«Hoje é Dia de São Miguel - Origem e Tradição
* Feira/Festa de S. Miguel
A feira de S. Miguel, é um acontecimento que data da Idade Média, mas foi D. Dinis que lhe atribuiu importância e a engrandeceu, tornando-a numa das mais famosas de Portugal. Começou por ser uma feira franca e foi sempre muito concorrida por forasteiros que a animavam desde o alvorecer do dia 20 até ao dia 30 de Setembro.
O comércio desenvolveu-se extraordinariamente. Aqui se vendiam as mantas de barroso, o gado bovino e cavalar, mas com o rodar dos séculos, transformou-se também num parque de diversões.
O dia 28 é o dia do grande arraial minhoto que se propaga pela noite dentro, dando lugar às festas da vila no dia 29, dia do padroeiro, Arcanjo São Miguel, notando-se a vistosa e rica procissão, uma das mais afamadas do Minho.
A Feira de S. Miguel teve sempre imensa fama, sobretudo no século XIX, em que muitos forasteiros de diversos concelhos circunvizinhos aqui vinham para armar as suas barracas de comércio. Tal a sua importância, que Camilo Castelo Branco a imortalizou em várias páginas dos seus romances, com numerosas referências. É o caso dos romances «Mistérios de Fafe», «Eusébio Macário», o conto «Como ela o amava» e ainda as célebres «Novelas do Minho».
Para a maioria dos cabeceirenses, a feira e festas tiveram sempre um significado especial. A feira representava o diferente, tudo aquilo o que permitia esquecer por uma hora ou por alguns dias, a rotina do quotidiano e ansiar pelo ano seguinte. A feira anual trazia utensílios requintados que não se vendiam no comércio local, como cutelarias ou instrumentos musicais ou roupa e calçado de melhor qualidade. Trazia as barracas dos jogos e os divertimentos. Faziam-se brincadeiras dignas de ser comentadas todo o ano. Montavam-se barracas de comidas e bebidas onde se podiam comer géneros frescos e a doçaria mais requintada. A feira, tal como a romaria, permitia à mulher a evasão que nas aldeias só lhe era proporcionada pelo ritual religioso, enquanto que os homens tinham oportunidade de tomarem contacto com o mundo exterior através dos mercados mensais. Em Cabeceiras de Basto, este era o único momento e local onde as mulheres exerciam uma função social e eram respeitadas por todos.
Para o imaginário infantil ou adolescente, a feira era os bonecos, os carrinhos, as gaitas, os peões, era, sobretudo a atenção dos adultos.
No mundo rural, todas as distracções andavam ligadas ao convívio entre os dois sexos. As feiras e as romarias eram normalmente assinaladas por bailes, cantares e desgarradas. O espírito da festa parece continuar vivo, para a maioria dos habitantes, enredado na diversidade da região e modulado no decurso dos anos que passam.
Em Cabeceiras de Basto, em torno da feira agregaram-se as “festas do concelho” e hoje, esta terra de características minhotas e frequentes costumes transmontanos, continua a ser durante dez dias, palco de um dos maiores pontos de encontro desta vasta região.
* Feira e Festa de S. Miguel
A Feira de S. Miguel é um acontecimento que data da idade média. Foi criada antes do reinado de D. Dinis, mas foi este rei que lhe atribuiu importância e engrandeceu o nível, dos negócios. Começou por ser uma feira franca, com o não pagamento de impostos por parte daqueles que ali armavam a sua barraca para comercializar os produtos.
Francisco Craesbeeck, no seu estudo sobre o concelho de Cabeceiras, no ano de 1726, faz referência ao pagamento de impostos. Esta durava três dias e realizava-se no campo do Seco. Nela tinha jurisdição cível o Abade do Mosteiro e todos os “assentos, pesos e portagens” revertiam para o mosteiro (julgado por sentença de D. Manuel).
Esta foi uma das feiras mais notáveis da comarca de Guimarães (1992:265).
A Feira e a Festa de S. Miguel de Refojos constituem um dos cartazes de maior atracção de público das terras do norte do país.
Em época de colheitas agrícolas, esta feira secular que também é festa, traz ao de cima aquilo que de melhor se produz nesta região, as suas tradições, com destaque para as corridas de cavalos, os concursos pecuários e as chegas de bois, a que se associam as novidades próprias da época que vivemos.
Além do comércio, um programa festivo diversificado atrai público de todas as idades que durante a festa percorrem as principais e engalanadas ruas da vila.
* Agro_Basto: Exposição Feira de Actividades Económicas de Basto
A Exposição/Feira de Actividades Económicas de Basto – AGROBASTO, é o certame das actividades económicas das Terras de Basto com maior expressão e importância no contexto regional. Uma iniciativa dinamizada pela Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto e pela EMUNIBASTO, EM, que conta com a colaboração das Autarquias dos restantes concelhos de Basto e dos municípios limítrofes, bem como das associações e organismos ligados à agricultura, pecuária, artesanato, produtos genuínos da terra, vinho e turismo que constituem os principais alvos de atenção desta feira.
A promoção e divulgação das potencialidades de Basto onde se incluem os espaços naturais e de rara beleza, como é o caso dos rios, das espécies piscícolas e da caça, das carnes provenientes das raças autóctones do maronês e do barrosão, do Cabrito das Terras Altas do Minho, do mel, do fumeiro e da doçaria regional.» in http://www.cm-cabeceiras-basto.pt/411
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Esta é, de facto, uma Festa e uma Feira que mexe com a Região de Basto e não só!
Situada nos limites de Minho e Trás-os-Montes, esta festa das colheitas e do começo do frio, tem uma tradição muito arreigada em Cabeceiras de Basto!