Mostrar mensagens com a etiqueta Religião Dia de Todos os Santos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Religião Dia de Todos os Santos. Mostrar todas as mensagens

01/11/20

Religião - O Dia de Todos os Santos nasceu quando Gregório IV estava em frente à Igreja Católica.




«Dia de Todos os Santos

O Samhain era celebrado aquando da chegada do inverno, quando a natureza parecia estar “adormecida”. À época, os celtas usavam um calendário lunar que dividia o ano em duas épocas, quente e fria. Depois de tempos de fertilidade, era altura de manter a esperança em boas colheitas. Como? Acendendo a tal fogueira, contrariando o ambiente sombrio da noite que chegava cedo, organizando verdadeiros banquetes e bebendo “até perder a razão”, como descreve o padre Anselmo Borges. Era o réveillon da fé celta.

Este tipo de celebração não era, ainda assim, exclusivo dos celtas: também os romanos organizavam os saturnais, que funcionavam como uma passagem de ano espiritual, com grandes festas com muita comida e diversão.

O Dia de Todos os Santos nasceu quando Gregório IV estava em frente à Igreja Católica.

Estávamos no ano 835 d.C.. O processo de Cristianização – conversão ao credo cristão – continuava através da proliferação dos ensinamentos dispostos na Bíblia. Foi por isso que o Papa Gregório IV escolheu o dia 1 de novembro para celebrar todos aqueles que morreram com “uma vida plenamente realizada, que são exemplos de vida e estão na glória de Deus”. Neste dia, acredita-se que a fronteira entre a vida na Terra e a vida divina estava enfraquecida e portanto podia haver “contacto entre os vivos e os mortos do Além”. É uma forma de homenagear “os heróis da fé”, acrescenta o padre.

Para chegarmos à implementação do Dia de Todos os Santos é preciso recuar ao tempo dos celtas. Este povo que passou pelo território que é hoje Portugal celebrava o arranque do inverno com dois objetivos: apaziguar os poderes do outro mundo – isto é, as forças do Além, onde estariam as almas dos mortos – e pedir a abundância nas colheitas futuras.

Quem o explica é o padre Anselmo Borges, teólogo e professor da Universidade de Coimbra. Nesta festa, a Samhain, os celtas recordavam os antepassados “concentrando o sagrado num tempo e lugar determinados”. Depois acendiam o “primeiro fogo”, que tinha um outro significado: a vida.» in https://observador.pt/2015/10/30/a-historia-do-dia-de-todos-os-santos-que-quase-morreu-com-o-halloween/

(Instituto Canção Nova veste crianças de santo no Dia de Todos os Santos - CN Notícias)

01/11/19

Religião Dia de Todos os Santos - Hoje os católicos celebram os santos e mártires que morreram pela fé cristã, mas a festa era pagã e celebrava o início do Inverno.



«Como se começou a celebrar o Dia de Todos os Santos

Hoje os católicos celebram os santos e mártires que morreram pela fé cristã. Mas a festa era pagã e celebrava o início do Inverno

A primeira vez que se celebrou o Dia de Todos os Santos foi em 609 d.C. por ordem do Papa Bonifácio VII para recordar todos os cristãos que tinham sido mortos pelos romanos nos primeiros anos da Igreja Católica. O número, mais ou menos exacto, é de 6.538 santos e beatos, segundo o Martirológio Romano.

Mas o dia já era marcado por festas dedicadas ao início do Inverno disse à SÁBADO o professor Paulo Mendes Pinto, coordenador da área de ciências das religiões da Universidade Lusófona.

Quando foi celebrado pela primeira vez o Dia de Todos os Santos?
É complexo saber quando se terá celebrado esta festa de cariz tão popular. Trata-se de um quadro de heranças religiosas a que o Cristianismo foi buscar material de fé e que é impossível de datar, residindo no registo das estruturas de mentalidade. A associação ao culto aos mártires será, sem dúvida do séc. II, quando o martírio é identificado com a salvação imediata. A sistematização teológica e a data são já do século VII; da época do Papa Bonifácio VII, em 609 ou 610, que a coloca a 13 de Maio e, depois, de Gregório III que a fixa no actual dia 1 de Novembro.

Porque foi instituído o dia? Está relacionado com o martírio dos primeiros cristãos? 
Sim, em virtude das perseguições, da forma fácil com que se matava por motivos religiosos, o martírio terá grassado nas comunidades cristãs dos séculos II a IV. A ideia de santidade no Cristianismo está profundamente marcada e dependente do martírio, forma de se obter a santidade. Assim, podemos encontrar nesses séculos uma estruturação do culto a esses mártires, muitos deles "sem nome", como mediadores entre os vivos e Deus.

Já era festejado antes?
Quase todas as festas cristãs correspondem a festividades anteriores, sejam elas pagãs ou judaicas. É a ordem natural da "criação" religiosa em que o novo se cimenta nas práticas, nos calendários e nos símbolos do que estava antes. O 1º de Novembro era, em algumas culturas, a marca da entrada do Inverno, a época em que a natureza morre. Por toda a simbologia que associa a morte à fertilidade que nessa altura inexiste nos campos, seria naturalmente neste período do ano que se centraria a simbologia associada à morte, seja o Dia de Todos os Santos seja, no dia seguinte, o Dia de Finados.

Celebrava-se o Samhain. Que festa era esta?
Esta festividade, da qual muito pouco se sabe, centrava-se exactamente na ideia de morte associada ao rito agrário. Começava o Inverno, morria a natureza até que na passagem de Abril para Maio, com o Beltane, a natureza ressurgisse na sua capacidade geradora de vida.

Por que razão a igreja católica assimilava as festas pagãs?
É o normal andar das dinâmicas religiosas. Umas vezes conscientes, outras inconscientes, o Cristianismo foi ao encontro do sentir das populações, sentir esse materializado já há milénios em datas, festivais e ritos. Muitos foram cristianizados, integrados.

Houve resistência a esta assimilação?
Houve resistência, sim. O caso mais interessante até se encontra numa personalidade importantíssima para se compreender o Cristianismo em Portugal: Martinho de Dume, ou de Braga (520-579), escreve uma famosa obra, o De Correctione Rusticorum (Correcção aos Rústicos), onde aponta o erro que era manter um sem número de práticas pagãs sob roupagem cristã - a propósito, terá sido ele o grande impulsionador para que em português se deixasse de enumerar os dias da semana através dos nomes de divindades pagãs, realidade que apenas ocorre em português.

Na Idade Média acreditava-se que no Dia de Finados, no dia 2 de Novembro, as almas do purgatório eram libertadas. É daí que surgiram as bruxas e fantasmas do Halloween norte-americano?
Há um sem número de tradições populares, um pouco por toda a Europa, que dizem que as almas são libertas nesse dia. A partir do século XI e XII há uma tensão muito grande em torno do pecado, da salvação e do Purgatório como local e instrumento de possibilidade de obter essa salvação. A pouco e pouco, vão se construindo mecânicas em que os vivos têm obrigação para com o defuntos que se encontram nesse local de purga. São as missas, as rezas, as indulgências, etc.» in https://www.sabado.pt/vida/detalhe/como-se-comecou-a-celebrar-o-dia-de-todos-os-santos


(Por que a Igreja celebra uma festa de Todos os Santos?)


02/11/18

Religião - A Igreja celebra anualmente a 1 de novembro a solenidade litúrgica de Todos os Santos, na qual lembra conjuntamente “os eleitos que se encontram na glória de Deus”, tenham ou não sido canonizados oficialmente.



«1 de novembro: Feriado nacional no dia em que a Igreja Católica evoca Todos os Santos
Out 31, 2018 - 14:00

Celebração lembra conjuntamente «os eleitos que se encontram na glória de Deus», tenham ou não sido canonizados oficialmente.

Lisboa,31 out 2018 (Ecclesia) – A Igreja celebra anualmente a 1 de novembro a solenidade litúrgica de Todos os Santos, na qual lembra conjuntamente “os eleitos que se encontram na glória de Deus”, tenham ou não sido canonizados oficialmente.

As Igrejas do Oriente foram as primeiras (século IV) a promover uma celebração conjunta de todos os santos quer no contexto feliz do tempo pascal, quer na semana a seguir.

No Ocidente, foi o Papa Bonifácio IV a introduzir uma celebração semelhante em 13 de maio de 610, quando dedicou à Santíssima Virgem e a todos os mártires o Panteão de Roma, dedicação que passou a ser comemorada todos os anos.

A partir destes antecedentes, as diversas Igrejas começaram a solenizar em datas diferentes celebrações com conteúdo idêntico.

A data de 1 de novembro foi adotada em primeiro lugar na Inglaterra do século VIII acabando por se generalizar progressivamente no império de Carlos Magno, tornando-se obrigatória no reino dos Francos no tempo de Luís, o Pio (835), provavelmente a pedido do Papa Gregório IV (790-844).

Segundo a tradição, em Portugal, no dia de Todos os Santos, as crianças saíam à rua e juntavam-se em pequenos grupos para pedir o ‘Pão por Deus’ de porta em porta: recitavam versos e recebiam como oferenda pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, amêndoas ou castanhas, que colocavam dentro dos seus sacos de pano; nalgumas aldeias chama-se a este dia o ‘Dia dos Bolinhos’.

Em contraponto surge, o Halloween, assinalado na noite de 31 de outubro, ligado à tradição celta de celebração do novo ano, o fim das colheitas, a mudança de estação e a chegada do inverno.

De acordo com esta tradição, nessa noite os fantasmas dos mortos visitavam os vivos; a festa foi conservada no calendário irlandês após a cristianização do país e implantou-se mais tarde nos EUA.

Já no dia 2 de novembro tem lugar a ‘comemoração de todos os fiéis defuntos’, que remonta ao final do primeiro milénio: foi o Abade de cluny, Santo Odilão, quem no ano 998 determinou que em todos os mosteiros da sua Ordem se fizesse nesta data a evocação de todos os defuntos ‘desde o princípio até ao fim do mundo’.

Este costume depressa se generalizou: Roma oficializou-o no século XIV e no século XV foi concedido aos dominicanos de Valência (Espanha) o privilégio de celebrar três Missas neste dia, prática que se difundiu nos domínios espanhóis e portugueses e ainda na Polónia.

Durante a I Guerra Mundial, o Papa Bento XV generalizou esse uso em toda a Igreja (1915).» in http://www.agencia.ecclesia.pt/portal/liturgia-igreja-catolica-evoca-todos-os-santos/


(01 de Novembro, dia da Solenidade de todos os Santos de Deus)

01/11/11

Dia de todos os Santos - Se hoje a Igreja celebra quem está no céu, amanhã é dia de recordar os que para lá caminham!

Hoje é o dia dos “santos anónimos” (Renascença)

«Hoje é o dia dos “santos anónimos”


Se hoje a Igreja celebra quem está no céu, amanhã é dia de recordar os que para lá caminham.


É uma solenidade antiga, que já se assinala pelo menos desde o século VIII. Nela os fiéis são chamados a recordar a importância da santidade, sobretudo, neste dia, a de todos os que não foram formalmente canonizados mas que não deixam de ter esse estatuto, como explica o Cónego Armando Duarte.


“Somos convidados a contemplar no céu essa imensa multidão de homens e mulheres que seguiram Jesus aqui na terra e agora já contemplam Deus face a face. É portanto uma manifestação da comunhão dos santos em Cristo. Os santos são sempre para nós um exemplo, quer os conhecidos quer os anónimos, é esta santidade anónima que celebramos na solenidade de Todos os Santos. E a Igreja acredita que eles são poderosos intercessores, e por isso os invocamos neste dia”, explica o pároco da Basílica dos Mártires, no Chiado. 


Popularmente a solenidade de Todos os Santos confunde-se por vezes com o dia dos Fiéis defuntos, que se celebra amanhã. Os dois dias estão teologicamente ligados, mas há também razões práticas: “Uma vez que dia 1 é feriado e dia 2 não é as pessoas fazem a visita aos seus defuntos no dia 1. Digamos que no dia 1 nós temos os olhos postos no céu, naqueles que já chegaram à meta e participam da glória de Deus, e no dia 2 manifestamos a comunhão dos santos em Cristo com aqueles que estão quase lá mas ainda estão a purificar-se no purgatório para se apresentarem de rosto sem ruga nem mancha diante de Deus”. 


Hoje e amanhã são muitos os que rumam aos cemitérios para recordar os familiares e amigos falecidos. A Igreja concede mesmo uma indulgência plenária a quem o faça, desde que esteja em estado de graça, comungue e reze pelas intenções do Santo Padre.


“Podemos beneficiar nós dessa indulgência plenária, ou então aplicá-la a algum defunto. A morte não destrói os laços que existiam com os nossos amigos e familiares enquanto os tínhamos aqui na terra”, sublinha o cónego Armando Duarte.» in http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=29&did=37032

(1/11- DIA DE TODOS OS SANTOS)