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01/12/15

Portugal Património - A candidatura da arte de fazer chocalhos - uma espécie de GPS do gado - é promovido pelo Turismo do Alentejo, Câmara de Viana do Alentejo, Junta de Freguesia de Alcáçovas e por outros municípios que ainda têm fabricantes de chocalhos.



«O chocalho já é património cultural imaterial da UNESCO

A candidatura da arte de fazer chocalhos - uma espécie de GPS do gado - é promovido pelo Turismo do Alentejo, Câmara de Viana do Alentejo, Junta de Freguesia de Alcáçovas e por outros municípios que ainda têm fabricantes de chocalhos.

A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) aprovou esta terça-feira a classificação da arte chocalheira portuguesa a Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguarda Urgente.

A candidatura da arte de fazer chocalhos - uma espécie de GPS do gado - é promovido pelo Turismo do Alentejo, Câmara de Viana do Alentejo, Junta de Freguesia de Alcáçovas e por outros municípios que ainda têm fabricantes de chocalhos.

A arte e a técnica são provenientes do período romano. Os chocalhos, produto de um ofício tradicional em extinção, retratam um período de trocas culturais que se perderam no tempo mas não na história.

Dos 13 mestres chocalheiros que restam no país, nove têm mais de 70 anos e os outros têm entre 30 e 40 anos, mas nenhum tem aprendiz.

Os resistentes têm o seu epicentro na freguesia de Alcáçovas, no concelho de Viana do Alentejo.

Esta arte pode parecer simples, mas a "construção implica conhecimentos profundos, desde a música à serralharia do ferreiro", afirma Paulo Lima à Renascença.

"O chocalho é um objecto sonoro que tem de ser afinado. Há todo um saber, desde a escolha do metal até à afinação, que é uma arte única", recorda.» in http://rr.sapo.pt/noticia/40917/o_chocalho_ja_e_patrimonio_cultural_imaterial_da_unesco


(Badalos de vacas antigos)


(Tradição - Noite dos Chocalhos em Loriga)


(REGIONAL - José Narciso - O colecionador de chocalhos - 7 de Nov. 2013)

29/08/15

Património - Quer seja pelo passado por vezes sombrio ou pela necessidade de um enorme músculo financeiro para a sua reabilitação, a verdade é que os hospitais psiquiátricos desactivados são muitas vezes deixados ao abandono, reféns das memória que por lá existem.



«O QUE RESTA DOS MANICÓMIOS ITALIANOS? 

As cidades reaproveitam centros e edifícios industriais, transformam prédios em decadência em creches, parques de diversões em centros empresariais, igrejas desactivadas em moradias. De tudo isto já falámos no Green Savers. Mas há uma espécie de edifício público que raramente é reabilitado: os hospitais psiquiátricos.

Quer seja pelo passado por vezes sombrio ou pela necessidade de um enorme músculo financeiro para a sua reabilitação, a verdade é que os hospitais psiquiátricos desactivados são muitas vezes deixados ao abandono, reféns das memórias que por lá existem.

Em Itália, onde eles eram conhecidos por manicómios, como bem relembra o Mail Online, eles foram proibidos por lei em 1978, deixando centenas de edifícios em ruínas assombradas nos anos seguintes.

O explorador urbano Thomas Windisch fotografou alguns destes edifícios, ainda que sempre acompanhado. “Ao fazer a minha pesquisa sobre estes locais descobri que muitas coisas más aconteceram por lá. Nestes locais é assustador quando, sabendo que estamos sozinhos, uma porta fecha-se por causa do vento”, explicou ao Mail Online.

“Mas adoro locais onde posso captar o passado. Isso desperta a minha imaginação e posso vê-los exactamente como foram e o que poderá ter lá acontecido”, concluiu o fotógrafo austríaco.» in http://greensavers.sapo.pt/2015/08/29/o-que-resta-dos-manicomios-italianos-com-fotos/

21/05/15

Património Mundial - Centenas de artefactos históricos foram retirados de Palmira antes de o autodenominado Estado Islâmico (Daesh) ter conseguido controlar por completo a cidade.



«O tesouro histórico que caiu nas mãos do Estado Islâmico

Centenas de artefactos históricos foram retirados de Palmira antes de o autodenominado Estado Islâmico (Daesh) ter conseguido controlar por completo a cidade. Mas teme-se a destruição das ruínas históricas do local, que mostramos e desenvolvemos em 10 imagens.

O Daesh conseguiu controlar por completo esta quinta-feira de manhã a cidade síria de Palmira, temendo-se que se repita ali a destruição de ruínas históricas de valor incalculável, conforme já aconteceu noutros pontos, como foi o caso da cidade iraquiana de Mosul.

A diretora-geral da UNESCO Irina Bokova apelou à comunidade internacional para que faça tudo ao seu alcance para proteger a população civil e o património histórico do local.

“Eu estou profundamente preocupada com a situação em Palmira. Os combates estão a colocar em risco um mais importantes locais do Médio Oriente e a sua população”, afirmou Irina Bokova numa mensagem divulgada quarta-feira, na altura em que a cidade estava a ser tomada pelo Daesh.

As ruínas de Palmira remontam ao século I e II D.C.. Antes do começo da guerra na Síria, era visitada anualmente por milhares de turistas, que se deslumbravam com as ruínas do Império Romano, entre as quais as que são conhecidas entre os sírios como “a Ponte do Deserto”.

As autoridade sírias retiraram centenas de artefactos históricos para Damasco, mas é uma incógnita o que irá acontecer às ruínas de Palmira.

Além de terem atacado e vandalizado um museu de Mosul, os militantes do Daesh também causaram avultados estragos em Hatra e Ninvah, outras cidades qualificadas pela UNESCO como património da humanidade.

Para além da destruição de vestígios de culturas não-islâmicas ou pré-islâmicas, os jiadistas também têm vendido artefactos históricos no mercado negro.» in http://expresso.sapo.pt/internacional/2015-05-21-O-tesouro-historico-que-caiu-nas-maos-do-Estado-Islamico


(Palmira: Património da Humanidade à beira de ser arrasada pelo “Estado Islâmico”)


(Palmyra, Syria)


(Palmyra Ruins تدمر‎ - Syria س)

25/12/13

Património - A mansão de nove quartos, habitada por uma única família, foi abandonada no início dos anos 90, mas os vestígios de um dia-a-dia normal permanecem intactos, roupa pendurada, camas por fazer ou mesmo copos de vinho deixados a meio – a casa parece esperar pelos seus habitantes.

A fantasmagórica mansão belga abandonada à pressa (com FOTOS)

«A fantasmagórica mansão belga abandonada à pressa 
Publicado em 25 de Dezembro de 2013.

Há toda uma quantidade de edifícios, quintas, aldeias e casas que foram abandonados de um dia para o outro, em todo o mundo, deixando resíduos do quotidiano intocados durante anos e décadas.

Porém, esta mansão belga atinge um patamar nunca antes visto – pelo menos no Green Savers. Situada na zona oeste da Bélgica, esta mansão foi descoberta pelo explorador urbano Andre Govia, de 37 anos, e poderia facilmente ser o cenário de um filme de terror – o Shinning, por exemplo.

A mansão de nove quartos, habitada por uma única família, foi abandonada no início dos anos 90, mas os vestígios de um dia-a-dia normal permanecem intactos. Roupa pendurada, camas por fazer ou mesmo copos de vinho deixados a meio – a casa parece esperar pelos seus habitantes.

“É um sítio fantástico. Estava muito frio, o ar estava pesado e os barulhos que vinham de fora davam-me arrepios, mas a parte mais incrível é o tamanho da casa”, afirmou Govia, que ganha a vida a documentar edifícios abandonados.

“As pessoas que vêem estas fotos acham que é uma pena o desperdício do edifício, da sua história”, explicou o autor do trabalho.

Este é apenas um exemplo da grande quantidade de edifícios abandonados, em todo o mundo, e que poderiam ser reabilitados e recuperados para habitação ou outros fins.» in http://greensavers.sapo.pt/2013/12/25/a-fantasmagorica-mansao-belga-abandonada-a-pressa-com-fotos/nggallery/image/mansao_9/#ngg-gallery-25cf44a1a4bf77dca81567e9133c1bc3-61909



20/12/13

Património Cultural - Baixo-relevo de cerca de 1575 retrata o teólogo Diogo de Paiva de Andrade e foi adquirido por 43 mil euros, anunciou esta sexta-feira a Direção-Geral do Património Cultural.



«MUSEU DE ARTE ANTIGA COMPRA EM LONDRES UMA PEÇA "ÍMPAR" RESGATADA AOS ESCOMBROS DE 1755

Baixo-relevo de cerca de 1575 retrata o teólogo Diogo de Paiva de Andrade e foi adquirido por 43 mil euros, anunciou esta sexta-feira a Direção-Geral do Património Cultural.

Não se sabe quem a terá resgatado intacta às ruínas da Capela de São Nicolau de Tolentino, da Igreja do Convento da Graça, de Lisboa, depois do terramoto de 1 de novembro de 1755. Sabe-se apenas que em algum momento depois esta peça “ímpar” entrou para a coleção de Sebastião José de Carvalho e Mello, Marquês de Pombal. Terá estado com os herdeiros deste até em 1997 surgir pela primeira vez no mercado. Agora, 16 anos volvidos, o Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) conseguiu adquirir este baixo-relevo datado de cerca de 1575 e que retrata Diogo de Paiva de Andrade, um dos mais importantes teólogos portugueses.

A obra, um medalhão em bronze com 33 centímetros de diâmetro, posteriormente emoldurado e com uma base em mármore, chegou esta quarta-feira ao MNAA, onde integrará as coleções de escultura.

“Já na época do Marquês de Pombal se percebeu a importância histórica deste medalhão”, explica Anísio Franco, conservador de escultura e vidros do museu. Também especialista em leilões, Anísio Franco chama a atenção para uma segunda placa aplicada no século XVIII ao reverso do medalhão quinhentista. Nessa segunda placa, uma longa inscrição em latim explica vários aspetos da memória transportada pela peça em que o rosto de Diogo de Paiva de Andrade ficou gravado num retrato lateral, feito na tradição renascentista das peças “ao romano” com que algo mais de um século antes, em Itália, se tinham começado a celebrar os grandes heróis antigos e contemporâneos.

A inscrição setecentista estabelece, por um lado, os principais dados biográficos de Paiva de Andrade, contemporâneo de D. Sebastião e o mais importante agostinho do reino, participante, aos 33 anos, no Concílio de Trento, considerado um dos três concílios fundamentais da Igreja Católica. Por outro lado, a inscrição fala do processo de achamento do próprio medalhão, contando como “foi recuperado intacto das ruínas” da capela onde o teólogo foi enterrado em 1575 e como a peça foi depois “esquecida até ao momento em que […] Sebastião José de Carvalho e Mello […] corrigiu esta negligência” fazendo com que a memória de Paiva de Andrade “fosse protegida da devastação do tempo”.  

“A inscrição demonstra que havia já, nitidamente, uma vontade de preservação de memória”, sublinha Anísio Franco. Uma vontade que se liga hoje tanto à importância da personagem retratada quanto às características formais da própria peça e ao seu percurso histórico.

Com dimensões que ultrapassam em muito a medalhística no sentido em que hoje estamos habituados a pensá-la, não se conhece, em Portugal, outra peça semelhante; “tem alguma raridade mesmo considerando a produção internacional”, diz Maria João Vilhena de Carvalho, também conservadora de escultura do MNAA.

“No contexto das obras do museu é ímpar. Não temos nenhuma que se possa assemelhar a esta”, refere a especialista, apontando exemplos de produção internacional em quase todos os grandes museus do mundo, instituições como o Victoria & Albert, de Londres, ou o Kunsthistorisches Museum, de Viena.

Um feliz achado

Só agora, com a entrada nos acervos do MNAA, começará o estudo aprofundado deste medalhão. Até agora, desconhece-se, por exemplo, a sua autoria. No entanto, segundo Maria João Vilhena de Carvalho, a sua produção é “provavelmente” nacional, eventualmente por influência de – ou executada por – algum artista italiano a trabalhar, à época, no reino.

Não se sabe também de quem terá partido a encomenda. Outras peças internacionais semelhantes serviam, na maior parte dos casos, como presentes de aparato – ofertas, por exemplo, entre príncipes. O medalhão português “terá sido pensado para uma parede ou mesmo para o túmulo” de Paiva de Andrade, explica ainda Maria João Vilhena de Carvalho. 

Depois de por volta de 1438 Pisanello ter cunhado a medalha comemorativa normalmente considerada como a cabeça de série renascentista desta forma de difusão do retrato – com o busto de João VIII, penúltimo imperador bizantino, por ocasião de uma sua visita a Itália –, muitos dos mais importantes artistas do período deixaram peças deste tipo. No entanto, a importância para Portugal do medalhão dedicado a Paiva de Andrade foi evidente para o conhecido comerciante de arte londrino Rainer Zietz.

Anísio Franco conta que o marchand entrou pela primeira vez em contacto com o MNAA em 2005, oito anos depois de a peça ter aparecido pela primeira vez no mercado, num leilão da Christie’s de Londres, onde foi vendida por algo mais de 16500 libras (20 mil euros, ao câmbio atual). Nesse primeiro contacto, quando os especialistas do MNAA primeiro tomaram conhecimento da peça, Zietz propunha ao museu uma compra no valor de 150 mil euros – mais de sete vezes o valor por que a obra tinha antes ido à praça. Ainda assim, o museu entendeu que a aquisição devia ser feita. O parecer enviado à tutela acabou, no entanto, na altura, por não ter seguimento. Entretanto, já em julho deste ano, a peça voltou ao mercado, desta vez através da Sotheby’s. E com uma expectativa de venda inferior: entre as 40 mil e as 60 mil libras (aproximadamente 48 mil e 72 mil euros).

Não suscitando interesse, a peça, que compunha o lote 81, acabou por ser retirada sem licitações. O que permitiu ao MNAA fazer uma proposta de aquisição mais vantajosa: 36 mil libras (43 mil euros).

Os valores inicialmente propostos por Zietz eram “equivalentes aos [de obras semelhantes] do mercado internacional”, explica Anísio Franco. O especialista aponta, contudo, o que o proprietário acabou por perceber: que “esta peça só interessa realmente ao mercado português”. Depois, o marchand teve ainda que considerar o atual contexto nacional: “Nas circunstâncias atuais, o proprietário percebeu que o valor de 2005 seria impossível.”

“Acaba por ser um achado, um feliz achado”, conclui Maria João Vilhena de Carvalho.

Foi uma de apenas duas aquisições que o MNAA, o mais importante museu nacional, fez em 2013, juntando-se a uma peça de joalharia da Coleção António Barreto.

por Vanessa Rato, in jornal Público | 20 de dezembro de 2013» in http://ecultura.sapo.pt/DestaqueCulturalDisplay.aspx?ID=3376#sthash.S2uPgrAj.dpuf

09/03/13

Património - Investigador quer classificar toque dos sinos de Braga, Mosteiro de Tibães, como património imaterial da humanidade



«Investigador quer classificar toque dos sinos de Braga como património imaterial da humanidade

Um aluno da Universidade do Minho quer classificar o toque manual dos sinos de Braga como património imaterial da humanidade. A investigação já dura há um ano e só estará pronta no Verão.

Até lá o investigador anda de igreja em igreja a recolher o som dos sinos.» in http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2013/03/09/investigador-quer-classificar-toque-dos-sinos-de-braga-como-patrimonio-imaterial-da-humanidade1



(Toque manual dos sinos, Mosteiro de Tibães)


(Mosteiro de Tibães)

19/02/13

Património - Carrazeda de Ansiães vai promover a recriação do modo de funcionamento do antigo Moinho de Vento!



«Carrazeda de Ansiães vai promover a recriação do modo de funcionamento do antigo Moinho de Vento

A Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães promove no próximo Domingo, 24 de fevereiro, pelas 14h00, a recriação do modo de funcionamento do antigo Moinho de Vento. 

O Moinho de Vento de Carrazeda de Ansiães foi construído há mais de 110 anos, apenas funcionou na primeira década da sua existência. Durante um século ficou abandonado e em 2012, a Câmara Municipal investiu cerca de 100 mil euros, comparticipados em 60% por fundos comunitários, para o transformar num imóvel de interesse didático e turístico. 

Embora existam mais moinhos de vento em Trás-os-Montes e Alto Douro, o de Carrazeda de Ansiães é o único exemplar recuperado e em pleno funcionamento na região transmontana. 

É para mostrar como funciona esta estrutura molineira que a autarquia agendou para o dia 24 de Fevereiro a recriação da moagem de cereal, em que participarão elementos das associações culturais das aldeias de Misquel e Luzelos. 

A partir das 16h00, os participantes vão deslocar-se para os moinhos de água do Ribeiro do Coito que foram recuperados em Vilarinho da Castanheira. Aí, com o apoio da Junta de Freguesia local, será também recriado o modo de funcionamento dos moinhos de rodízio, inseridos num espaço de lazer bucólico e campestre. 

As duas estruturas fazem parte de uma área mais vasta, onde existem outros moinhos e fornos de cozer pão, entre outras construções. 

No final das iniciativas haverá uma merenda tradicional para todos os participantes constituída por alimentos confecionados com farinha tais como: filhós, económicos, bola de azeite, folar, biscoitos e pão centeio e trigo. 

Tanto o moinho de vento como os moinhos de água, juntamente, com o castelo fazem parte do circuito turístico que a Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães vai promover no sentido de incrementar a atividade turística no concelho durante a próxima primavera e verão.» in http://noticiasdonordesteultimas.blogspot.pt/2013/02/carrazeda-de-ansiaes-vai-promover.html#.USNBZR1hiPQ



(Moinho recuperado em Carrazeda de Ansiães)