«Foi sempre um contemplativo. Não era triste, era um silencioso. Eu tive, mesmo depois de crescida, um respeito enorme pelo seu silêncio. Nunca o quebrava; esperava sempre que ele me interrogasse. Meu irmão não gostava - mesmo como criança - de ouvir berrar, rir alto, nem sequer o atraía o ruído cantante da filarmónica, que vinha tocar ao terreiro, em dias de festa da freguesia, o que nos sobressaltava a todos. Os ruídos metálicos irritavam-no. Talvez para não despertar o sonho que já vivia na sua alma...» in "Olhando para trás vejo Pascoaes" de Maria da Glória Teixeira de Vasconcelos
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