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18/01/23

Meteorologia - As alterações climáticas podem estar a mudar as previsões em muitos momentos mas Janeiro continua a ser mês de vento, frio e chuva, em Portugal continental.


«Inédito na última década: neve no distrito do Porto

Previsões apontam para queda de neve já na próxima noite. É mais provável nos locais com mais de 500 metros. Rui Moreira duvida do IPMA

As alterações climáticas podem estar a mudar as previsões em muitos momentos mas Janeiro continua a ser mês de vento, frio e chuva, em Portugal continental.

Em 2023, o cenário repete-se e, para esta semana, há previsão de rajadas de 120 quilómetros por hora e de temperaturas que podem chegar a 5 graus abaixo de zero.

E a mistura de frio e chuva deverá fazer com que neve no distrito do Porto, algo que não acontece há 13 anos.

Na noite desta terça-feira (dia 17), e ao longo da madrugada de quarta-feira (18), prevê-se queda de neve, mais provável nos locais com mais de 500 metros de altitude.

Assim os habitantes de Baião e Marco de Canaveses, tal como a Serra da Freita, Arouca (distrito Aveiro mas Área Metropolitana do Porto), deverão ver neve nas próximas horas – se estiverem acordados.

As temperaturas, essencialmente, nessas zonas, podem descer até aos 4 graus abaixo de zero.

O climatologista Mário Marques acredita que “todas as áreas à volta do Porto” vão poder ver neve nesta noite e nesta madrugada.

No Porto Canal, o especialista disse que esta situação é normal e é mesmo “um bom sinal em termos agrometeorológicos”.

“Janeiro quer-se frio porque é um insecticida natural. As geadas são benéficas nesta altura porque são nos primeiros cinco centímetros da camada do solo onde se refugiam fungos que são eliminados com a geada”, continuou Mário Marques.

As cotas de neve poderão baixar dos 800 para os 600 metros, o que já não acontecia desde Janeiro de 2010.

Entretanto, no distrito Vila Real já neva. Consideravelmente. Aqui em Alturas do Barroso, Boticas:

Rui Moreira duvida

Noutro contexto, Rui Moreira duvida das previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

O presidente da Câmara Municipal do Porto disse, em reunião do Executivo: “Pergunto se o IPMA está dotado dos instrumentos que deveria ter. O IPMA tem sucessivamente fracassado nas suas previsões”.

O Jornal de Notícias relata que esta foi a reacção de Rui Moreira à proposta (Bloco de Esquerda) sobre tubulações e drenagens, para evitar cheias.

A inundação que marcou o Porto no primeiro sábado do ano foi uma “tormenta” que originou um “fenómeno torrencial”. Não foi uma “cheia”, assegurou Rui Moreira na reunião desta segunda-feira.

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/neve-porto-517533

#distritoporto    #meteorologia

16/01/23

Meteorologia - O regresso de um fenómeno meteorológico El Niño este ano vai causar um aumento das temperaturas globais “além dos recordes” e causar ondas de calor “sem precedentes”, avisam cientistas.


«El Nínõ de volta: Cientistas avisam para temperaturas globais recorde e ondas de calor “sem precedentes” em 2023

O regresso de um fenómeno meteorológico El Niño este ano vai causar um aumento das temperaturas globais “além dos recordes” e causar ondas de calor “sem precedentes”, avisam cientistas.

Previsões antecipadas apontam a que o fenómeno volte a surgir em 2023, exacerbando os extremos de temperaturas no globo e tornando “muito provável” que o planeta exceda os 1,5ºC de aumento dos termómetros desde a Era Industrial. O ano mais quente de sempre, até agora registado, foi o de 2016, precisamente também devido a um grande fenómeno El Niño.

O fenómeno faz parte da oscilação natural conduzida pelas temperaturas do oceano e ventos no Pacífico, mudando entre El Niño, a sua ‘verão’ fria, a La Niña e condições neutras. Os últimos três anos registaram uma sucessão pouco habitual de fenómenos La Niña.

O presente ano já está previsto como sendo mais quente do que 2022, que os registos apontam como o quinto ou sexto mais quente de sempre. Como o El Niño ocorre no inverno do hemisfério norte, e os seus efeitos de aquecimento levam meses a sentirem-se, 2024 tem maior probabilidade de voltar a ser um ano de novas temperaturas médias globais recorde.

“É muito provável que o El Niño nos atire para lá do limite de 1,5ºC de aumento de temperaturas”, avisa Adam Saife, professor universitário e responsável pela previsões a longo-termo do Serviço Meteorológico do Reino Unido. “A probabilidade de um dos próximo cinco anos ser o mais quente com 1,5 aumento médio de temperatura é de 50/50”, considera o responsável.

“A ciência pode dizer-nos quando estas coisas acontecem, meses antes de acontecerem. Por isso, precisamos de usar essa informação e estarmos mais preparados, no que diz respeito a serviços de emergência, até ao conhecimento sobre que colheitas plantar”, explica.

“Sugerimos que 2024 será provavelmente para lá dos recordes no que diz respeito a anos mais quentes. É pouco provável que a atual la Niña continue pelo quarto ano. Apenas um pequeno efeito do El Niño será suficiente para uma temperatura global máxima recorde”, aponta James Harsen, investigador da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, apontando que a redução da poluição do ar na China, que bloqueia o sol, também é um fator contributivo no aumento dos termómetros.» in https://multinews.sapo.pt/noticias/el-nino-de-volta-cientistas-avisam-para-temperaturas-globais-recorde-e-ondas-de-calor-sem-precedentes-em-2023/

(Segundo semestre de 2023: chances de retorno do fenômeno El Niño)

#ambiente    #ecologia    #meteorologia    #elnínõ

08/06/22

Meteorologia - No seu mais recente boletim climatológico, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) revela que o mês de maio deste ano foi “extremamente quente e muito seco”, com uma temperatura média 3,47 graus acima dos valores médios normais.


«Seca severa já afeta 97% de Portugal continental. Maio “foi o mês mais quente dos últimos 92 anos”, aponta IPMA

No seu mais recente boletim climatológico, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) revela que o mês de maio deste ano foi “extremamente quente e muito seco”, com uma temperatura média 3,47 graus acima dos valores médios normais.

A análise avança que, a 31 de maio, 97,1% do país se encontra em situação de seca severa, enquanto 1,4% está regista seca extrema e 1,5% regista seca moderada. No final de abril, apenas 4,3% do território continental se encontrava sob seca severa e nenhuma porção do país registava seca extrema.

Entre 30 de abril e 31 de maio, o IPMA observou uma diminuição da água no solo em todo o país, com especial destaque para as regiões do interior Norte e Centro, com níveis muito baixos, bem como para o vale do Tejo, Alentejo e Algarve, onde o valor de água no solo é inferior a 20%.

Quanto à precipitação, em maio choveu apenas 13% do que seria de esperar para esta altura do ano, sendo que desde 2017 que esses valores ficam abaixo do valor normal. Entre dia 1 de outubro de 2021 e 31 de maio de 2022, só choveu metade do que seria de esperar para esse período do ano, ficando registado como o segundo mais seco desde 1931.

O relatório do IPMA aponta que, no dia 21 de maio, ocorreram eventos meteorológicos extremos, definidos como “heatbursts”, que se traduziram numa massa de ar quente e seco, “pouco habitual nesta época do ano”.

Os concelhos de Beja, Santarém e Castelo Branco foram os que registaram os valores de médios de temperatura máxima mais altos em maio.» in https://multinews.sapo.pt/atualidade/seca-severa-ja-afeta-97-de-portugal-continental-maio-foi-o-mes-mais-quente-dos-ultimos-92-anos-aponta-ipma/

(Grande Reportagem: Seca em Portugal)

04/02/22

Meteorologia - O mês de janeiro foi o quinto mais quente desde 2000, tendo-se registado a temperatura máxima mais alta dos últimos 90 anos, e foi também o segundo mais seco, segundo dados hoje divulgados.


«Janeiro foi quinto mais quente desde 2000, o segundo mais seco — e com a temperatura máxima mais alta dos últimos 90 anos

O mês de janeiro foi o quinto mais quente desde 2000, tendo-se registado a temperatura máxima mais alta dos últimos 90 anos, e foi também o segundo mais seco, segundo dados hoje divulgados.

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a temperatura média do ar fixou-se nos 9,5 °C no mês passado, o quinto valor mais elevado desde 2000.

Os valores diários de temperatura máxima foram quase sempre superiores ao valor médio mensal, com destaque para os períodos entre os dias 1 a 3 e 27 a 31 de janeiro, em que se registaram desvios superiores a 4 °C.

Por outro lado, desde 1931 que não havia um janeiro com uma média da temperatura máxima tão elevada, que chegou aos 15,29 °C, mais 2,20 °C em relação ao valor normal registado no período 1971-2000.

O valor médio de temperatura mínima do ar foi de 4,02 °C, inferior à normal (menos 0,52 °C) e, segundo o IPMA, apesar de ter começado com valores acima da média, foi quase sempre inferior a partir do dia 13, com destaque para o período de 17 a 26 de janeiro.

Quanto à precipitação, o mês passado foi o sexto mais seco em 90 anos e o segundo pior desde 2000, superado apenas por janeiro de 2005.

O relatório do IPMA acrescenta que o valor médio da quantidade de precipitação foi muito inferior ao normal registado entre 1971 e 2000, correspondendo a apenas 12%.

“Verificou-se um agravamento muito significativo da situação de seca meteorológica, com um aumento da área e da intensidade, estando no final do mês todo o território em seca com 1% em seca fraca, 54% em seca moderada, 34% em seca severa e 11% em seca extrema”, refere o instituto.

Relativamente ao índice de percentagem de água no solo, registou-se uma diminuição significativa em relação ao final do mês de dezembro, e o IPMA destaca os valores inferiores a 20% nas regiões Nordeste e Sul, com muitos locais dessas regiões a atingir “o ponto de emurchecimento permanente”.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/janeiro-foi-quinto-mais-quente-desde-2000-o-segundo-mais-seco-e-com-a-temperatura-maxima-mais-alta-dos-ultimos-90-anos

(Seca afeta Albufeira do Castelo do Bode em Ferreira do Zêzere)

20/03/20

Serra da Estrela - As estradas de acesso ao maciço central da serra da Estrela foram hoje encerradas devido à queda de neve, disse à agência Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Castelo Branco.



«Estradas encerradas na Serra da Estrela devido à queda de neve

As estradas de acesso ao maciço central da serra da Estrela foram hoje encerradas devido à queda de neve, disse à agência Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Castelo Branco.

De acordo com o CDOS de Castelo Branco, os troços 11, 12 e 13 da Estrada Nacional - 338, ligação Piornos/Torre e Torre/ Lagoa Comprida estavam às 14:30 encerrados e sem previsão para a reabertura.

Os distritos de Évora, Faro, Setúbal, Santarém, Beja, Castelo Branco e Portalegre vão estar sob aviso amarelo entre as 12:00 e as 21:00 de hoje devido à previsão de períodos de chuva ou aguaceiros, por vezes fortes.

O IPMA emitiu também aviso amarelo para os distritos da Guarda e Castelo Branco devido à previsão de queda de neve acima de 1.600 metros de altitude entre as 00:00 e as 09:00 de sábado.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/estradas-encerradas-na-serra-da-estrela-devido-a-queda-de-neve-4

15/02/19

Meteorologia - O cenário é desolador no norte da Califórnia, onde um deslizamento de terra arrancou uma casa do chão e precipitou-a encosta abaixo, até embater noutra residência, na sequência de um fenómeno meteorológico conhecido como "rio atmosférico".



«30 imagens do "rio atmosférico" que arrancou casa pelos alicerces na Califórnia

O cenário é desolador no norte da Califórnia, onde um deslizamento de terra arrancou uma casa do chão e precipitou-a encosta abaixo, até embater noutra residência, na sequência de um fenómeno meteorológico conhecido como "rio atmosférico".

Segundo as autoridades, uma mulher ficou presa dentro da casa arrancada em Sausalito, mas foi resgatada pelos bombeiros apenas com ferimentos ligeiros. A casa que, por sua vez, foi atingida por esta, estava vazia na altura do impacto.

Mais de 50 residências foram evacuadas por precaução.

A chuva torrencial que tem atingido a Costa Oeste dos EUA, afetando partes da Califórnia e do sul do Oregon, deve-se a um fenómeno meteorológico conhecido como "rio atmosférico", que consiste num fluxo que transporta vapor de água e que, quando "desagua", liberta uma enorme quantidade de água sob a forma da chuva ou neve.» in http://visao.sapo.pt/actualidade/mundo/2019-02-15-30-imagens-do-rio-atmosferico-que-arrancou-casa-pelos-alicerces-na-Califonia

03/01/19

Meteorologia - A maioria das bacias hidrográficas registou, no último dia de 2018, mais água armazenada do que no final do ano anterior, revelam os dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), divulgados pela Lusa.



«Bacias hidrográficas com mais água do que no final de 2017
03/01/20197

A maioria das bacias hidrográficas registou, no último dia de 2018, mais água armazenada do que no final do ano anterior, revelam os dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), divulgados pela Lusa.

Porém, a maior parte das bacias hidrográficas portuguesas contabilizou menos água do que a média das últimas três décadas, havendo uma quantidade inferior em nove das 12, quando comparando com a média desde 1990/1991.

A 31 de dezembro de 2018, face ao mês anterior, o volume de água armazenada subiu em seis bacias monitorizadas (Ave, Douro, Ribeiras do Oeste, Sado, Guadiana e Barlavento) e desceu em outras seis (Lima, Cávado, Mondego, Tejo, Mira e Arade).

De acordo com a informação da APA, avançada pela agência noticiosa, o Sado representa um dos casos mais drásticos, onde quatro barragens estão a menos de 40%.

“As barragens com menos de 40% da capacidade correspondem a 18% do total de albufeiras avaliadas e são as de Vilar-Tabuaço (bacia do Douro), com 38%, a de Vale do Rossim (bacia do Mondego), com 22%, e as de Divor e Cabril, na bacia do Tejo, a primeira a 24% e a segunda a 38%”, explica a Lusa.» in https://greensavers.sapo.pt/bacias-hidrograficas-com-mais-agua-do-que-no-final-de-2017/

14/08/18

Meteorologia - O período até 2022 poderá registar temperaturas ainda mais elevadas do que o esperado, com anos "anormalmente quentes", segundo um estudo baseado num novo método de previsão.



«CLIMA ATÉ 2022 SERÁ MAIS QUENTE DO QUE ESPERADO COM ANOS "ANORMALMENTE QUENTES"

O período até 2022 poderá registar temperaturas ainda mais elevadas do que o esperado, com anos "anormalmente quentes", segundo um estudo baseado num novo método de previsão.

O trabalho realizado por investigadores das universidades de Brest, na França, e Southampton, no Reino Unido, e pelo Instituto Real Holandês de Meteorologia "mostra que, a nível geral, [o período] 2018-2022 pode ser ainda mais quente que o esperado com base no aquecimento global" atualmente aceite.

"O aquecimento causado pelas emissões de gases com efeito de estufa não é linear: parece ter descido no início do século XXI, um fenómeno conhecido como hiato do aquecimento global. Um novo método para prever as temperaturas médias, no entanto, sugere que os próximos anos serão provavelmente mais quentes que o esperado", refere a informação divulgada.

Menos fenómenos de frio intenso
O sistema agora desenvolvido, e no qual se baseiam as conclusões do estudo publicado na Nature Communications, não utiliza as técnicas tradicionais de simulação. A nova alternativa usada pelos investigadores aplica um método estatístico para procurar simulações climáticas dos séculos XX e XXI, utilizando vários modelos de referência para encontrar "analogias" entre as condições atuais do clima e deduzir possibilidades para o futuro.

"A precisão e confiança deste sistema de probabilidade é, pelo menos, equivalente aos métodos atuais, principalmente para o objetivo de simular o hiato do aquecimento global do início deste século", salienta a informação divulgada.

O novo método prevê que a temperatura média do ar pode ser anormalmente alta entre 2018 e 2022, devido a uma baixa probabilidade de ocorrência de fenómenos de frio intenso.

O fenómeno de subida da temperatura é ainda mais realçado no que respeita aos valores para a superfície do mar, o que se explica pela elevada probabilidade de eventos de calor, que, em determinadas condições, podem levar a um aumento das tempestades tropicais.

Atualmente, o novo método só é aplicável para médias globais, mas, os cientistas querem agora adaptá-lo para serem realizadas previsões regionais e para tendências de precipitação e seca, além da temperatura.» in https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/periodo-ate-2022-mais-quente-do-que-esperado-com-anos-anormalmente-quentes


(A Terra cada vez mais quente)


(Por que nosso planeta está esquentando? A experiência)


(O que é aquecimento global?)

04/08/18

Meteorologia - Os termómetros em Portugal continental atingiram na quinta-feira o segundo valor mais alto de sempre desde 2000, quando começaram os registos diários, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).



«Calor. Quinta-feira foi o segundo dia mais quente desde que há registos

Os termómetros em Portugal continental atingiram na quinta-feira o segundo valor mais alto de sempre desde 2000, quando começaram os registos diários, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

A temperatura média foi 30,2 graus e para encontrar um valor mais alto é preciso recuar a 02 de agosto de 2003, quando a temperatura média foi 31,9 graus, de acordo com um comunicado hoje divulgado pelo IPMA.

O valor da média das temperaturas máximas atingiu 40,1 graus centígrados, "muito superior ao valor normal", que é 28,8 graus, enquanto o valor médio das mínimas chegou aos 20,2 graus, acima dos 15,5 considerados normais.

Mora, no distrito de Évora, e Alvega, no distrito de Santarém, registaram os valores mais altos, com 45,7 e 45,2 graus.

Em mais de metade das estações meteorológicas, a temperatura foi superior a 40 graus e em 90%, superou os 35 graus.

Só as estações do Cabo Carvoeiro e Santa Cruz, no Oeste, ficaram abaixo dos 30 graus.

Os dados são também citados num comunicado da Comissão Nacional de Proteção Civil, que se reuniu hoje extraordinariamente no primeiro de quatro dias de alerta devido às altas temperaturas e concluiu que o sistema de prevenção e combate a incêndios tem respondido "com grande eficácia, desde logo, no ataque inicial às ocorrências registadas".

Desde quinta-feira, só quatro incêndios rurais aumentaram de dimensão ao ponto de precisarem de ataque ampliado.

Comparando com os valores dos dez anos mais recentes, em 2018 arderam até agora menos 85% da área e houve menos 36% de ocorrências.

O comandante operacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil, Duarte Costa, afirmou que o envolvimento e o "reforço da monitorização e vigilância" por parte da GNR, PSP, Forças Armadas e Instituto de Conservação da Natureza e Florestas tem sido chave para responder às solicitações.

Há cerca de seis mil militares da GNR no terreno, 19 de 76 patrulhas das Forças Armadas em áreas críticas, e 51 equipas da PSP.

"Apesar do quadro meteorológico e do elevado risco de incêndio, não havia esta manhã registo de ocorrências expressivas em curso", afirma o Ministério.

Aviões de reconhecimento a sobrevoar o Alentejo e Algarve têm sido "fundamentais para a tomada de posições quanto ao posicionamento dos meios".

Por parte do Instituto Nacional de Emergência Médica, houve reforço de meios dos Centros de Orientação de Doentes Urgentes.

A Comissão Nacional de Proteção Civil, presidida pelo ministro da Administração Interna junta todas as entidades que intervêm no sistema de proteção civil: ministérios com a tutela sobre defesa, justiça, ambiente, economia, agricultura e florestas, obras públicas, transportes, comunicações, segurança social, saúde e investigação científica, representantes dos municípios e freguesias, da Liga dos Bombeiros Portugueses e da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais.

Estão representadas também as Forças Armadas, GNR, PSP, PJ, Gabinete Coordenador de Segurança, Autoridade Marítima, Autoridade Aeronáutica e Instituto Nacional de Emergência Médica.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/calor-quinta-feira-foi-o-segundo-dia-mais-quente-desde-que-ha-registos

28/02/18

Desporto Futebol - O treino desta quarta-feira do Desportivo de Chaves, da I Liga portuguesa de futebol, foi cancelado devido à queda de neve na região de Trás-os-Montes, adiantou o emblema ‘azul-grená’ na sua página oficial



«Treino do Desportivo de Chaves cancelado devido à neve

O treino desta quarta-feira do Desportivo de Chaves, da I Liga portuguesa de futebol, foi cancelado devido à queda de neve na região de Trás-os-Montes, adiantou o emblema ‘azul-grená’ na sua página oficial.

Os trabalhos, que estavam inicialmente marcados para o Complexo Desportivo Municipal de Vila Pouca de Aguiar – centro de treinos do clube -, foram transferidos para o estádio, em Chaves, contudo, “o manto branco com uma espessura assinalável” que cobriu o relvado e o “gelo nas bermas” não permitiu a sua realização.

Se as condições atmosféricas o permitirem, os comandados de Luís Castro regressam aos treinos na quinta-feira, às 10:30, no Estádio Municipal Eng.º Manuel Branco.

O Desportivo de Chaves, no sexto lugar, com 36 pontos, visita o Tondela, no próximo domingo, às 11:45, em jogo da 25.ª jornada da I Liga.

A cidade de Chaves, no distrito de Vila Real, foi atingida por um nevão na terça-feira, uma situação que já não se verificava há vários anos.

Como consequências as atividades letivas foram suspensas e verificaram-se também dificuldades na circulação rodoviária.» in https://24.sapo.pt/desporto/artigos/treino-do-desportivo-de-chaves-cancelado-devido-a-neve

Amarante Meteorologia - O Túnel do Marão esteve encerrado, esta terça-feira, no sentido Amarante - Vila Real devido ao despiste de uma viatura à saída da galeria, numa zona onde se está a acumular bastante neve na via.



«Neve condiciona circulação no Túnel do Marão

O Túnel do Marão esteve encerrado, esta terça-feira, no sentido Amarante - Vila Real devido ao despiste de uma viatura à saída da galeria, numa zona onde se está a acumular bastante neve na via.

Pelas 18.20 horas, a circulação estava a fazer-se de forma condicionada devido à elevada acumulação de neve na via do lado de Vila Real que tem obrigado a interromper o trânsito temporariamente para limpeza da estrada.

Segundo fonte da Guarda Nacional Republicana, o acidente "aconteceu à saída da galeria" e a infraestrutura foi "encerrada por precaução". Desconhece-se a gravidade dos ferimentos e o número de ocupantes da viatura.

A Autoestrada 4 (A4), onde está inserido o Túnel do Marão, estava a ser utilizada como alternativa ao Itinerário Principal 4, que foi cortado a meio da tarde, devido à queda intensa de neve. Neste momento, há constrangimentos na circulação rodoviária em vários pontos da A4 e da A24.» in https://www.jn.pt/local/noticias/porto/amarante/interior/tunel-do-marao-encerrado-num-sentido-devido-a-acidente-9148805.html

09/01/18

Meteorologia - A vaga de frio que fustiga a Europa chegou a Marrocos, com as temperaturas a descerem para níveis inabituais e queda de neve no Atlas, revelou hoje o responsável da meteorologia daquele país do norte de África.



«Vaga de frio e queda de neve que fustiga a Europa chega a Marrocos

A vaga de frio que fustiga a Europa chegou a Marrocos, com as temperaturas a descerem para níveis inabituais e queda de neve no Atlas, revelou hoje o responsável da meteorologia daquele país do norte de África.

O interior do país, em particular a cordilheira do Atlas, foi fortemente afetado por esta vaga de frio anormal, sentida desde sexta-feira, apesar de os invernos serem muito rigorosos naquelas regiões marroquinas.

Embora em menor escala, a onda de frio atingiu a costa atlântica de Marrocos e uma chuva de granizo atingiu hoje a capital marroquina, Rabat.

No domingo, ao largo da costa de Rabat, uma tromba de água que impressionou os marroquinos foi observada desde a cidade.

"As temperaturas são globalmente abaixo do normal, com a queda de neve nas regiões montanhosas do Atlas, a partir dos 900 metros de altitude, onde as temperaturas podem descer até aos cinco graus negativos", referiu o meteorologista.

A neve provocou o corte de estradas, de acordo com o Ministério dos Transportes, e agravou o isolamento das vilas situadas em regiões altas.

Um habitante de Ben Smim, no Médio Atlas, que compreende 18% da área montanhosa do país, disse à agência France Presse que "as pessoas estão isoladas, as estradas cortadas e o gado já não é alimentado".

Marrocos lançou uma operação de emergência para as zonas afetadas e o ministro do Interior apelou "à mobilização de todos os setores governamentais", afirmando que mais de meio milhar de pessoas beneficiarão de um plano de luta contra o frio, com medidas como a distribuição de cobertores e géneros alimentares.

A Fundação Mohammed V para a solidariedade anunciou desenvolver o programa "Operação Frio Grande" nas zonas montanhosas.

Para os agricultores, a chuva acabou por ser bem acolhida, pois temiam que o país entrasse numa seca e afetasse as colheitas.

JOP // EL

Lusa/Fim» in http://24.sapo.pt/noticias/internacional/artigo/vaga-de-frio-e-queda-de-neve-que-fustiga-a-europa-chega-a-marrocos_23498487.html

25/11/17

Meteorologia - Mais de 700 pessoas terão morrido nas cheias que, no dia 25 de Novembro de 1967, apanharam desprevenidas as populações que viviam na região da Grande Lisboa.



«Nunca choveu tanto como em 67

Cheias de 1967 - Memória. Mais de 700 pessoas terão morrido nas cheias que, no dia 25 de Novembro de 1967, apanharam desprevenidas as populações que viviam na região da Grande Lisboa. DN ouviu os relatos dos sobreviventes que têm memórias tão vivas como há 40 anos.

Cinco horas de chuvas torrenciais mergulharam a Grande Lisboa na maior inundação que a região alguma vez conheceu. Faz hoje 40 anos que as cheias de 1967 provocaram mais de 700 mortos e cerca de 1100 desalojados em Lisboa, Loures, Odivelas, Vila Franca de Xira e Alenquer. A enxurrada matou famílias inteiras, arrastou carros, árvores e animais e destruiu pontes, estradas e casas.

A chuva atingiu entre as 19.00 e a meia- -noite do dia 25 de Novembro as zonas baixas dos quatro concelhos da Grande Lisboa, mas só na manhã seguinte é que os portugueses se depararam com a verdadeira dimensão da tragédia. Urmeira, Póvoa de Santo Adrião, Frielas - povoações da bacia do rio Trancão-, e a Quinta dos Silvados, em Odivelas, foram os aglomerados urbanos mais atingidos. As casas eram de madeira e centenas de moradores foram engolidos pelas águas.

Lisboa, por seu turno, ficou irreconhecível. A Avenida de Ceuta, em Alcântara, esteve submersa e o mar de lama desceu até à Avenida da Índia. A água entrou em todas as bifurcações, subiu e desceu escadarias, derrubou as portas de tabernas, lojas e rés-do-chão, arrastando mesas, cadeiras, bilhas de gás, contentores e bidões da estação ferroviária.

Perto das 23.00 a chuva caiu ainda com mais força e as enxurradas atingiram um carro que circulava na Rua de Alcântara, encurralando os três ocupantes. O repórter do DN que na altura acompanhou as inundações, em Alcântara, conta que um soldado mergulhou nas águas e conseguiu retirar os três passageiros, minutos antes de o carro ser arrastado. Interrupções no trânsito sucederam-se desde a Avenida 24 de Julho ao Campo Pequeno, da zona do aeroporto da Portela à Avenida Almirante Reis, da Baixa a Santa Apolónia. Na Praça de Espanha e na Avenida da Liberdade, só se passava de barco e, na estação de caminhos-de-ferro, centenas de pessoas ficaram retidas nas carruagens porque a água submergiu as linhas.

O regime salazarista tentou minimizar os impactos das chuvas, mas as suas repercussões atravessaram fronteiras e desencadearam um movimento de solidariedade internacional. Chegaram donativos dos governos britânico e italiano, do Principado do Mónaco e até o chefe do Estado francês, o general De Gaulle, contribuiu com uma "dádiva pessoal" de 30 mil francos (900 euros, no câmbio da época). O apoio em meios sanitários veio de França, Suíça e sobretudo de Espanha, que ofereceu mil doses de vacina contra a febre tifóide.

700 mortos - é o balanço das vítimas mortais. A maioria vivia em habitações construídas em vales de cheia.

4 concelhos da Grande Lisboa foram afectados - Lisboa, Loures (e Odivelas), Vila Franca de Xira e Alenquer.

1100 desalojados - perderam casa, gado e outros bens. Os prejuízos terão atingido três milhões de dólares (preços da época).

111 milímetros por m2 foi a precipitação registada em cinco horas (25% da precipitação média anual).» in https://www.dn.pt/dossiers/cidades/inundacoes-em-portugal/noticias/interior/nunca-choveu-tanto-como-em-67-1042067.html


(Cheias de Lisboa 1967)


(AS CHEIAS 1967)


(As Cheias de 1967)


(50 anos 50 notícias - 1967)


(AS CHEIAS DE 1967)


01/10/17

Meteorologia - Há duas décadas que a ponte de Rio Mourinho estava submersa pelas águas da barragem do Pego do Altar (Alcácer do Sal), mas a seca que tem atingido o Alentejo provocou a descida do nível da albufeira, destapando a antiga passagem entre as localidades de Santa Susana e São Cristóvão.



«Seca destapa ponte escondida há 19 anos

Antiga ponte na região do Alentejo tem estado submersa pelas águas da barragem do Pego do Altar.

Há duas décadas que a ponte de Rio Mourinho estava submersa pelas águas da barragem do Pego do Altar (Alcácer do Sal), mas a seca que tem atingido o Alentejo provocou a descida do nível da albufeira, destapando a antiga passagem entre as localidades de Santa Susana e São Cristóvão. A ponte, com cerca de 30 metros, foi construída há 200 anos e o seu regresso à luz do dia atesta o pesadelo que a falta de chuva representa para a bacia do Sado, onde as albufeiras registam uma média de 19,2% da sua capacidade. Em ano normal estariam nos 46%.

A barragem do Pego do Altar tem hoje 8% da sua capacidade, traduzidos em cerca de sete milhões de metros cúbicos, nas contas do coordenador da Associação de Regantes, Gonçalo Lince de Faria, dos quais cinco milhões são para garantir a sobrevivência dos peixes. Já foram retiradas várias toneladas de carpas e outras espécies para diminuir a carga piscícola. "Em 70 anos de barragem houve poucos com uma seca tão grande", sublinha, recordando que a associação optou por ratear a área de arroz em 40%, logo em abril, para que a água não faltasse de vez.

O prejuízo estende-se à pecuária na maioria das zonas do país, com os produtores a alimentarem o gado à mão, enquanto o governo aciona o "alerta laranja" e já admite rigor na preparação da próxima campanha agrícola, antes dos investimentos dos empresários nas sementeiras.

"Vamos ter de articular com o Ministério da Agricultura, perceber quais são as espécies que exigem mais água e regiões de maior risco, para darmos um sinal aos produtores sobre o que devem fazer", avança o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, admitindo que, por exemplo, a produção de arroz venha a ter um ano pouco recomendável.

Será um tema para debater a 2 de outubro na reunião da Comissão de Gestão de Albufeiras, admitindo Carlos Martins que o abastecimento público esteja assegurado para os próximos três meses nas regiões mais críticas, sem excluir dificuldades, caso se mantenha a falta de chuva. Sobretudo nas zonas que dependem de águas subterrâneas, já que a ausência de precipitação impede a recarga de aquíferos.

Os fluxos de água proveniente de Espanha, que também atravessa um período de seca, merecem atenção do governo. O secretário de Estado admite que os caudais ecológicos estão a respeitar os acordos ibéricos, mas Carlos Martins receia que a "diminuição da quantidade de água afete a sua qualidade" do lado de cá da raia. Francisco Ferreira, presidente da Zero, diz que o cumprimento por parte de Espanha dos caudais "é essencial" para os abastecimento português, alegando que há o risco de a seca prosseguir: "Temos de antever as consequências para saber lidar coma falta de água."» in https://www.dn.pt/sociedade/interior/seca-destapa-ponte-escondida-ha-19-anos-8801172.html?utm_source=dn.pt&utm_medium=recomendadas&utm_campaign=afterArticle&_ga=2.117528585.1873159031.1506627874-113792791.1505375902

08/09/17

Meteorologia - Os cientistas gritam ao mundo: falar sobre as alterações climáticas é um dever moral e agir, é outro.



«Jose, Irma e Katia: Porque é que este trio surpreende tudo e todos? (até os cientistas)

Os cientistas nunca viram nada assim. Pela primeira vez na história moderna, três furacões no Atlântico estão alinhados das formas mais perigosas, de acordo com Eric Blake, especialista em furacões do National Hurricane Center. O que é que se passa?

Três furacões ameaçam a terra na Bacia do Atlântico Norte, simultaneamente, e de ‘peito feito’. A tragédia de uns é, na verdade, um fenómeno que surpreende até os estudiosos. Eric Blake, cientista do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, diz que nunca viu nada assim, nem a história moderna.

Três furacões ao mesmo tempo: a história repete-se?

O Irma nasceu como uma tempestade clássica de Cabo Verde, e tal como alguns dos maiores furacões, ganhou força sobre o Atlântico. Está agora ao Norte da República Dominicana. O furacão José, progride seguindo as pisadas do Irma, e está a cerca de mil quilómetros do arquipélago das Pequenas Antilhas. O furacão Katia que está no sudoeste do Golfo do México.

Não é a primeira vez que o Atlântico experimenta três furacões em simultâneo. A 16 de setembro de 2010, formavam-se Igor, Julia e Karl, todos alinhados, a girar na bacia ao mesmo tempo. A história repete-se quase sete anos depois, com nuances que fazem toda a diferença. É que, em 2010, Julia, nunca tocou a terra. Esta é efetivamente a primeira vez em que três furacões atingem a terra, ao mesmo tempo.

Mas porquê?

A primeira coisa que devemos saber é que não é estranha a formação de fenómenos deste tipo, especialmente em Agosto, Setembro e Outubro, que são os meses mais quentes e tipicamente a época dos furacões. Gerry Bell, do centro de previsões climáticas do governo americano, disse ao New York Times que “este é o pico” e é exatamente quando se formam 95% de todos os furacões.

Por outro lado, não é líquido que apenas porque há três furacões em simultâneo no Atlântico, que 2017 seja um ano particularmente mau, ou pior do que outros, no que respeita ao número total de tempestades. Até agora o número de tempestades nomeadas – doze – que se transformaram em furacões, está em linha com as previsões dos cientistas que estimam entre 14 a 19 nesta temporada.

Mas uma coisa é certa: formou-se a tempestade perfeita. No final do verão e início de outono, as condições no Atlântico tropical da África tornaram-se propícias à formação de tempestades. A juntar estas condições, os cientistas alertam para as alterações climáticas, cujas consequências ajudaram à “tempestade perfeita”.

Que culpa têm as alterações climáticas?

As ligações entre as alterações climáticas e a formação de furacões são complexas, e rodeadas de incertezas. Mesmo sem respostas científicas, os cientistas vão dando algumas respostas.

Um dos maiores problemas é que não há efetivamente muitos furacões, cerca de uma dúzia a cada ano, o que se traduz em pouca matéria e dados suficientes para dar explicações científicas, mas há alguns impactos mais certos do que outros.

À medida que o planeta aquece, a atmosfera contém mais humidade, e os furacões produzem mais chuva, o que justifica mais precipitação por comparação ao ano passado. Por outro lado, à medida que aumenta o nível das águas do mar, o impacto das ondas causadas pelas tempestades é maior e causador de maiores estragos e destruição.

Estes dados permitem, aos cientistas, afirmar que o aquecimento global não está – necessariamente – a causar a formação de mais furacões, mas sim a aumentar a intensidade, o tamanho, e o potencial de destruição destes fenómenos naturais, que têm um vida cada vez mais longa (em tempo de duração).

É preciso perceber que um furacão começa por ser uma tempestade tropical e alimenta-se de calor, por isso as alterações climáticas – que aumentaram o nível da água do mar, da temperatura global da água e do ar – provavelmente pioraram tudo. Com temperaturas mais quentes o ar pode conter mais humidade, os furacões vão ter a capacidade de produzir mais chuva, e causar mais inundações  e mais destruição. No entanto, isto pode significar inclusive menos furacões, já que uma tempestade grande e longa, pode substituir três ou quatro mais pequenas.

Muitos ambientalistas pedem urgência na discussão do papel das alterações climáticas na formação de três furacões deste tamanho, desta intensidade. Mas pedem mais. É que além destes fenómenos de curto prazo, o aquecimento global é uma ameaça no longo prazo. Os cientistas gritam ao mundo: falar sobre as alterações climáticas é um dever moral. E agir, é outro.» in http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/jose-irma-e-katia-porque-e-que-este-trio-surpreende-tudo-e-todos-ate-os-cientistas-206543


(3 Furacões nos EUA - Irma, Kátia e José)


(Furacão Irma,Katia e José)


(Furacões nos EUA JOSÉ, KATIA E IRMA)

28/02/17

Meteorologia - Foi há 76 anos, a 15 de Fevereiro de 1941, que o País foi varrido de forma muito violenta por uma depressão muito cavada que passou a ser conhecida como o “ciclone de 1941”.



«CICLONE DE 1941

Foi há 76 anos, a 15 de Fevereiro de 1941, que o País foi varrido de forma muito violenta por uma depressão muito cavada que passou a ser conhecida como o “ciclone de 1941”.

O território do continente sentiu a influência da depressão, que se deslocou para nordeste ao longo da costa Portuguesa, provocando em todo o território ventos muito fortes e precipitação elevada, causando “enormes prejuízos, alguns irreparáveis, que comprometeram seriamente a economia nacional” (em, Boletim Mensal, Ministério da Economia, Serviços de Meteorologia, Nº50, 2ª série, Fevereiro de 1941).

O processo evolutivo desta depressão pode ser classificado como ciclogénese explosiva, com os valores de pressão a descerem acentuadamente em 24h, nomeadamente em Coimbra, onde a variação da pressão em 24h foi de 48,5 hPa, tendo-se registado entre as 15h do dia anterior e as 15h do dia 15, uma variação de 987,0 hPa a 938,5 hPa, respetivamente (valores de pressão registados ao nível da estação).

Em Lisboa foi registado um valor de rajada de 129 km/h, Coimbra registou 133 km/h e no Porto, Serra do Pilar, 167 km/h, momento em que o anemómetro se avariou.» in http://www.ipma.pt/pt/media/noticias/news.detail.jsp?f=/pt/media/noticias/textos/ciclone-1941.html


12/07/16

Meteorologia - A ideia de guardar amostras de gelo pode parecer descabida, mas é mesmo esse o objetivo da equipa de investigadores que vai extrair em Agosto blocos de gelo do Mont Blanc, nos Alpes, ameaçado pelo aquecimento global.



«O gelo do Mont Blanc, uma mina de informação sobre o clima

A ideia de guardar amostras de gelo pode parecer descabida, mas é mesmo esse o objetivo da equipa de investigadores que vai extrair em Agosto blocos de gelo do Mont Blanc, nos Alpes, ameaçado pelo aquecimento global.

"O gelo é um poço de informação", explica à AFP Jérôme Chappellaz, diretor de pesquisa no Laboratório de Glaciologia e Geofísica do Meio Ambiente (LLGE) de Grenoble, França. As bolhas de ar e impurezas dos blocos de gelo carregam informações muito valiosas sobre as condições atmosféricas verificadas há séculos ou mesmo há milhares de anos atrás.

Foi assim que os investigadores conseguiram estabelecer o vínculo entre as temperaturas e os gases do efeito estufa. Em Mont Blanc (ou Monte Branco), os investigadores vão poder estudar, em particular, a evolução da poluição ou da atividade industrial a nível europeu ao longo de cem anos.

No total, doze especialistas franceses, italianos e russos vão passar vários dias a 4.300 metros de altitude num maciço dos Alpes franco-italianos para extrair três barras de gelo de 140 metros de comprimento.

Uma das amostras será analisada no laboratório de Grenoble. O objetivo é construir uma base de dados aberta a todos os cientistas. 

As outras duas amostras irão para a base franco-italiana de Concordia, na Antártica, em 2019 e 2020, onde serão conservadas numa cova de neve, "um congelador natural a -50ºC", a salvo de problemas elétricos. O objetivo é preservar durante séculos "a memória do gelo", uma “matéria-prima" extremamente valiosa para os cientistas.

Na primeira metade de 2017 está prevista outra operação similar em Illimani, na Bolívia, a 6.300 metros de altitude, em condições muito mais difíceis. Nos próximos dez anos, os investigadores esperam extrair vinte amostras de todos os continentes. 

Corrida contra o tempo

Jérôme Chappellaz acredita que com o desenvolvimento tecnológico será possível, dentro de algumas décadas, detetar muitas outras coisas neste tipo de amostras, como por exemplo mapear as  mutações dos vírus ou das bactérias. Em cinquenta anos, "talvez existam as ferramentas necessárias para analisar, mas pode ser que já não tenhamos as amostras de gelo", teme o investigador.

Parte da dificuldade está no tempo de vida das geleiras naturais, uma vez que estas evoluem e fundem-se rapidamente.

O gelo a menos de 3.500 metros de altitude nos Alpes desaparecerá antes do fim do século XXI. Nos Andes, a geleira de Chacaltaya, na Bolívia, situada a 5.300 metros, desapareceu em 2009.

“Este ano, fundiu-se gelo a 6.000 metros de altitude no Illimani, devido ao fenómeno do El Niño", explica Patrick Ginot, do Instituto Francês de Pesquisa para o Desenvolvimento, e um dos promotores deste projeto.» in http://24.sapo.pt/article/sapo24-blogs-sapo-pt_2016_07_12_441903692_o-gelo-do-mont-blanc--uma-mina-de-informacao-sobre-o-clima

28/01/16

Arte Fotografia - A fotografia desta "Mão de Deus" foi captada nas primeiras horas da manhã do último domingo pelo bloguer de fenómenos meteorológicos Rogério Pacheco.



«Fotografia: "Mão de Deus" paira sobre a Madeira

A imagem é de uma nuvem em tons de vermelho e laranja, cuja forma parece uma mão a segurar uma bola de fogo.

A nuvem que pairou sobre os céus madeirenses já é conhecida como a "Mão de Deus". 

A fotografia desta "Mão de Deus" foi captada nas primeiras horas da manhã do último domingo pelo bloguer de fenómenos meteorológicos Rogério Pacheco.

Rogério partilhou as imagens no blogue "Tempo nas Ilhas" nesse mesmo dia, sem causar grande alarido. 

Dias mais tarde, as imagens chegaram à imprensa britânica e começam a espalhar-se por media de todo o mundo e pelas redes sociais.

“Assim que vi o céu, fiquei imediatamente intrigado. Peguei na minha câmara e tirei uma fotografia”, contou Rogério ao jornal inglês Metro.» in http://24.sapo.pt/article/24-sapo-pt_2016_01_28_1291663209_fotografia---mao-de-deus--paira-sobre-a-madeira

05/01/16

Meteorologia - Estrada de acesso à Serra da Estrela está encerrada, tal como uma estrada nacional e de duas municipais em Viseu. e também Montalegre e Melgaço sofrem dificuldades com a queda de neve.



«Neve corta estradas e fecha escolas
13:55 Económico com Lusa

Estrada de acesso à Serra da Estrela está encerrada, tal como uma estrada nacional e de duas municipais em Viseu. Também Montalegre e Melgaço sofrem dificuldades com a queda de neve.

A estrada Piornos-Torre-Lagoa Comprida, na Serra da Estrela, foi encerrada ao trânsito às 04:30 desta terça-feira devido à queda de neve, disse à agência Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Castelo Branco.

De acordo com a mesma fonte, o fecho da estrada nacional 338 abrange os troços 11, 12 e 13, entre Piornos e o cruzamento para a Torre, acesso à Torre e cruzamento da Torre para a Lagoa Comprida.

A mesma fonte adiantou ainda que pelas 05:30 foi também cortado o acesso da nacional 338 entre Loriga (Seia) e a Lagoa Comprida e também o troço número dois na Estrada Nacional 339, entre Lagoa Comprida e o Sabugueiro.

Segundo o Comando distrital de operações de socorro (CDOS) de Castelo Branco, e com base nas informações transmitidas pelo Centro de Limpeza de Neve, não há previsão para a abertura das vias.

Também na Serra de Montemuro, no norte do distrito de Viseu, a queda de neve obrigou ao corte de uma estrada nacional e de duas municipais, disse à agência Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro.

Segundo a mesma fonte, desde as 09:00 estão cortadas a Estrada Nacional 321, que liga Castro Daire a Cinfães, e as estradas municipais 1053 (entre Felgueiras e Bigorne) e 533 (entre Feirão e Resende).
“Já tinha caído neve durante a noite, mas só a essa hora é que as estradas ficaram cortadas”, referiu, acrescentando que não há indicação de viaturas retidas na neve.

A queda de neve cortou ainda o acesso à freguesia de Padroso, em Arcos de Valdevez, obrigando à intervenção dos serviços municipais de proteção civil para limpeza da via.

Em declarações à agência Lusa, o vereador da proteção civil, Olegário Gonçalves adiantou que "o alerta foi dado cerca das 08:30, tendo sido deslocados para o local meios dos serviço municipais de proteção civil para garantir o acesso àquela freguesia de montanha", situada nas proximidades do concelho vizinho de Paredes de Coura, distrito de Viana do Castelo.

O vereador com a área da proteção civil adiantou que "também já neva na freguesia da Gavieira", inserida na área do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG).

"Está a nevar na Gavieira mas as estradas ainda estão transitáveis", afirmou o responsável.

Escolas encerram à tarde em Montalegre

O Agrupamento de Escolas Dr. Bento da Cruz, em Montalegre, decidiu suspender as atividades letivas a partir das 13:45 nos seus estabelecimentos de ensino devido à neve que cai com alguma intensidade no concelho.

Na página da internet do agrupamento, a direção informa que a decisão de encerrar as escolas à tarde foi tomada devido “às condições climatéricas adversas” e em articulação com a proteção civil municipal.

Os alunos das escolas básica e secundária vão regressar, por isso, mais cedo às suas casas.

Segundo fonte da proteção civil, desde esta manhã que a queda de neve está a causar alguns constrangimentos em Montalegre, distrito de Vila Real, não se tendo verificado o transporte escolar de Pitões das Júnias para a sede do concelho.

A estrada da fronteira esteve também condicionada à passagem dos veículos pesados.

No terreno estão os meios da proteção civil a efetuarem as operações de limpeza das estradas.

O concelho dispõe de cerca de uma dezena de veículos, dos bombeiros, câmara e de particulares preparados para limpar a neve das estradas e também, se necessário, espalhar sal.

O município contratualiza com particulares a utilização de tratores, também com equipamento adaptado, que vão para as estradas ajudar nas operações de limpeza.

Segundo a GNR de Vila Real, neva com intensidade no Alto de Espinho, Marão, no entanto, no Itinerário Principal 4 (IP4) o trânsito está a circular e no local encontram-se um limpa neves a proceder à limpeza da via.

No nó das autoestradas A7 com a A24, ao quilómetro 46 a neve também cai com intensidade bem como no concelho de Boticas mas, até ao momento, não há registo de estradas interrompidas.

Manto de neve cobre freguesias em Melgaço

Um manto com cerca dez centímetros de neve cobre hoje as freguesias de Lamas de Mouro e Castro Laboreiro, em Melgaço, após o primeiro nevão deste inverno, disse à Lusa fonte da Proteção Civil municipal.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Melgaço, Manoel Batista, adiantou que "a neve começou a cair cerca das 08:10, em Castro Laboreiro e já chegou a Lamas de Mouro". "Está a nevar com bastante intensidade", afirmou o autarca.

Contactado pela Lusa, o responsável pelo serviço municipal de proteção civil, Luís Matos, referiu que a situação "mais complicada se verifica em Castro Laboreiro".

No local, a coordenar as operações de limpeza, Luís Matos adiantou que naquela freguesia, "situada a mil metros de altitude, o manto de neve chega a ter seis centímetros de altura", sendo que "a circulação automóvel não está cortada, mas condicionada a veículos com tração total".

"Os veículos de transporte coletivo não podem circular de todo. Está a nevar com intensidade, e a situação tende a agravar-se".

Adiantou que "os meios estão no terreno, andam num vai e vem para manter as vias, minimamente, circuláveis". "Temos um trator limpa neve, e outro com sal para garantir os acessos até Castro Laboreiro", disse.

Quinze distritos do continente estão, esta terça-feira, sob aviso amarelo devido à previsão de agitação marítima, queda de neve e vento forte, informou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).» in http://economico.sapo.pt/noticias/neve-corta-estradas-e-fecha-escolas_238916.html

04/08/15

Meteorologia - O índice de severidade meteorológica – um dos que são normalmente utilizados para descrever as condições de risco para os fogos florestais – está mais elevado do que em 2003, 2005 e 2013, anos catastróficos em termos de área ardida em Portugal.




«Portugal enfrenta pior severidade meteorológica dos últimos 16 anos
RICARDO GARCIA 04/08/2015 - 14:23

Condições são muito favoráveis para os fogos florestais, mas Protecção Civil diz que o combate está a funcionar.

Portugal está a enfrentar condições meteorológicas favoráveis a incêndios florestais como não se via há cerca de uma década e meia. E o calor promete apertar na generalidade do país nesta primeira metade de Agosto. Mas a protecção civil está confiante de que o combate aos incêndios está a funcionar.

O índice de severidade meteorológica – um dos que são normalmente utilizados para descrever as condições de risco para os fogos florestais – está mais elevado do que em 2003, 2005 e 2013, anos catastróficos em termos de área ardida em Portugal. “Este ano é o mais severo dos últimos 16 anos”, disse José Manuel Moura, responsável pelo Comando de Operações Nacional de Socorro da Protecção Civil, numa conferência de imprensa esta terça-feira.

Os incêndios deste ano consumiram, até 31 de Julho, 28.781 hectares de matos e florestas, segundo o último relatório do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), divulgado esta terça-feira. Na década anterior (2005-2014), apenas dois anos tiveram maior área ardida até ao fim de Julho: 2005 (92 mil hectares) e 2012 (68 mil hectares).

Em 2014, ao longo de todo o ano arderam apenas 20 mil hectares – o menor valor desde que há registos sobre os fogos florestais em Portugal. Já este ano, tanto a área ardida, como o número de fogos até ao final de Julho ultrapassam os valores totais de 2014, mas estão próximos dos valores médios da década anterior. Houve 10.340 incêndios. A média entre 2005 e 2014 foi de 9961. Já a área ardida está ligeiramente inferior à média, que é de 29.467 hectares.

José Manuel Moura afirma que as condições meteorológicas actuais são capazes de criar grandes problemas em pouco tempo. “Temos incêndios a arrancar em 20 minutos com uma força brutal”, afirma.

Mas o coordenador nacional das operações de socorro faz um balanço positivo do combate aos incêndios até agora. “Em nenhuma ocorrência tivemos um incêndio com mais de 24 horas”, justifica. O tempo médio para a primeira equipa de combate chegar a um incêndio é de cerca de 12 minutos. E, em média, os fogos têm vindo a ser controlados em 36 minutos.

A “resposta musculada” aos fogos, segundo José Manuel Moura, tem feito com que muitos nem cheguem a ser notícia. Na prática, 79% dos incêndios são fogachos, com menos de um hectare de área ardida, segundo os números do ICNF.

Este ano, contam-se para já 43 incêndios com mais de 100 hectares. Os maiores ocorreram em Sever do Vouga, a 2 de Abril, com 1574 hectares de área ardida, e em Tomar, dia 7 de Julho, com 1580 hectares.

O combate tem sido facilitado por um número menor de fogos ao mesmo tempo, em relação a outros anos. O maior volume de ocorrências diárias foi registado na Primavera, durante uma onda de calor que afectou parte do país entre 27 de Março e 7 de Abril. No dia 4, houve 217 incêndios – o maior número deste ano. Nos verões candentes de 2003 e 2005, chegou a haver mais de 400 ocorrências diárias.

Com a situação meteorológica deste ano, uma nova onde de calor pode complicar substancialmente o trabalho dos bombeiros. Desde Dezembro, tem caído menos chuva do que o normal. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) classificou todos os meses entre Dezembro e Junho como “secos” ou “muito secos”. Os dados para Julho ainda não estão publicados, mas dificilmente fugirão à regra.

O mês de Agosto começou com 383 incêndios registados nos seus três primeiros dias. O mais problemático deflagrou em Oleiros na segunda-feira à tarde e foi dado como dominado na manhã seguinte. Entre 500 a 700 hectares de matos e florestas terão ardido, segundo estimativa da Câmara Municipal.

A previsão do IPMA para os próximos dez dias aponta para condições potencialmente mais problemáticas. O tempo deve-se manter quente e seco e a temperatura vai aumentar na generalidade do território continental no fim-de-semana. No domingo, os termómetros poderão chegar a 40 graus nalguns pontos do país.» in http://www.publico.pt/ecosfera/noticia/portugal-enfrenta-pior-severidade-meteorologica-dos-ultimos-16-anos-1704055