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19/04/18

Cidade da Covilhã - A Câmara da Covilhã anunciou hoje que um grupo franco-suíço que trabalha com marcas de luxo como a Cartier ou a Dior vai construir um novo centro de produção na Covilhã, num investimento de cinco milhões de euros.



«Fabricante de jóias Dior e Montblanc anuncia investimento de cinco milhões na Covilhã

A Câmara da Covilhã anunciou hoje que um grupo franco-suíço que trabalha com marcas de luxo como a Cartier ou a Dior vai construir um novo centro de produção na Covilhã, num investimento de cinco milhões de euros.

"O grupo franco-suíço FM Industries Sycrillor escolheu novamente a Covilhã para realizar um investimento global de cinco milhões de euros na construção de um novo centro de produção de joalharia para marcas de luxo a nível mundial, como a Cartier, Tiffany, Montblanc, Louis Vuitton, Dior e Hermès", refere o município, em comunicado hoje enviado à agência Lusa.

De acordo com a informação, este grupo, que já tem no Parque Industrial do Canhoso a empresa Mepisurfaces, pretende agora reforçar o investimento com a construção de uma nova unidade de mecânica de precisão, que ficará no Parque Industrial do Tortosendo.

A autarquia adianta que as obras devem iniciar-se ainda este ano e que o novo centro terá capacidade para 200 postos de trabalho.

"O grupo internacional aposta assim na construção de uma unidade de mecânica de precisão, totalmente dedicada à exportação, consolidando o saldo comercial da economia da Covilhã como um dos mais positivos do país, que se situa nos 227%", acrescenta o comunicado deste município do distrito de Castelo Branco.

O investimento será apresentado oficialmente na terça-feira, no Parkurbis - Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã, no mesmo dia em que é inaugurado o centro de contacto Altice/Randstad, que na fase inicial arranca com 100 trabalhadores, número que poderá duplicar ou triplicar a médio prazo.

Citado na nota de imprensa, o presidente do município, Vítor Pereira, salienta que "estes investimentos compravam a capacidade da Covilhã para atrair e desenvolver importantes projetos em áreas diversificadas".

O autarca mostra-se orgulhoso pela confiança renovada da indústria da joalharia, que assim "posiciona o concelho como um dos principais 'clusters' na área da mecânica de precisão".

"A Covilhã tem sido - e quer continuar a ser - inovadora na captação de empresas e estruturas que sabemos serem geradoras de emprego, conhecimento e inovação", acrescenta.» in https://24.sapo.pt/economia/artigos/fabricante-de-joias-dior-e-montblanc-anuncia-investimento-de-cinco-milhoes-na-covilha

23/12/11

Industria Portuguesa - O setor da cortiça ia perdendo o comboio para outros materiais, mas ao apostar em investigação e desenvolvimento, deu a volta por cima!

Portugal exporta cortiça para mais de 100 países


«Apesar dos desafios, Portugal continua a liderar o setor da cortiça

O setor da cortiça ia perdendo o comboio para outros materiais, mas ao apostar em investigação e desenvolvimento, deu a volta por cima. Portugal é líder e em 2012 continuará no pódio.

Portugal exporta cortiça para mais de 100 países

As rolhas são o principal produto, mas outras indústrias como a moda e a engenharia aeroespacial e automobilística estão a apostar na cortiça.

Em 2008 o futuro da cortiça esteve em perigo quando a rolha começou a ser substituída por cápsulas de alumínio e rolhas de plástico, contudo até o argumento economicista destes novos produtos não convenceu os mais distintos críticos de vinho do mundo. Hoje nas grandes provas internacionais verifica-se que o índice de problemas associados aos vedantes de plástico é superior ao dos vinhos engarrafados com cortiça.

A AC Nielson divulgou um recente estudo que prova que a qualidade da cortiça é inegável ao analisar as 100 maiores marcas de vinhos dos EUA. Ao longo de um ano, foram testados 64 vinhos com rolha de cortiça e 36 com vedantes de alumínio e plástico. O resultado em todas as vertentes é favorável à rolha de cortiça. Mais: os que tinham rolha de cortiça aumentaram em 11 por cento as suas vendas, os outros pelo contrário, caíram 1,5 por cento.
Cortiça deu a volta por cima
O setor da cortiça a partir de 2010 apostou em Inovação e Desenvolvimento e foi este o segredo.
Conseguiu reagir à concorrência e neste momento está numa nova fase voltando ao pódio. E apesar de a rolha continuar a ser o principal negócio, representando cerca de 65 por cento das vendas, a realidade é que a cortiça soube entrar noutros mercados, caso da moda, design, construção, indústrias de ponta, como a automóvel, aeroespacial, caiaques, pranchas de surf, entre outras áreas. Só para citar o exemplo da indústria aeroespacial, pensa-se incorporar cortiça nas naves que fazem o lançamento dos satélites para o espaço, tanto no nariz das próprias naves como no interior das câmaras de combustão. Empresas como a Airbus e a Boeing estão a estudar a cortiça para aplicar no interior dos aviões por ser um material leve, isolante e antivibrático.
Outra novidade: este material passou a estar na moda na vertente da construção. A Corticeira Amorim revestiu o chão da Sagrada Família, uma catedral que recebe 3 milhões de pessoas por ano. Outro exemplo foi o caso do Pavilhão de Portugal da Expo Xangai 2010 que recebeu o prémio de Design pelo Bureau International des Exhibitions.
A Rússia, os Estados Unidos e a Alemanha têm sido bons clientes nesta vertente do negócio. Desengane-se quem pensa que os pavimentos são iguais aos do passado. Mais uma vez esta indústria aproveitou para fazer o trabalho de casa e investindo em investigação descobriu forma de dar cor e outros formatos a este material, conseguindo assim várias tonalidades para os pavimentos.
Portugal é líder de vendas
Portugal exporta para mais de 100 países, tendo como principais clientes França, Estados Unidos, Itália, Alemanha, Espanha, Chile e Austrália. Portugal representa 33 por cento da área de sobreiros a nível mundial, é responsável por 54 por cento da produção e 75 por cento da transformação mundial. Estes números levam a empregar 10 mil pessoas diretamente e 3000 temporariamente, essencialmente no período da extração. Nesta fase, em média, cada trabalhador ganha entre 60 e 70 euros por dia.
Cada quilograma de cortiça custa, neste momento, 1,7 euros. Os produtores vendem a arroba (15 kg), o que dá uma média de 25 euros. Prevê-se que a exportação renda cerca de 750 milhões de euros. O futuro da cortiça augura-se positivo. É um material 100 por cento natural e a indústria aposta na sustentabilidade. Além disso, 60 por cento das necessidades energéticas são satisfeitas a partir de fontes renováveis, porque no setor da cortiça tudo se aproveita. As florestas de sobro mundial retêm por ano 14 mil milhões de toneladas de CO2. Mais: o setor também aposta na reciclagem de rolhas. Em 2010 foram recicladas 43 milhões de rolhas, dando origem a outros produtos e 74 por cento dos resíduos gerados são valorizados.» in http://noticias.sapo.pt/economia/artigo/portugal-e-lider-mundial-no-seto_1970.html

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