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20/01/18

Amarante Antiga - Extraordinária fotografia do mestre Eduardo Teixeira Pinto, aqui realçada pelas palavras do meu Amigo e apreciador de Amarante e do seu vasto património, Carlos Branquinho de Barcelos.




«Uma fotografia de eleição, de Eduardo Teixeira Pinto.

Na condição de amante da fotografia a preto e branco e admirador da obra do fotografo Eduardo Teixeira Pinto (Amarante, 1933 - Porto, 2009) apresento-vos esta soberba fotografia, intitulada "Carros de bois nas ruas de Amarante, 1960", do célebre fotógrafo amarantino, distribuída hoje pelo Jornal Correio da Manhã.

"Os velhos e os novos transportes, com os animais a puxarem pesadas cargas enquanto os automóveis estão estacionados. Curioso ser um rapaz a comandar a marcha, ladeado por um homem bem vestido, talvez o proprietário do vinho") Copyright da imagem: Eduardo Teixeira Pinto.» in https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2013018905588326&set=a.1580999942123560.1073741849.100006407077786&type=3&theater

Palavras escritas com amizade pelo amigo e apreciador de Amarante, Carlos Branquinho, de Barcelos.


02/12/16

Amarante Antiga - Na revista Portugal Económico Monumental e Artístico, da editorial Lusitana, Fascículo LIV, Concelho e Vila de Amarante, a dimensão comercial do Concelho de Amarante em 1941.




«Comércio - Amarante é uma terra progressiva comercialmente. Possue bons estabelecimentos tais como: confeitarias, mercearias, lojas de fazendas, farmácias, lojas de artigos fotográficos, etc., etc. dentre os estabelecimentos de maior vulto em Amarante deve-se destacar a Confeitaria Amarantina, conhecida também por Casa das Lérias.

Realizam-se em Amarante mercados semanais tôdas as quartas e sábados, costumando ser muito concorridos e realizando-se boas transacções.

Realizam-se também feiras mensais nos primeiros sábados e dias 17 de cada mês, no Campo da Feira, em Amarante.

No lugar do Cavalinho, nos dias 12 e 28 de cada mês, também se realizam importantes feiras de gado bovino, suíno e artigos de utilidade doméstica.

Há ainda as feiras anuais em 10 de Janeiro (Dia de S. Gonçalo) e em 29 de Abril, feira de gado cavalar, além da feira anual por ocasião das festas de Junho (primeiro sábado de Junho), em que são conferidos valiosos prémios aos melhores exemplares apresentados.

Realiza-se ainda no dia 9 de Setembro, na freguesia de Freixo de Cima, a feira de S. Gens, de gado bovino, louça e variados artigos.» in Portugal Económico Monumental e Artístico, da editorial Lusitana, Fascículo LIV, Concelho e Vila de Amarante.


28/11/16

Amarante Antiga - Fernando dos Reis, na Revista Portugal Económico Monumental e Artístico, Editorial Lusitana, Fascículo LIV, Concelho e Vila de Amarante.




«E por querer vê-la propagandeada, conhecida dos portugueses e dos estranhos que visitem êste maravilhoso rincão de Portugal, por querer vê-la próspera e engrandecida, por querer que Amarante seja, num futuro próximo, uma excelente terra de turismo, de maneira que o visitante encontre o confôrto e as comodidades que a época requere, é que com calor e entusiasmo escrevo estas sentidas linhas despretenciosas.

Amarante, servida por estradas que são ponto-itinerário forçado para Trás-os-Montes, para o Alto-Douro e para as Beiras, com uma fama quási milenária das suas comidas sãs, dos seus vinhos verdes sem rival no mundo, e dos seus doces regionais, com as suas belezas naturais, que todos louvam e enaltecem, com um conjunto de hotéis e pensões excelentes, com a proximidade da Serra do Marão, ponto primacial da atracção turística e donde há a tirar o máximo partido, poderá ser dentro de poucos anos, aquilo a que poderão chamar agora o sonho de um bairrista, ou de um visionário, que no entanto ama profundamente esta linda terra - uma enorme e esplêndida zona de turismo. Os seus monumentos que os tem e de real interesse artístico, serão também um motivo de atracção e desenvolvimento económico da vila e do concelho, chamando muitos visitantes.» in PORTUGAL ECONÓMICO MONUMENTAL E ARTÍSTICO, da Editorial Lusitana, fascículo LIV, do Concelho e Vila de Amarante.

Amarante, Novembro 1941,

Fernando dos Reis» 


25/10/16

Amarante Antiga - Revista “Portugal Económico Monumental e Artístico”, da editorial Lusitana, Fascículo LIV, relativa ao Concelho e vila de Amarante, de 1941.




«O Concelho de Amarante

Amarante é sede dum concelho rural de 2.ª ordem e fiscal de 2.ª classe e comarca também de 2.ª classe, pertencente ao Distrito, Relação e Bispado do Pôrto, distando desta cidade 48 quilómetros.

Estação telégrafo-postal de 2.ªa classe.

Freguesias da Sede – S. Gonçalo e S. Veríssimo.

População – Segundo o recenseamento geral da população de Dezembro de 1930, o concelho contava então 37.929 habitantes, assim distribuídos: - Aboadela e Várzea, 1.282; Aboim, 508; Amarante e S. Veríssimo, 2547; Anciãis, 849; Ataíde, 740; Bostelo, 734; Canadelo, 480; Candemil, 1.080; Carneiro, 546; Carvalhó de Rei, 463; Cepelos, 720; Chapa, 286; Figueiró (Santa Cristina), 965; Figueiró (Santiago), 1.820; Fregim, 1278; Freixo de Baixo, 694; Freixo de Cima, 879; Fridão, 642; Gatão, 830; Gondar, 1.545; Gouveia, 1.120; Jazente, 532; Lomba, 631; Louredo, 414; Lufrei, 1.034; Madalena (Gestaçô), 628; Mancelos, 2.201; Oliveira, 405; Padornelo, 680; Rebordelo, 455; Real, 1.337; Salvador do Monte, 1.817; Sanche, 1.024; Telões, 2.208; Travanca, 1.640; Vila Caiz e Passinhos, 1.518; Vila Chã do Marão, 1.103; e Vila Garcia, 384.

Segundo o último recenseamento, realizado em Dezembro de 1940, o concelho já contava, porém, 40.884 habitantes.

Feiras e Mercados – No primeiro sábado e a 17 de cada mês, no Campo da Feira, na vila, de gado bobino e suíno; feira idêntica a 12 e 28 de cada mês, no Cavalinho, freguesia de Gondar; na primeira quinta-feira e a 22 de cada mês, em Vila Meã, freguesia de Ataíde; mercado bi-semanais dentro da vila, às quartas e sábados.  Há ainda mais as seguintes feiras: a 10 de Janeiro, no primeiro sábado de Junho, pelas «oitavas» do Espírito Santo e a 13 de Dezembro.

Romarias – Em honra de S. Gonçalo, padroeiro da vila, realizam-se grandes festejos no primeiro sábado de Junho e no domingo imediato.

Águas Termais – Dentro da vila, ao começo da estrada que vai para Vila Real, há as Caldas das Murtas, modestamente instaladas ainda, mas cujas águas sulfurosas principalmente, são provadamente benéficas contra o reumatismo e doenças de pele.

Vias de Comunicação – Está actualmente suspenso o caminho de ferro que servia a vila; mas há carreiras de camionetes, diárias, para o Pôrto, sendo a vila servida por muitas e boas estradas.

Feriado municipal – 24 de Junho.» in Revista “Portugal Económico Monumental e Artístico”, da editorial Lusitana, Fascículo LIV, relativa ao Concelho e vila de Amarante, de 1941.

14/01/16

Amarante Antiga - Largo Sertório de Carvalho, onde se realizavam as feiras de gado bovino e suíno, ao fundo o Quartel de Artilharia 4.


(Largo Sertório de Carvalho, popularmente e localmente conhecido por Campo da Feira)


«Biografia de Sertório de Carvalho
Nascido em Lisboa, foi nesta cidade que se licenciou em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e onde iniciou a carreira de Advogado.

Desde a sua juventude foi animador de várias organizações de luta pelo Socialismo, as quais não chegaram a alcançar influência nem a ter continuidade. Defendeu vários presos políticos no Tribunal Plenário e tornou-se, entretanto, com Luís da Câmara Reis, uma das figuras centrais da revista Seara Nova. Exerceu considerável influência no processo conducente à campanha eleitoral de Humberto Delgado, nas Eleições presidenciais portuguesas de 1958. Aliado quase permanente que era do Partido Comunista Português, empenhou-se a princípio na candidatura de Arlindo Vicente. Mas rapidamente se apercebeu de que a campanha de Humberto Delgado se estava a tornar um factor potencial de derrubamento do Salazarismo. A tomada de posição pública de Manuel Sertório contribuiu de forma relevante para a viragem que, em pouco tempo, havia de levar à desistência de Arlindo Vicente em favor de Humberto Delgado e à unificação das oposições. Consumada a 8 de Junho de 1958 a fraude eleitoral Salazarista, iniciou-se uma vaga de repressão que forçou ao exílio numerosas personalidades oposicionistas. Manuel Sertório refugiou-se em São Paulo, no Brasil, no ano seguinte, onde viveu até 1965. Data desse tempo a sua acidentada colaboração com Humberto Delgado, que aí também se havia exilado em 1959, com quem chegou a estar de relações cortadas devido a profundas divergências políticas mas de quem foi, noutras ocasiões, o mais respeitado mentor. Acompanhou o General a Praga pouco antes do assassínio deste pela PIDE a 13 de Fevereiro de 1965, para uma reunião de ambos com Álvaro Cunhal, destinada a restabelecer uma colaboração do Delgadismo com o PCP.

Sob o título "Humberto Delgado 70 Cartas Inéditas", publicaria mais tarde a copiosa correspondência que nesses anos trocou com o General Sem Medo e um balanço crítico da sua própria orientação.

Entretanto, começava a Guerra de Libertação nas Colónias, e Manuel Sertório passava a ser, na oposição metropolitana, exilada ou não, um símbolo da solidariedade para com os povos africanos. Em atenção a esse prestígio de anticolonialista, esteve como convidado português na Conferência de Nova Deli e Bombaim, em Outubro de 1961.

O Golpe de Estado no Brasil em 1964, a 31 de Março, que instaurou um Regime Militar no Brasil, levou-o a fixar-se na recém-independente Argélia de Ahmed Ben Bella, que proporcionava as melhores condições para a colaboração das várias correntes antifascistas entre si e com os Movimentos de Libertação das Colónias portuguesas. Aí viveu o Golpe de Estado de 1965 de Houari Boumédiène e à invasão da Checoslováquia a 21 de Agosto de 1968, que acabou de afastá-lo do PCP. Depois dessa ruptura, viria a ser duramente atacado em escritos polémicos de Álvaro Cunhal.

Com o 25 de Abril de 1974 regressou a Lisboa, tendo recusado diversos cargos públicos que Ihe oferecia o novo regime e mantido, durante vários anos, uma colaboração informal com as organizações da área do Trotskismo. Publicista fértil, colaborou, entre outros, no Estado de São Paulo, Portugal Democrático (fase do exílio brasileiro); Afrique-Asie, Revolution Africaine, Rádio Portugal Livre (fase do exílio argelino), Diário Popular; República, O Jornal, Combate Operário, Combate Socialista, Militante Socialista (após o regresso). Na última fase foi um dos animadores da revista de investigação Estudos do Comunismo e da revista política Versus.


O seu espólio encontra-se no Centro de Documentação 25 de Abril, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.» in https://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Sert%C3%B3rio