Previsões apontam para queda de neve já na próxima noite. É mais provável nos locais com mais de 500 metros. Rui Moreira duvida do IPMA
As alterações climáticas podem estar a mudar as previsões em muitos momentos mas Janeiro continua a ser mês de vento, frio e chuva, em Portugal continental.
Em 2023, o cenário repete-se e, para esta semana, há previsão de rajadas de 120 quilómetros por hora e de temperaturas que podem chegar a 5 graus abaixo de zero.
E a mistura de frio e chuva deverá fazer com que neve no distrito do Porto, algo que não acontece há 13 anos.
Na noite desta terça-feira (dia 17), e ao longo da madrugada de quarta-feira (18), prevê-se queda de neve, mais provável nos locais com mais de 500 metros de altitude.
Assim os habitantes de Baião e Marco de Canaveses, tal como a Serra da Freita, Arouca (distrito Aveiro mas Área Metropolitana do Porto), deverão ver neve nas próximas horas – se estiverem acordados.
As temperaturas, essencialmente, nessas zonas, podem descer até aos 4 graus abaixo de zero.
O climatologista Mário Marques acredita que “todas as áreas à volta do Porto” vão poder ver neve nesta noite e nesta madrugada.
No Porto Canal, o especialista disse que esta situação é normal e é mesmo “um bom sinal em termos agrometeorológicos”.
“Janeiro quer-se frio porque é um insecticida natural. As geadas são benéficas nesta altura porque são nos primeiros cinco centímetros da camada do solo onde se refugiam fungos que são eliminados com a geada”, continuou Mário Marques.
As cotas de neve poderão baixar dos 800 para os 600 metros, o que já não acontecia desde Janeiro de 2010.
Entretanto, no distrito Vila Real já neva. Consideravelmente. Aqui em Alturas do Barroso, Boticas:
Rui Moreira duvida
Noutro contexto, Rui Moreira duvida das previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
O presidente da Câmara Municipal do Porto disse, em reunião do Executivo: “Pergunto se o IPMA está dotado dos instrumentos que deveria ter. O IPMA tem sucessivamente fracassado nas suas previsões”.
O Jornal de Notícias relata que esta foi a reacção de Rui Moreira à proposta (Bloco de Esquerda) sobre tubulações e drenagens, para evitar cheias.
A inundação que marcou o Porto no primeiro sábado do ano foi uma “tormenta” que originou um “fenómeno torrencial”. Não foi uma “cheia”, assegurou Rui Moreira na reunião desta segunda-feira.
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