«Freguesia de Oliveira, Vila Meã, Amarante
A freguesia de S. Paio de Oliveira é uma das três freguesias de Vila Meã (as outras são Ataíde e Real), povoação do Concelho de Amarante que foi elevada a categoria de Vila, por deliberação da Assembleia da República, em 18 de dezembro de 1987.
Vila Meã foi, desde a Idade Média, sede do antigo concelho de Santa Cruz de Riba Tâmega, extinto em 24 de outubro de 1855.
A freguesia de Oliveira entegrou desde sempre esse concelho, sendo já citada nas Inquirições de 1220 e 1258. É citada igualmente no foral que D. manuel II concedeu a Santa Cruz de Riba Tâmega, em 1513.
Embora o patrono da freguesia seja S. Paio, a religiosidade dos seus habitantes manifestou-se ao longo dos tempos, de forma mais vincada, no culto de Nossa Senhora da Guia, a quem foi dedicada uma capela no lugar da Torre. A capela encontra-se actualmente em estado de ruína, mas o culto mantém-se, agora na Igreja Matriz, onde continua exposta a imagem.
Freguesia eminentemente rural, a sua paisagem, tal como a do resto da vila, marcada fortemente pelo o rio Odres. Embora pequeno, este afluente do rio Tâmega, é o maior responsável pela enorme fertilidade de um extenso vale que se prolonga desde Santa Cristina de Figueiró, onde nasce, até Canaveses, onde tem a sua foz.
A Freguesia de S. Paio de Oliveira dista 16 quilómetros da cidade de Amarante, estando situada no extremo sudoeste do concelho. Faz fronteira com Lousada e Penafiel.
Conjuntamente com Real e Ataíde forma o núcleo de Vila Meã, elevada a Vila em Dezembro de 1987.
«S. Paio
S. Paio foi um jovem mártir de 12 ou 13 anos que terá dado a vida em defesa da sua fé, a qual não negou, nem mesmo em troca de ofertas de riqueza e liberdade. Reza a lenda que o jovem se encontrava preso como refém dum Rei Mouro e era a garantia do regresso do tio, o qual tinha sido condicionalmente libertado para encontrar a forma de pagar o resgate de ambos.
Paio, menino prodígio, com grandes qualidades e virtudes, inflexível na sua adoração a Deus, foi cruelmente torturado pelo Rei Mouro, feito em pedaços e posteriormente lançado ao Rio Guadalquivir.» in http://www2.dlc.ua.pt/etnografia/sao_paio_da_torreira.htm