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04/09/11

Crise - Sapateiros cada vez mais requisitados até já reparam mochilas escolares!



«Sapateiros cada vez mais requisitados até já reparam mochilas escolares
A crise está a levar cada vez mais pessoas a pedirem ao sapateiro João Dias, na Covilhã, que lhes prolongue a vida do calçado, enquanto a loja de consertos rápidos de Maria Prosperi até já repara mochilas escolares.Com 39 anos, João Dias herdou o ofício do pai e é perentório: «até ver não tenho razão de queixa por causa da crise, trabalho não me falta».
Tem porta aberta num recanto estrategicamente colocado à saída do estacionamento e junto a um dos principais cafés da Praça do Município.

Por 12 euros, os serviços mais solicitados «são a colocação de capas e de meias solas» e o movimento tem crescido, sobretudo «nos últimos quatro meses, cerca de dez por cento», segundo os seus cálculos.

No final, o lucro não é tão expressivo porque «o material que se compra para as reparações também aumentou. Mas vai dando para viver», realça.

E desengane-se quem pensa que só o calçado usado vai parar à oficina.

Há quem opte por comprar pares mais baratos e peça logo ao sapateiro para os reforçar, pagando até mais pelo serviço do que pelo calçado.

Segundo João Dias, «mais de uma cliente já comprou sapatos que custam uns dez euros e depois paga 12 para lhes colocar meias solas e capas para durarem mais».

São táticas para fintar a crise que se refletem num chão e estantes cheias de calçado e desabafos de clientes sobre dificuldades financeiras na hora de pagar os consertos.
Não falta quem regateie os preços e, nalguns casos, João Dias não hesita em ir à bola com os clientes», reparando calçado «por cinco euritos: às vezes tem de ser mesmo assim, porque notamos as dificuldades».

Em nome da poupança, «este ano, temos até temos vários pedidos de reparação de mochilas», diz, por sua vez, Maria do Céu Prosperi, proprietária da uma loja de consertos rápidos de calçado num centro comercial da Covilhã.

Os pais pedem «aplicações de cabedal» ou um «reforço nas alças» para que possam carregar o material escolar, pelo menos, por mais um ano, explica, enquanto aponta para quatro mochilas por tratar.

Nas conversas ao balcão, os clientes não escondem que, «comprar alguma coisa, fica para depois» e Maria do Céu até ajuda, oferecendo um serviço de «transformação de calçado usado».

Satisfeita, exibe um par de socas coloridas para senhora que já foram uns sapatos pontiagudos: «cortaram-se os bicos e foram pintados com novas cores».

Agora, com o fim do Verão, espera manter a tendência de crescimento de clientes que já registou no Outono e Inverno do último ano.

Os funcionários garantiam que «as clientes tinham ido todas ao sótão escolher calçado para voltar a usar».

Este ano, Maria do Céu Prosperi espera que, de novo, os sótãos fiquem vazios e a banca de reparações repleta.

Lusa/SOL» in
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=27729

18/08/11

Trabalho - O Ministério do Trabalho brasileiro encontrou trabalho escravo em várias fábricas de confecção da Zara, no Estado de São Paulo!



«Autoridades brasileiras encontram trabalho escravo em fábricas da Zara

O Ministério do Trabalho brasileiro encontrou trabalho escravo em várias fábricas de confecção da Zara, no Estado de São Paulo. A inspecção foi acompanhada pelas câmaras de uma televisão brasileira. A empresa espanhola Inditex, dona da marca  Zara, já reagiu e exige ao fornecedor brasileiro que resolva, de forma urgente,  a situação.




A questão foi divulgada pela imprensa brasileira que noticiou também  a confirmação pelo Ministério do Trabalho brasileiro da existência do caso  numa empresa subcontratada por um dos fornecedores de roupa para a marca  Zara. 
A imprensa referiu que se confirmaram "irregularidades" na unidade em  Campinas, tendo a investigação levado a 52 autos de infração contra a Zara,  um dos quais faz referência à "discriminação étnica das tribos Quechua e  Aimará que recebiam prior tratamento que os outros trabalhadores". 
Os trabalhadores, cerca de 15, estavam com "contratações ilegais, condições  degradantes e jornadas exaustivas de até 16 horas diárias". 
A Inditex respondeu de imediato ao caso e pediu ao fornecedor para resolver  a situação, incluindo através do pagamento de indemnizações aos trabalhadores,  por considerar que a prática viola o seu Código de Conduta para Fabricantes  de Unidades Externas. 
O grupo espanhol, em colaboração com as autoridades brasileiras, reforçará  ainda a revisão do sistema de produção, tanto deste fornecedor como das  restantes empresas com as quais colabora no Brasil, para garantir que o  caso não se volta a repetir. 
Atualmente, a Inditex tem no Brasil 50 fornecedores estáveis que empregam  mais de sete mil trabalhadores. 
O grupo realiza anualmente mais de mil auditorias a fornecedores em  todo o mundo, para garantir o cumprimento do Código de Conduta. 
Com Lusa» in http://sicnoticias.sapo.pt/economia/article731340.ece
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O Projeto Humano não tem mesmo muito futuro... agora que o Brasil está em forte crescimento, há sempre alguém a explorar alguém... mas escravatura!!! Já comprei na Zara, desculpem... mas não compro mais! Lula da Silva e a Dona Dilma não falam... esquerda esquisita... será que Cuba e a Venezuela os contagiaram...

03/07/11

Trabalho - Antigas profissões regressam ao interior trazidas por pessoas das cidades!

Antigas profissões regressam ao interior trazidas por pessoas das cidades (SAPO)

«Antigas profissões regressam ao interior trazidas por pessoas das cidades

03 de Julho de 2011, 13:09


Numa altura em que a maioria das pessoas tenta melhores condições de vida nos grandes centros urbanos, há quem contrarie a corrente, procurando no interior formas de sustento através de antigas profissões, há muito ameaçadas.
Em Freixo de Espada à Cinta, os irmãos Loureiro são amoladores, ou seja, artesãos que “afiam” instrumentos de corte como facas, tesouras, ou instrumentos agrícolas, ao mesmo tempo consertam velhas panelas de cobre, pratos de metal ou guarda chuvas.

Manuel e António Loureiro deixaram a vida que tinham na zona da Grande Lisboa (Almada), fizeram-se ao caminho e hoje em dia percorrem as regiões rurais à procura de trabalho nesta profissão que consideram “das mais antigas do mundo”.
Estes dois amoladores entram nas povoações de uma forma muito própria: a sua presença é assinalada com um toque de gaita muito característico e herdado do passado, ao qual ninguém fica indiferente.
Após o “chamariz”, donas de casa, talhantes, barbeiros, cozinheiros, alfaiates ou sapateiros deixam os seus afazeres para procurar os serviços dos amoladores.
“Nas grandes cidades não há trabalho neste ramo, as pessoas não se dão ao luxo de mandar amolar uma tesoura ou uma navalha. Não corta vai para o lixo”, observou Manuel Loureiro.
O equipamento de trabalho é transportável, simples e amigo do ambiente, já que tudo funciona com força motriz das pernas, tendo como base uma bicicleta onde está adaptado um esmeril, que é acionado com os pedais através da roda traseira do velocípede.
“O custo de vida em Almada é muito alto, assim percorremos todo o interior à procura de sustento para as nossas famílias, por vezes chegamos a estar fora de casa mais de um mês”, acrescentou António Loureiro.
Os dois amoladores estão convictos que a profissão de amoladores está ameaçada de extinção, justificando que “ os mais novos não quem trabalhar no ramo”.
“As pessoas com mais idade gostam de ter os seus instrumentos de corte bem afiados e as vezes por dois ou três euros não se querem desfazer, por vezes de peças, que herdaram ou que as acompanham há muito tempo no seu dia a dia”, justifica Manuel Loureiro.
Em Freixo de Espada à Cinta, este dois amoladores não tiveram mãos a medir, já que o trabalho de um dia pode ir até aos 50 euros por cada um dos amoladores.
De terra em terra, de lugar em lugar, o apito do amolador ainda se faz sentir, e aqueles que acreditam em velhas profissões ainda têm tempo de “ganhar algum dinheiro” numa altura em que “a crise social e económica são uma ameaça”.
A profissão de amolador é antiga: a mesma já foi herdada pelos irmãos Loureiros dos seus pais e avós e hoje é o sustento de uma família.
@SAPO com Lusa» in http://noticias.sapo.pt/info/artigo/1164963.html
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Sinais dos tempos, sinais da crise, ou reconversão económica... de vidas, hábitos e costumes!