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04/05/20

Amarante Gatão - O Sr. Pinto Coelho, a Mãe e a Irmã, Arminda, na Quinta do Serrado em Gatão, Amarante.


(Sr. Pinto Coelho e Mãe, na Quinta do Serrado em Gatão) 


(Casamento da irmã do Sr. Pinto Coelho, Arminda) 


(A Mãe do Sr. Pinto Coelho e a irmã, Arminda, a mulher e filha do caseiro da Quinta do Serrado, nas escadas da casa.) 


(Arminda, irmã mais nova do Sr. José Pinto Coelho)

05/09/18

Amarante Gatão - A circulação numa das faixas de rodagem da EN210, ao quilómetro 38,6, em Amarante, está fechada desde o início de 2016, após queda de um talude, sem que a Infraestruturas de Portugal (IP) tenha efetuado a reparação.



«Amarante espera há mais de dois anos reparação da derrocada de talude na EN210

A circulação numa das faixas de rodagem da EN210, ao quilómetro 38,6, em Amarante, está fechada desde o início de 2016, após queda de um talude, sem que a Infraestruturas de Portugal (IP) tenha efetuado a reparação.

O presidente da Junta da União de Freguesias de Amarante, Joaquim Pinheiro, disse hoje à Lusa estar "muito preocupado com o impasse", tendo sido infrutíferas as sucessivas comunicações da autarquia sobre o assunto enviadas à Infraestruturas de Portugal.

Os contactos começaram poucos meses após a derrocada do talude, na localidade de Gatão, devido à intempérie. Contudo, até ao momento, os trabalhos de reparação, da responsabilidade da administração central, não foram efetuados, mantendo-se aquele troço, no lugar do Ladário, limitado a uma das faixas. A última informação da tutela comunicada à junta, em agosto de 2017, indicava que estava ainda a ser preparado o projeto para a reparação e que a empreitada estaria prevista para 2018.

A agência Lusa pediu esclarecimentos sobre a situação à IP não tendo, até ao momento, obtido resposta.

Joaquim Pinheiro alertou para o perigo da situação, uma vez que aquela via é utilizada regularmente por autocarros que asseguram o transporte escolar. A poucos dias do início do ano letivo, o presidente da junta reforçou a sua preocupação com a situação, que diz ser "vergonhosa" e "indigna".

O condicionamento na circulação ocorre, no sentido Amarante/Celorico de Basto, logo a seguir a uma curva, aumentando o perigo da situação.

Acresce que a vegetação que rodeia a EN210, no troço até Celorico de Basto, invadiu em vários pontos a faixa de rodagem, ocultando os rails e a sinalização vertical, comprometendo a segurança da estrada, alertou ainda o presidente da junta

A Lusa confirmou no local o cenário descrito pelo autarca de Amarante. Há zonas onde a vegetação dos dois lados da estrada oculta completamente os sinais de trânsito e, parcialmente, a faixa de rodagem e a delimitação das bermas, o que se torna mais percetível nas inúmeras curvas daquela via.» in https://www.dn.pt/lusa/interior/amarante-espera-ha-mais-de-dois-anos-reparacao-da-derrocada-de-talude-na-en210-9799464.html

20/01/17

Amarante Literatura - O Poeta e Escritor Místico de Amarante, Teixeira de Pascoaes, na sua relação com a vida e com Deus, a imagem de Cristo interpelava-o na sua contemplação artística.


(Cristo morto na cruz - aguarela de Teixeira de Pascoaes)


«Na Semana Santa íamos sempre para casa do Tio João, na vila, para ver a procissão do enterro, na noite de sexta-feira.

As varandas enfeitadas com colchas de damasco e lamparinas acesas enchiam-se de espectadores amigos.

E a procissão subia a rua íngreme num passo cadenciado. Os penitentes, com archotes iluminando o negrume da noite, seguiam o andor do Senhor morto. Fixamos a figura de Cristo e temos a sensação de que Ele nos segue com os olhos.

Pascoaes estava habituado a assistir a esta procissão.

Mas, nesse ano de 1952, ficou emocionado. Exclamou: «Parece que Ele me olhou com intenção!»

Foi o último ano de vida do Poeta.» in Fotobiografia "Na sombra de Pascoaes" de Maria José Teixeira de Vasconcelos.

09/07/16

Amarante Gatão - Permanecem por esclarecer as origens da igreja de Gatão, no entanto, uma tradição, por enquanto lendária e sistematicamente veiculada na historiografia, atribui a fundação do templo ao século IX, altura em que se verificou uma efectiva organização do território em torno do Douro, por iniciativa da monarquia asturiana.


(Coleção Fotoselo ROTEP, N.º 55, Igreja de Gatão, Amarante, Foto-Arte)




«Classificado como MN - Monumento Nacional

Decreto n.º 33 587, DG, I Série, n.º 63, de 27-03-1944. (ver Decreto)
Decreto n.º 30 838, DG, I Série, n.º 254, de 1-11-1940 (ver Decreto) (suspendeu o diploma anterior quanto aos imóveis que fossem propriedade particular, até que se cumprisse o disposto no art.º 25.º do Decreto n.º 20 985, DG, I Série, n.º 56, de 7-03-1932 (ver Decreto)) 
Decreto n.º 30 762, DG, I Série, n.º 225, de 26-09-1940 (ver Decreto) ZEP 
Portaria de 23-01-1951, publicada no DG, II Série, n.º 38, de 16-02-1951 (com ZNA) Zona "non aedificandi" 
Portaria de 23-01-1951, publicada no DG, II Série, n.º 38, de 16-02-1951 

Permanecem por esclarecer as origens da igreja de Gatão. Uma tradição, por enquanto lendária e sistematicamente veiculada na historiografia, atribui a fundação do templo ao século IX, altura em que se verificou uma efectiva organização do território em torno do Douro, por iniciativa da monarquia asturiana.

A parcela mais antiga que atualmente se conserva no conjunto - a capela-mor - data da época românica, de um momento não identificado que pode coincidir com os meados do século XIII, como pretende ALMEIDA, 2001, p.124. Apesar da relativa modéstia construtiva e do plano comum quadrangular, é uma peça de importância superior no contexto do Românico da região de Amarante. No exterior, as estreitas frestas contrastam com a elegância das arcadas cegas de volta perfeita, à maneira lombarda, que antecedem a cornija onde assenta o telhado, e que ALMEIDA, 2001, p.124, aproxima às de Roriz, fazendo antever uma directa influência das oficinas românicas da região de Guimarães na zona de Amarante. No lado Sul, há vestígios de adossamento de um alpendre, com certeza posterior à edificação românica.

É, todavia, no interior que a capela-mor revela a sua real importância. O arco triunfal é de volta perfeita de duas arquivoltas, sendo a exterior envolvida por cercadura enxaquetada, um dos motivos mais frequentes do nosso Românico. A suportar esta composição encontram-se duas atarracadas colunas encimadas por capitéis de decoração vegetalista que, segundo Xosé Lois GARCÍA, 1997, p.74, detêm inegável conteúdo alegórico, já que pretendem simbolizar o pão e o vinho, através do trigo e da videira. De acordo com o mesmo autor, esta representação directa da Eucaristia é a face visível de um "românico realista, libertado da sobrecarga que muitas vezes torna este estilo pouco decifrável".

Na transição para a Idade Moderna, a igreja foi profundamente alterada, senão arquitectonicamente, pelo menos ao nível dos elementos devocionais do seu interior. Grande parte das suas paredes foram cobertas por painéis de pintura mural, de que restam seis grandes conjuntos, que aguardam ainda um estudo monográfico que esclareça qual a sua importância no contexto da pintura mural nortenha das décadas finais da Idade Média. Em posição axial sobre o arco triunfal encontra-se a representação do Calvário, composição entendida como de influência bizantina (DGEMN, on-line), mas cuja posição estática e hierática das figuras é um valor comum na pintura mural da época. A ladear o arco triunfal, existem quatro painéis, compostos por outros tantos santos inseridos em nichos, como se de esculturas se tratassem. No interior da capela-mor, a parede fundeira é parcialmente ocupada por dois painéis, um com a representação de Santo António e outro com um passo da Paixão de Cristo (Cristo a caminho do Calvário), o que pressupõe que outros painéis tenham originalmente existido e que ilustrassem os derradeiros momentos da vida terrena do Salvador.

O corpo românico do templo foi substituído por outro durante a época moderna, mas, à excepção da galilé que antecede a igreja, a proporção medieval da nave dever-se-á ter mantido. No século XVII edificou-se o campanário, anexo à frontaria pelo lado Norte e composto por dois registos, sendo o inferior ocupado por arco de volta perfeita e o superior pelo campanário propriamente dito, de duas sineiras encimadas por cornija horizontal. No início da década de 50 do século XX a DGEMN procedeu a obras de restauro no monumento, reconstruindo-se, então, a parede Sul da nave e a fachada principal da galilé. Entre os trabalhos realizados, conta-se ainda a substituição de telhados e pavimentos. No cemitério anexo encontra-se o túmulo de Teixeira de Pascoaes, um dos amarantinos mais ilustres do século XX.


15/01/16

Amarante Gatão - Igreja Românica de São João de Gatão em meados do século passado, num fantástico enquadramento com o Rio Tâmega e o Marão...

(Extraordinário enquadramento paisagístico da Igreja Românica de São João de Gatão em Amarante, tal como Pascoaes a viu, ou melhor, Pascoaes via a singela Igreja de São João de Gatão, de uma forma que o comum dos mortais, como eu, jamais poderemos alcançar... ele via Deus nas coisas, não a internet das coisas.)

24/09/15

Amarante Gatão - O singelo mirante do Jardim da Casa de Pascoaes, onde o Escritor Teixeira de Pascoaes, escreveu parte de "Marânus".


Mirante do Jardim da Casa de Pascoaes, onde o Escritor Teixeira de Pascoaes, escreveu parte de "Marânus" e ainda onde hoje existe escrita na cal, pelo punho do próprio escritor, a seguinte quadra:


«Aqui, neste mirante,
Donde se avista o Mundo,
Marânos, esse triste vagabundo,
Compôs em verso pobre a sua história andante.» in "Na Sombra de Pascoaes" de Maria José Teixeira de Vasconcelos


20/08/15

Amarante Gatão - Os andores prontos para a Procissão de Domingo, na Capela da Senhora do Vau, em Gatão, bem encostada ao Rio Tâmega...


(Sábado à noite, na véspera do Dia da nossa Senhora do Vau, uma espreitadela aos andores...)


«Gatão (Freguesia)

Gatão é uma das freguesias mais importantes de Amarante. Encostada à sede do concelho, tem uma história muito importante. 

Aqui fica a Casa de Pascoaes, onde viveu durante muitos anos o célebre escritor. 

O povoado fortificado de Ladário, da Idade do Ferro; e uma inscrição romana dedicada a Júpiter, encontrada na Quinta de Pascoais, revelam o povoamento pré-Nacional da freguesia. 

O topónimo Gatão tem uma origem que encontra duas explicações: corrupção da palavra muçulmana Catton (gato); ou o Conde D. Gatão, senhor destas terras nos tempos da Reconquista Cristã. 

Gatão foi vila, integrada nas Terras de Basto.

Entre 26 de Março de 1896 e 25 de Maio de 1902, Gatão teve um território maior do que atualmente, já que Vila Garcia esteve anexa para efeitos administrativos. 

A Igreja Paroquial de S. João de Gatão é um dos imóveis notáveis da freguesia. Está classificada como Monumento Nacional desde 1940 e usufrui de uma Zona de Especial Proteção. 

Construída no século XII, sofreu profundas modificações ao longo dos séculos. É um dos mais importantes templos do românico do concelho. De planta longitudinal, é composta por galilé, nave e capela-mor quadrangular. 

A fachada principal é de frontão pinaculado, o arco da galilé é encimado por um pequeno óculo. O portão de acesso à igreja é oval. 

No interior, dois pares de frestas laterais dão alguma iluminação ao espaço. Sobre o arco triunfal, encontra-se um fresco de inspiração bizantina. Na capela-mor, dois frescos que representam Cristo com a cruz. 

A Casa de Pascoaes é Imóvel de Interesse Público desde 1977. 

Foi construída na primeira metade do século XVII por ordem de João Mendes de Vasconcelos e Queirós. 

Entre 1913 e 1922, viveu aqui o escritor Teixeira de Pascoaes. É um edifício revivalista, maneirista e neoclássico, de planta em U, com capela no topo do braço. As influências da arquitetura francesa são, aqui, evidentes. 

A Capela da Senhora do Vau é um templo seiscentista ou setecentista, de características vernáculas, de planta longitudinal com alpendre. Tanto a nave única como a capela-mor estão dispostas em eixo, com sacristia adossada à capela-mor. O Cruzeiro de Gatão foi edificado em 1673. O pedestal é paralelepipédico, a coluna de secção circular, o remate em cruz latina. O seu processo de classificação foi aberto em 1997. 

A Casa de Tardinhade é um magnífico solar em granito, enquadrado por uma paisagem muito verdejante de cerca de quarenta hectares. Dali, avista-se a serra do Marão e o monte da Senhora da Graça. A parte mais antiga da casa data do século XVII. A casa central, as quatro casas do caseiro e toda a encosta formam um conjunto estético de grande interesse arquitetónico. 

As Alminhas de Gatão, a Estação ferroviária hoje descativada, construída cerca de 1920; e uma pequena Capela no lugar de Pascoaes merecem também o destaque numa freguesia que é famosa, ainda, pela qualidade do seu vinho verde.» in http://retratoserecantos.pt/freguesia.php?id=958

18/08/14

Amarante Gatão - Festa da Nossa da Assunção que se venera na Sua Capela no Lugar do Vau em Gatão, Terra do Grande Teixeira de Pascoaes!



Antoine Sallaert - assumption of the virgin.jpg

«Nossa Senhora da Assunção

Nossa Senhora da Assunção é a denominação dada a Virgem Maria em alusão a sua assunção aos céus. 

A festa da Assunção é comemorada dia 15 de agosto. Também é conhecida como Nossa Senhora da Glória ou Nossa Senhora da Guia.» in http://pt.wikipedia.org/wiki/Nossa_Senhora_da_Assun%C3%A7%C3%A3o


27/01/14

Amarante Gatão – Gatão dispõe, desde 25 de janeiro, de um novo equipamento, que José Luís Gaspar, Presidente da Edilidade de Amarante, inaugurou, na presença de autarcas locais e de habitantes da freguesia.



«JOSÉ LUÍS GASPAR INAUGUROU CASA MORTUÁRIA DE GATÃO

AMARANTE – Gatão dispõe, desde 25 de janeiro, de um novo equipamento, que José Luís Gaspar, Presidente da Edilidade de Amarante, inaugurou, na presença de autarcas locais e de habitantes da freguesia.

Na intervenção que proferiu após a cerimónia religiosa e depois do descerramento da placa evocativa da inauguração, José Luís Gaspar congratulou-se com o aproveitamento que foi feito das antigas instalações do Jardim de Infância de Gatão “cuja transformação, disse, confere dignidade à partida dos cidadãos para a sua última morada e ajuda a aliviar a dor dos seus ente-queridos”.

O Presidente da Câmara de Amarante elogiou também “o trabalho feito nos últimos anos para dotar as freguesias do Município de casas mortuárias”, lembrando que apenas duas, num total de quarenta, não dispõem daquele equipamento. “Cabe-nos concluir este processo, o que não deixaremos de fazer”, referiu.

A casa mortuária de Gatão, situada nas proximidades da igreja paroquial e do cemitério, resulta de uma adaptação das antigas instalações do infantário daquela freguesia, tendo ficado dotada de vestíbulo, sala mortuária, instalações sanitárias, copa, sala e circulações.

A adaptação operada resultou de um protocolo estabelecido entre a freguesia e o Município, do qual resultou o financiamento das obras em 50 mil euros.» in http://local.pt/portugal/norte/jose-luis-gaspar-inaugurou-casa-mortuaria-de-gatao/


17/10/12

Amarante - A Câmara Municipal de Amarante e a REFER assinaram, em 2007, protocolos de concessão de utilização dos edifícios e logradouros das estações de Gatão e da Chapa, na Linha do Tâmega, hoje transformada em ecopista!



«Município recupera estação de Gatão

A Câmara Municipal de Amarante e a REFER assinaram, em 2007, protocolos de concessão de utilização dos edifícios e logradouros das estações de Gatão e da Chapa, na Linha do Tâmega, hoje transformada em ecopista.

Vai ser no âmbito destes protocolos que, agora, o Município vai proceder à recuperação dos três imóveis que compõem a Estação de Gatão: o edifício da estação, propriamente dito, o armazém e as instalações sanitárias.

A recuperação terá um caráter mimético, especialmente no edifício principal, pelo que se procurará repor todas as fachadas, seja ao nível da sua estrutura, vãos ou elementos decorativos. Este imóvel vai apresentar-se como um “open space”, servindo de base de apoio aos utilizadores da ecopista, pelo que será dotado de um bar e instalações sanitárias para pessoas com mobilidade condicionada. Mas não só: o seu interior albergará também um centro interpretativo e promocional, relacionado com o Caminho de Ferro e com a produção de vinhos, uma atividade por excelência da freguesia de Gatão.

Já quanto ao armazém, a sua recuperação transformá-lo-á numa sala para exposições temporárias, destinando-se as instalações sanitárias a utilização pelos utentes da pista, pelo que estarão permanentemente abertas.

A ecopista da Linha do Tâmega foi inaugurada em abril de 2011, tem uma extensão de 9 400 metros, entre a estação de Amarante e o limite do Município, na partilha com o de Celorico de Basto. É, hoje, um dos “equipamentos” mais utilizados no concelho, seja para caminhar, correr, andar de bicicleta, skate ou patins.

As obras de recuperação da estação de Gatão vão ser objeto de concurso público, tendo o preço-base sido fixado em 226 mil euros, IVA excluído.» in http://avozlocal.com/index.php?option=com_content&view=article&id=5062:municipio-recupera-estacao-de-gatao&catid=174:amarante&Itemid=783
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Eis uma boa notícia para Amarante e para todos os que gostam do seu património!


#REFER

23/11/11

Amarante Gatão - Casa de Pascoaes, Gatão, Fotoselo N.º 62, Foto-Arte, março de 1961!

1


Fotoselo N.º 62, Fototeca Nacional, Meados do Século XX, Documentário do País aos 8 Séculos de Pátria!




«Casa de Pascoaes


A Casa de Pascoaes localiza-se junto ao rio Tâmega, na freguesia de Gatão, no concelho de Amarante, em Portugal.


Trata-se de uma quinta com solar, onde residiu o poeta português Teixeira de Pascoaes.
A propriedade remonta ao século XVII. Foi primitivamente restaurada pelo bisavô do poeta e, mais tarde, objeto de nova campanha de remodelações promovida pela mãe de Teixeira de Pascoaes, que transformou alguns salões em quartos.


Tendo passado de geração em geração dentro da mesma família, atualmente dispõe de um museu que conserva o espólio do poeta. Constitui-se num dos destinos turísticos mais importantes do concelho.» in http://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_de_Pascoaes




«Casa de Pascoaes


Quinta do Séc. XVII / XVIII / XIX / XX.


Quinta com núcleo construído sensivelmente ao centro, composto por solar e dependências agrícolas. O solar de planta em U, integra capela no topo do braço S., formando terreiro fechado no topo E. por muro com portal precedido por jardim formal murado, ladeado a N. pela adega, com acesso por portão voltado a uma antiga casa de caseiro. Junto à fachada lateral N. do solar desenvolvem-se dependências agrícolas e de serviço, ligadas à adega, formando pátio interior, e a O. e S. jardim formal, pomar e terrenos agrícolas com vinha.

PORTAL rasgado em muro rebocado e pintado de branco, rematado por cornija de granito ritmado por bustos masculinos, também em granito. O portal, em arco abatido, apresenta portão de ferro, com bandeira possuindo o monograma da casa CP, é ladeado por janelas gradeadas, interiormente com conversadeiras, e pilastras que se prolongam até a espaldar elevado e recortado superiormente, culminando em fragmentos curvos de cornija, e sob estas decorações de volutas e cartelas. Acima da pedra de fecho do portal encontra-se pedra de armas encimada por estátua.

SOLAR com volumes de dominante horizontal, com coberturas em telhados de três e quatro águas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, à excepção da lateral N. e parte do extremo da lateral S., em alvenaria de granito. Apresentam vãos de verga recta emoldurados, marcadas por cunhais e cornija sob beiral nos remates, a granito. Fachada principal voltada a E., de dois pisos, rasgada regularmente, no primeiro piso, por portas, e no segundo, por janelas de sacada com guarda de ferro, nas alas laterais e portas e janelas de peitoril na ala central. Esta ala apresenta a todo o comprimento escadaria de três lanços rectos composta por lanço central de acesso a patamar que se liga a outros dois lanços divergentes que culminam em pequenos alpendres sustentados por colunelo, protegendo as duas portas que se abrem no ângulo das alas. Estes alpendres apresentam tectos de masseira de madeira com pedra de armas pintada. A escadaria é revestida a azulejos policromos a azul e amarelo, de diferentes padrões seiscentistas, que se espalham pelo embasamento das alas laterais e do muro do portal, envolvendo todo o terreiro. Sobre os vãos dos lanços divergentes rasgam-se janelas jacentes em arco angular ladeadas por arcos plenos, do lado esquerdo de acesso à zona reservada a turismo de habitação, e do lado oposto, formando nicho com fonte. No topo da ala direita surge o volume dos lagares, de um só piso, aberto por três portas, a central carral. Fachada lateral S. voltada ao pomar, de dois pisos, marcada por varanda corrida de pedra, aberta inferiormente por três nichos em arco pleno, um deles correspondendo a casa de fresco, com bancos, pequena fonte com carranca e edícula com imagem pétrea, conhecida como Fonte do Silêncio, com placas de bronze, incrustadas na parede, com o nome dos amigos de Teixeira de Pascoaes que visitaram o local. No extremo direito, pano ligeiramente recuado, com escadaria de acesso a varanda que comunica com a ala correspondente aos aposentos de Teixeira de Pascoaes. Esta ala apresenta merlões sobre a cornija de remate. Fachada lateral N., voltada ao pátio interior, de um só piso, rasgada por portas e janelas. Fachada posterior, a O., voltada ao jardim, de um e dois pisos, devido ao declive do terreno, rasgada por portas e janelas de peitoril.

INTERIOR: No primeiro piso encontra-se a zona reservada a turismo de habitação com amplo salão, quartos e sanitários, todos com pavimentos em tijoleira e tectos de madeira. Segundo piso organizado por dois pequenos corredores paralelos que partem das duas entradas da fachada principal que intercedem em corredor perpendicular a estes, que percorre todo o solar. O corredor pequeno da ala N. apresenta lavabo de granito com espaldar rectangular, com bica carranca, ladeado por pilastras e rematado por entablamento encimado por volutas. Apresenta taça semicircular com interior concheado. Este corredor comunica ainda com o jardim, sala de jantar e com a cozinha, em quota superior e acesso por escada de granito. A cozinha apresenta paredes em granito, com cantareiras, cobertura em telha vã, e pavimento em laje de granito. No centro, surge lançadouro e na parede testeira vão ladeado por duas colunas toscanas, de acesso ao espaço ocupado pela lareira, com lar e trafegueiro, em granito. Este último espaço é integralmente coberto por chaminé de granito. O corredor paralelo oposto dá acesso ao salão nobre, com tecto em masseira de madeira com pedra de armas pintada, e à zona dos aposentos de Teixeira de Pascoaes, composta por quarto, biblioteca / escritório e sala. Estes espaços apresentam vãos em arco angular com a cruz de Cristo sempre presente na decoração, nomeadamente nas portas e no pano de apanhar da lareira. O longo corredor perpendicular dá acesso a salas e quartos com tectos e pavimentos de madeira, e casa de banho com pavimento de grés com desenhos florais e silhar de azulejos com temática floral. Quase todas as divisões possuem conversadeiras em granito ou em madeira.

CAPELA de planta rectangular, com entrada transversal, massa simples. Fachada principal rebocada e pintada de branco e lateral e posterior em alvenaria de granito. Remates em cornija sob beiral com cruz sobre acrotério na empena da fachada lateral, e nos extremos pináculos piramidais com bola. Fachada principal voltada ao terreiro rasgada por vãos de verga recta, dispostos irregularmente, correspondentes a portal e janelas em capialço, uma delas, jacente. Sobre o muro do terreiro surge a sineira, em arco pleno, coroada por cruz latina.

INTERIOR com paredes rebocadas e pintadas de branco, pavimento em laje de granito e teto de masseira com caixotões de madeira. Coro-alto protegido por balaustrada de madeira. Subcoro ocupado pela sacristia, com acesso por porta de verga recta e lavabo de granito com espaldar decorado por volutas, bica floral e taça concheada. Na parede testeira da capela sobre supedâneo encontra-se retábulo em talha. JARDIM composto por duas áreas distintas. A primeira, de construção mais recente, a preceder o portal principal, com caminho central ladeado por canteiros geométricos de buxo, pontuados por laranjeiras, agapantos e roseiras. O lado S. deste jardim é murado, surgindo ao centro espaldar triangular, com composição ornamental de volutas e coroamento por pináculo. A segunda área, mais antiga, apresenta jardim construindo em três patamares. O patamar superior, chamado de Terreiro Pequeno, é coberto por ramada de vinha e apresenta bancos, coluna e chafariz de taça floral, tudo de granito. Sobre o muro de suporte, voltado ao patamar intermédio surgem alegretes e relógio de sol. O patamar intermédio apresenta no extremo O. monumental fonte, conhecida como Fonte dos Golfinhos, cuja água é conduzida para grande tanque de granito, no patamar inferior. Em ambos os lados deste patamar intermédio surgem alegretes e bancos. O último patamar prolonga-se por área de canteiros geométricos de buxo pontuados por camélias, roseiras e agapantos. Para S. desta área encontra-se o extenso POMAR, composto essencialmente por laranjeiras, percorrido por alamedas cobertas por ramadas de vinha, onde se encontra um mirante, sobre paredes de granito, com passagem inferior, coberto por quatro águas, com paramentos pintados de rosa, o pano S., voltado à paisagem, integralmente envidraçado, e acesso lateral por escada. No pomar surgem ainda dois tanques de granito, um deles, bastante afastado da casa, de grandes dimensões, com mina de água e junto a esta, espaldar rebocado e pintado de branco, com pequeno nicho encimado por pináculos e cruz.

DEPENDÊNCIAS DE SERVIÇO com fachadas em alvenaria de granito, em torno de pátio interior, com acesso pela cozinha, coberto por ramada de vinha. Numa das dependências fica a cozinha dos trabalhadores, com forno e lareira com lar e trafegueiro de granito;

FONTES: Fonte da escadaria da fachada principal com grande bica carranca enquadrada por volutas. Taça trilobada e gomada; Fonte dos Golfinhos, no jardim, com estrutura de pórtico pétrea, de planta recta, com três eixos, divididos por pilastras. No eixo central surge grande nicho com imagem de São João Baptista, coroado no fecho por pinha, e nos eixos laterais pequenos nichos. Tanque rectangular com bicas em forma de dois golfinhos, ladeado por bancos. Remate em entablamento encimado por ático com aletas e nicho com imagem de Santo António, rematado por frontão curvo interrompido por pináculo. Lateralmente encontra-se porta de acesso à mina;

AZULEJOS: Escadaria e panos da fachada principal, voltados ao terreiro, com silhar de azulejos seiscentistas de padrão, monocromos a azul e policromos a azul e amarelo. Encontram-se misturados, na maioria mutilados, aproveitando algumas partes dos painéis para organizar padrões diferentes. Em alguns locais estão completamente misturados, sem qualquer lógica de padrão. Dos painéis 4x4 verificam-se os padrões P-441, P-456 e P-444 e dos 6x6 o P-602 (variante) e P-604. Encontram-se ainda a cercadura C-71, o friso F-10 e as Barras B-1 e B-30, esta última disposta de modo a formar painel;

TALHA: Retábulo da capela de planta reta, com três eixos, rematado por entablamento decorado por querubins, elevado no eixo central por arco pleno de remate da tribuna. Esta apresenta painel relevado com glória de anjos e sol, no centro. Eixos laterais enquadrados por colunas salomónicas decoradas por pâmpanos, enquadrando peanha com imagem sobre fundo pintado com arabescos. Banco decorado por querubins, arabescos e imagens de santos. Altar recto, com frontal decorado por três painéis decorados por arabescos.

Séc. 17, segunda metade - Construção do solar, provávelmente a mando de João Mendes de Vasconcelos e Queirós; 1672 - instituição da fábrica da capela; séc. 17, final / séc. 18, início - construção da fonte do jardim; é Senhor da Casa de Pascoaes, João Inácio de Vasconcelos Queirós e Magalhães, filho do primeiro proprietário; séc. 18, segunda metade - é Senhor da Casa de Pascoaes, António Teixeira Mendes de Vasconcelos, neto do primeiro proprietário; 

1808 - o solar é incendiado por ocasião das Invasões Francesas; apenas é poupada a capela, apesar do retábulo e imaginária terem sido vandalizados com golpes de baionetas dos soldados de Napoleão; séc. 19, meados - reconstrução do solar; 1862 - construção do portal de acesso ao terreiro; 

1877, 2 Novembro - nascimento em São Gonçalo de Amarante de Joaquim Pereira Teixeira de Vasconcelos, conhecido como Teixeira de Pascoaes, cujo o nome retirou da sua Casa de Pascoaes; 

1879 - o solar encontrava-se bastante degradado; o Conselheiro João Pereira Teixeira de Vasconcelos e D. Carlota Guedes Monteiro, pais de Teixeira de Pascoaes *1 mudam-se para o solar; posteriormente mudam-se para Amarante para que o filho mais velho pudesse frequentar o liceu; 

1913 - Teixeira de Pascoaes abandona a carreira judicial e refugia-se na sua Casa de Pascoaes, dedicando-se unicamente à escrita *2; 

1916 - D. Carlota manda restaurar o solar e remodelar a antiga sala de baile, transformando-a na ala dos aposentos de Teixeira de Pascoais; 

1922 - após o falecimento do Conselheiro, a casa deixa de ser habitada permanentemente e Teixeira de Pascoaes e família passam a ir todos os invernos para Lisboa; séc. 20, primeira metade - Teixeira de Pascoaes manda construir o mirante do pomar; 

1952, 14 Dezembro - falecimento de Teixeira de Pascoaes no solar; a propriedade passa para o seu sobrinho João Pereira Teixeira de Vasconcelos.


Morada: EN 210 (Amarante - Arco de Baúlhe), cruzamento com estrada secundária no Lug. de Pascoaes
Lugar: Pascoaes
Freguesia: GATÃO
Concelho: AMARANTE
Código postal: 4600-632» in http://www.baixotamega.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=27524&catId=28291&cId=27528&pId=29427

03/05/08

Amarante Gatão - Capela da Senhora do Vau - Gatão, terra do Poeta Teixeira de Pascoaes!




























«Um vau é o trecho de um rio, lago, mar com profundidade suficientemente rasa para passar a pé, a cavalo ou com um veículo.
A toponímia de várias línguas registra localidades cujos nomes têm origem num vau: Vau (concelho de Óbidos, Portugal), Frankfurt (Alemanha) ou Oxford (Inglaterra).» in Wikipédia.
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No Rio Tâmega, em Gatão, Amarante, o Rio fica muito baixo devido às azenhas dos antigos Moinhos e mais fácil de se atravessar a pé, até pelas açudes que se ergueram para desviar as águas para os moinhos. Além disso o Vau é um estrangulamento do Rio pelas suas margens, tornando-o mais estreito. Daí vem o nome Vau, com toda a naturalidade, dado que as pessoas de Lufrei atravessavam facilmente o Rio para Gatão e vice-versa. Quase todos os nomes dos lugares têm origem remota e são relativos às características do próprio local.