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Baixo Tâmega: Estudo vai catalogar património cultural e natural da serra da Aboboreira
(Lusa) - A Associação de Municípios do Baixo Tâmega (
AMBT) adjudicou a execução de um estudo para catalogar e cartografar o património cultural e natural da serra da
Aboboreira, anunciou hoje fonte da
AMBT.
A serra da
Aboboreira, no extremo noroeste do distrito do Porto, estende-se pelos municípios de Amarante, Baião e Marco de Canaveses e é conhecida sobretudo por alojar um dos campos arqueológicos portugueses mais importantes, escavado e estudado desde 1978.
Os primeiros vestígios de ocupação humana conhecidos são do período neolítico (4500 anos a.C.) mas as escavações revelaram a existência de
uma vasta necrópole megalítica, sendo o túmulo mais conhecido o de Chã de Parada (ou Anta da
Aboboreira), monumento nacional desde 1910.
Segundo a
AMBT, o estudo pretende avaliar "o interesse estratégico da criação de uma área classificada, enquanto factor de competitividade territorial".
O estudo de caracterização, que terá a duração de um ano, avaliará na primeira fase a totalidade da área dos três municípios, seleccionando uma área menor na segunda fase para a realização de estudos de pormenor.
"O estudo contribuirá para uma gestão pró-activa de uma parte do território do Baixo Tâmega com grande significado patrimonial, potenciando a articulação entre projectos e iniciativas de valorização e promoção com incidência no território", preconiza a
AMBT.
Para o presidente da Associação de Municípios do Baixo Tâmega, Manuel Moreira, o estudo de marketing que a associação de municípios elaborou recentemente veio revelar “que a falta de produção de conhecimento sobre o património do território" constitui "um constrangimento à organização de produtos de turismo".
O autarca do Marco de Canaveses considera importante desenvolver um programa abrangente para o território rural da
Aboboreira, que conduza "à necessária valorização da sua paisagem cultural e natural".
Fonte da
AMBT disse à Lusa que o estudo do património cultural da
Aboboreira foi adjudicado à empresa Arqueologia e Património, enquanto a vertente natural será elaborada por equipas
multidisciplinares de três instituições de ensino superior do norte do país.
Foram celebrados protocolos com a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, com o Instituto Politécnico de Viana do Castelo e com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (
UTAD).»
in http://www.expressofelgueiras.com/v2/noticia.asp?cod=1565
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Eis uma notícia que me alegra. Desde miúdo e sempre que acampava de carro para assistir aos
ralis no troço da
Aboboreira, na Serra com o mesmo nome, sentia aquele local, com uma forte componente mística. Talvez porque tenha vestígios de ocupação humana, desde tempos muito remotos,
quiçá pela sua beleza agreste, não sei. Sei que gosto muito e que considero esta Serra muito importante nos domínios Turístico e Científico-Cultural, mormente por estar localizada na
partilha de Municípios que fazem do sector do Turismo, um sector estratégico de desenvolvimento dos mesmo. Espero que depois de muitos anos de abandono e depois das barbaridades que se fizeram na instalação das plataformas eólicas, com destruição de locais de investigação histórica importantes, se proteja desde agora a para sempre esta Serra da
Aboboreira, para mim uma Serra mística e que me
traz excelentes recordações do passado!