhas de São Jorge foram cunhadas e oferecidas aos enfermeiros militares e às irmãs de caridade que se sacrificaram ao tomar conta dos feridos de guerra. As artes, também, divulgaram amplamente a imagem do santo.
Em Paris, no Museu do Louvre, há um quadro famoso de Rafael, intitulado "São Jorge vencedor do Dragão". Na Itália, existem diversos quadros célebres, como um de autoria de Donatello.
Padroeiro da Inglaterra
Não há consenso, porém, a respeito da maneira como teria se tornado patrono da Inglaterra. Seu nome era conhecido pelos ingleses e irlandeses muito antes da conquista normanda, o que leva a crer que os soldados que retornavam das cruzadas influíram bastante na disseminação de sua popularidade. Acredita-se que o santo tenha sido escolhido o padroeiro do reino quando o rei Eduardo III fundou a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge, em 1348. Em 1415, a data de sua comemoração tornou-se um dos feriados mais importantes do país.
Hoje em dia na Inglaterra, todavia, a festa de São Jorge comemorada todo dia 23 de abril tem tido menos popularidade ao longo das últimas décadas. Algumas rádios locais, como a BBC já chegaram a promover enquetes perguntando qual seria, de acordo com a opinião pública, o orago dos ingleses, e eis que o eleito foi Santo Alba. Muitos fatores contribuíram a isso. Primeiramente por ter sido substituído, segundo bula do Papa Leão XIII de 2 de junho de 1893, por São Pedro como padroeiro da Inglaterra — recomendação que perdura até hoje.
Posteriormente, pelas reformas do Papa Paulo VI, São Jorge foi rebaixado a santo menor de terceira categoria (segundo hierarquia católica), cujo culto seria opcional nos calendários locais e não mais em caráter universal. No entanto, a reabilitação do santo como figura de primeira instância pelo Papa João Paulo II em 2000, conferiu nova relevância a São Jorge. Atualmente, haja vista a grande popularidade e apelo turístico de festas como a escocesa St. Andrew's Day, a irlandesa St. Patrick's Day e mesmo a galesa St. Dave's Day, têm-se formado grande iniciativa de setores nacionalistas para que o St. George's Day volte a gozar da mesma popularidade entre os ingleses como antigamente.
Padroeiro da Catalunha
A presença documental da devoção a São Jorge em terras catalãs remonta ao século VIII: documentos da época falam de um sacerdote de Tarragona chamado Jorge que fugiu para a Itália. Já no século X, um bispo de Vic tinha o nome de Jorge, e no século XI o abade Oliba consagrou um altar dedicado ao santo no mosteiro de Ripoll. Encontram-se exemplos do culto a São Jorge dessa época, na consagração de capelas, altares e igrejas em diversos pontos da Catalunha. Os reis catalães mostraram a sua devoção a São Jorge: Tiago I de Catalunha explica em suas crônica que foi visto o santo ajudando os catalães na conquista da cidade de Malorca; Pedro o Cerimonioso fundou uma ordem de cavalaria sob a sua proteção; Afonso, o Magnânimo dedicou-lhe capelas nos reinos da Sardenha e Nápoles.
Os reis e a Generalidade da Catalunha impulsionaram a celebração da festa de São Jorge por todas as regiões catalãs. Em Valência, em 1343, já era uma festa popular; em 1407, Mallorca celebrava-a publicamente. Em 1436, a Generalidade da Catalunha propôs, nas côrtes reunidas em Montsó, a celebração oficial e obrigatória de São Jorge; em 1456, as côrtes reunidas na Catedral de Barcelona ditaram uma constituição que ordenava a festa, inclusa no código das Constituições da Catalunha. As remodelações do Palácio da Generalidade (sede do governo catalão) feitas durante o século XV são a prova mais clara da devoção impulsionada por esse orgão público, ao colocar um medalhão do santo na fachada gótica e ao construir no interior a capela de São Jorge.
São Jorge, o Dragão e a Lua
O dragão (o demônio) simbolizaria a idolatria destruída com as armas da Fé. Já a donzela que o santo defendeu, representaria a província da qual ele extirpou as heresias.
A relação entre o santo e a lua viria de uma lenda antiga que acabou virando crença para muitos. Diz a tradição que as manchas apresentadas pela lua representam o milagroso santo e sua espada pronto para defender aqueles que buscam sua ajuda.
São Jorge na cultura pop
Jorge de Capadócia é uma música de Jorge Ben, interpretada também por Caetano Veloso, Fernanda Abreu e pelos Racionais MC's.
As tatuagens com o Santo Guerreiro estão entre as que fazem mais sucesso no Brasil.
Atualmente existe uma grande variedade de produtos de moda que possuem a estampa de São Jorge. Vão desde simples camisas até mesmo bolsas de marcas famosas. Muito além das fronteiras religiosas, São Jorge virou um ícone pop, especialmente no Brasil.
São Jorge é tido como o padroeiro do Corinthians. Acredita-se que sua história de devoção e fidelidade à Verdade cristã até o fim de seu martírio seja a origem do termo Fiel, popular entre os torcedores e presente em várias agremiações corintianas.
Existe um romance sobre São Jorge criado pelo escritor católico italiano Tito Casini chamado Perseguidores e Mártires (no Brasil, editado pelas Editoras Paulinas, por volta de 1960). No livro, São Jorge é retratado como o verdadeiro paladino da Capadócia, que apesar de ser perseguido pelo tirano imperador Diocleciano, manteve-se fiel ao Império, mas também a Cristo, e se recusou a contrair alianças com o genro do Imperador, Galério, que pretendia ter o apoio do conde da Capadócia para deliberar um golpe contra Diocleciano, o que terminantemente, o santo militar recusou.
São Jorge é considerado o Santo Padroeiro dos Jogadores de RPG.
Na Umbanda, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo São Jorge é identificado com Ogum.
Iron Maiden fala de São Jorge na música "Flash of the blade" no album Powerslave
A Banda Angra utilizou sua imagem na capa do Cd "Temple of shadows"
Ver também
O Wikimedia Commons possui multimédia sobre: São Jorge.» Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Jorge"
«São Jorge
O culto de São Jorge terá sido introduzido em Portugal por cruzados ingleses no século XII. No entanto a sua popularidade só se iniciou verdadeiramente depois da Batalha de Aljubarrota, em 1385, quando os portugueses com a ajudados pelos ingleses derrotaram os espanhóis.
Nesta Batalha, D. Nuno Alvares Pereira segurava um pendão com a imagem de São Jorge. Os portugueses em vez de gritarem por "São Tiago" passaram a gritar por "São Jorge". O sucesso da batalha ditou a difusão do culto do santo. Em agradecimento pela vitória D. Nuno mandou construir a capela de S. Jorge no próprio campo de batalha. O rei D. João I mandou que o castelo de Lisboa tivesse o nome do Santo.
São Jorge é santo guerreiro que luta contra o mal e as forças invasoras. Um simbolo que se encaixava na prefeição no caso português.
O nome de S. Jorge foi dado a várias paróquias de Portugal, ilhas e fortalezas. Muitos reis e príncipes passaram a ter o seu nome. Foi igualment patrono de várias ordens militares e religiosas. O seu sucesso foi enorme.
O Santo que já era o padroeiro de Inglaterra (1330), passou a ser também de Portugal (1385), e depois de Aragão (Catalunha), Géorgia e até da Grécia.
No século XVI, o seu culto perdeu muito da sua importância quando a Ingleterra se tornou num país protestante, renegando o Santo. Em Portugal o seu culto permaneceu muito vivo nas camadas populares. No século XVIII, D. José I, decreta que a sua imagem a cavalo devia acompanhar as procissões de Corpus Christi, as mais importantes do país. Os espanhóis ameaçavam mais uma vez invadir Portugal, mas graças à protecção do Santo foram de novo derrotados.» in http://acultura.no.sapo.pt/indexFatima.html
------------------------------------------------------------------------------
Na Freguesia de Fregim em Amarante, existe o lugar de S.º Jorge que é atribuído ao pedaço de terra que faz fronteira com as Freguesias de Freixo de Baixo, Freixo de Cima e Mancelos, todas do Concelho de Amarante e na Serra de S. Jorge. Aliás é nesse local que se encontra o marco Norte, delimitador da Ordem de Malta de Fregim. O marco Sul encontra-se nas imediações do parque de jogos da Empresa Metalocardoso! Esta Serra começa a ser inundada por construções mal enquadradas, entulho, eucaliptos, mas ainda me lembro de a atravessar em menino, de Fregim a Mancelos e era linda e muito arborizada! Infelizmente, começa a ficar muito degradada, como tudo neste País que não cuida do seu património em geral e do florestal em particular! O facto de S. Jorge ser o Patrono de Portugal, deve ser a explicação para o facto do nome Jorge ser tão banal em Portugal!
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
São George e o Dragão, de Gustave Moreau
O Santo Guerreiro
Falecimento c. 23 de abril de 303 em Nicomédia
Venerado pela 23 de Abril e 3 de novembro
Principal templo Igreja de S.Jorge (Lida,Israel)
Festa litúrgica
Atribuições Cavaleiro combatendo dragão, Cruz de São Jorge, espada.
Portal dos Santos
São Jorge é o santo patrono da Inglaterra, Portugal, Geórgia, Catalunha, Lituânia e da cidade de Moscou, além de ser padroeiro dos escoteiros e do S.C Corinthians Paulista. No dia 23 de Abril comemora-se seu martírio. Ele também é lembrado no dia 3 de novembro, quando, por toda parte, se comemora a reconstrução da igreja dedicada a ele, em Lida (Israel), onde se encontram suas relíquias, erguida a mando do imperador romano Constantino I. Há uma tradição que aponta o ano 303 como ano da sua morte. Apesar de sua história se basear em documentos lendários e apócrifos (decreto gelasiano do século VI), a devoção a São Jorge se espalhou por todo o mundo. A devoção a São Jorge pode ter também suas origens na mitologia nórdica, pela figura de Sigurd, o caçador de dragões[carece de fontes?] (ver sincretismo religioso).
Índice
1 História
1.1 Disseminação da devoção a São Jorge
2 Padroeiro da Inglaterra
3 Padroeiro da Catalunha
4 São Jorge, o Dragão e a Lua
5 São Jorge na cultura pop
6 Ver também
História
De acordo com a lenda, Jorge teria nascido na antiga Capadócia, região da atual Turquia. Ainda criança, mudou-se para a Palestina com sua mãe após seu pai morrer em batalha. Sua mãe, ela própria originária da Palestina, possuía muitos bens e o educou com esmero. Ao atingir a adolescência, Jorge entrou para a carreira das armas, por ser a que mais satisfazia à sua natural índole combativa. Logo foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade - qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde da Capadócia. Aos 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo a função de Tribuno Militar.
Neste tempo sua mãe faleceu e ele, tomando grande parte nas riquezas que lhe ficaram, foi-se para a corte do Imperador. Vendo, Jorge, que urdia tanta crueldade contra os cristãos, parecendo-lhe ser aquele tempo conveniente para alcançar a verdadeira salvação, distribuiu com diligência toda a riqueza que tinha aos pobres.
O imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos e no dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses.
Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus Cristo. Indagado por um cônsul sobre a origem dessa ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da Verdade. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O que é a Verdade?". Jorge respondeu-lhe: "A Verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e Nele confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade."
Como Jorge mantinha-se fiel ao cristianismo, o imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Todavia, Jorge reafirmava sua fé, tendo seu martírio aos poucos ganhado notoriedade e muitos romanos tomado as dores daquele jovem soldado, inclusive a mulher do imperador, que se converteu ao cristianismo. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito, mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303, segundo a tradição católica, em Nicomédia (Ásia Menor).
Os restos mortais de São Jorge foram transportados para Lida (Antiga Dióspolis), cidade em que crescera com sua mãe. Lá ele foi sepultado, e mais tarde o imperador cristão Constantino, mandou erguer suntuoso oratório aberto aos fiéis para que a devoção ao santo fosse espalhada por todo o Oriente.
Pelo século V, já havia cinco igrejas em Constantinopla dedicadas a São Jorge. Só no Egito, nos primeiros séculos após sua morte, construíram-se quatro igrejas e quarenta conventos dedicados ao mártir. Na Armênia, em Bizâncio, no Estreito de Bósforo na Grécia, São Jorge era inscrito entre os maiores santos da Igreja Católica.
Disseminação da devoção a São Jorge
Na Itália, era padroeiro da cidade de Gênova. Frederico III da Alemanha dedicou a ele uma Ordem Militar. Na França, Gregório de Tours era conhecido por sua devoção ao santo cavaleiro; o Rei Clóvis dedicou-lhe um mosteiro, e sua esposa, Santa Clotilde, mandou erguer várias igrejas e conventos em sua honra. A Inglaterra foi o país ocidental onde a devoção ao santo teve papel mais relevante.
O monarca Eduardo III colocou sob a proteção de São Jorge a Ordem da Jarreteira, fundada por ele em 1330. Por considerá-lo o protótipo dos cavaleiros medievais, o rei inglês Ricardo I, comandante de uma das primeiras Cruzadas, constituiu São Jorge padroeiro daquelas expedições que tentavam conquistar a Terra Santa dos muçulmanos. No século XIII, a Inglaterra já celebrava o dia dedicado ao santo e, em 1348, criou a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge. Os ingleses acabaram por adotar São Jorge como padroeiro do país, imitando os gregos que também trazem a cruz de São Jorge na sua bandeira.
Ainda durante a Grande Guerra, muitas medalhas de São Jorge foram cunhadas e oferecidas aos enfermeiros militares e às irmãs de caridade que se sacrificaram ao tomar conta dos feridos de guerra. As artes, também, divulgaram amplamente a imagem do santo.
Em Paris, no Museu do Louvre, há um quadro famoso de Rafael, intitulado "São Jorge vencedor do Dragão". Na Itália, existem diversos quadros célebres, como um de autoria de Donatello.
Padroeiro da Inglaterra
Não há consenso, porém, a respeito da maneira como teria se tornado patrono da Inglaterra. Seu nome era conhecido pelos ingleses e irlandeses muito antes da conquista normanda, o que leva a crer que os soldados que retornavam das cruzadas influíram bastante na disseminação de sua popularidade. Acredita-se que o santo tenha sido escolhido o padroeiro do reino quando o rei Eduardo III fundou a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge, em 1348. Em 1415, a data de sua comemoração tornou-se um dos feriados mais importantes do país.
Hoje em dia na Inglaterra, todavia, a festa de São Jorge comemorada todo dia 23 de abril tem tido menos popularidade ao longo das últimas décadas. Algumas rádios locais, como a BBC já chegaram a promover enquetes perguntando qual seria, de acordo com a opinião pública, o orago dos ingleses, e eis que o eleito foi Santo Alba. Muitos fatores contribuíram a isso. Primeiramente por ter sido substituído, segundo bula do Papa Leão XIII de 2 de junho de 1893, por São Pedro como padroeiro da Inglaterra — recomendação que perdura até hoje.
Posteriormente, pelas reformas do Papa Paulo VI, São Jorge foi rebaixado a santo menor de terceira categoria (segundo hierarquia católica), cujo culto seria opcional nos calendários locais e não mais em caráter universal. No entanto, a reabilitação do santo como figura de primeira instância pelo Papa João Paulo II em 2000, conferiu nova relevância a São Jorge. Atualmente, haja vista a grande popularidade e apelo turístico de festas como a escocesa St. Andrew's Day, a irlandesa St. Patrick's Day e mesmo a galesa St. Dave's Day, têm-se formado grande iniciativa de setores nacionalistas para que o St. George's Day volte a gozar da mesma popularidade entre os ingleses como antigamente.
Padroeiro da Catalunha
A presença documental da devoção a São Jorge em terras catalãs remonta ao século VIII: documentos da época falam de um sacerdote de Tarragona chamado Jorge que fugiu para a Itália. Já no século X, um bispo de Vic tinha o nome de Jorge, e no século XI o abade Oliba consagrou um altar dedicado ao santo no mosteiro de Ripoll. Encontram-se exemplos do culto a São Jorge dessa época, na consagração de capelas, altares e igrejas em diversos pontos da Catalunha. Os reis catalães mostraram a sua devoção a São Jorge: Tiago I de Catalunha explica em suas crônica que foi visto o santo ajudando os catalães na conquista da cidade de Malorca; Pedro o Cerimonioso fundou uma ordem de cavalaria sob a sua proteção; Afonso, o Magnânimo dedicou-lhe capelas nos reinos da Sardenha e Nápoles.
Os reis e a Generalidade da Catalunha impulsionaram a celebração da festa de São Jorge por todas as regiões catalãs. Em Valência, em 1343, já era uma festa popular; em 1407, Mallorca celebrava-a publicamente. Em 1436, a Generalidade da Catalunha propôs, nas côrtes reunidas em Montsó, a celebração oficial e obrigatória de São Jorge; em 1456, as côrtes reunidas na Catedral de Barcelona ditaram uma constituição que ordenava a festa, inclusa no código das Constituições da Catalunha. As remodelações do Palácio da Generalidade (sede do governo catalão) feitas durante o século XV são a prova mais clara da devoção impulsionada por esse orgão público, ao colocar um medalhão do santo na fachada gótica e ao construir no interior a capela de São Jorge.
São Jorge, o Dragão e a Lua
O dragão (o demônio) simbolizaria a idolatria destruída com as armas da Fé. Já a donzela que o santo defendeu, representaria a província da qual ele extirpou as heresias.
A relação entre o santo e a lua viria de uma lenda antiga que acabou virando crença para muitos. Diz a tradição que as manchas apresentadas pela lua representam o milagroso santo e sua espada pronto para defender aqueles que buscam sua ajuda.
São Jorge na cultura pop
Jorge de Capadócia é uma música de Jorge Ben, interpretada também por Caetano Veloso, Fernanda Abreu e pelos Racionais MC's.
As tatuagens com o Santo Guerreiro estão entre as que fazem mais sucesso no Brasil.
Atualmente existe uma grande variedade de produtos de moda que possuem a estampa de São Jorge. Vão desde simples camisas até mesmo bolsas de marcas famosas. Muito além das fronteiras religiosas, São Jorge virou um ícone pop, especialmente no Brasil.
São Jorge é tido como o padroeiro do Corinthians. Acredita-se que sua história de devoção e fidelidade à Verdade cristã até o fim de seu martírio seja a origem do termo Fiel, popular entre os torcedores e presente em várias agremiações corintianas.
Existe um romance sobre São Jorge criado pelo escritor católico italiano Tito Casini chamado Perseguidores e Mártires (no Brasil, editado pelas Editoras Paulinas, por volta de 1960). No livro, São Jorge é retratado como o verdadeiro paladino da Capadócia, que apesar de ser perseguido pelo tirano imperador Diocleciano, manteve-se fiel ao Império, mas também a Cristo, e se recusou a contrair alianças com o genro do Imperador, Galério, que pretendia ter o apoio do conde da Capadócia para deliberar um golpe contra Diocleciano, o que terminantemente, o santo militar recusou.
São Jorge é considerado o Santo Padroeiro dos Jogadores de RPG.
Na Umbanda, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo São Jorge é identificado com Ogum.
Iron Maiden fala de São Jorge na música "Flash of the blade" no album Powerslave
A Banda Angra utilizou sua imagem na capa do Cd "Temple of shadows"
Ver também
O Wikimedia Commons possui multimédia sobre: São Jorge.» Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Jorge"
«São Jorge
O culto de São Jorge terá sido introduzido em Portugal por cruzados ingleses no século XII. No entanto a sua popularidade só se iniciou verdadeiramente depois da Batalha de Aljubarrota, em 1385, quando os portugueses com a ajudados pelos ingleses derrotaram os espanhóis.
Nesta Batalha, D. Nuno Alvares Pereira segurava um pendão com a imagem de São Jorge. Os portugueses em vez de gritarem por "São Tiago" passaram a gritar por "São Jorge". O sucesso da batalha ditou a difusão do culto do santo. Em agradecimento pela vitória D. Nuno mandou construir a capela de S. Jorge no próprio campo de batalha. O rei D. João I mandou que o castelo de Lisboa tivesse o nome do Santo.
São Jorge é santo guerreiro que luta contra o mal e as forças invasoras. Um simbolo que se encaixava na prefeição no caso português.
O nome de S. Jorge foi dado a várias paróquias de Portugal, ilhas e fortalezas. Muitos reis e príncipes passaram a ter o seu nome. Foi igualment patrono de várias ordens militares e religiosas. O seu sucesso foi enorme.
O Santo que já era o padroeiro de Inglaterra (1330), passou a ser também de Portugal (1385), e depois de Aragão (Catalunha), Géorgia e até da Grécia.
No século XVI, o seu culto perdeu muito da sua importância quando a Ingleterra se tornou num país protestante, renegando o Santo. Em Portugal o seu culto permaneceu muito vivo nas camadas populares. No século XVIII, D. José I, decreta que a sua imagem a cavalo devia acompanhar as procissões de Corpus Christi, as mais importantes do país. Os espanhóis ameaçavam mais uma vez invadir Portugal, mas graças à protecção do Santo foram de novo derrotados.» in http://acultura.no.sapo.pt/indexFatima.html
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Na Freguesia de Fregim em Amarante, existe o lugar de S.º Jorge que é atribuído ao pedaço de terra que faz fronteira com as Freguesias de Freixo de Baixo, Freixo de Cima e Mancelos, todas do Concelho de Amarante e na Serra de S. Jorge. Aliás é nesse local que se encontra o marco Norte, delimitador da Ordem de Malta de Fregim. O marco Sul encontra-se nas imediações do parque de jogos da Empresa Metalocardoso! Esta Serra começa a ser inundada por construções mal enquadradas, entulho, eucaliptos, mas ainda me lembro de a atravessar em menino, de Fregim a Mancelos e era linda e muito arborizada! Infelizmente, começa a ficar muito degradada, como tudo neste País que não cuida do seu património em geral e do florestal em particular! O facto de S. Jorge ser o Patrono de Portugal, deve ser a explicação para o facto do nome Jorge ser tão banal em Portugal!