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20/05/14

Conde de Amarante - O Palácio, objecto de roteiros turísticos, pertenceu ao general Francisco da Silveira, conde de Amarante, governador das armas da província de Trás-os-Montes, durante o período da invasão francesa.



«PALACIO DO CONDE DE AMARANTE

Fiquei chocado ao ler o último NVR. 

Afastado da Bila, na periferia desta capital megalómana e cada vez mais centralizadora, surpreendeu-me a notícia de que o Palácio, que foi do Governo Civil, vem sendo transformado em quartel da Polícia. 

A PSP tem todo o direito, porque é necessidade, de ter instalações condignas e funcionais. 

É consabido que desde há 40 anos, pelo menos, as instalações de esquadras, comandos, etc. se têm vindo a degradar até à ruína. Não é culpa da polícia, que não tem obrigação de salvaguardar o património histórico e cultural que utiliza, dadas as verbas orçamentais insuficientes para as suas necessidades essenciais (por vezes mal aplicadas...). 

O Palácio, objecto de roteiros turísticos, pertenceu ao general Francisco da Silveira, conde de Amarante, governador das armas da província de Trás-os-Montes, durante o período da invasão francesa. O conde de Amarante foi um dos generais mais notáveis do exército português que entraram na guerra peninsular. 

O seu palácio merece ocupação compatível, com o seu Salão Nobre, os seus claustros, como honrosa sala de visitas da cidade que constitui local emblemático da Bila. Dos poucos que lhe restam, com a grandiosidade e imponência que o caracterizam. 

Nele estavam sediados e devem continuar, serviços locais do Estado, para que não se percam irremediavelmente, nem os empregos que facultam, ou a utilidade e proximidade que nos proporcionam e aos interesses locais e regionais, do Douro! 

A esquadra no rés-do-chão está lá muito bem, no centro da cidade, como convém. 

Agora, armas e explosivos, camaratas, núcleos policiais? Num palácio?! 

Não se querem repetidos os exemplos de má memória da época da revolução liberal que expropriou monumentos nacionais e conventuais abusivamente subtraídos às ordens religiosas e ao povo que os comparticipou, vendendo-os posteriormente ao desbarato ou levando-os até caírem aos bocados. 

Esperemos que a Cidade, sem prejuízo dos direitos do seu legítimo proprietário, saiba preservar o que é seu património e o exija.

Justino De Mello» in http://www.noticiasdevilareal.com/conversa/viewtopic.php?p=2800


(xj6 amarante*** passeio pelo centro de Vila Real Portugal)


(PORTUGAL - AMARANTE)


(Solar Silveira)