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28/12/24

Tradições - Guiomar Gil de Riba Vizela, falecida em 1286, é o nome da “Velha” que está na origem da tradição secular do Magusto da Velha, celebrado há mais de 300 anos em Aldeia Viçosa, no concelho da Guarda.



«Guiomar Gil: eis o nome da “Velha” que mantém viva uma tradição secular em Aldeia Viçosa

Guiomar Gil de Riba Vizela, falecida em 1286, é o nome da “Velha” que está na origem da tradição secular do Magusto da Velha, celebrado há mais de 300 anos em Aldeia Viçosa, no concelho da Guarda. Esta tradição cumpre o desejo expresso no testamento de Guiomar Gil: a oferta de castanhas e vinho a todos os que rezem pelo bem da sua alma.

O evento ocorre anualmente no dia seguinte ao Natal e tem atraído cada vez mais pessoas. Este ano, reuniu centenas de participantes, entre habitantes locais e visitantes, que se deslocaram à aldeia para assistir a um momento especial: a revelação do nome da “Velha” pelo historiador Daniel Martins.

O anúncio foi feito durante a apresentação do livro Magusto da Velha – Uma Pitança pelo Bem da Alma, da autoria de Daniel Martins, membro da Associação Hereditas. A obra explora as origens desta tradição e a história de Guiomar Gil, uma benemérita que foi monja e abadessa no Mosteiro de Arouca, tendo doado as suas propriedades no Vale do Mondego àquela instituição religiosa, mas mantendo os dividendos da quinta de Lagares de Azeite para que fosse cumprida “a pitança pelo bem da sua alma”.» in https://correiodabeiraserra.sapo.pt/guiomar-gil-eis-o-nome-da-velha-que-mantem-viva-uma-tradicao-secular-em-aldeia-vicosa/?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques


(Magusto da Velha em Aldeia Viçosa)



23/12/11

Tradições de Natal - A tradição natalícia do 'Magusto da Velha', que remonta ao século XVII e teve origem numa herança deixada por uma mulher cujo nome é desconhecido, vai ser revivida na segunda-feira em Aldeia Viçosa, no concelho da Guarda!

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«Tradição do 'Magusto da Velha' com 313 anos revivida em aldeia da Guarda


A tradição natalícia do 'Magusto da Velha', que remonta ao século XVII e teve origem numa herança deixada por uma mulher cujo nome é desconhecido, vai ser revivida na segunda-feira em Aldeia Viçosa, no concelho da Guarda.


A iniciativa é da Junta de Freguesia que, todos os anos, no dia a seguir ao Natal, oferece 150 quilos de castanhas e 150 litros de vinho à população e aos visitantes, explicou o presidente da autarquia.


Segundo a tradição, no dia 26 de dezembro, após o almoço, os habitantes daquela aldeia do Vale do Mondego concentram-se no largo da igreja, onde o madeiro ainda fumega.


"A Junta de Freguesia adquire as castanhas e o vinho e lança as castanhas da torre da igreja para o adro", contou Baltazar Lopes.


Quando as castanhas são apanhadas no chão, os mais jovens realizam as denominadas 'cavaladas', saltando para cima das costas daqueles que se baixam para as agarrar, provocando muito riso entre a assistência, revelou.


Apesar da atual crise económica, o autarca garante que a tradição será mantida e que naquele dia "as castanhas e o vinho não vão faltar".


Baltazar Lopes lembra que a tradição "tem mais de 300 anos" e continua a atrair muitos naturais de Aldeia Viçosa que ali se deslocam propositadamente naquele dia.


O costume secular tem origem numa herança que foi deixada aos habitantes locais por uma mulher abastada que ficou conhecida por 'velha', não se conhecendo o seu nome.


A tradição remonta a 1698 e ainda hoje a Junta de Freguesia recebe trimestralmente "uma renda perpétua" no valor de 14 cêntimos, que é depositada na sua conta bancária pelo Instituto de Gestão do Crédito Público, disse.


Em troca da doação, destinada a permitir que o povo pudesse comer castanhas e beber vinho "de borla" um dia no ano, a senhora exigia à igreja local que lhe rezasse um pai-nosso pela sua alma, lembra Baltazar Lopes, garantindo que a oração ainda é feita naquele dia por pessoas da aldeia.


A verba é atualmente "uma insignificância" mas a autarquia continua a manter a tradição de oferecer castanhas e vinho à população, na tarde do dia 26 de dezembro, salienta o responsável.


A herança é mencionada no "Livro de Usos e Costumes da Igreja do Lugar de Porco - Ano de 1698", mas nada é dito sobre o nome da benemérita.


No livro "Um Magusto - por obrigação e devoção", o historiador José Manuel Coutinho, falecido recentemente, aponta que o corpo da mulher poderá ser aquele que está sepultado num túmulo, no interior da igreja matriz da aldeia.


"Ainda não chegámos a uma conclusão definitiva sobre se, de facto, a 'velha' é aquela pessoa que o historiador diz que é", declarou o presidente da Junta, que acredita ser "complicado" apurar o verdadeiro nome, devido à morte do investigador.» in http://natal.sapo.pt/tradicoes/Tradi_o_do_Magusto_da_Velha_c