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06/01/23

Religião - Muito da narrativa do Dia de Reis, que aqui ao lado até é feriado, está baseado em evidências que vieram… não se sabe de onde.


«Nunca houve “reis” magos. E nem se sabe se eram três

Muito da narrativa do Dia de Reis, que aqui ao lado até é feriado, está baseado em evidências que vieram… não se sabe de onde.

Dia de Reis. Mais um motivo (no calendário) para juntar a família, em alguns casos.

Nas casas de alguns dos leitores do ZAP, provavelmente, a noite passada – 5 de Janeiro – até foi sinónimo de jantar de família. Não com a importância ou dimensão da noite de Natal, mas pode ter acontecido.

Aqui ao lado, em Espanha, é feriado nacional. E, como sabemos, muitos espanhóis esperam mais por este dia do que pelo 25 de Dezembro – sobretudo quem quer receber prendas (embora em muitas casas espanholas já se faça a troca de prendas no Natal, não no Dia de Reis).

Até temos um bolo que, a partir de certa altura da História, começou a ser associado aos reis magos. Sim, o bolo-rei.

Mas que “reis” foram esses?

Não foram.

Ou melhor, de facto “uns magos vieram do Oriente a Jerusalém” à procura do recém-nascido Jesus. É o que diz a Bíblia.

Esta é a única referência em toda a Bíblia. Surge no Evangelho de Mateus, no capítulo 2, entre os versículos 1 e 12. Apenas “uma dúzia” de linhas sobre a viagem dos magos.

Pode procurar em toda a Bíblia – ninguém escreveu que esses magos eram “reis”.

E pode procurar em toda a Bíblia – ninguém escreveu que eram três magos. Podiam ser dois, podiam ser 15.

E, já agora, pode procurar em toda a Bíblia – ninguém escreveu que eles se chamavam Belchior, Gaspar e Baltasar.

Explicações (eventuais)

Não há explicações científicas, concretas, sobre a origem destas designações: dos “reis”, do número três e dos nomes.

A tradição cristã começou a “espalhar” essas noções, mas os historiadores divergem muito em relação à sua base – quando há.

O número três será o mais fácil de explicar: ouro, incenso e mirra. Estas foram as “dádivas” oferecidas pelos “magos”. Isso sim, está escrito na Bíblia. E passou a deduzir-se que seriam três magos, porque foram oferecidas três dádivas. Deduz-se.

Em relação aos nomes, é complicado definir a sua origem. Uma vertente de historiadores foca-se no Excerpta Latina Barbari, um documento/cronologia escrito em grego, perto do ano 500, que apresenta os seus nomes – mas há muitas dúvidas em relação à tradução desse documento para latim (cujo autor é… desconhecido).

Os “reis” também criam dúvidas entre os estudiosos. Os “magos” eram homens precisamente estudiosos, que em princípio eram muito sábios, sobretudo sobre astrologia.

Outra perspectiva, defendida por exemplo pelo Bispo de Lamego, D. António Couto, sugere que os magos “representam a humanidade de coração puro e de olhar puro que, agora e de perto, sabe ler os sinais de Deus, sejam eles a estrela que desponta, ou o sonho, uma e outro indicadores de caminhos novos, insuspeitados”.

Mas não seriam “reis” de qualquer reinado; fossem de onde fossem – que também não se sabe exactamente de que zona do “Oriente” vieram.

Sobre a adopção da designação “reis”: alguns historiadores acreditam que um bispo, Tertuliano, apresentou no século III essa interpretação: defendeu que Mateus, ao mencionar “magos”, queria dizer “reis”. E baseou-se em (supostas) profecias do Antigo Testamento da Bíblia, que avisavam que haveriam de chegar estes “reis”. Uma visão que nunca foi consensual.

Não é um registo histórico. São suposições, interpretações. Que, pelos vistos, convenceram milhões de pessoas ao longo de quase 2 mil anos. 

Nuno Teixeira da Silva, ZAP» in https://zap.aeiou.pt/nunca-houve-reis-magos-e-nem-se-sabe-se-eram-tres-515680

(Dia de Reis - História e Características)

#espanha    #história    #religião    #diadereis

06/01/15

Religião - Hoje é Dia de Reis e em Espanha é um Feriado com grande Tradição Religiosa!




A jornada dos Reis Magos,1886-1894.

James Joseph Jacques Tissot (França,1836-1902)

guache e lápis sobre papel, 20 x 29 cm

Museu do Brooklyn, Nova York


"Os Reis Magos
Olavo Bilac

Diz a Sagrada Escritura
Que, quando Jesus nasceu,
No céu, fulgurante e pura,
Uma estrela apareceu.

Estrela nova … Brilhava
Mais do que as outras; porém
Caminhava, caminhava
Para os lados de Belém.

Avistando-a, os três Reis Magos
Disseram: “Nasceu Jesus!”
Olharam-na com afagos,
Seguiram a sua luz.

E foram andando, andando,
Dia e noite a caminhar;
Viam a estrela brilhando,
sempre o caminho a indicar.

Ora, dos três caminhantes,
Dois eram brancos: o sol
Não lhes tisnara os semblantes
Tão claros como o arrebol

Era o terceiro somente
Escuro de fazer dó …
Os outros iam na frente;
Ele ia afastado e só.

Nascera assim negro, e tinha
A cor da noite na tez :
Por isso tão triste vinha …
Era o mais feio dos três !

Andaram. E, um belo dia,
Da jornada o fim chegou;
E, sobre uma estrebaria,
A estrela errante parou.

E os Magos viram que, ao fundo
Do presépio, vendo-os vir,
O Salvador deste mundo
Estava, lindo, a sorrir

Ajoelharam-se, rezaram
Humildes, postos no chão;
E ao Deus-Menino beijaram
A alava e pequenina mão.

E Jesus os contemplava
A todos com o mesmo amor,
Porque, olhando-os, não olhava
A diferença da cor …

Em: Poesias infantis, Olavo Bilac, Rio de Janeiro, Livraria Francisco Alves: 1949, 17ª edição.



Os Três Reis e a Estrela do Oriente (Em HD)


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Papa elogia Reis Magos por acreditarem na bondade de Deus

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(Papa elogia Reis Magos por acreditarem na bondade de Deus)

06/01/12

Religião - Hoje celebra-se o Dia de Reis, um Dia com muito significado para os Católicos!




«Os três Reis Magos


Após o nascimento de Jesus, segundo o Evangelho de São Mateus, surgem os Reis Magos provenientes do Oriente, que o visitaram em Belém guiados por uma estrela.


Esta denominação de «Mago», tem conotação de sapiência entre os Orientais ou designa ainda astrólogos, deduzindo-se inicialmente que seriam Astrólogos eruditos. Isto pensa-se por se contar que terão avistado uma estrela que os terá guiado até onde Jesus nasceu. Terão chegado até Cristo a 6 de Janeiro, data que actualmente se comemora o «Dia de Reis».


O nome de «Reis» fora colocado com base na aplicação liberal do Salmo 71,10 realizada pela Igreja. Não há informação de quantos seriam e os seus nomes, existem sim apenas suposições e algumas pinturas dos primeiros séculos, aparecendo dois, quatro e doze «Magos».


Após o Evangelho terão sido atribuídos os nomes dos «Reis»; Baltasar, representante da raça africana ; Belchior, representante da raça europeia e Gaspar que representava a raça asiática, representando todas as raças conhecidas até à data, simbolizando a homenagem de todos os Homens da Terra a Jesus.


Pelo número de prendas deduziu-se quantos seriam, pois ofereceram três presentes, ouro (Belchior), incenso (Gaspar) e mirra (Baltasar). As prendas têm uma simbologia, pois o ouro era somente oferecido a Reis, perfazendo a sua nobreza; o incenso, representa a divindade e a mirra, simboliza Jesus como Homem e o sofrimento que iria ter ao longo da sua vida.


Sendo países tradicionalmente católicos, Espanha e Itália são os países que maior importância e simbolismo atribuem a esta tradição.


As crianças espanholas e italianas celebram o Natal como todas as outras mas têm de esperar pelo dia de Reis, 6 de Janeiro, para receber as tão desejadas prendas.» in http://natal.kazulo.pt/5151/os-tres-reis-magos.htm




(Os reis magos eram magos de magia?)

06/01/11

Religião Católica - Segundo a tradição cristã os Reis Magos eram Gaspar, Melchior (ou Belchior) e Baltazar, e os presentes simbolizam, respetivamente, a realeza, a divindade e a paixão de Cristo!



«6 de Janeiro - Dia de Reis!

Das figuras bíblicas mais intimamente ligadas à tradição religiosa do povo destacam-se os Reis Magos, ou melhor, os Santos Reis uma vez que a hagiologia romana considera-os bem aventurados.
O simbolismo dos Reis Magos é amplo e emprestam-lhes os exegetas as mais diversas interpretações. Estão ligados intimamente às festas do Natal e deles nasceu, praticamente, a tradição do Papai Noel, pois os presentes dados nessa ocasião reproduzem que os magos do Oriente, depois de cumprida a rota que lhes indicava a estrela de Belém, prestaram a Jesus na gruta onde ele nascera.
Reis Magos
 

Reis Magos 
 
As referências bíblicas são vagas e o episódio quase passa despercebido dos evangelistas, mas as contribuições da tradição patriótica são muitas e, como elas têm força de fé e verdade, nelas devemos buscar grande parte das coisas que se contam dos santos Belchior, Gaspar e Baltazar já referidos pelos profetas do Velho Testamento, que vaticinavam a homenagem dos Reis ao humilde filho de Davi que deveria nascer em Belém.
De onde vieram e o que buscavam, pouca gente sabe. Vinham do Oriente e Baltazar, o mago negro talvez viesse de Sabá (terra misteriosa que seria o sul da Península Arábica ou, como querem os etíopes, a Abissínia). Simbolizam também as três únicas raças bíblicas, isso é, os semitas, jafetitas e camitas. Uma homenagem, pois, de todos os homens da Terra ao Rei dos Reis.
Eram magos, isto é, astrólogos e não feiticeiros. Naquele tempo a palavra mago tinha esse sentido, confundindo-se também com os termos sábio e filósofo.
Eles perscrutavam o firmamento e sentiram-se chocados com a presença de um novo astro e, cada um deles, deixando suas terras depois de consultar seus pergaminhos e papiros cheios de palavras mágicas e fórmulas secretas, teve a revelação de que havia nascido o novo Rei de Judá e, que ele, como soberano, deveria, também, prestar seu preito ao menino que seria o monarca de todos os povos, embora o seu Reino não fosse deste mundo.

O simbolismo dos presentes

Conta ainda a tradição que, ao chegar a Canaã, indagaram os Magos onde havia nascido o novo Rei de Judá. Essa pergunta preocupou Herodes, que hoje seria considerado um quisting a serviço dos romanos, e que reinava na Judéia.
Os representantes do Império preocupavam-se com o aparecimento de um novo líder do povo de Israel. A revolta dos macabeus ainda não fora esquecida e o povo oprimido esperava, ansioso, pela vinda do Messias que iria libertar o Povo de Deus e cumprir a palavra do salmista: "Disse o Senhor ao meu Senhor senta-te à minha direita até que ponho os teus amigos como escarbelo aos teus pés".
Os magos procuram conforme conselho de Herodes o novo Rei para render-lhe homenagem e para informar o representante romano do lugar onde nascera o Messias a fim de, com falso preito, sequestra-lo.
No presépio encontramos apenas os animais e os pastores e, inspirados pelo Espírito Santo, curvaram-se diante do filho do carpinteiro de Nazaré e depositaram, ao pé da mangedoura que lhe servia de berço, os presentes: ouro, incenso e mirra, isto é prendas que simbolizavam a realeza, a divindade e a imortalidade do novo Rei, e grão de areia que cresceria e derrubaria o ídolo de pés de barro (símbolo das grandes potências que se sucederam no domínio do mundo), do sonho de Nabucodonosor decifrado pelo profeta Daniel.

Símbolos da humildade

Na tradição cristã os três Reis Magos simbolizavam os poderosos que deveriam curvar-se diante dos humildes na repetição real do canto da Virgem Maria à sua prima Isabel, e "Magnificat", pois sua alma rejubilava-se no Senhor, que exaltaria os pequenos de Israel e humilharia os poderosos.
A igreja cultua os Reis Magos dentro desse simbolismo. Representam os tronos, os potentados, os senhores da Terra que se curvara diante de Cristo, reconhecendo-lhe a divina realeza. É a busca dos poderosos que vêem em Belchior, Gaspar e Baltazar o exemplo de submissão aos desígnios de Deus e que devem, como os magos, despojar-se de seus bens e depositá-los aos pés dos demais seres humanos, partilhando sua fortuna como dignos despenseiros de Deus.
Os presentes de Natal também têm esse sentido. São as ofertas dos adultos à criança que com a sua pureza representa Jesus. Alguns, dão a essas festas um sentido mitológico pagão, buscando nas cerimônias dos druidas, dos germânicos ou saturnais romanas a pompa das festas natalinas que culminam com a Epifania.

A Bifana
A palavra epifania, usada também como nome de mulher, deu origem a uma corruptela dialetal do sul da Itália, levada depois a Portugal e Espanha, a Bifana. A Bifana, segundo a lenda, era uma velha que, no Dia de Reis , saía pelas ruas da cidades a entregar presentes aos meninos que tivessem sido bons durante o ano que findara. Estava intimamente ligada às tradições dos povos mediterrâneos e mais próxima do significado litúrgico das festas natalícias.
Os presentes eram somente dados no dia 6 de Janeiro e nunca antes. Tanto assim é, que nós mesmos, no Brasil, na nossa infância, recebíamos os presentes nesse dia. Depois, com a influência francesa e inglesa em nossas tradições a Epifania ou Bifana foi substituída pelo Papai Noel, a quem muitos estudiosos atribuem uma origem pagã e outros, para disfarçar o sentido comercial da sua presença no dia de Natal, confundem com São Nicolau.
Hoje, o Santos Reis já não são lembrados. O presépio praticamente não existe e só neles é que podemos ver os Magos de Oriente apresentados. A árvore de Natal, pinheiro que os druidas e os feutos enfeitavam para agradar o terrível Deus do inverno Hell, substituíria a representação do nascimento de Jesus, introduzida no costume dos povos por São Francisco de Assis.
A festa da Epifania, dia de guarda no calendário litúrgico, já não mais é respeitada e com ela desaparecerem outras tradições da nossa gente, trazidas da Península Ibérica pelos nossos antepassados, como a folia de Reis, Reizados e tantos outros autos folclóricos, cultivados em poucas regiões do país.

Gimenez, Armando

"Reis Magos, santos esquecidos dentro das tradições do Natal". Diário de São Paulo, São Paulo, 5 de janeiro 1958
Dia de Reis

6 de Janeiro

Segundo a tradição cristã os Reis Magos eram Gaspar, Melchior (ou Belchior) e Baltazar, e os presentes simbolizam, respectivamente, a realeza, a divindade e a paixão de Cristo.
Não se sabe sua origem, mas reza a lenda que um dos Reis era negro africano, o outro branco europeu e o terceiro moreno (assírio ou persa), representando a humanidade conhecida da época.
Dia de Reis
Em muitos países, a troca de presentes é feita neste dia, e não no Natal.
No Brasil, o rico folclore mantém viva a tradição. Por todo o litoral e o interior brasileiro, com todas as suas variantes regionais, se comemora o dia 6 de Janeiro em festas como o Terno de Reis, Folia de Reis ou Santos Reis.
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Em Portugal não se liga muito a este dia, mas pelos vistos a fundamentação católica do mesmo é muito grande e importante!


(Detetives do passado: Os três Reis Magos)