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20/01/23

Política Agrícola - A Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) considera que a reintrodução do pastoreio no Norte do país pode ser um aliado para evitar incêndios florestais, disse hoje o seu responsável naquela região.


«Pastoreio pode ser aliado na luta contra incêndios rurais no Norte

A Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) considera que a reintrodução do pastoreio no Norte do país pode ser um aliado para evitar incêndios florestais, disse hoje o seu responsável naquela região.

“Trata-se de uma solução inovadora, a partir de práticas ancestrais”, comentou Bruno Antunes, coordenador regional do Norte da AGIF, em declarações à agência Lusa, acrescentando que “um problema pode ser, também, uma grande oportunidade”.

Segundo o responsável, “a pastorícia dá sustentabilidade económica, social e ambiental ao território”, constituindo, por isso, um aliado para diminuir o material combustível em meios rurais e assim evitar a ocorrência de fogos em simultâneo, como ocorre frequentemente na região.

O pastoreio também se pode tornar útil através do pisoteio proporcionado pela presença dos animais em zonas de florestas e de matos, ação contemplada nos 52 projetos de valorização do território na região Norte, na estratégia de Gestão Integrada de Fogos Rurais.

Bruno Antunes lembrou que as aldeias do interior estão cada vez mais despovoadas, com o consequente abandono de terrenos agrícolas, o que tem levado à perda de faixas de proteção, algo que se está a procurar inverter.

A plantação de vinhas é, também, uma solução que está a ser trabalhada, anotou.

A limpeza das florestas continua, entretanto, a ser outro mecanismo a melhorar, a par com as infraestruturas que existem para combate aos incêndios.

“A visão atual não passa apenas por olhar para infraestrutura, mas sobretudo para a gestão da floresta”, referiu, sinalizando o potencial da gestão integrada da paisagem, como aliado contra os fogos rurais, nomeadamente em territórios como o Vale do Ave, onde hoje se realizou, por videoconferência, uma reunião técnica da Comissão Sub-Regional de Gestão Integrada de Fogos Rurais da Comunidade Intermunicipal, na qual participaram representantes de várias entidades.

Atualmente, disse à Lusa, estão a ser trabalhados oito programas sub-regionais, correspondendo às comunidades intermunicipais.

No caso do Vale do Ave, zona de transição entre o litoral e o interior, trata-se de um “território de grande valor”, onde se encontram condições para a ocorrência de grandes incêndios rurais, “num território que não é todo igual”.

Um dos objetivos do trabalho atual, indicou o responsável, é a atuação articulada das várias entidades da região, para evitar a simultaneidade dos sinistros, que muitas vezes leva à rutura dos meios de combate, a qual, destacou, se pretende evitar.» in https://greensavers.sapo.pt/pastoreio-pode-ser-aliado-na-luta-contra-incendios-rurais-no-norte/

#agricultura    #pastoreio    #cabras    #combateincêndios

#gadrocaprino

26/11/19

Política Agrícola - O melhor azeite verde ligeiro do mundo é português e é produzido pela Sociedade Agrícola Vale do Ouro, em Ferreira do Alentejo.



«O melhor azeite do mundo é português e faz-se no Alentejo

É produzido em Ferreira do Alentejo e acaba de ser considerado o melhor do mundo, na categoria de 'azeite verde ligeiro', pelo juri do prémio Mario Solinas, o mais cobiçado à escala global. A entrega dos galardões será em Nova Iorque, no dia 29 de junho

O melhor azeite verde ligeiro do mundo é português e é produzido pela Sociedade Agrícola Vale do Ouro, em Ferreira do Alentejo.

Acabam de ser divulgados os vencedores do prémio Mario Solinas - o mais cobiçado a nível mundial, na indústria do azeite – pelo International Olive Council (Conselho Internacional do Azeite), que se reuniu na passada sexta-feira em Madrid. A cerimónia de entrega dos prémios terá lugar a 29 de junho, em Nova Iorque, durante a realização da Fancy Food Show, a maior feira de produtos alimentares gourmet à escala global.

Portugal igualou pela primeira vez Espanha em número de prémios atribuídos nos primeiro segundo e terceiro lugares (onde são consideradas quatro categorias por cada nível – azeite verde intenso, médio, ligeiro e maduro).

Assim, foram atribuídas quatro distinções a Portugal: 1º prémio, para azeite verde ligeiro, à Sociedade Agrícola Vale do Ouro, de Ferreira do Alentejo. 2º prémio para um azeite da Sovena e, no terceiro prémio, dois galardões para as empresas Fitagro e para a Elosua, ambas sediadas em Ferreira do Alentejo.

CHINA TAMBÉM JÁ ESTÁ NO TOP
Só Espanha conseguiu também quatro distinções. Marrocos arrecadou duas e, pela primeira vez, um azeite chinês foi considerado o melhor do mundo na categoria de ‘maduro’.

Em competição na edição do prémio Mario Solinas 2018 estiveram 189 marcas de azeite. Espanha, que é o maior produtor mundial, concorreu com 97 marcas, Portugal com 35, Tunísia com 16, Itália com 15, Marrocos com 12, Grécia com 5, Turquia com 4, China com 2 e Brasil, França e Croácia com 1 marca.

Apesar da seca que se prolongou até meados de fevereiro, a produção de azeite em Portugal aumentou 80% na campanha de 2017/18 face à campanha do ano anterior.

A informação foi divulgada há duas semanas pelo secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira, que referiu ainda que as exportações de azeite atingiram os 496 milhões de euros. Aquele responsável frisou o “desenvolvimento exemplar da olivicultura”, sector que na última década viu a produção quadruplicar e as exportações triplicarem.

PORTUGAL CONSEGUE ANTECIPAR-SE AO RESTO DO MERCADO
Uma das grandes vantagens da cultura do azeite em Portugal é que, perante os seus competidores mediterrânicos (e de todo o hemisfério norte), consegue ser o primeiro a colocar azeite no mercado, pois tem um clima que permite uma maturação mais precoce da azeitona.

Por outro lado, o facto de a barragem de Alqueva permitir irrigar dezenas milhares de hectares de olival dá a Portugal uma vantagem competitiva face à região espanhola da Andaluzia - de onde sai 70% da produção total daquele país - onde nem todo o olival é irrigado e muita da área plantada é significativamente mais velha que do lado de cá.

Espanha domina a produção mundial de azeite, com mais de metade do total. Segundo dados agora divulgados pelo Conselho Internacional do Azeite, a produção global aumentou na campanha de 2017/18, tendo-se atingido as 2.900.000 toneladas de azeite (é medido em quilos). Espanha, Itália, Grécia e Portugal asseguraram 1.800.000 toneladas.» in https://expresso.pt/economia/2018-04-08-O-melhor-azeite-do-mundo-e-portugues-e-faz-se-no-Alentejo

27/02/18

Mundo - Conhecido como a nova Arca de Noé, o Banco Mundial de Sementes situa-se nas ilhas de Svalbard, no Ártico e faz parte do território norueguês.



«Já ouviu falar do Banco Mundial de Sementes? Diz que é a nova Arca de Noé

É um cofre, a 150 metros de profundidade, destinado a albergar sementes e plantas de todo o mundo em segurança, para fazer frente a uma eventual catástrofe natural ou uma guerra nuclear. Portugal trata do milho.

Conhecido como a nova Arca de Noé, o Banco Mundial de Sementes situa-se nas ilhas de Svalbard, no Ártico e faz parte do território norueguês. Uma década após a sua inauguração, vai ser alvo de melhorias devido aos danos provocados pelo degelo do Ártico nos últimos anos.

Trata-se de um cofre construído numa mina de carvão abandonada, a 150 metros de profundidade da montanha, e alberga em segurança sementes e plantas de todo o mundo para fazer frente a uma eventual catástrofe natural ou uma guerra nuclear.

Portugal está entre os contribuintes, tendo recentemente enviado 100Kg de milho para o cofre, de uma colheita dos anos 1970, armazenado em Braga. O país é o responsável pelas reservas mediterrânicas do milho.

Ao todo, o banco tem depositado 890 mil amostras de sementes de todo o mundo. Em 2013, graças a este stock de sementes, foram reabastecidos os bancos de Marrocos e Líbano, devido à destruição do banco central na Síria, como consequência da guerra civil.

Infelizmente, o degelo do permafrost nos últimos anos permitiu infiltrações indesejadas e embora não causasse danos, deixou os responsáveis em alerta. Vai ser construído um sistema de drenagem, um novo túnel de concreto e melhorias nas paredes de acesso. As obras estão estimadas em cerca de 13 milhões de dólares.

No site oficial pode consultar informações sobre o depósito, como ajudar a causa, e de forma divertida, fazer uma visita interativa às instalações do Banco Mundial de Sementes.» in https://tek.sapo.pt/extras/site-do-dia/artigos/ja-ouviu-falar-do-banco-mundial-de-sementes-diz-que-e-a-nova-arca-de-noe


(Silo Internacional de Sementes na Noruega: guardião da biodiversidade em caso de… apocalipse - science)


(Inside the Svalbard Seed Vault)


A Arca de Noé - Depósito Mundial de Sementes (Tempos Atuais - Jornal Nacional)

18/01/17

Política Agrícola - A associação Zero contabilizou 59 municípios com hortas comunitárias, num total de 69 hectares, com Guimarães a liderar, estando registados 3.700 hortelões, e defende que se trata do início de outra forma de produzir alimentos.



«Estamos a voltar a plantar batatas

A associação Zero contabilizou 59 municípios com hortas comunitárias, num total de 69 hectares, com Guimarães a liderar, estando registados 3.700 hortelões, e defende que se trata do início de outra forma de produzir alimentos.

No inquérito realizado pela Associação Sistema Terrestre Sustentável, Zero, participaram 135 municípios portugueses, incluindo Açores e Madeira, tendo 59 indicado possuir hortas comunitárias, com 69 hectares disponibilizados em talhões para que os cidadãos produzam alimentos. Porém, "77% dos municípios que declararam não possuir hortas comunitárias manifestaram interesse em investir numa ou em várias", refere a Zero.

Além de Guimarães, o grupo dos concelhos com mais hortas comunitárias inclui Funchal, com seis hectares, Lisboa (5,7 hectares), Porto (3,58 hectares) e Gaia (3,5 hectares).

"Muitos municípios estão fortemente empenhados em constituir hortas municipais", as quais "têm um papel muito importante nas comunidades porque permitem que pessoas que não têm terra possam produzir os seus próprios alimentos", disse à agência Lusa Paulo Lucas, da Zero.

Para o ambientalista, este projeto "tem capacidade para evoluir para outras situações, nomeadamente para a constituição de bolsas de terrenos a nível municipal", potenciando ainda mais a produção local de alimentos, que "tem de ser uma realidade" em Portugal, nos próximos anos.

A Zero quer mais investimento municipal na produção local e descentralização de competências nas autarquias locais nesta área.

Paulo Lucas recordou que as alterações climáticas obrigam a repensar o modelo energético, assim como a forma de produzir, distribuir e fazer chegar os alimentos a casa dos consumidores, e defendeu que "há um grande caminho a fazer".

A produção, disse, "tem de ser feita e distribuída de acordo com circuitos agro-alimentares locais, curtos, potenciando os mercados locais, a venda porta a porta, a ligação entre produtores e consumidores".

E, para a Zero, as hortas comunitárias são a fase anterior àquela situação. Trata-se do "início de um processo, correu bem e temos de evoluir para outras formas de produzir alimentos a nível local", realçou Paulo Lucas.

Também apontou a necessidade de cada consumidor, em sua casa, fazer a reciclagem dos materiais orgânicos. "40% dos resíduos sólidos urbanos são caracterizados como bio resíduos, portanto, são restos alimentares que podem ser valorizados organicamente e depois devolvidos aos solos como nutrientes", explicou.

Além da necessidade de produzir alimentos de uma forma cada vez mais natural, com utilização de poucos químicos, "temos de diminuir os custos destes produtos", defendeu Paulo Lucas.

O inquérito também concluiu que, embora não haja certificação por parte das autarquias, em 58% dos casos são aplicados princípios da agricultura biológica.

No total dos 59 municípios listados, 58% dos talhões estão totalmente ocupados, e 26 concelhos apresentam uma ocupação de 100%, enquanto sete têm ocupação inferior a 50%.

Quanto ao destino dos alimentos produzidos nas hortas, 74% é para consumo dos hortelões e famílias e os excedentes são distribuídos pela comunidade local ou por instituições de solidariedade social.» in http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/hortas-comunitarias-estamos-a-voltar-a-plantar-batatas-e-o-resto

07/08/15

Política de Saúde - A Quercus voltou esta sexta-feira a alertar para os danos que os herbicidas provocam na saúde, realçando que até a Ordem dos Médicos diz ser "inaceitável" a "inação governativa" no sentido de avançar com medidas para evitar alguns cancros.



«QUERCUS E MÉDICOS CRITICAM INAÇÃO DO GOVERNO CONTRA HERBICIDAS CANCERÍGENOS

A Quercus voltou esta sexta-feira a alertar para os danos que os herbicidas provocam na saúde, realçando que até a Ordem dos Médicos diz ser "inaceitável" a "inação governativa" no sentido de avançar com medidas para evitar alguns cancros.

"Aumenta a contestação ao uso de herbicidas, e outros pesticidas. A Ordem dos Médicos [no último número da sua revista] defende a proibição do glifosato, o principal herbicida utilizado em Portugal, e em todo o mundo", afirma a associação de defesa do ambiente, em comunicado.

A Plataforma Transgénicos Fora, que inclui a Quercus, tem apelado a várias entidades, das autarquias aos agricultores, para que deixem de utilizar herbicidas, como o glifosato, para eliminar ervas daninhas em jardins e outros locais públicos, com o argumento de que são responsáveis por danos na saúde, podendo provocar cancro.

Em março, a plataforma repetiu a denuncia baseando-se nas conclusões da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Cancro, que classificou o glifosato como agente cancerígeno provável e nos trabalhos de cientistas sobre as consequências do produto para o ambiente.

Na altura, a multinacional Monsanto, de agricultura e biotecnologia, principal alvo das acusações dos ambientalistas, garantiu que os herbicidas de glifosato no mercado "são seguros para a saúde humana", o que é comprovado por "um dos maiores bancos de dados científicos" sobre um produto agrícola.

Cancros decorrentes de químicos

Agora, a Quercus cita o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, que no editorial da revista da organização, refere-se aos efeitos de químicos na saúde e defende que, "para o glifosato, a conclusão é clara: este herbicida deveria ser suspenso em todo o mundo".

O bastonário salienta que "abundam os cancros de origem indeterminada, e parte decorre certamente da sociedade altamente industrializada e química em que vivemos", sendo o glifosato um exemplo, e "para os cancros que já podem ser evitados no presente, a inação governativa é inaceitável".

É que, para o responsável da Ordem dos Médicos, a iniciativa de agir nesta área "cabe ao Governo e à Direção Geral de Saúde".

A Quercus realçou que "os cancros podem ter origem nos pesticidas que são vendidos pelas empresas do ramo e aplicados indistintamente por entidades públicas que afirmam que a sua utilização e a sua existência nas ruas e nos produtos agrícolas não trazem problemas para a saúde das pessoas".

Para os ambientalistas, a agricultura biológica é um exemplo prático de que é possível produzir alimentos de qualidade sem o recurso a pesticidas de síntese que, sendo produzidos para matar uma grande diversidade de seres vivos, aniquilam muita da flora microbiana humana e entram na circulação sanguínea.

"A utilização do glifosato é particularmente grave nas Regiões Vitícolas, com especial destaque para a Região Demarcada do Douro", sendo a "região do país com maior consumo deste químico", denuncia a associação.

A Quercus lançou a Campanha contra Herbicidas em Espaços Públicos, na qual que desafia as autarquias a aderirem ao Manifesto "Autarquia Sem Glisofato", iniciativa que já conta com a adesão de vários municípios e freguesias que optaram por métodos diferentes dos químicos, como a monda manual e mecânica.» in http://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/quercus-e-medicos-criticam-inacao-do-governo-contra-herbicidas-cancerígenos


Pesticidas cancerígenos (RTP)


(Herbicida mais vendido em Portugal poderá causar cancro)


(Usar o herbicida glifosato é um risco para a saúde?)

07/06/15

Política Agrícola - Os 120 mil hectares de regadio da barragem de Alqueva serão concluídos este ano para que não falte água; agricultura agradece.



«Em Alqueva a água mudou a paisagem e a agricultura

Os 120 mil hectares de regadio da barragem de Alqueva serão concluídos este ano para que não falte água. A agricultura agradece.

Os cursos de água da Barragem do Roxo que serpenteiam pela paisagem baralham-nos os sentidos. Chuvisca. Este Alentejo não é o Alentejo de planícies amarelas e poeirentas. No topo da colina verde que junta duas barragens mais pequenas os olhos perdem-se entre água e pomares, olival e vinha.

O investimento de mais de 2,5 mil milhões de euros feito na barragem de Alqueva e no sistema de regadio começa, depois de muitos anos de sequeiro, a mudar a paisagem e, sobretudo, a cultura agrícola. Planta-se mais do que vinha e olival. Pomares, frutos secos e até papoila - tudo é agora possível desde que a água chegue lá. Até quem antes se dedicava ao turismo não deixou escapar a oportunidade do solo fértil mesmo à porta. É o caso do Vila Galé Clube de Campo: nas margens da barragem do Roxo, junto a Beja, desde que a água chegou que os mais de 1.600 hectares se encheram de pêras - para exportação essencialmente destinada ao Brasil e à Irlanda.

"A parte agrícola transforma mesmo a paisagem e só conseguimos ter todas estas culturas porque a água já chega até aqui", diz Fátima Luz, directora-geral do hotel. Ameixas, nectarinas e também papoila - para farmacêuticas - encontra-se de tudo na herdade, que já produzia, claro, olival e vinha. Sob a marca Santa Vitória vendem um milhão de litros de vinho por ano, 25% para exportação. E produzem 100 mil litros de azeite, tudo das terras nas margens da barragem do Roxo.

A nova moda agrícola no Alqueva é colza, uma semente para a produção de biodiesel e óleo alimentar. O projecto é da Sovena, dona do azeite Oliveira da Serra e que tem das maiores extensões de olival da região de Beja. O Vila Galé vai experimentar 24 hectares de plantação desta semente, mas esta extensão em nada se compara com o projecto que a Sovena tem em mente. Além dos 10 mil hectares de olival da Herdade do Marmelo, a Sovena está a contratar agricultores locais para a produção desta semente. Depois do projecto-piloto já foram mobilizados mais de 1.500 hectares pela EDIA, a entidade que gere o Alqueva e que terminará, este ano, os 120 mil hectares de regadio. A Sovena, um dos maiores empregadores da região e o enorme e moderno lagar, desenhado pelo arquitecto Ricardo Bak Gordon, impõe-se na paisagem.

"O impacto da água é decisivo. Este é um projecto de grande envergadura e toda a região foi beneficiada pela barragem. No olival não temos essa barreira mas há culturas que não é possível fazer se não for em regadio", diz Vasco Cortes Martins, director-geral adjunto da Elaia, a unidade agrícola da Sovena.

São muitas filas de árvores pequenas, aparadas por cima e rigorosamente alinhadas. Não se planta só para a produção de azeite, mas também para experimentar quais as árvores que se adaptam ao solo. Oliveira grega ou italiana (e ainda espanhola) é serpenteada no caule pelas pequenas mangueiras do sistema gota-a-gota, um dos que utilizados no regadio com água do Alqueva.

Entre reservatórios e torneiras, a água é sempre uma constante e os campos bem irrigados da Herdade do Marmelo contrastam com alguns campos vizinhos. "Há muitos agricultores que ainda não se adaptaram à cultura de regadio e preferem continuar no sequeiro. E há outros que não querem cultivar, já não vivem cá", diz Vasco Cortes Martins. "Mas mesmo que não se utilize a água do Alqueva é preciso pagar uma taxa obrigatória de acesso ao regadio", explica. A taxa de adesão é, para já, de 65% mas a EDIA quer chegar aos 80%.

Os "espanhóis" conquistaram os terrenos do Alqueva

O maior lago artificial da Europa dá despesa a quem ali nasceu e se habituou a viver com o que a terra dava. Sem chuva nem maneira de garantir que a água ia chegar. António Bexiga nasceu ali, saiu para Lisboa, voltou para Ferreira do Alentejo. Atrás do balcão do café onde trabalha há mais de seis anos, não viu as vantagens da barragem. "Isso é bom para as grandes empresas. Para a gente é igual. Temos de pagar 50 euros por ano de taxa mesmo que não se abram as torneiras e querem subir o preço da água", acusa.

José Costa Salema, presidente da EDIA, explica porque é que se assume que os preços da água vão subir. "O preço foi fixado pelo Governo em 2010, com descontos que começavam nos 70% e se iam reduzindo 10% ao ano até zero. O que acontece é que os agricultores mais antigos estão a chegar ao fim dos descontos e o preço aumenta por essa via", esclarece.

António Bexiga não desarma. "As culturas vão mudando. Há dois anos era o milho. Todos plantavam milho. Agora está tudo à espera que venham os espanhóis para comprar ou alugar terras", dispara.

Os "espanhóis" são referidos por vários agricultores com quem nos cruzamos ao longo da estrada cheia de buracos, atravessada por pontes e viadutos em construção há muito abandonada. Os "espanhóis". A palavra é quase cuspida, com um misto de desdém e respeito. Salvadores ou conquistadores, as gentes ainda não se decidiram; é que, no fundo, temos todos um pouco de Padeira de Aljubarrota. E, afinal, a reputação até tem razão de ser. "A presença de grupos espanhóis é de facto muito relevante", diz_José Costa_Salema. "Há 93 grupos espanhóis em Alqueva que exploram 28 mil hectares. Destes, 19 mil são olival. Portugal é um mercado natural de expansão para Espanha e é capaz de absorver o excesso de capacidade." Absorver o excesso de capacidade e a água da barragem. Enquanto isso, as 69 barragens e reservatórios que compõem a rede primária de Alqueva vão alimentando a terra, à espera de mais culturas.» in http://economico.sapo.pt/noticias/em-alqueva-a-agua-mudou-a-paisagem-e-a-agricultura_220400.html/1


(Ministra da Agricultura e do Mar e Ministro da Economia visitam Alqueva)


(AGROMAIS NO ALQUEVA)


(Alqueva "A fresh new land")

01/02/15

Política Agrícola: As terras regadas com água de Alqueva produzem mais milho, beterraba, tomate, azeitona, melão, uva de mesa, bróculo e luzerna por hectare, que qualquer outra zona agrícola do mundo.



«Alqueva bate recordes mundiais de produtividade por hectare

As terras regadas com água de Alqueva produzem mais milho, beterraba, tomate, azeitona, melão, uva de mesa, bróculo e luzerna por hectare, que qualquer outra zona agrícola do mundo.

Alqueva está a bater recordes mundiais de produtividade por hectare, pelo menos em oito categorias de produtos.

Milho, beterraba, tomate, azeitona, melão, uva de mesa, bróculo e luzerna rendem, em certos casos, três vezes mais que no resto do mundo, em termos médios, se forem produzidos em Alqueva.

O Expresso cruzou dados do INE e da FAO (Nações Unidas) com a informação da EDIA, que gere o regadio de Alqueva - e também com testemunhos de alguns produtores - e o resultado é surpreendente: média de 14 toneladas de milho/hectare contra 5,5 toneladas a nível mundial. 100 toneladas de tomate contra 33,6 toneladas para o resto do mundo ou ainda 30 toneladas de uva de mesa em comparação com 9,6 toneladas a nível global.

A fama de Alqueva ultrapassou há muito fronteiras e há já investimentos de oito nacionalidades, desde a África do Sul a Marrocos, passando pela França, Itália e Escócia. Espanha lidera claramente entre os vários países que estão a investir no Alentejo. Atualmente de Alqueva sai cebola para a Mc Donalds ou amendoim para a PepsiCo, para além de uvas sem grainha com destino a várias cadeias de distribuição britânicas e de outros países do norte da Europa.

Ainda esta semana, numa feira agrícola em Don Benito, na Extremadura espanhola, a EDIA foi abordada por um banco do país vizinho pedindo informações sobre as disponibilidades de terra na área do regadio, com o objetivo de aconselhar clientes seus a investir em Alqueva.

O que diferencia Alqueva de muitas outras zonas agrícolas na Europa, mas também de outras noutros cantos do planeta são sobretudo três fatores: uma terra praticamente virgem, livre de químicos e de fungos, pois durante muitos anos apenas recebeu cereais de sequeiro; abundância de água para regar quando as plantas mais precisam (ou seja, na primavera e no verão) e, não menos importante, uma exposição solar prolongada, o que acaba por ter um efeito multiplicador na fotossíntese das plantas e, consequentemente, na produção de alimentos mais saborosos.

Mas há ainda uma grande vantagem comparativa. É que, mesmo em relação a outras zonas do país, Alqueva permite ter produtos nos mercados abastecedores duas a três semanas antes de toda a concorrência. E se a comparação for feita com outros países europeus a vantagem aumenta à medida que se caminha para norte. De Espanha para cima, muitos dos produtos são obtidos em estufas, com climatização artificial, ou seja, com custos energéticos acrescidos considerados avultadíssimos, o que acaba por se refletir no preço final ao consumidor.» in http://expresso.sapo.pt/alqueva-bate-recordes-mundiais-de-produtividade-por-hectare=f908819



«Regadio de Alqueva pode aumentar 55% para 170 mil hectares

A um ano do fim da obra do regadio de Alqueva, lançado em 1995, está decidido que o projeto pode crescer mais 55% em área, passando dos 110 mil hectares previstos desde o início, para 170 mil.

A área de regadio de Alqueva pode aumentar dos 110 mil hectares programados desde 1995, para 170 mil. Ou seja, um aumento de 55%.

A notícia foi avançada ao Expresso pelo presidente da EDIA - Empresa de Desenvolvimento das Infraestruturas de Alqueva. José Pedro Salema, que completa 12 meses à frente do projeto, garante que estão criadas todas as condições para que o regadio cresça mais 60 mil hectares, nos terrenos vizinhos do atual perímetro dos 110 mil hectares estipulados.

Ou seja, assim haja procura e vontade de investir e a área regada pode não ficar por aqui. A explicação é simples: quando o sistema de rega foi imaginado há 20 anos, as dotações planeadas apontavam para gastos de seis mil metros cúbicos de água por hectare/ano. No entanto, e como explica José Pedro Salema, "o que hoje estamos a constatar é que as dotações de hoje são metade daquele valor". E dá como exemplo a área regada de olival, onde  se consomem apenas dois mil metros cúbicos de água por hectare, "o que faz baixar muito a média previamente estabelecida".» in http://expresso.sapo.pt/regadio-de-alqueva-pode-aumentar-55-para-170-mil-hectares=f908824


(Regadio de Alqueva atrai empresários para novas culturas)


(Alqueva está a mudar agricultura do Alentejo)


(Inaugurados mais 8 mil hectares de rega no Alqueva)

29/12/14

Política Agrícola - Existem 674 mil pessoas que vivem da agricultura familiar - ou seja, 6,5% da população residente em Portugal, de acordo com os dados mais recentes do INE.



«Júlia, que semeia curiosidades, está no barco dos 674 mil

Existem 674 mil pessoas que vivem da agricultura familiar - ou seja, 6,5% da população residente em Portugal, de acordo com os dados mais recentes do INE. Há agricultores, como Júlia, que lutam todos os dias pela sobrevivência: "O que ganhamos com o que vendemos não compensa o que gastamos". E depois há o caso da MyFarm, uma Farmville da vida real. Durante os próximos dias, o Expresso conta a história de um número - hoje é 674.000.

Às 6 ou 7 horas da manhã, Júlia já está de pé. Tem um longo dia de trabalho pela frente. Acorda, sai de casa e a sua primeira missão é "tratar da bicharada": primeiro dá de comer aos touros; depois seguem-se os coelhos e galinhas. Não há muitos animais na quinta dos Pedregais, onde Júlia assume as rédeas como caseira. Antes, havia muitos mais, agora restam-lhe touros, coelhos e galinhas. Sem esquecer as lides domésticas e o trabalho no campo, onde semeia "curiosidades", como gosta de lhes chamar: milho, feijão, cebola, batatas, penca, couve-galega, entre outras.

Durante o ano, a quinta onde Júlia vive, na pequena freguesia de Regilde, em Felgueiras, não é habitada por ninguém, exceto por si. Vive aí há mais de 30 anos, no início com o marido e os três filhos. Mas estes cresceram, resolveram a sua vida e saíram de casa, apesar de a visitarem frequentemente e de ainda viverem no concelho. O marido, Ramiro, faleceu subitamente no verão passado.

Este está a ser um inverno rigoroso, não só pela ausência de Ramiro na casa modesta em que viviam, mas porque o trabalho da terra passou a ser apenas assegurado por si. Aos 61 anos, e sem saber utilizar o trator (essa era tarefa do marido), vai fazendo o que pode e tentando sustentar-se, equilibrando as contas entre o que cultiva para consumo próprio, o que vende a conhecidos ali da zona (e não no mercado, que é longe e não tem carro) e o subsídio de viuvez. "É muito difícil viver da agricultura em Portugal", conta ao Expresso a agricultora. "O que ganhamos com o que vendemos não compensa os gastos que temos".

Júlia Pedroso não é a única que sente as dificuldades de ter de viver a partir da agricultura familiar. Está, aliás, no mesmo barco que 674 mil pessoas em Portugal. Este é o número que, de acordo com dados de 2013 do INE, constitui a mão-de-obra deste tipo de agricultura no nosso país - ou seja, 6,5% da população residente em Portugal. Destes, apenas 6,2% vivem exclusivamente da agricultura. A maioria (81,1%) tem que complementar o seu rendimento com outros meios, nomeadamente pensões e reformas (65,3%).

O problema de Júlia, no entanto, não é tanto o facto de viver da agricultura familiar, mas essencialmente o facto de esta ser de subsistência. As duas não são iguais, esclarece João Machado, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP). "Confunde-se frequentemente agricultura familiar com agricultura de subsistência - que consiste numa realidade completamente diferente, destinada ao consumo próprio e não a fins comerciais", explica ao Expresso. E, embora seja verdade que a agricultura de subsistência seja familiar, o inverso não é necessariamente verdade. A agricultura familiar vai "desde as explorações mais simples e pequenas até às grandes empresas agrícolas".

Da produção ao escoamento dos produtos

2014 foi declarado pelas Nações Unidas (ONU) o Ano Internacional da Agricultura Familiar, constituindo "um meio importante para se ter uma produção alimentar viável e capaz de assegurar a segurança alimentar", pode ler-se na resolução da ONU. É esta que, "em primeiro lugar, pode e deve abastecer as populações com produtos de qualidade, frescos, de variedades autóctones, em mercados de proximidade", esclarece ao Expresso Alfredo Campos, membro da direção da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Mas este tipo de agricultura vai ainda mais longe: assenta na produção de "bens e serviços à comunidade", na "ocupação do território, evitando a desertificação de muitas regiões" e na capacidade de evitar "as monoculturas extensivas, como a do eucalipto".

Os entraves à agricultura familiar de pequena e média dimensão são muitos, esclarece Alfredo Campos. "Explorações de pequena ou muito pequena dimensão sentem dificuldades, não propriamente por serem pequenas, mas por não haver medidas políticas agrícolas e financeiras adequadas", afirma. Para a CNA, as políticas da PAC (Política Agrícola Comum) da União Europeia, os acordos bilaterais entre a UE e outros países e as medidas dos vários governos portugueses "sacrificam os produtores e consumidores", com o objetivo de "maximização de lucro ao menor custo possível". Veja-se, por exemplo, os números revelados pelo Ministério da Agricultura em 2012, "segundo os quais o produtor [que tem que suportar custos de produção e sustentar a sua família] recebe somente 10% do que o consumidor paga", enquanto "o setor do comércio e distribuição se apropria de cerca de 80%". Assim, e como explica, "a principal reclamação da agricultura familiar resume-se numa simples frase: Escoamento da produção a preços justos".



Patrícia de Melo Moreira / Getty Images
Uma mulher trabalha numa horta em Amarante, em Portugal

O desafio passa pela inovação, realça João Machado, da CAP. "A agricultura portuguesa tem vindo a modernizar-se, sendo hoje substancialmente mais mecanizada e produtiva do que há algumas décadas", conta, exemplificando com a introdução de tecnologias de ponta: "Tratores com GPS ou sistemas de rega computadorizados e monitorização informática do crescimento das plantas e da evolução das explorações agrícolas são hoje comuns em muitas empresas do setor e, naturalmente, nas empresas familiares".

As novas tecnologias e a internet são ferramenta inevitável no trabalho no campo. Foi com esta consciência, e procurando uma forma de ajudar as explorações familiares de menor dimensão, que surgiu a MyFarm. "O objetivo da empresa é apoiar a agricultura familiar, garantindo aos pequenos agricultores o escoamento dos seus produtos através de uma ligação direta aos consumidores, usando as novas tecnologias." Através da internet, é possível criar uma proximidade entre o agricultor e o consumidor.

O Farmville da vida real

Gerir uma horta, à distância e a partir da internet, passou a ser possível com a criação da MyFarm. A ideia surgiu a partir de um projeto de empreendedorismo do Politécnico de Beja, com início em março de 2011. Um brainstorming entre alunos e professores foi o ponto de partida para a criação de uma aplicação informática que permitisse que qualquer pessoa (ou família) pudesse ter uma horta real controlada pela internet.

Como? Através de agricultores que emprestam espaço das suas explorações agrícolas àqueles que acabam por se tornar seus consumidores. Esse espaço, ou horta, pode ser acompanhado e gerido pelos consumidores através da internet, que decidem "o que plantar ou semear e as respetivas quantidades", explica Luis Luz, gestor de projeto e coordenador. É a lógica do Farmville, transposta para a vida real.

Para já, a MyFarm conta com três agricultores e um total de 735 m2 - ou seja, 15 hortas - exploradas por consumidores. Um valor pequeno, tendo em conta que metade do território nacional é ocupada por explorações agrícolas. Mas a MyFarm quer aumentar este número: "Estamos finalmente a iniciar a nossa fase de expansão, após os primeiros anos que serviram para testar e melhorar o nosso modelo de negócio", esclarece Luis Luz. "Queremos mostrar-lhes [aos agricultores] que a nossa proposta tem um valor acrescido, pois pretende criar ligações diretas com o consumidor; comprometendo ambas as partes nessa ligação, queremos que o consumidor 'adote' o agricultor e que o agricultor se adapte ao consumidor, indo além da relação comercial." Mas nem tudo se passa em frente ao ecrã de computador. Para estreitar essa relação, a empresa propõe que as famílias visitem a horta real, participando nas plantações e nas colheitas.

O foco tem sido sempre a exploração intensiva da agricultura familiar, esclarece o gestor de projeto. "Mas começa a haver uma mudança tendo em conta o papel que esta desempenha no meio rural e na sua economia. Não só as novas tecnologias têm estado afastadas da agricultura familiar, como existe também a possibilidade de fazer inovação social, disponibilizando aos agricultores mais do que produtos da terra".

A empresa, no entanto, esbarra com algumas dificuldades. No mundo rural, muitos estão longe do universo das novas tecnologias e da internet. "Este é apenas mais um dos desafios que temos encontrado no nosso caminho", conta Luis Luz. Júlia Pedroso, por exemplo, não conseguiria utilizar esta ferramenta para melhorar o escoamento dos seus produtos. A MyFarm reconhece isso, embora acrescente que está disponível para dar apoio aos clientes nesse sentido. Mas, com apoio ou sem ele, uma coisa é certa: os agricultores têm que ter acesso à internet. "O nosso agricultor familiar ideal seria uma relação tipo avô / neto. O avô tem a experiência e o conhecimento, o neto a apetência para as novas tecnologias."» in http://expresso.sapo.pt/julia-que-semeia-curiosidades-esta-no-barco-dos-674-mil=f903744


29/06/14

Agricultura - Os "frutos" da primeira plantação industrial de papoila no Alentejo estão a ser colhidos, num projeto de uma farmacêutica escocesa, que está a construir uma fábrica para produzir morfina em Beja, a partir de papoilas semeadas na região



«Alentejo já colhe papoilas e vai ter fábrica para produzir morfina em Beja

Os "frutos" da primeira plantação industrial de papoila no Alentejo estão a ser colhidos, num projeto de uma farmacêutica escocesa, que está a construir uma fábrica para produzir morfina em Beja, a partir de papoilas semeadas na região.

Na zona do Alqueva, uma máquina especializada colhe as primeiras papoilas semeadas, em novembro de 2013, em 800 hectares de cerca de 40 agricultores alentejanos, através do projeto da Macfarlan Smith.

Para "reduzir o risco e aumentar a segurança do abastecimento", a empresa precisava de expandir a sua área de plantação de papoilas no Reino Unido e, após analisar vários sítios na Europa, optou pelo Alentejo, que tem "os ingredientes para produzir uma boa colheita", conta à agência Lusa o diretor de operações para Portugal da Macfarlan Smith, Jonathan Gibbs.» in http://noticias.sapo.pt/nacional/artigo/alentejo-ja-colhe-papoilas-e-vai-ter-fabrica-para-produzir-morfina-em-beja_17927792.html


(Papoilas do Alentejo)

14/04/14

Política Agrícola - Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) concluiu que as misturas de pesticidas utilizados na agricultura para combater pragas estão a provocar efeitos colaterais nos organismos que regeneram o ecossistema terrestre, colocando em causa a saúde dos solos.



«Cocktails de pesticidas estão a destruir solos nacionais

Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) concluiu que as misturas de pesticidas utilizados na agricultura para combater pragas estão a provocar efeitos colaterais nos organismos que regeneram o ecossistema terrestre, colocando em causa a saúde dos solos.

"Já testámos vários tipos de pesticidas aplicados amplamente em todo o país e na Europa e verificámos que eles produzem efeitos muito mais nefastos do que seria à partida previsível", disse Susana Loureiro, investigadora no Departamento de Biologia e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da UA.

A coordenadora da equipa dá como exemplo o chamado "remédio dos caracóis" que, além do alvo principal, também acaba por matar outros organismos como bichos-de-conta, minhocas e outros invertebrados benéficos para o solo.

Sem estes organismos e sem o papel crucial que desempenham na decomposição da matéria orgânica e na redistribuição dos nutrientes, os solos agrícolas não conseguem manter-se saudáveis, refere a bióloga.

A equipa, que estuda há vários anos o efeito dos químicos usados na agricultura, tem igualmente verificado que há vários compostos químicos que induzem efeitos que se prolongam ao longo de várias gerações desses organismos, podendo dar origem ao colapso de populações.

Os investigadores apontam o dedo a uma legislação que apenas regula a utilização individual de cada químico ignorando a mistura de pesticidas, uma prática que dizem ser normal no sector agrícola e que potencia o efeito tóxico dos compostos utilizados.

"Nos solos agrícolas há décadas que se utilizam cocktails químicos perigosos e imprevisíveis sobre os quais a legislação em vigor em Portugal e na Europa nada diz", afirma Susana Loureiro.

A investigadora defende a criação urgente de um plano de monitorização ambiental para manter a qualidade dos solos e dos serviços que esses solos proporcionam quer na Europa quer em Portugal.

Lusa/SOL» in http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=103569


(Química na Agricultura - O solo: origem e ameaça para a vida)

31/07/13

Política Agrícola - A ‘Quinta da Lixa’ finalizou um investimento de €4M numa nova linha de produção (€2,7M) e de uma nova propriedade agrícola (€1,3M), com o intuito de dar resposta à procura de mercado nacional e internacional.



«Vinhos: Quinta da Lixa investe €4M e triplica produção

A ‘Quinta da Lixa’ finalizou um investimento de €4M numa nova linha de produção (€2,7M) e de uma nova propriedade agrícola (€1,3M), com o intuito de dar resposta à procura de mercado nacional e internacional.

Com a compra de uma linha de engarrafamento completa, automática e nutrida com a mais recente tecnologia, a produtora de vinhos verdes, triplica a sua capacidade de produção, tendo agora a possibilidade de engarrafar 9 mil garrafas por hora, o equivalente a 6 milhões de garrafas por ano.

“A economia de escala é, para nós, muito importante, pois com ela conseguimos ser mais competitivos sem termos de sacrificar a qualidade, que é um dos pontos fundamentais de crescimento sustentado da empresa, a produção de vinhos com uma qualidade cada vez mais elevada”, afirma Óscar Meireles, administrador da Quinta da Lixa.

A produção desta nova linha é ‘amiga do ambiente’, desde as filtrações, com o uso de filtros tangenciais, ao engarrafamento, com a utilização de embalagens mais leves e que, por isso, são menos poluentes e de caixas feitas de papel reciclado.

“A grande inovação desta nova linha está, essencialmente, na tecnologia de enchimento, de higienização e controlo, de inspecção de qualidade e na utilização de bicos automáticos na enchedora”, refere o responsável.

A Quinta Nova, nome da propriedade recentemente adquirida pela ‘Quinta da Lixa’, tem um total de 33ha e vai aumentar a produção de uva da empresa em 350 toneladas, quando estiver totalmente concluída a plantação de vinha, em meados de 2015.

Com a aquisição deste terreno a ‘Quinta da Lixa’ passa a ter uma capacidade de produção de uva na ordem das 1200 toneladas e com um total de 6 propriedades, as Quintas da Lixa, de Sanguinhedo, Nova, da Corredoura, dos Lagareiros e do Souto.» in http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/07/31.htm


(O ritmo Alvarinho da Quinta da Lixa)


(Quinta da Lixa)


(Quinta da Lixa - Verão Total 2011)
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