«P@TRIMÓNIO & M@TOSINHOS (1)
OS IMÓVEIS CLASSIFICADOS
Joel CLETO - Património & M@tosinhos (1): Os imóveis classificados. Matosinhos Hoje. Matosinhos, 5 de Março de 2003, p. 3.» in http://joelcleto.no.sapo.pt/textos/PatrimonioeMatosinhos1.htm
(REPORTAGEM - Sétima edição dos Hospitalários no Caminho de Santiago - FEIRA MEDIEVAL)
OS IMÓVEIS CLASSIFICADOS
A web está repleta de referências à História e Património de Matosinhos. Os sítios e páginas onde se encontram essas informações é que nem sempre são fáceis de detectar. E nem todos são fiáveis ou merecedores de credibilidade científica.
Que o digam muitos dos professores dos estabelecimentos de ensino do concelho que se confrontam repetidamente com dados e referências erróneas obtidas pelos seus alunos na Internet.
Nesta pequena coluna procuraremos divulgar algumas das moradas existentes na Net que nos parecem mais relevantes e úteis para um conhecimento “virtual” da História e do Património deste território.
Começamos por um dos destinos obrigatórios dos técnicos e especialistas nas questões patrimoniais em Portugal e de todos que desejam conhecer o património nacional e, logo, também o de Matosinhos.
Referimo-nos a www.monumentos.pt , o site da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais que abriga aquela que é a maior base de dados nacional relativa a imóveis classificados (monumento nacional, imóvel de interesse público, ou imóvel de interesse concelhio) ou em vias de classificação. O acesso a esse “Inventário” é bastante fácil bastando, para o efeito, clicar na frase “Inventário do Património Arquitectónico” que surge na página de abertura do site. De imediato somos remetidos para um conjunto de fáceis instruções que possibilitam diversos tipos de busca: pesquisa simples, pesquisa avançada e geo-pesquisa.
Para cada imóvel a ficha, que comporta também elementos gráficos como fotografias, mapas e desenhos, contempla diversos campos de grande utilidade, nomeadamente: designação, localização, acesso, protecção/classificação, enquadramento, descrição do monumento, utilização inicial e actual, propriedade, afectação, época de construção, arquitecto/construtor/autor, cronologia, tipologia, características particulares, dados técnicos, materiais de construção, bibliografia, intervenções realizadas, e observações.
Relativamente ao concelho de Matosinhos o leitor pode encontrar actualmente neste site elementos sobre os seguintes 29 monumentos:
2 sepulturas abertas na rocha, no lugar de Montedouro (Perafita)
Capela Nossa Senhora da Conceição (S. Mamede de Infesta)
Capela de Santana (Leça do Balio)
Capela de Santo António do Telheiro (S. Mamede de Infesta)
Capela de S. Brás/ Capela Nossa Senhora do Livramento (Santa Cruz do Bispo)
Capela de São Félix na Quinta de São Félix de Picoutos (Leça do Balio)
Capela de São Sebastião (Santa Cruz do Bispo)
Casa de Recarei/Quinta do Alão (Leça do Balio)
Casa e Capela da Quinta de Fafiães (Leça do Balio)
Casa e Quinta do Chantre (Leça do Balio)
Castro do Monte Castêlo (Guifões)
Cruzeiro de Leça do Balio
Cruzeiro no adro da Igreja de S. Mamede de Infesta
Edifício da Real Vinícola (Matosinhos)
Elementos arquitectónicos delineados por Nazoni na Quinta dos Bispos (Santa Cruz do Bispo)
Fábrica “Algarve Exportador” e “Rainha do Sado” (Matosinhos)
Forte de Leça da Palmeira
Igreja Matriz de S. Mamede de Infesta
Igreja Paroquial de Matosinhos
Imóvel sito na Rua Brito Capelo, 540 (Matosinhos)
Mosteiro de Leça do Balio
Padrão do Bom Jesus de Matosinhos/ Padrão do Senhor da Areia (Matosinhos)
Palacete da Ponte da Pedra (Leça do Balio)
Pelourinho de Matosinhos
Ponte da Pedra (Leça do Balio)
Ponte de D. Goimil (Custóias)
Ponte de Guifões
Ponte do Carro (Santa Cruz do Bispo)
Tanques cavados nos rochedos da Praia de Angeiras (Lavra)
Elaboradas por técnicos e colaboradores credenciados de uma das principais instituições oficiais responsável pelo património edificado do país, a produção destas fichas encontra-se datada, sendo em muitos casos actualizada periodicamente, o que não deixa de ser relevante, não só porque muitos dos nossos monumentos vão sendo objecto de diversas intervenções (de restauro ou de musealização, por exemplo) que importa conhecer, mas também porque deste modo poderemos ser remetidos para bibliografia mais recente produzida sobre o imóvel em causa.
E pronto. Vamos lá à visita virtual... embora a real seja a visita ideal!
«LENDAS ASSOCIADAS AO STO ANTÓNIO DO TELHEIRO
Conhecem-se duas lendas que envolvem esta Capela. D Fernando Martins, assim se chamava Santo António - quando já era cónego regular da Santa Cruz de Coimbra, encantado e seduzido com a singela humildade e pobreza dos frades menores, com quem mantinha conversação, rogou ao seu prior, D João César, licença para abandonar o convento.
O prior, relutante, hesitou num primeiro momento, mas o que é certo é que anuiu ao rogado e, desde aquele dia do ano de 1220, passou a chamar-se frade menor - Frei António.
A história continua com uma viagem de Frei António a Braga. Já posto o sol, junto da estrada real, que o era ao tempo, viu uma capelinha e ali se preparou para orar e pernoitar.
O povo, que tudo ignora mas tudo sabe, fez correr a nova de que Frei António ali estava orando e depressa se encontrou junto do Santo.
Num momento ali se ergueu um abrigo ( Telheiro ) para que ele, embora singelamente acomodado, não ficasse ao relento de noite. Este abrigo a que o povo chamava " Tilheirinho " , veio mais tarde a dar o nome à Capela de Santo António do Telheiro, que havia de ser construída à custa das dádivas das boas gentes desta localidade e das esmolas dos viandantes que na sua passagem na velha estrada Porto - Braga as iam colocando num nicho aí colocado para esse efeito, nicho esse que corresponde às actuais " Alminhas "» in http://ccultotelheiro.blogs.sapo.pt/2985.html
(REPORTAGEM - Sétima edição dos Hospitalários no Caminho de Santiago - FEIRA MEDIEVAL)