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26/04/09

Santo Papa Canoniza Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável, Beato Nuno de Santa Maria!

«Nuno Álvares Pereira

Fonte: SAPO Saber, a enciclopédia portuguesa livre.



Nota: Para outros significados de Nuno Álvares Pereira, ver Nuno Álvares Pereira (clarificação).
D. Nuno Álvares Pereira
D. Nuno Álvares Pereira
Nuno Álvares Pereira, também conhecido como o Santo Condestável, Beato Nuno de Santa Maria, ou simplesmente Nun'Álvares (Cernache do Bonjardim, 24 de Junho de 1360 — Lisboa, 1 de Novembro de 1431) foi um general português do século XIV que desempenhou um papel fundamental na crise de 1383-1385, quando Portugal jogou a sua independência contra Castela. Nuno Álvares Pereira foi também 2.º conde de Arraiolos, 7.º conde de Barcelos e 3.º conde de Ourém. A 15 de Agosto de 1423 professou votos, tomando o nome de Nuno de Santa Maria, e ingressou no Convento do Carmo, em Lisboa.
Camões, em sentido literal ou alegórico, explícito ou implícito, faz referência ao Condestável nada menos que 14 vezes em Os Lusíadas.
Uma sua escultura encontra-se no Arco da Rua Augusta, na Praça do Comércio, em Lisboa.

Índice

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[editar] Biografia

Estátua de Nuno Álvares Pereira, do escultor Leopoldo de Almeida, em frente do Mosteiro da Batalha
Estátua de Nuno Álvares Pereira, do escultor Leopoldo de Almeida, em frente do Mosteiro da Batalha
Nuno Álvares Pereira nasceu na vila de Cernache do Bonjardim, concelho da Sertã. É um dos 26 filhos conhecidos do prior do Crato, D. Álvaro Gonçalves Pereira; a sua mãe foi D. Iria Gonçalves do Carvalhal.
Aos treze anos veio para a corte de D. Fernando I, onde se distinguiu dos outros jovens da sua idade. A rainha D. Leonor decidiu tomá-lo como escudeiro e foi também ela que o armou cavaleiro.
Casou com Leonor de Alvim em, em 1377 em Vila Nova da Rainha, freguesia do concelho de Azambuja. Do seu casamento, o Condestável teve três filhos, mas apenas uma sobreviveu, D. Beatriz Pereira de Alvim, que se tornou mulher de D. Afonso, o primeiro Duque de Bragança, dando origem à Casa de Bragança, que viria a reinar três séculos mais tarde.

[editar] A crise 1383-1385

Quando o rei Fernando de Portugal morreu em 1383, sem herdeiros a não ser a princesa Beatriz casada com o rei João I de Castela, Nuno foi um dos primeiros nobres a apoiar as pretensões de D. João, Mestre de Avis à coroa. Apesar de ser filho ilegítimo de Pedro I de Portugal, João afigurava-se como uma hipótese preferível à perda de independência para os castelhanos. Depois da primeira vitória de Álvares Pereira frente aos castelhanos na batalha dos Atoleiros em Abril de 1384, João de Avis nomeia-o Condestável de Portugal e Conde de Ourém.
O génio militar de Nuno Álvares Pereira foi decisivo na Batalha de Aljubarrota.
O génio militar de Nuno Álvares Pereira foi decisivo na Batalha de Aljubarrota.
A 6 de Abril de 1385, D. João é reconhecido pelas cortes reunidas em Coimbra como Rei de Portugal. Esta posição de força portuguesa desencadeia uma resposta à altura em Castela. D. João de Castela invade Portugal com vista a proteger os interesses de sua mulher. D. Beatriz. Álvares Pereira toma o controlo da situação no terreno e inicia uma série de cercos a cidades leais a Castela, localizadas principalmente no Norte do país.

[editar] Aljubarrota e a técnica do quadrado

A 14 de Agosto, Álvares Pereira mostra o seu génio militar ao vencer a batalha de Aljubarrota à frente de um pequeno exército de 6000 portugueses e aliados ingleses, contra as 30.000 tropas castelhanas. O Condestável dispôs as forças em três alas, com uma reserva na retaguarda, comandada por D. João I. Os castelhasnos avançaram; as forças portuguesas fecharam-se sobre si mesmas, constituido um quadrado, e cortando a retirada ao inimigo. D. João avançou e o pânico espalhou-se no exército castelhano.
A batalha viria a ser decisiva para o fim da instabilidade política de 1383-1385 e na consolidação da independência portuguesa.
Finda a ameaça castelhana, Nuno Álvares Pereira permaneceu como condestável do reino e tornou-se Conde de Arraiolos e Barcelos. Entre 1385 e 1390, ano da morte de D. João de Castela, dedicou-se a realizar raides contra a fronteira de Castela, com o objectivo de manter a pressão e dissuadir o país vizinho de novos ataques. Lembrado como um dos melhores generais portugueses, o Condestável abraça, nos últimos anos, a vida religiosa carmelita.

[editar] Vida religiosa

Nos últimos anos da sua vida Nuno Álvares Pereira recolheu-se no Convento do Carmo, onde morreu.
Nos últimos anos da sua vida Nuno Álvares Pereira recolheu-se no Convento do Carmo, onde morreu.
Após a morte da sua mulher, em 1388, tornou-se carmelita (entrou na Ordem em 1423, no Convento do Carmo, que fundara como cumprimento de um voto). Toma o nome de Irmão Nuno de Santa Maria. Permanece no convento até à morte, ocorrida no domingo de Páscoa, a 1 de Abril[1] de 1431, aos 71 anos.
Durante o seu último ano de vida, o r ei D. João I fez-lhe uma visita no Carmo. D. João sempre considerou que fora Nuno Álvares Pereira o seu mais próximo amigo, que o colocara no trono e salvara a independência de Portugal.
O túmulo de Nuno Álvares Pereira foi destruído no Terramoto de 1755. O seu epitáfio era: "Aqui jaz o famoso Nuno, o Condestável, fundador da Casa de Bragança, excelente general, beato monge, que durante a sua vida na terra tão ardentemente desejou o Reino dos Céus depois da morte, e mereceu a eterna companhia dos Santos. As suas honras terrenas foram incontáveis, mas voltou-lhes as costas. Foi um grande Príncipe, mas fez-se humilde monge. Fundou, construiu e dedicou esta igreja onde descansa o seu corpo."
Há uma história apócrifa, em que Dom João de Castela teria ido ao Convento do Carmo encontrar-se com Nun'Álvares, e lhe teria perguntado qual seria a sua posição se Castela novamente invadisse Portugal. O irmão Nuno terá levantado o seu hábito, e mostrado, por baixo deste, a sua cota de malha, indicando a sua disponibilidade para servir o seu país sempre que necessário.

[editar] Beatificação e Canonização

Nuno Álvares Pereira foi beatificado em 23 de Janeiro de 1918 pelo Papa Bento XV. O seu dia festivo é 6 de Novembro. O processo de canonização foi iniciado em 1940, tendo sido interrompido posteriormente.
Em 2004 foi reiniciado. No Consistório de 21 de Fevereiro de 2009, o Papa Bento XVI anunciou para 26 de Abril de 2009 a canonização do Beato Nuno de Santa Maria, juntamente com quatro outros novos santos[2] . Este Consistório é um acto formal no qual o Papa pede aos Cardeais para confirmarem os processos de canonização já concluídos. O processo referente a Nuno Álvares Pereira encontrava-se concluído desde a Primavera de 2008.

[editar] Vídeos

Visitantes da Batalha desconhecem o santo

O Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota (CIBA), em Porto de Mós, junto do qual se travou a batalha entre portugueses e castelhanos em 1385, tem no militar D. Nuno Álvares Pereira o maior dos protagonistas. Vídeo LUSA
Canonização: A vizinha que não fala do milagre

No interior das muralhas do Castelo de Ourém, onde numa das suas ruas mora a mulher que se afirma curada por intercessão de Nuno Álvares Pereira, mostram-se infrutíferas as tentativas para falar com a miraculada. Vídeo LUSA

[editar] Referências

  1. Esta data é largamente aceite pelos historiadores, embora a convicção popular fosse de que tinha morrido a 1 de Novembro, dia em que tinha lugar a principal festa do culto ao Santo Condestável. 600 anos de elogios a D. Nuno Álvares Pereira, DN, 21 de Abril de 2009
  2. Notícia em Agência Ecclesia

[editar] Ligações externas

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» in http://saber.sapo.pt/wiki/Nuno_%C3%81lvares_Pereira

São Nuno Alvares Pereira, ou melhor, São Nuno, o Santo Condestável!
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Ignorado por muitos, hoje foi um Grande Dia para Portugal! Viva São Nuno, um Santo em quem os políticos que temos, se deveriam inspirar, como muito bem referiu o meu Amigo, Ângelo Ôchoa! Mas bem sei, para corruptos é difícil...



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