«Segundo rapto em Maputo, que vive o pior dia na vaga de sequestros
Duas mulheres foram esta manhã raptadas em Maputo, uma moçambicana e outra de nacionalidade portuguesa, naquele que está a ser o dia mais dramático desta vaga de crimes.
Depois da informação já confirmada pelo cônsul geral de Portugal em Maputo, Gonçalo Teles Gomes, do rapto de uma cidadã portuguesa esta manhã, na cidade satélite da Matola, a agência Lusa recebeu indicações de um outro caso que visou uma mulher moçambicana de 33 anos, ocorrido por volta das 08:00 horas no bairro Laulane, nos arredores da capital.
Em declarações à Lusa, Samuel Maibasse, responsável de segurança da organização não-governamental (ONG) Save the Children, disse que a mulher de um dos funcionários desta ONG foi esta manhã raptada na sua residência, perante os seus filhos, irmã e cunhado, alegadamente por cinco homens.
"A primeira pessoa trazia uma pasta - o cunhado do meu colega (que presenciou o crime) disse que pensavam que eram da Electricidade de Moçambique - de onde tirou uma pistola, mandou as crianças deitarem-se, começou a recolher telefones e exigiu dinheiro, levaram computadores e mais coisas, e, no final, levaram com eles a esposa", disse Maibasse.
"Disseram para não informar a polícia e foram-se embora. Ele [o colega de trabalho] informou logo a polícia. Ainda não temos clareza se é rapto ou se queriam roubar e a levaram para protecção deles", acrescentou o responsável.
Sobre o caso da cidadã portuguesa, o rapto ocorreu no interior da empresa onde exerce funções de gestora financeira, estando neste momento as autoridades portuguesas estão a acompanhar o desenvolvimento da situação.
Este é o segundo rapto conhecido envolvendo cidadãos portugueses, de uma onda de sequestros que começou em 2011 e que tem visado sectores abastados da sociedade moçambicana.
Os familiares da vítima já foram informados do sucedido, adiantou.
A identidade da vítima e a identificação da empresa não foram ainda divulgadas.
Lusa» in http://noticias.sapo.mz/info/artigo/1347085.html