28/02/09

F.C. do Porto 0 vs Sporting C. P. 0 - Empate comprometedor para os Dragões, embora não lhes retire a liderança, num jogo muito fraco!

«Pouco produto para tanto investimento

Empate penalizador e especialmente curto, incapaz de compensar o investimento, o cerco crescente e a maior profundidade que o F.C. Porto juntou ao jogo, numa mostra maior e mais vasta de soluções, apesar de condicionada pela intratável marcação a Hulk, que desconheceu leis e se revelou, com o decorrer do tempo, mais incrível do que o próprio. Tudo somado, ou subtraído, o tetracampeão continua líder. Intenso, e tenso também, o encontro entre campeão e aspirante dispensou preliminares para revelar, com rara exuberância, o peso e a importância do motivo que os juntava à mesma hora, no mesmo relvado. O título pulava por ali, em cada porção de terreno jogável. Suspeitava-se, pelo menos, que assim fosse, que a aproximação a um objectivo comum, mas impossível de partilhar, corresse nas pernas de Hulk ou no ziguezaguear de Rodríguez, entre as respostas de Derlei ou Liedson. Quase tudo foi executado a alta velocidade, a mais célebre e mais feroz inimiga da perfeição, numa disputa enérgica e incessante de cada centímetro, que não afastou os opositores do golo ou do propósito de lá chegar, mas alargou a distância. Na verdade, os Dragões só não marcaram, pouco depois de esgotada a primeira dezena de minutos, porque Pereirinha, sobre a linha de baliza e agarrado ao poste mais próximo, negou o destino que um cabeceamento de Rodríguez desenhara para a bola.O uruguaio seria mesmo o elemento mais impetuoso da partida, agitando-a a cada arranque, a cada cruzamento, a cada recuperação impensável. A iminência do golo acompanhava todos os seus gestos, mas a concretização perdia-se entre pormenores. Ínfimos, mas suficientes para obstar à materialização da vantagem. As marcações impiedosas a Hulk ou a Rodríguez, apenas possíveis mediante uma obscura licença concedida a Pedro Silva, a quem tudo foi permitido, ao ponto de conseguir o absurdo de terminar o jogo sem que um único cartão lhe fosse exibido, condicionou profundamente o assédio portista, que se esgotaria apenas no último suspiro do jogo, quando o adversário transmitia claros sinais de aguardar, com alguma ansiedade, o apito final que assegurava o empate. Mesmo que atado a tão invulgar complacência arbitral, que multiplicava as cenas com o brasileiro por terra, o ataque portista processava-se a ritmo elevado e mediante uma frequência crescente que não produziria o resultado aguardado e que o investimento merecia. No final, o F.C. Porto permanecia líder, como permaneceria fosse qual fosse o desfecho.

FICHA DE JOGO
Liga, 20ª jornada
28 de Fevereiro de 2009
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 48.010 espectadores
Árbitro: João Ferreira (Setúbal)
Assistentes: Luís Ramos e Pais António
4º Árbitro: Paulo Baptista

F.C. PORTO: Helton; Pedro Emanuel «cap», Rolando, Bruno Alves e Cissokho; Lucho, Fernando e Raul Meireles; Hulk, Lisandro e Rodríguez
Substituições: Cissokho por Tomás Costa (72m), Lucho por Farías (83m) e Lisandro por Sektioui (89m)
Não utilizados: Nuno, Stepanov, Mariano e Andrés Madrid
Treinador: Jesualdo Ferreira

SPORTING: Tiago; Pedro Silva, Daniel Carriço, Polga e Grimi; Pereirinha, Rochemback, João Moutinho «cap» e Izmailov; Derlei e Liedson
Suplentes: Grimi por Caneira (29m), Izmailov por Yannick Djaló (69m) e Rochemback por Adrien Silva (83m)
Não utilizados: Ricardo Baptista, Tonel, Tiuí e Romagnoli
Treinador: Paulo Bento
Disciplina: cartão amarelo a Polga (35m), Derlei (35m), Rolando (47m), Rochemback (62m), Tomás Costa (81m), Rodríguez (90m) e Tiago (90m)

Original Video - More videos at TinyPic
Imagens de um jogo que prometia muito, mas foi de fraca qualidade!

Um Pouco de Humor: "A Língua Portuguesa é muito traiçoeira..."

Complicada a Língua Portuguesa que nos induz em erro tantas vezes... só que há vezes e vezes!

Amarante Bustelo - Freguesia de Bustelo, aparece bem lá no cimo do Altar da Serra do Marão!






Bustelo
View more presentations from hbarros. (tags: amarante)

Imagens espectaculares captadas nas imediações da Capela da Senhora da Corvacha, em Bustelo Amarante!


«Bustelo


São Mamede de Bustelo é típica aldeia serrana que se realça pelo seu lugar de Travanca da Serra, também conhecido como Travanca do Monte.


Já vários autores se referiram a este lugar, tão paradisíaco na sua singeleza e simplicidade: Teixeira de Pascoaes, Raul Brandão, SantAnna Dionísio ou Agustina Bessa Luís.


É o “Altar do Marão” como alguém disse. A dez quilómetros de Amarante, Bustelo situa-se no extremo sul do concelho, sendo delimitada por Várzea, Gondar, Carvalho de Rei, Carneiro e Candemil. O concelho de Baião também a delimita, a sul. Cerca de setecentas pessoas habitam a Freguesia, sendo a agricultura e a pecuária as principais fontes da sua subsistência.


O artesanato já não existe, mas as tradições culturais e etnográficas vão sendo asseguradas por algumas peças teatrais que aqui se realizam.» in http://www.amarante.pt/freguesias/bustelo/index.php?op=conteudo&lang=pt&id=25


«São Mamede

São Bernardo e a Virgem, Alonso Cano, Museu do Prado
A 24 de Junho, quando Portugal em peso faz fogueiras a São João, praticamente só em Guimarães se celebra aquilo que, desde os Anais de D. Afonso, Rei dos Portugueses, é considerado o primeiro episódio da história portuguesa: a Batalha de São Mamede.
“Na era de 1166 [ano de 1128], no mês de Junho, na festa de S. João Batista, o ínclito Infante D. Afonso, filho do conde Henrique e da rainha D. Teresa, neto do grande imperador da Hispânia, D. Afonso, com o auxílio do Senhor e por clemência divina, e também graças ao seu esforço e persistência, mais do que à vontade e ajuda dos parentes, apoderou-se com mão forte do reino de Portugal. Com efeito, tendo morrido seu pai, o conde D. Henrique, quando ele era ainda criança de dois ou três anos, certos [indivíduos] indignos e estrangeiros pretendiam [tomar conta] do reino de Portugal; sua mãe, a rainha D. Teresa, favorecia-os, porque queria, também, por soberba, reinar em vez de seu marido, e afastar o filho do governo do reino. Não querendo de modo algum, suportar uma ofensa tão vergonhosa, pois era já então de maior idade e de bom carácter, tendo reunido os seus amigos e os mais nobres de Portugal, que preferiam, de longe, ser governados por ele, do que por sua mãe ou por [pessoas] indignas e estrangeiras. Acometeu-os numa batalha no campo de S. Mamede, que é perto do castelo de Guimarães e, tendo-os vencido e esmagado, fugiram diante deles e prendeu-os. [Foi então que] se apoderou do principado e da monarquia do reino de Portugal.” (in "Dom Afonso Henriques", José Mattoso, Círculo de Leitores, 2006, página 45))
Onde seria, ao certo o campo de São Mamede, não o sabemos. Diz a tradição que foi no Campo de Ataca onde hoje se ergue um monumento de granito ao acontecimento, a que voltarei mais tarde.

Campo de Ataca, São Torcato, Guimarães - foto minha em Creative Commons

Mas hoje queria apenas falar de São Mamede. O Santo que, involuntariamente, se associou ao nascimento de uma Nação. Duvido que houvesse aqui simbologia intencional, mas, como diz Fulcanelli no seu "Mistério das Catedrais", não existem coincidências que não sejam reveladoras dos mistérios mais profundos. Não sei se acredito nisso, mas não deixa de ser um exercício fascinante. São Mamede foi um santo lactante e isso é deveras interessante, tanto pelo tabu que em relação ao assunto hoje se faria (um santo que dava de mamar a crianças é algo de altamente suspeito hoje em dia e resultaria em acusação de crimes vergonhosos). De facto, a história de São Mamede é de tal maneira constrangedora para a mentalidade e moral actual, que a própria narrativa, claramente mítica e alegórica, foi sendo amenizada ou, pelo menos, expurgada da versão tradicional e popular que, ainda seguindo o pensamento de Fulcanelli, será a versão mais reveladora dos mistérios ocultos. Segundo esta, São Mamede (Saint Mammant, versão afrancesada de San Mamante, em Italiano; apesar de hoje se utilizar, em França, a versão Saint Mammès) terá encontrado um bebé abandonado e, não tendo com que o alimentar, recebeu a graça divina da lactação. A história mais ortodoxa refere apenas a vinda de um anjo que trazia leite e mel (associação muito bíblica, de facto) a quarenta crianças que com ele estavam condenadas a morrer à fome. Seja como for, tornou-se no santo padroeiro da amamentação, o que é deveras curioso, sendo homem e não mulher. Note-se que Aristóteles considerava que os fluidos corporais, como o esperma e o leite eram produzidos no organismo, de forma semelhante, a partir da cocção do sangue. As mulheres nunca seriam capazes de produzir esperma (que Aristóteles considerava um fluido de grande perfeição, vá-se lá saber por que razão...) porque o seu calor corporal seria sempre insuficiente para a formação de tão exigente emanação. Já o leite, que seria um tipo de esperma imperfeito, não exigia tanto calor, pelo que as mulheres o fariam facilmente. Mas a fúria misógina da Ciência aristotélica vai ao ponto de nem sequer dar a exclusividade da produção de leite à mulher - de facto, o homem também tem mamilos, pelo que seria perfeitamente natural que, em certos casos, produzisse este fluido nutritivo.
São Mamede é um exemplo de como as metáforas religiosas do cristianismo, prenhes dos mais pagãos dos significados, podem ser tão ou mais fascinantes que as mitologias greco-romanas, pelo simples facto de que estas mitologias estão ainda vivas e em construção na mente colectiva do povo, ainda que em curso de desaparecerem, agora que, estando tudo na Internet, não vale a pena memorizar. Sobre a memória e sobre o acto de amamentar falarei em próximos artigos. Daqui, resta reter que o Santo que presidia ao local onde se deu, de facto, o desmame de Afonso Henriques, não era mais que o santo da amamentação. Curioso.» in http://literaturas.blogs.sapo.pt/78934.html


Mais informações sobre esta Freguesia de Bustelo em Amarante, cujo orago é são Mamede, nos seguintes links:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bustelo_(Amarante)
http://www.amarante.pt/freguesias/bustelo/index.php?op=conteudo&lang=pt&id=25


(A Verdadeira História da Batalha de S. Mamede)


(Festas de Bustelo-Amarante-2011-Grandiosa PROCISSÃO)

#bustelo

27/02/09

Educação em Portugal: "Aí está o Vídeo de uma aula assistida de um Superprofessor Português!




Aí está uma excelente perspectiva do perfil do Professor Português que a tutela quer criar em Portugal. O Professor terá que dirigir as suas energias para as aulas assistidas, negociando com os alunos o ambiente adequado para o show perante o avaliador. De pouco interessam as restantes aulas, interessa é este circo montado numa sala de aulas, durante as aulas assistidas, em que toda a gente vai participar na farsa: o avaliador, com a sua superioridade resultante da nomeação, não propriamente científico-pedagógica; o avaliado entre duas partes opositoras, o avaliador e os alunos; os alunos que, sabendo que podem ou não criar constrangimentos ao avaliado, ganham um inusitado papel de supremacia...
Brilhante esta rábula dos Cavaleiros do Apocalipse que souberam como ninguém interpretar de forma brilhante o que se passa nas Escolas Portuguesas, nos tempos que correm!

(Chegamos a um ponto de retorno difícil... que vai ficar muito caro à nossa civilização)

Música Portuguesa - Jáfumega, ou a Grande Banda do Porto e de Portugal dos anos 80!




Jáfumega - "Latin'América"

Já fumega - "Latin'América" - (Gato Fedorento: Révellion)

Nádia - "Latin'America" - (Jáfumega)

Jáfumega - "There You Are"

Jáfumega - "Liquidamos a Existência"

Luís Portugal - "Acústico"

Luis Portugal - "Trás-os-Montes"

Luis Portugal - "Uma Semente"

Johnny's Gang com Luis Portugal - "Ribeira"


Luis Portugal - "Acústico" (Jáfumega - Vídeo Promocional)

JáFumega - (2008)

"A ponte é uma passagem... para a outra margem"


«Jafumega
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Jafumega
Origem
Porto
País
Portugal
Período
1980 - 1983
Gênero(s)
Gravadora(s)
Metro-Som, PolyGram
Integrantes
Mário Barreiro, Eugénio Barreiro, Pedro Barreiro, José Nogueira, Álvaro Marques, Luís Portugal
Ex-integrantes
Página oficial
O projecto Jafumega (por vezes grafado Jáfumega, Jafu-mega, Jafu'mega ou Jáfu'mega) é uma banda de música portuguesa da década de 80.
Índice[esconder]
1 Biografia
2 Integrantes
3 Discografia
3.1 Singles
3.2 Compilações
4 Referências
5 Ligações externas
//

[editar] Biografia
O grupo nasceu como consequência do fim do quarteto de adolescente Mini Pop, grupo com os irmãos Barreiros (Mário, Eugénio e Pedro) que chegou a ter algum sucesso na década de 70. [1]



















O disco de estreia dos Jafumega, totalmente em inglês, foi editado em 1980 com o nome Estamos Aí[1].
Aproveitando a onda musical que acontecia em Portugal no início dos anos 80, os Jafumega decidem cantar em português, laçando o single "Dá-me Lume" que teve bastante sucesso graças ao tema "Ribeira".[1].
Em 1982, os Jafumega lançaram o álbum homónimo que inclui temas como "Latin'américa", "Kasbah" e "Nó Cégo". Algumas das letras eram da autoria de Carlos Tê[1]. O álbum foi bem recebido pelo público e crítica e nesse ano tocam em Vilar de Mouros[1].
Em 1983 editaram o álbum Recados, com temas como "Romaria" e "La Dolce Vita", mas que não é tão bem recebido e o grupo faz uma paragem[1].
Em 1985 ainda é anunciada a intenção da banda lançar um novo disco, São João Brejeiro mas não se chegou a concretizar[1].

[editar] Integrantes
Mário Barreiro (guitarra)
Eugénio Barreiro (teclado e voz)
Pedro Barreiro (baixo)
José Nogueira (sopro)
Álvaro Marques (bateria)
Luís Portugal (voz principal)

[editar] Discografia
Estamos Aí (LP, Metro-Som, 1980)
Jáfumega (LP, Polygram, 1982)
Recados (LP, Polygram, 1983)
Jáfumega (compilação, Polygram, 1990)

[editar] Singles
Dá-me Lume/Ribeira (Single, Metro-Som, 1981).
Running Out/Zugueira (Single, Metro-Som, 1982).
There You Are/My Daddy's Rock (Single, Metro-Som, 1982)
Latin'América/Nó Cego (Single, Polygram, 1982)
La Dolce Vita/Romaria (Single, Polygram, 1983)

[editar] Compilações
O Melhor de 2 - Taxi/Jafu'mega (Compilação, Universal, 2001)

Referências
1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 Jafumega em ano80

[editar] Ligações externas
Discografia dos Jafumega no site de Luís Portugal
Jafumega em anos80 » in Wikipédia.


"Latin América


Todas as manhãs o sol espelha
Bate nas frentes escuras
O sangue jorra de esquelha
Na pala das ditaduras


Continente gritador
Rebenta pelas costuras
A morte,o medo e o terror
São dias feitos agruras


Do Paraguai a Porto Rico
Salvador ás Honduras
Da Bolívia à Guatemala
Argentina ao Chile


[refrão]
Latina ' América
Latina ' América
Latina ' América
Latina ' América


Descem das montanhas
Para pôr fim a essa sina
Que te rebenta as entranhas
Capacete em cada esquina


Todas as manhãs o sol espelha
Bate nas frentes escuras
O sangue jorra de esguelha
Na pala das ditaduras


Do Paraguai a Porto Rico
Salvador às Honduras
Da Bolivia à Guatemala
Argentina ao Chile"


O Clã Ôchoa sempre a espalhar Poesia, agora com o Radiozinho...




"Radiozinho,
sons, vozes, luas;
ósculos a ouvidos,
qu’auscultam."

(in Um Novo Milénio, Ângelo Ochôa)

25/02/09

O portista Pedro Marques Lopes analisa o momento futebolístico, com ênfase para o F.C. do Porto!


O Humor de Pedro Marques Lopes, com a sua habitual ironia, comenta a actualidade desportiva portista!

Educação em Portugal: Excelente Reflexão sobre a apatia e a subserviência, reinantes!

«Educação e Cidadania: A Apatia Estudantil

A Ana Bastos chama a atenção para o artigo do Hicham Yezza no Guardian, intitulado “Student apathy is good for business”. E vale, realmente, a pena lê-lo na íntegra.O que é descrito por Yezza não reflecte mais do que a minha profunda desilusão para com o ensino superior, como estudante tardio que sou.
Seria fácil para mim, com os meus 44 anos de peso, pensar que a apatia generalizada que se vive nas escolas fosse produto da idade dos estudantes e da mudança de valores a que actualmente assistimos. Pensar que tal se constituísse uma forma de protesto silencioso, uma espécie de abstencionismo ideológico militante, fruto das políticas que nos têm vindo a governar e que, mais do que todo o resto, produzem um gritante “no future” que, mais que nos tempos “punk”, tem agora toda a razão de ser, seria legítimo. Afinal, esse é o legado de uma geração de inadaptados, prisioneiros de ideologias que não singraram, prisioneiros do erro consecutivo das utopias marxista e capitalista.Mas, se tal é legítimo pensar, não chega ainda assim para caracterizar as razões que transformam a massa juvenil, e toda a sua força, num irreal rebanho.
O facto é que, após os termos entregue à convivência autista com os jogos portáteis e com a Internet, porque tal sai, afinal de contas, barato, enquanto nos preocupamos em consolidar carreira ou a ganhar os tostões que pagam as contas e o cartão de crédito, estes jovens foram crescendo entregues aos cuidados externos de um sistema educativo que, pretendendo fazê-los úteis a todo o custo, os transforma em algo parecido com os “yuppies” dos anos oitenta, se bem que o objectivo seja, agora em vez de ficar rico, arranjar um emprego e, de preferência, mantê-lo.Assim, em nome da empregabilidade e do futuro incerto, as instituições de ensino estão transformadas em enormes workshops que, durante semestres a fio, os preparam para o culminar de todo um processo educativo, a entrevista para emprego. Gerar conhecimento ou empregar o conhecimento adquirido é visto como um pormenor, interessa arranjar trabalho.É por isso que interessa um tipo de política do género “no child left behind”, como a que se tem hoje em Portugal, no ensino secundário. Assim teremos profissionais operacionais, impedidos que ficam de obterem um currículo académico mais avançado, pelo deficiente grau de conhecimentos adquiridos e necessários para entrar no ensino superior. Como diria alguém que conheço, “também, nem todos podemos ser doutores”.De seguida, reserva-se aos estudantes superiores uma aprendizagem rica em pormenores insignificantes e cujos objectivos não são ainda claros: se, por um lado, considero que não deve ser objectivo principal do ensino superior a profissionalização, por outro, também não vejo acontecer o objectivo que creio ser o correcto, o da criação de conhecimento.Antes pelo contrário.
É este estado de coisas que faz com que os estudantes actuais não possuam outro objectivo senão o de arranjar um emprego, de preferência bem pago e seguro, já agora. Desta forma, a sua principal tarefa parece ser a de obterem conhecimentos suficientes que os façam passar numa entrevista. Nem que essa entrevista seja para responsável de armazém, estando eles num curso de letras.Tendo este simples objectivo em vista, será de esperar que os estudantes actuais contestem o poder, sejam interventivos, participativos na construção democrática? Sê-lo-ão decerto apenas os que aspiram à entrada no sistema político e partidário, os outros, refugiam-se na apatia que o Hicham Yezza descreve.É que, para além de conseguirem o emprego, terão ainda de o manter, agradecidos, coniventes, sem dúvidas, questões ou sugestões. Uma leva inteirinha de “yes-man”.
É urgente fazer com que os estudantes regressem à participação activa na sociedade, como o fizeram em tempos, talvez agora de uma outra forma, partilhando valores diferentes. Para tal, torna-se necessário que os professores, eles também, saiam do marasmo a que estão votados, presos pelos critérios de manutenção do emprego e de ascensão de carreira, e que se tornem livres de discutir a vida com os seus alunos.Talvez assim, um dia, surja uma nova cidadania, muito melhor do que esta que nós, os pais e educadores, partilhamos num estado de bovinidade.
25/02/2009»
-----------------------------------------------------------------------------
Excelente Artigo que a Minha Colega e Amiga, Elsa Cerqueira, me enviou via email e que eu aqui partilho, dado que constitui uma reflexão de grande categoria sobre o estado de coisas na Educação e na Sociedade Portuguesa actual! Dá que pensar...

Andebol: F.C. do Porto Vitalis 51 vs Évora 15 - F.C. do Porto Passa aos Oitavos de Final da Taça de Portugal, com uma Grande Goleada!

«Taça de Portugal: Dragões seguem em frente com goleada

Goleada incisiva e passagem categórica aos oitavos-de-final. O F.C. Porto Vitalis bateu o Évora por 51-15, em jogo da Taça de Portugal, realizado no Pavilhão Municipal da Póvoa de Varzim.
Com presença já assegurada no play-off do campeonato (independentemente dos resultados dos dois últimos encontros da fase regular, será sempre o primeiro classificado), os Dragões deram novo passo importante na temporada, desta feita na Taça de Portugal.
Os golos azuis e brancos frente à equipa do Campeonato Nacional da 1ª divisão foram apontados por Jorge Ribeiro (10), Ricardo Moreira (10), Wilson Davyes (6), Gilberto Duarte (5), Tiago Rocha (5), Inácio Carmo (4), Carlos Martingo (3), Sérgio Martins (3), Manuel Arezes (2), Eduardo Coelho (2) e Filipe Mota (1).
O adversário do F.C. Porto Vitalis nos oitavos-de-final da Taça de Portugal é conhecido ainda hoje, a partir das 17h00, após sorteio.» in site F.C. do Porto.

24/02/09

Liga dos Campeões: Atlético de Madrid 2 vs F.C. do Porto 2 - Resultado Injusto para o F.C. do Porto!

«A magia segue dentro de momentos

O melhor do Atlético foi Leo Franco e a pior equipa em campo foi a de arbitragem. Para já, não se fala mais em quem não merece. As linhas que se seguem são de elogio e carga francamente positiva. Servem para tentar explicar a magia azul que passeou por Madrid e eternizar a exibição de um F.C. Porto que teve tudo para regressar a casa com o triunfo na bagagem. A moral, todavia, segue em alta. O Dragão foi arrebatador. O empate a dois golos é um bom resultado numa eliminatória que envolve duas das 16 melhores equipas da Europa. No final da cimeira ibérica, todavia, fica o registo de uma tremenda injustiça. A equipa de Jesualdo Ferreira foi brilhante em largos períodos do encontro, dispôs de uma dezena de oportunidades claras de golo e deixou os adeptos espanhóis à beira de um ataque de nervos. É normal escutar tanto assobio aos colchoneros?Minuto 1. Hulk arranca pela primeira vez. Diabólico. Directo ao imprevisto. Senta o defesa, assiste Rodríguez. O tiro esbarra em Leo Franco. Madrid arrepiada ao primeiro sopro, sem perceber o que tinha pela frente. Numa tentativa tímida de intuição, Maxi Rodríguez abanou a rede de Helton. Como em incontáveis situações anteriores, o F.C. Porto tinha de recuperar de um infortúnio injustificado. Sina? Chamem-lhe o que quiserem. Azar, por exemplo. Serviu apenas para instigar as almas portistas e motivar ainda mais a fantástica massa adepta que ensaiou todo o tipo de cânticos de incentivo. O F.C. Porto tinha um plano de jogo claro e fiável. Era questão de insistir. Com Hulk a abrir brechas e Lisandro e Rodríguez a derrubar a estrutura alheia. E, com naturalidade, o empate não tardou muito, ainda que os juízos tenham feito questão de o adiar.Depois de ter iniciado uma estranha apetência para marcar tudo para um lado e pouco para outro, Howard Webb anulou o desvio de Lisandro, após cabeceamento de Bruno Alves. O defesa estava em jogo, o avançado atrasado em relação ao passe. Momento quase tão incompreensível como a irritante tendência para anular arrancadas de Hulk. Será que não gosta de bom futebol?
Em três minutos, todavia, Lisandro fez questão de repetir o que merecera: o festejo. Tiro de pé esquerdo, frontal, directo ao golo. Era o empate e o regresso à posição inicial, com o Dragão a respirar fundo e a acelerar. Em dois minutos, o corpo de Leo Franco parou os remates de Licha e Hulk, a fechar momentos de inspiração de Rodríguez e Raul Meireles. Tanto Porto em Madrid! A mistura de subtileza e pujança fervia em lume especialmente vivo. Só mesmo Howard Webb parecia não gostar, a ponto de considerar legal uma carga de Pablo Ibanez sobre Lisandro Lopez, que justificava livre perigoso e cartão vermelho. Apenas mais um pormenor…E com o intervalo à vista, nova oportunidade a centímetros das botas de Lisandro e Rodríguez e... vantagem para o Atlético. Em vez de goleados, os espanhóis regressaram ao balneário em posição de cimeira. Imerecida, naturalmente. Ressalve-se, enfim, a arte e a crença do Dragão. O desafio recomeçou com Lisandro a obrigar Leo Franco a brilhar e a falhar na pontaria após assistência da esquerda. Restava insistir. Com aquelas três mil almas na retaguarda e a comunhão de todos os Portistas do planeta, o golo surgiria. Por Licha, como parecia fadado, após um desenho que começou numa recuperação de bola de Fernando e passou pelos pés esquerdos de Hulk, Rodríguez e Cissokho. Magia, pois claro. E continua no Dragão, dentro de duas semanas.
FICHA DO JOGO

UEFA Champions League 2008/09 (oitavos-de-final, 1ª mão)
Estádio Vicente Calderón, em Madrid
Árbitro: Howard Webb (Inglaterra)
Assistentes: Peter Kirkup e Michael Mullarkey
4º árbitro: Martin Atkinson

ATLÉTICO DE MADRID:
Leo Franco; Seitaridis, Pablo Ibánez, Ujfalusi e António López; Maxi Rodríguez «cap.», Paulo Assunção, Raul García e Simão; Forlán e Aguero
Substituições: Aguero por Sinama Pongolle (55m), Raul García por Maniche (67m) e Maxi Rodríguez por Miguel (80m)
Não utilizados: Coupet, Pernía, Heitinga e Camacho
Treinador: Abel Resino

F.C. PORTO:
Helton; Sapunaru, Rolando, Bruno Alves e Cissokho; Fernando, Lucho González «cap.» e Raul Meireles; Lisandro Lopez, Hulk e Rodríguez
Substituições: Sapunaru por Pedro Emanuel (79m), Lisandro Lopez por Sektioui (88m) e Raul Meireles por Tomás Costa (90m)
Não utilizados: Nuno, Stepanov, Mariano e Farías
Treinador: Jesualdo Ferreira
Ao intervalo: 2-1
Marcadores: Maxi Rodríguez (3m), Lisandro Lopez (22 e 72m) e Forlán (45m)
Disciplina: Cartão amarelo a Raul García (24m), Sapunaru (28m), Lisandro Lopez (60m) e Paulo Assunção (74m)

Imagens de um jogo em que o F.C. do Porto merecia vencer de forma clara!
Pin It button on image hover