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10/08/24

Desporto Atletismo - Pedro Pichardo ficou no segundo lugar na final do triplo salto, esta sexta-feira, e conquistou a terceira medalha para Portugal nos Jogos Olímpicos de Paris.



«Pedro Pichardo conquista medalha de prata no triplo salto

Pedro Pichardo ficou no segundo lugar na final do triplo salto, esta sexta-feira, e conquistou a terceira medalha para Portugal nos Jogos Olímpicos de Paris. O triplista português teve como melhor marca um salto de 17,84 metros.

Depois da rivalidade nos Europeus de Roma, em junho, Pedro Pichardo e o espanhol Jordan Díaz voltaram a lutar pela vitória em Paris. O triplista português deu boa réplica, com dois saltos na marca dos 17,84 metros, contudo, voltou a ser o espanhol a levar a melhor por uma margem bem curta (17,86 metros).

Apesar do desgosto de falhar a revalidação do título olímpico, Pedro Pichardo mostrou-se bem-disposto, colocou uma bandeira portuguesa às costas e cumprimentou os inúmeros fãs ao redor do recinto. 

Escapou o ouro a Portugal, mas, no final, as notícias não são negativas. Esta é a terceira medalha para a armada portuguesa na presente edição dos Jogos Olímpicos. A estreia na glória ficou para Patrícia Sampaio, no judo, com um bronze. Já Iúri Leitão, no ciclismo de pista, e Pichardo, em pouco mais de 24 horas, garantiram duas de prata.» in https://www.jn.pt/2200807156/pedro-pichardo-conquista-medalha-de-prata-no-triplo-salto/


(Equipa Portugal Paris 2024 | PEDRO PICHARDO)


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#pedro    #pichardo


15/05/24

Desporto Atletismo - Um novo estudo indica que o corpo humano evoluiu para perseguir os animais durante longas distâncias, naquilo a que se chama “caça de resistência”.



«Rosa Mota teria sido uma ótima caçadora

Um novo estudo indica que o corpo humano evoluiu para perseguir os animais durante longas distâncias, naquilo a que se chama “caça de resistência”.

Já ouviu falar em caçadores de resistência? Talvez não, porque já não existem… mas segundo um estudo publicado esta segunda-feira na Nature Human Behaviour, Rosa Mota poderia ter sido das melhores de sempre na modalidade.

Antes da invenção das armas de fogo, muitas culturas caçavam através da perseguição das presas por longas distâncias.

O novo estudo, levado a cabo por investigadores da Universidade da Califórnia (EUA), sustenta que as características humanas especializadas para corridas longas são evidências de adaptações evolutivas ligadas a uma necessidade de correr grandes distâncias, durante a caça.

Os humanos, em comparação com outros animais (como, por exemplo, cavalos ou veados), têm músculos adaptados mais para a resistência do que para a força –  o que faz de nós atletas de resistência notáveis (especialmente, a Rosa Mota).

Além disso, o ser humano tem uma capacidade sem igual de regular a temperatura corporal, através da transpiração intensa, para se manter fresco.

“Estas características só podem ser explicadas no contexto da corrida. E não há muitas razões para os humanos correrem longas distâncias para além da caça”, explica o líder da investigação, Eugene Morin, citado pela New Scientist.

O estudo sugere que os humanos evoluíram para perseguir a presa até que esta ficasse demasiado exausta ou sobreaquecida para continuar a fugir.

Quando se comparou a eficiência energética da corrida com a de uma caminhada, concluiu-se que é mais eficiente do que caminhar longas distâncias. Por exemplo, correr 4 quilómetros para apanhar um animal é mais eficaz do que caminhar 8 quilómetros.

Além disso, caminhar não funcionaria, uma vez que a caça de resistência depende muitas vezes de forçar as presas à exaustão e ao sobreaquecimento.

A pesquisa também revelou que a técnica de caça de resistência é documentada em cerca de 400 relatos de todo o mundo, entre 1500 e 1850.

Miguel Esteves, ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/estudo-cientifico-mostra-que-rosa-mota-teria-sido-uma-otima-cacadora-601534


(Rosa Mota, a Primeira Campeã Olímpica Portuguesa | Memória Olímpica)

#desporto    #corrida    #resistência    #caminhada    #caça    #rosamota    #estudo

03/03/23

Desporto Atletismo - Em poucos minutos Portugal conseguiu dois títulos nos Europeus de Atletismo de Pista Coberta que se estão a realizar em Istambul, na Turquia.


«Auriol e Pichardo dão dois títulos europeus a Portugal

Atleta do Benfica fez a melhor marca mundial do ano no triplo salto (17,60m), lançadora do Sporting venceu o lançamento do peso (19.76m).

Em poucos minutos Portugal conseguiu dois títulos nos Europeus de Atletismo de Pista Coberta que se estão a realizar em Istambul, na Turquia. Primeiro foi Pedro Pichardo a sagrar-se campeão do triplo salto com a marca de 17,60 metros, ainda assim longe dos ambicionados 18,29 metros, recorde do mundo na pertença do britânico Jonathan Edwards, em 1995.

Refira-se que o atleta do Benfica ponderou falhar a competição por não estar a 100% fisicamente.

Logo a seguir foi a vez de Auriol Dongmo, lançadora do Sporting, que venceu a final do lançamento do peso com 19.76 metros, terminando à frente da alemã Sara Gambetta.

E vão dois ouros para Portugal.» in https://onovo.pt/desporto/auriol-e-pichardo-dao-dois-titulos-europeus-a-portugal-LF14008047 

#desporto    #atletismo    #auriol    #pichardo    #medalhadeouro

22/12/21

Desporto Atletismo - A campeã olímpica Fernanda Ribeiro manifestou-se esta terça-feira irredutível na demissão da direção da Federação Portuguesa de Atletismo, considerando indesculpável a "humilhação" ao seu treinador João Campos na Gala do Centenário da instituição.



«Campeã olímpica Fernanda Ribeiro demite-se da federação

A campeã olímpica Fernanda Ribeiro manifestou-se esta terça-feira irredutível na demissão da direção da Federação Portuguesa de Atletismo, considerando indesculpável a "humilhação" ao seu treinador João Campos na Gala do Centenário da instituição.

"No momento em que tomei a atitude no dia da gala, não tinha dúvidas. Vi uma pessoa a ser humilhada, vi o treinador mais medalhado a ser ignorado", justificou a campeã olímpica dos 10 mil metros em Atlanta1996 e bronze em Sydney2000.

Na Gala do Centenário da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), João Campos não integrou o quarteto da eleição dos melhores treinadores, composto por Moniz Pereira, João Ganso, José Uva e Sameiro Araújo.

"Não encontro nenhuma explicação, porque não consigo entender como isto foi feito. Isto é o centenário, por isso tem de ser para os melhores nestes 100 anos. É para o melhor atleta, para o melhor treinador", exemplificou, revelando que já recebeu vários telefonemas de outros técnicos em solidariedade com a sua atitude.

Fernanda Ribeiro recordou que João Campos é o treinador mais medalhado - "ainda mais do que eu, pois tem pódios com o Rui Silva, a Jéssica Augusto e por equipas nos Europeus de cross" - pelo que defende que o facto de não estar nomeado entre os melhores "é grave".

Apesar de ter ficado em "choque" com aquilo a que assistiu na gala, reiterou o "respeito" por todos os nomeados.

"Atenção que eu respeito todos os treinadores que lá estavam. Estamos a falar do centenário e o João Campos, quer queiram, quer não, é o treinador com mais medalhas. E basta", reforçou a campeã do mundo dos 10 mil metros em 1995 e da Europa em 1994.

Fernanda Ribeiro assumiu que o seu antigo técnico estava "triste". "Se eu senti que estavam a ser injustos, imagino ele", realçou. Contudo o estado de espírito de João Campos aliviou com a atitude da antiga atleta, que abandonou a gala e anunciou a demissão da federação.

"Já lhe disse que o que ganhámos ninguém nos vai tirar ou deitar abaixo. Sei o valor dele e ele o meu. Claro que ele estava muito em baixo, mas vi-o agora mais feliz pela atitude que eu tomei. Não pensou que eu a ia tomar, apesar de me conhecer perfeitamente. Senti-o um pouco mais feliz porque viu que estou do lado dele", contou.

Fernanda Ribeiro assumiu algum desgaste pelo facto de entender que a federação não aproveita alguns dos seus contributos, pelo que, depois do sucedido, "já não conseguia ser uma pessoa normal" nem se estava a "identificar" no seio da instituição.

Ainda assim, diz que "nem tudo é mau" na FPA, reconhecendo que há "pessoas a tentar mudar" coisas menos positivas e que entende estarem "no bom caminho"

A campeã olímpica lamenta o facto de os seus contributos e os de José Regalo, igualmente ex-atleta e que também vive no Norte, não estarem a ser devidamente aproveitados, considerando que se assim não fosse a FPA poderia evitar alguns erros.

Fernanda Ribeiro espera que, apesar da sua saída, o Norte não seja esquecido e que o Centro de Alto Rendimento (CAR) da Maia seja dotado das condições de trabalho necessárias ao seu estatuto.» in https://www.jn.pt/desporto/campea-olimpica-fernanda-ribeiro-demite-se-da-federacao-14431432.html


#desporto    #fcporto    #atletismo    #fernandaribeiro  

#federaçãoportuguesaatletismo    #demissão

12/12/21

Desporto Atletismo - A portuguesa Mariana Machado conquistou hoje a medalha de bronze nos sub-23 dos Europeus de corta-mato, em Dublin, repetindo o resultado conseguido em 2019 na categoria sub-20.


«Mariana Machado conquista bronze em sub-23 nos Europeus de corta-mato

A outra portuguesa em prova, Lia Lemos, terminou na 24.ª posição, a 1.13 minutos da vencedora.

A portuguesa Mariana Machado conquistou hoje a medalha de bronze nos sub-23 dos Europeus de corta-mato, em Dublin, repetindo o resultado conseguido em 2019 na categoria sub-20.

Nuns metros finais em recuperação, a atleta portuguesa chegou ao terceiro lugar, a quatro segundos da italiana Nadia Battocletti, que venceu em 20.32 minutos, e o mesmo tempo da eslovena Klara Lukan, medalha de prata.

O pódio em Dublin foi igual ao da prova de sub-20 em 2019, em Lisboa, com Battocletti a vencer, seguida de Lukan e de Machado.

A outra portuguesa em prova, Lia Lemos, terminou na 24.ª posição, a 1.13 minutos da vencedora.» in https://desporto.sapo.pt/modalidades/atletismo/artigos/mariana-machado-conquista-bronze-em-sub-23-nos-europeus-de-corta-mato

(German DUEL - Women's U23 Race | European Cross Country Championships Samorin 2017)

28/10/21

Desporto Atletismo - A ideia era sempre “ganhar e ser a melhor” mas, nos bastidores, Vanessa Fernandes estava a ser escrava do seu próprio sucesso e isso quase a destruiu.


«Depressão: o relato de Vanessa Fernandes

Escrava do seu sucesso, a vencedora de uma medalha nos Jogos Olímpicos confessa que teria ficado destruída, caso não tivesse pedido ajuda.

A ideia era sempre “ganhar e ser a melhor” mas, nos bastidores, Vanessa Fernandes estava a ser escrava do seu próprio sucesso e isso quase a destruiu. A antiga triatleta confessa o que passou e o que poderia ter passado.

O contexto é a curta-metragem ’72 Horas’, que descreve os três dias anteriores à subida do pódio em Pequim, quando Vanessa conseguiu a medalha de prata nos Jogos Olímpicos, no triatlo.

Deixou de ter uma alimentação equilibrada porque pensava que, se deixasse de comer, iria ganhar uns segundos nas provas em que participava.

“Se for aos Jogos Olímpicos, passar a meta e buscar a medalha e morrer a seguir, está tudo bem“, disse a portuguesa, na própria curta-metragem.

Vanessa Fernandes comia compulsivamente e depois vomitava, na preparação para os Jogos Olímpicos de 2008. Era um comportamento de “alguém doente”, admitiu. Depois sentia “euforia e felicidade, por poder comer após a prova”.

Antes de a medalha chegar ao peito, a palavra que mais ouvia era “sofrer, sofrer, sofrer e sofrer até morrer“.

“Era como se me tivesse deixado ser escrava do meu próprio sucesso. Para mim, já estava a ser muito e eu diluí-me na obtenção desse resultado”, declarou Vanessa, que já chegou a Pequim com sintomas de depressão.

“Chegou a um ponto em que tive de pedir ajuda, caso contrário ia destruir-me. Fui internada. Foi um grande caminho para acordar para o meu desenvolvimento pessoal e, depois, veio vida, paz, harmonia, vem a realidade”, contou Vanessa Fernandes.» in https://zap.aeiou.pt/depressao-o-relato-de-vanessa-fernandes-440462

([EP4] 72 horas antes: Vanessa Fernandes - Betclic Portugal)

12/08/21

Desporto Atletismo - Hansle Parchment, que venceu a final dos 110 metros barreiras nos Jogos Olímpicos de Tóquio, esteve prestes a falhar a prova que lhe valeu a medalha de ouro, contudo, graças a uma voluntária, marcou presença na corrida e sagrou-se campeão olímpico.



«Atleta agradece a voluntária que lhe pagou táxi para chegar à final que lhe deu o ouro no Jogos de Tóquio

Se não fosse a voluntária, o jamaicano teria falhado a prova.

Hansle Parchment, que venceu a final dos 110 metros barreiras nos Jogos Olímpicos de Tóquio, esteve prestes a falhar a prova que lhe valeu a medalha de ouro. Contudo, graças a uma voluntária, marcou presença na corrida e sagrou-se campeão olímpico.

Foi através de um vídeo partilhado no Instagram que o atleta jamaicano explicou o sucedido. Parchment tinha de apanhar um autocarro até ao estádio olímpico, mas acabou por entrar no autocarro errado, dirigindo-se para o local das competições de remo. Sem tempo para apanhar o autocarro certo, Tianna, uma voluntária nos Jogos, acabou por lhe pagar uma viagem de táxi até ao Estádio Olímpico.

“Encontrei a voluntária e tive que implorar, porque obviamente ela não tinha permissão para fazer muito. Ela deu-me algum dinheiro para apanhar um táxi (…) E foi assim que consegui chegar à pista de aquecimento do estádio, com tempo suficiente para aquecer e competir. Foi simplesmente fantástico”, contou.

O atleta fez questão de rever a voluntária para lhe agradecer o seu gesto.

“Você foi fundamental para eu chegar à final naquele dia”, disse Parchment a Tianna, mostrando-lhe a medalha de ouro e surpreendo-a.

O jamaicano devolveu o dinheiro à voluntária e ofereceu-lhe uma camisola da Jamaica.

“Você foi fundamental para eu chegar à final naquele dia”, disse Parchment a Tianna, mostrando-lhe a medalha de ouro e surpreendo-a.

O jamaicano devolveu o dinheiro à voluntária e ofereceu-lhe uma camisola da Jamaica.» in https://sol.sapo.pt/artigo/743411/atleta-agradece-a-voluntaria-que-lhe-pagou-taxi-para-chegar-a-final-que-lhe-deu-o-ouro-no-jogos-de-toquio

(Why Gold Medalist Hansle Parchment Hunted Down A Volunteer In Tokyo After Olympic Triumph)

05/08/21

Desporto Atletismo - Pedro Pablo Pichardo voou para a medalha de ouro no triplo salto, 17,98 metros, 41 centímetros acima da prata do chinês Zhu Yamin.



«Um salto de gigante, a bandeira de Portugal nas costas e o ouro ao peito

Pedro Pablo Pichardo voou para a medalha de ouro no triplo salto. 17,98 metros, 41 centímetros acima da prata do chinês Zhu Yamin. Luso-cubano é o quarto atleta da Equipa Portugal a ir às cerimónias de pódio e selou a melhor participação portuguesa nos Jogos Olímpicos.

12h30 em Tóquio. 04h30 da madrugada em Portugal Continental. Pedro Pablo Pichardo sorri. Esfrega a face rápida e desenfreadamente. Grita. Um berro. Dois berros. Tradução impercetível. Estala sincronizadamente, e por três vezes, os dedos. Bem poderia estar a preparar-se para a uma dança. Debruça-se. Simula arrancada. Para trás e para a frente. O joelho quase que toca na axila. Prepara o movimento para a eternidade.

Pichardo parte para o último salto, o sexto da final do Triplo Salto masculino, com a medalha de ouro a uma distância de trinta e tal passadas rápidas, dois passos de gigante e um voo até aterrar na caixa de areia.

O chinês Zhu Yamin, na derradeira oportunidade não conseguiu voar por cima dos 17,98 metros alcançados pelo saltador cubano naturalizado português. O mais alto lugar do pódio fica com nome reservado para Pichardo, lugar esse que entra para a história como a quarta medalha olímpica de Portugal e o resumo da melhor participação de sempre nos Jogos Olímpicos.

A mensagem de que Pedro Pichardo é campeão olímpico corre em rodapé gigante da televisão. O atleta nascido em Santiago de Cuba, a 30 de junho de 1993, e que se diz “apaixonado por Portugal”, sobe antecipadamente ao Olímpio com o record nacional batido (mais 3 centímetros) e a melhor marca do ano garantida (havia conseguido 17,92 metros, em Székesfehérvár, na Hungria, em junho).

Um salto de ouro conseguido ao terceiro ensaio. 17,98 metros. Metade do percurso. O pé ficou a 4,6 cm da risca encarnada que separa o válido (bandeira branca) do nulo (encarnada). Na repetição na televisão é percetível uma pausa no ar de milésimos de segundos que parecem segundos. Não mexe. Se Ronaldo consegue ficar quieto a centímetros do chão antes de cabecear a bola, também o saltador o faz para, no imediato, deitado na areia, levantar um pé e um braço para a fotografia.

Esteve na liderança desde as 3h07m, hora portuguesa. Mais oito horas em Tóquio, no Japão. Desde o primeiro salto. De fita branca na cabeça, vestido de verde e ténis amarelos e tons laranja, transpirou confiança logo após o primeiro de um duplo 17,61m.

O segundo lugar seria alternado ao longo hora e meia de prova entre Triki (Argélia), Claye (EUA), Zango (Burkina Faso), medalha de Bronze (17,47) e o primeiro cidadão daquele país africano a conquistar uma “chapa” olímpica em qualquer desporto e Zhu (China), ao fixar a marca de 17,57 na segunda ronda de dois saltos após a triagem dos primeiros três.

Se subtrairmos 17,57m aos 17,98m ficamos a saber que eram (e são) 41 centímetros a distância que separava China de Portugal, a prata do ouro. Foi com esta folga que Pablo Pichardo acompanhou os oito saltadores do triplo salto nos três últimos saltos. Cristian Napoles, cubano de nascença, fechou o primeiro capítulo desta final olímpica disputada, inicialmente, por onze atletas. Passaram oito para a luta por três lugares na cerimónia de entrega das medalhas.

Rezar, saltar, voar e aterrar

Rezou. Palmas da mão viradas para cima, olhos fechados, sentado numa cadeira, sem parceiro de nacionalidade para dividir espaço no tartan, Pedro Pablo Pichardo repetiu a rotina a cada salto. Ou antes voo. Rezar, saltar, voar, aterrar, conversar com o treinador, que por acaso é o pai, Jorge Pichardo, sacudir a areia e voltar a sentar. Para, minutos depois, rezar. Antes de se preparar para saltar.

Faltavam três ensaios. Três corridas a puxar o vento para se projetar mais um ou dois palmos na areia. Pichardo faz um salto nulo. Ri. Olha para o treinador que o acompanha desde os seis anos e que o conhece desde o berço (28 anos). Aponta duas vezes para os ténis amarelos.

Sentado, ele, dois brincos e um fio. E um pensamento acompanhado de concentração seráfica. O pé pede uma massagem. Um pequeno cilindro satisfaz a vontade. Zhu, o chinês regista o segundo melhor salto. À quinta tentativa atinge os tais 17,57 metros. Pichardo, passa. Não salta.

Um a um, vai terminando a prova para Fang (China), Scott (EUA), Er (Turquia), Triki (Argélia), Claye (EUA) e Zango. Falta Zhu Yaming.

Pichardo ajoelha-se. Apoiado num só joelho, olhos fechados virados para a pista, volta às manifestações de Fé. Sabe que a prata poderá ser o mínimo olímpico.

Não foi prata. Foi ouro. Zhu aterra na marca dos 15,02 e o proforma ficou nos pés do cubano que é tão português como outro qualquer e que não veio para Portugal “para substituir ninguém”, conforme sublinhou o pai em declarações à Agência Lusa.

Preparou-se. Saltou. Talvez naquele instante ainda sonhasse em bater o melhor registo da história, do britânico Jonathan Edwards, fixada em 18,29 metros, ou, pelo menos, ser o primeiro português a passar a mítica barreira dos 18 metros. “Queríamos bater o recorde do Mundo, mas não conseguimos. Trabalhámos para o bater agora, contudo não deu. Será para a próxima”, antecipou o pai e o treinador do atleta de 28 anos que deixou um desejo. Que o país “aprenda a reconhecer” o êxito de quem não nasceu com a mesma cidadania.

Estava terminada a final do triplo salto. Pedro Pablo Pichardo, atleta do Benfica, embrulhado na bandeira portuguesa olhava para a bancada vazia. Para o pai. Mostrava o símbolo das quinas. Sentou-se e tapou o corpo com as cores verde e encarnado.

Fim de prova. A medalha de ouro será entregue às 18h47 de Tóquio, 10h47 em  território nacional.» in https://24.sapo.pt/desporto/artigos/um-salto-de-gigante-uma-bandeira-de-portugal-nas-costas-e-um-ouro-ao-peito

(Pedro Pablo Pichardo conquista ouro em Tóquio)

01/08/21

Desporto Atletismo - Fernanda Ribeiro conquistou a terceira de quatro medalhas de ouro de Portugal em Jogos Olímpicos há 25 anos, em Atlanta1996, ao ultrapassar na reta final dos 10.000 metros a chinesa e recordista mundial Wang Junxia.


«Fernanda Ribeiro venceu ouro olímpico há 25 anos na corrida de uma vida. "Claro que me lembro de tudo, estava com um problema grave no tendão de Aquiles"

Fernanda Ribeiro conquistou a terceira de quatro medalhas de ouro de Portugal em Jogos Olímpicos há 25 anos, em Atlanta1996, ao ultrapassar na reta final dos 10.000 metros a chinesa e recordista mundial Wang Junxia.

“As memórias têm de ser as melhores. Era um sonho que tive desde criança e lá me tornei campeã olímpica com 27 anos. Passado estes anos todos, claro que me lembro de tudo. Estava com um problema grave no tendão de Aquiles e até tinha dado a carreira como terminada nesse ano”, partilhou à agência Lusa a ex-fundista natural de Penafiel.

Em 02 de agosto de 1996, o atletismo voltou a colocar a bandeira nacional no lugar mais alto do pódio, de novo nos Estados Unidos, onde, 12 anos antes, Carlos Lopes tinha obtido um inédito ouro na maratona, competição que consagrou Rosa Mota em Seul1988.

“Lembro-me perfeitamente da prova, porque há pouco tempo fui revê-la. Apareceu-me essa corrida por acaso e estive a recordar-me de tudo. Havia atletas e coisas que já não me lembrava. A primeira vez que fiz isso foi mais ou menos quando cumpri 20 anos de carreira, mas tinha visto e ainda vejo muitas vezes os últimos 1.000 metros”, contou.

Fernanda Ribeiro juntou a medalha olímpica de ouro dos 10.000 metros ao título mundial alcançado em 1995, em Gotemburgo, Suécia, e ao cetro europeu conquistado em 1994, em Helsínquia, batendo a chinesa Wang Junxia, invencível nas 15 corridas anteriores.

“Eu era uma das favoritas, mas a principal era a chinesa, até porque houve apostas nos Estados Unidos e toda a gente apostou nela. Havia ainda a etíope Derartu Tulu, campeã olímpica em título, e éramos mais ou menos as três atletas mais fortes para ganhar uma medalha, sem esquecer outros nomes, como a também etíope Gete Wami”, enumerou.

Enquanto a madrugada do dia seguinte avançava em Portugal, a atleta do FC Porto deixou escapar Wang Junxi na 25.ª e última volta, mas arriscou na perseguição a quase 100 metros da reta da meta, invertendo posições de forma arrebatadora para concluir a prova em 31:01.63 minutos, à frente da chinesa (31:02.58) e de Gete Wami (31:06.65).

“Tinha treinado muito a ponta final. Apesar de acabar muitos treinos a chorar, se calhar o sofrimento que tive durante a época ajudou. Sabia que estava muito rápida. A diferença talvez fosse ela ter saído a 400 metros da meta. Quando assim foi, pensei que já não ganharia e seria segunda, mas depressa também disse que nada tinha a perder”, notou.

Ao “tentar chegar o mais à frente possível”, Fernanda Ribeiro renovou o recorde olímpico dos 10.000 metros, retirando 3.58 minutos ao tempo estabelecido pela soviética Olga Bondarenko em Seul1988, na estreia da distância no programa feminino do atletismo.

“Além do sofrimento do treino, esse ir de trás para a frente sem a chinesa estar muito à espera provavelmente fez um bocadinho a diferença. Normalmente, quando somos ultrapassados, sobretudo numa ponta final, quem vem de trás aparece sempre com mais força, de tal forma que, mal acabe, cansa-se mais e parece que perde tudo”, admitiu.

A penafidelense sentiu que estava em Atlanta “mesmo para ganhar uma medalha”, mas “ficava contente” se tivesse ficado com a prata ou o bronze, desde que adotasse uma estratégia de “75/76 segundos por volta” delineada com o treinador João Campos, com quem revigorou um percurso custoso na transição dos escalões jovens para o estrelato.

“Acabei a carreira em 2012 e ainda hoje muitas vezes tenho dores e levanto-me agarrada às paredes. O tendão era uma preocupação muito grande e, quando tinha mesmo muitas dores, era complicadíssimo pousar o pé no chão. Ao contrário dos atuais 10.000 metros, no meu tempo tínhamos de nos qualificar através de meias-finais. Como nunca consegui correr com sapatilhas nas provas de pista, fiz as provas com sapatos de bico”, observou.

Se “há tanta coisa que podia falhar de um momento para o outro no dia da competição”, Fernanda Ribeiro, que já tinha abdicado dos 5.000 metros para apostar tudo nos 10.000, estava confiante em replicar a pujança mostrada antes da entrada na aldeia olímpica.

“Estive 15 dias a treinar com os atletas masculinos da seleção portuguesa e eles próprios sabem que eu estava muito forte, porque os acompanhava a treinar. Quando cortei a meta, a primeira coisa foi olhar para os portugueses que estavam na bancada. Depois, claro que pensei na família e nos amigos. A minha mãe, a título de exemplo, tinha problemas de coração, não viu a corrida e esperava para saber o resultado”, lembrou.

Sem conseguir “ir pelo seu pé” face à contrariedade no tendão, a porta-estandarte da bandeira de Portugal na Cerimónia de Abertura teve festejos de pouca dura em Atlanta, mas assume que o rodopio de emoções “deixou muita marca” no outro lado do Atlântico.

“Aquela ponta final foi marcante, porque normalmente não se ganham os 10.000 metros assim. Tenho muito reconhecimento e ainda me falam nessas provas. Em ano de Jogos Olímpicos sinto muito o agradecimento das pessoas por aquilo que eu fiz”, revelou a vice-campeã da distância nos Mundiais1997, em Atenas, e Europeus1998, em Budapeste.

Fernanda Ribeiro, de 52 anos, teve cinco participações olímpicas e 12 medalhas em grandes eventos, entre as quais o bronze em Sydney2000, que valeu novo recorde nacional, com 30:22.88 minutos, ao superar a inglesa Paula Radcliffe perto do fim.

“Não estava bem a nível psicológico e achava que tudo me corria mal. Se tivesse acreditado mais, se calhar tinha sido muito mais. É uma corrida que me deixou muita marca e nunca vou esquecer, mas há uma diferença muito grande entre ganhar um bronze e um ouro: a bandeira sobe na mesma, mas o hino que toca é o nosso”, vincou.» in https://24.sapo.pt/desporto/artigos/fernanda-ribeiro-venceu-ouro-olimpico-ha-25-anos-na-corrida-de-uma-vida

(Fernanda Ribeiro ganha a medalha de ouro | Jogos Olímpicos de Atlanta 1996 | RTP)

Desporto Atletismo - Patrícia Mamona conquistou hoje a medalha de prata no triplo salto dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, ao conseguir 15,01 metros, novo recorde nacional, arrebatando a segunda medalha por atletas portugueses, depois do bronze do judoca Jorge Fonseca (-100 kg).



«Medalha de prata para Patrícia Mamona no triplo salto. Final de sonho com a atleta a bater por duas vezes o recorde nacional

Entrou no estádio olímpico de Tóquio, fez um coração com as mãos para a câmara, saltou... e fez um novo recorde nacional. Se ao primeiro salto o pódio ficou mais perto, ao quarto garantiu a medalha de prata para Portugal. Uma final onde o recorde do mundo foi batido.

Patrícia Mamona conquistou hoje a medalha de prata no triplo salto dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, ao conseguir 15,01 metros, novo recorde nacional, arrebatando a segunda medalha por atletas portugueses, depois do bronze do judoca Jorge Fonseca (-100 kg).

Com um ensaio de 14,91 metros, o primeiro para a atleta portuguesa, Patrícia Mamona começou da melhor forma a final do triplo salto, aumentando 25 cm ao anterior recorde nacional de 14,66 metros. Seguiram-se um salto menos conseguido (12,30m) e um salto nulo.

No quarto salto, apenas com as oito atletas com a melhor marca em prova, a portuguesa voltou a saltar mais longe: 15,01 metros. Estava garantida a medalha de prata para Portugal, a segunda no triplo salto, depois de Nélson Évora ter sido ouro em Pequim (2008).

Já Yulimar Rojas juntou o título olímpico aos dois títulos mundiais, arrebatados em 2017 e 2019, depois da medalha de prata no Rio2016. A venezuelana bateu ainda o recorde mundial na sexta e última tentativa, com 15,67 metros.

A espanhola Ana Peleteiro, que foi segunda nos Europeus de 2021, atrás de Mamona, depois de ter sido campeã em 2019, voltou a ser superada pela portuguesa, mas leva para casa a medalha de bronze e um novo recorde nacional.

Patrícia Mamona, de 32 anos, tinha fixado a melhor marca nacional em 14,66, em 9 de julho último, na etapa do Mónaco da Liga de Diamante, aumentando em um centímetro o recorde que lhe tinha valido o sexto lugar no Rio2016. Em março, nos Europeus de Pista Coberta, já tinha conseguido bater outra marca individual ao saltar 14,53 metros.

Nesta competição, a portuguesa Evelise Veiga não foi além da qualificação, terminando no 19.º lugar, com 13,83, a sua melhor marca do ano.» in https://24.sapo.pt/desporto/artigos/medalha-de-prata-para-patricia-mamona-no-triplo-salto

O salto de Patrícia para os, 15,01 metros:

https://twitter.com/betpt/status/1421807312650506240?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1421807312650506240%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2F24.sapo.pt%2Fassets%2Fstatic%2Ftwitter_embed.html%3Furl%3Dhttps%3A%2F%2Ftwitter.com%2Fbetpt%2Fstatus%2F1421807312650506240%3Fs%3D20


29/02/20

Desporto Atletismo - Morreu esta sexta-feira, aos 50 anos, a ex-atleta Teresa Machado, a melhor lançadora portuguesa de sempre, anunciou em comunicado o Sporting Clube de Portugal.




«Morreu Teresa Machado, melhor lançadora portuguesa de todos os tempos

Morreu esta sexta-feira, aos 50 anos, a ex-atleta Teresa Machado, a melhor lançadora portuguesa de sempre, anunciou em comunicado o Sporting Clube de Portugal.

“O Sporting Clube de Portugal manifesta o seu pesar pela morte de Teresa Machado, atleta de excelência, melhor lançadora portuguesa de todos os tempos. À família e amigos, o Sporting Clube de Portugal endereça as mais sentidas condolências”, refere nota do clube.

A ex-atleta terá morrido vítima de doença oncológica.

Teresa Machado teve como especialidades o lançamento de disco e do peso e foi com a camisola do Sporting, que vestiu entre 1986 e 2003, que obteve mais êxitos. É ainda a recordista do lançamento do disco (desde 1998, com 65,40 metros) e foi também a recordista no lançamento do peso. 

Foi dez vezes campeã nacional do lançamento do peso e 18 vezes campeã nacional do lançamento do disco.

 A ex-atleta representou Portugal por diversas vezes nos Jogos Olímpicos, Campeonato do Mundo e da Europa.» in https://sol.sapo.pt/artigo/687614/morreu-teresa-machado-melhor-lancadora-portuguesa-de-todos-os-tempos

Mais informações:
https://www.msn.com/pt-pt/motor/videos/atleta-ol%c3%admpica-teresa-machado-morreu-aos-50-anos/vp-BB10yUuF


11/08/19

Desporto Atletismo - A vida de Rosie Ruiz ficou marcada por muitas trapaças e esquemas, sendo que a maior de todos teve lugar a 21 de abril de 1980, quando a cubana, uma perfeita desconhecida, venceu a Maratona de Boston.



«MORREU ROSIE RUIZ, A ATLETA QUE FEZ BATOTA PARA GANHAR A MARATONA DE BOSTON, CORRENDO APENAS UM QUILÓMETRO E MEIO

A cubana fez 'batota' em 1980 para vencer a Maratona de Boston e nunca devolveu a medalha conquistada.

A vida de Rosie Ruiz ficou marcada por muitas trapaças e esquemas. A maior de todos teve lugar a 21 de abril de 1980, quando a cubana, uma perfeita desconhecida, venceu a Maratona de Boston.

Mais tarde ficou provado que Ruiz, mesmo sem o ter admitido, só correu um quilómetro e meio da prova.

As imagens da altura mostram uma atleta amparada por polícias depois da glória, que acabou por ser sol de pouca dura.

A medalha de ouro essa, nunca haveria de a devolver. A organização teve mesmo que fazer uma réplica para a vencedora mais tarde declarada, Jacqueline Gareau.

A vitória do Rosie causou espanto. Deu azo a investigações e interrogatórios. No final apurou-se, através de fotografias, que a cubana tinha entrado na corrida a apenas um quilómetro e meio da meta.

Anos mais tarde acabou apanhada em outros esquemas. Viu-se envolvida em crimes de tráfico de droga e falsificação de documentos.

Morreu aos 66 anos, vítima de um cancro.» in https://desporto.sapo.pt/modalidades/atletismo/artigos/morreu-rosie-ruiz-uma-das-maiores-batoteiras-do-desporto-que-ganhou-a-maratona-de-boston-correndo-apenas-um-quilometro-e-meio


(Rosie Ruiz 1980 Boston Marathon Cheater)

23/06/19

Desporto Atletismo - O atleta Carlos Nascimento conquistou hoje a primeira medalha de ouro para Portugal, nos 100 metros dos II Jogos Europeus, enquanto a estafeta 4x400 metros mista conseguiu o bronze, aumentando para seis o pecúlio luso em Minsk.



«CARLOS NASCIMENTO CONQUISTA MEDALHA DE OURO NOS JOGOS EUROPEUS EM MINSK

Carlos Nascimento arrecada mais uma medalha para Portugal nos Jogos Europeus.

O atleta Carlos Nascimento conquistou hoje a primeira medalha de ouro para Portugal, nos 100 metros dos II Jogos Europeus, enquanto a estafeta 4x400 metros mista conseguiu o bronze, aumentando para seis o pecúlio luso em Minsk.

Num formato novo, que até alguns atletas revelam ainda dificuldade em entender - e concordar -, Carlos Nascimento, que fez apenas uma corrida, foi informado que foi o mais rápido de entre os atletas das quatro séries de seis equipas que competiram todo o dia, ficando com o ouro, com o tempo de 10,35 segundos.

Portugal tem agora seis medalhas: além do ouro e bronze no atletismo, a prata do trio da ginástica acrobática em combinado e exercício dinâmico, equipa que conquistou ainda o bronze na prova de equilíbrio, metal ao qual também chegou a judoca Telma Monteiro.

Em Baku2015, na estreia dos Jogos Europeus, Portugal amealhou três medalhas de ouro, quatro de prata e três de bronze, pecúlio que lhe valeu o 18.º lugar entre 50 países.

Nestes II Jogos Europeus, que reúnem 4.000 atletas de 50 países em 15 desportos, Portugal compete com 98 elementos em atletismo, badminton, futebol de praia, canoagem, ciclismo (estrada, contrarrelógio e pista), ginástica (artística, trampolins, aeróbica e acrobática), judo, karaté, lutas amadoras, tiro, tiro com arco, tiro com armas de caça e ténis de mesa.» in https://desporto.sapo.pt/modalidades/mais-modalidades/artigos/carlos-nascimento-conquista-medalha-de-ouro-nos-jogos-europeus-em-minsk

04/03/19

Desporto Hóquei em Campo - Alex Danson foi campeã olímpica no Rio de Janeiro e o bronze em Londres 2012 na modalidade de hóquei de campo, mas a sua vida mudou totalmente depois de um acidente numas férias em 2018.



«A DRAMÁTICA HISTÓRIA DE UMA CAMPEÃ OLÍMPICA QUE DEIXOU DE CONSEGUIR LER DE UM DIA PARA O OUTRO

Alex Danson foi capitã da equipa de hóquei de campo britânica e bateu a cabeça contra um banco de cimento, sofrendo uma comoção cerebral.

Alex Danson foi campeã olímpica no Rio de Janeiro e o bronze em Londres 2012 na modalidade de hóquei de campo, mas a sua vida mudou totalmente depois de um acidente numas férias em 2018.

A atleta bateu com a cabeça contra um banco de cimento e sofreu uma comoção cerebral que lhe fez perder a capacidade de ler. Agora, e através das redes sociais, Alex Danson contou o que aconteceu e que "perdeu a sua identidade" durante todo o processo de recuperação.

"Há seis meses atrás, quando estava de férias, bati com a cabeça. Imediatamente soube que algo não estava certo, mas como um típico atleta acenei e tentei fingir que estava tudo bem. Seis semanas depois fui levada para o hospital com uma suspeita de hemorragia porque tive convulsões", começou por dizer numa nota publicada na rede social Twitter.

"Tem sido a experiência mais difícil que eu já vivi . Quando saí do hospital, ir à casa de banho era quase impossível e o máximo que eu podia fazer. Eu estive na cama 24 horas por dia durante semanas e semanas. Não conseguia tolerar a luz, som ou que as pessoas falassem comigo. A minha memória, concentração e capacidade de ler ou ver televisão era zero ", prossegue.

A atleta de 33 anos contou depois o calvário porque tem passado: "Agora eu posso andar durante cerca de 30 minutos, eu posso manter uma conversa e lembrar-me de como cozer um ovo. Eu ainda tenho dores de cabeça e tonturas na maior parte dos dias, mas uma coisa que garanto é que vou chegar lá. Uma das partes mais difíceis do presente, além do trauma físico, tem sido a perda da minha identidade. Passei de liderar o meu país, aspirando a qualificação para os Jogos Olímpicos, para apenas tentar passar um dia."

“Uma das partes mais difíceis de tudo isso, além do trauma físico, foi perder minha identidade. Indo de liderar o meu país, aspirando a se qualificar para as Olimpíadas de Tóquio para apenas tentar passar um dia.

“Lesões na cabeça são sérias, debilitantes e solitárias. Para todos que estiveram em contato, a minha família, os meus amigos e meu incrível filho, vocês têm sido a minha salvação", acrescenta a nota.

Alex Danson disse ainda que espera que a sua história ajude outras pessoas a "passar pela mesma provação".» in https://desporto.sapo.pt/modalidades/hoquei/artigos/campea-olimpica-deixou-de-conseguir-ler-de-um-dia-para-o-outro-devido-a-uma-comocao-cerebral


(Alex Danson: Inspiring the future)


(Alex Danson: ‘women’s hockey is unrecognisable’ | Investec Hockey)


(When Alex Danson met Colin Murray)

Desporto Atletismo - Nelson Évora conquistou este domingo a medalha de prata no triplo salto dos Campeonatos da Europa de atletismo de pista coberta, em Glasgow, na Escócia.



«Nelson Évora conquista prata nos Europeus de pista coberta

Nelson Évora conquistou este domingo a medalha de prata no triplo salto dos Campeonatos da Europa de atletismo de pista coberta, em Glasgow, na Escócia.

Com um salto de 17,11 metros, o melhor registo da época, o saltador português conseguiu a sua 11.ª medalha em grandes competições e finaliza a época como o terceiro melhor europeu do ano em pista coberta.

O vencedor do concurso foi o azeri Nazim Babayev, com 17,29 metros, que assim sucede a Évora, campeão de 2015 e 2017.

A medalha de bronze foi conquistada pelo alemão Max Hess, com 17,10 metros.

A lista dos melhores do ano fecha com o português Pedro Pichardo em primeiro (17,32), que ainda não pode competir oficialmente por Portugal, Babayev e Évora no top-3.» in https://www.jn.pt/desporto/interior/nelson-evora-conquista-prata-nos-europeus-de-pista-coberta-10641092.html

18/01/19

Desporto Atletismo - A britânica Jasmin Paris tornou-se a primeira mulher a vencer a ultramaratona de 439 quilómetros Spine Race, no Reino Unido, conseguindo conquistar o evento na quinta-feira, após mais de 83 horas de prova.



«JASMIN PARIS TORNA-SE PRIMEIRA MULHER A VENCER ULTRAMARATONA DE 439 QUILÓMETROS

A atleta, veterinária de profissão, demorou 83 horas, 12 minutos e 23 segundos a terminar a prova.

A britânica Jasmin Paris tornou-se a primeira mulher a vencer a ultramaratona de 439 quilómetros Spine Race, no Reino Unido, conseguindo conquistar o evento na quinta-feira, após mais de 83 horas de prova.

A atleta, veterinária de profissão, demorou 83 horas, 12 minutos e 23 segundos a terminar a prova, cortando a meta à frente do espanhol Eugeni Roselló, vencedor em 2013, retirando 12 horas ao anterior recorde da competição.

Iniciada em 2012, a Spine Race liga Edale a Kirk Yetholm, perto da fronteira da Inglaterra com a Escócia, e é considerada uma das mais duras corridas do mundo, com temperaturas negativas em várias fases e ausência de períodos oficiais de descanso.

Com 35 anos, a ultramaratonista, que foi mãe há 14 meses, parou ao longo da prova cerca de sete horas para descansar, entre o tempo que utilizou para comer, dormir e estar com o marido, que a encontrou em todos os pontos de paragem para poder levar leite à filha.

Segundo explicou à BBC, as principais dificuldades da corrida prenderam-se com os grandes períodos a correr sem luz, além da "componente tática de quando parar para dormir", o que levou também a ter "alucinações" ao longo do percurso, além do frio e do desgaste físico.

Paris apresenta já vários recordes conquistados, incluindo em três corridas de montanha de 24 horas no Reino Unido, tendo vencido a Extreme Skyrunning World Series em 2016 e a British Fell Running em 2018.» in https://desporto.sapo.pt/modalidades/tenis/artigos/sharapova-bate-campea-e-acompanha-nadal-e-federer-ate-aos-oitavos


Jasmin Paris - Paddy Buckley 2016 - 18hrs 33mins from Lynne Taylor (Global Therapies) on Vimeo.

15/09/18

Desporto Atletismo - Depois de acusar o Lux Frágil de discriminação, Patrícia Mamona recua: "Foi apenas um segurança que não deixou entrar... amanhã o outro deixa!"



«Patrícia Mamona: "Por favor não me chamem de Serena Williams"

Depois de acusar o Lux Frágil de discriminação, Patrícia Mamona recua: "Foi apenas um segurança que não deixou entrar... amanhã o outro deixa!"

A atleta portuguesa partilhou esta sexta-feira, 14 de setembro, na sua página de Instagram que os seus amigos foram impedidos de entrar na discoteca Lux. Patrícia Mamona lamentava que estivessem pessoas a "entrar de chinelos e sem convite" enquanto os seus "black friends bem vestidos (...) não se enquadram ao perfil da LUX". "Triste mas acontece!", acrescenta. Face à recusa, a atleta e as pessoas que a acompanhavam acabaram por ir embora.

A mensagem, que dava a entender os seus amigos foram discriminados, acabou por espoletar diversas reações — de apoio e contra as conclusões da atleta sobre aquela situação. Agora, em duas novas publicações, Patrícia Mamona recua e apazigua os ânimos pedindo que não confundam o seu desabafo com as atitudes da tenista norte-americana Serena Williams — que entrou em conflito com o português árbitro Carlos Ramos na final do US Open quando este a penalizou por receber indicações do seu treinador, algo que não é permitido. Serena acusou o árbitro de estar a ser injusto, partiu uma raquete, exigiu um pedido de desculpas e considerou ainda que estava a ser alvo de um tratamento diferenciado por ser mulher.

No texto agora partilhado, Patrícia Mamona diz que "incidentes acontecem" e que ficou "triste" pela forma como os seus colegas foram tratados na discoteca lisboeta. "Apenas queria saber porque é que lhes fizeram isso e se era possível darem-me um argumento plausível para tal a situação. Mas era um feeling. Não consegui ficar indiferente à situação e fiz o post [no Instagram a denunciar a situação]".

Assumindo que a utilização do termo black friends possa ter sido incorreta, a atleta diz que "também detesta quando as pessoas usam racial card como desculpa das coisas más que acontecem".

"Por favor não me chamem de Serena Williams, estou apenas a ser eu, e desculpem se ofendi alguém por ser eu", escreveu.

"Peço desculpa a quem gosta do Lux, acredito fielmente que seja um bom sítio e divertido, que tenham pessoas simpáticas livres de qualquer tipo de discriminação (...). Acabei apenas por exprimir o que assisti e o que estava a sentir. Há muita gente que é barrada, já percebi que sim, mas se há, gostava apenas que houvesse um bom argumento para tal! Ter um feeling (nem sei que tipo de feeling é esse) para mim não foi um bom argumento".

"Racismo ou não, não sei, espero que e tenha sido ilusão minha, discriminação provavelmente, mas já passou", diz ainda.

Patrícia Mamona salientou que tem "uma época desportiva muito difícil pela frente" e que é nisso que tem de se focar. "Foi apenas um segurança que não deixou entrar... amanhã o outro deixa!"» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/patricia-mamona-por-favor-nao-me-chamem-de-serena-williams

05/09/18

Desporto Atletismo - Com esta desclassificação, a ex-atleta Naide Gomes, agora com 38 anos, sobe ao terceiro lugar e conquista a medalha de bronze numa competição que ainda não tinha no palmarés.



«DESCLASSIFICAÇÃO DE ATLETA RUSSA DÁ MEDALHA A NAIDE GOMES NOS MUNDIAIS DE 2009

Ex-atleta tinha ficado em quarto lugar na competição de salto em comprimento. Portuguesa lembra que nunca fez batota.

Tatyana Lebedeva foi condenada pelo Comité Olímpico Internacional (COI) por uso de doping e aceitou a punição, perdendo todos os resultados obtidos entre agosto de 2008 e agosto de 2010.

Nesse período, a atleta russa participou nos Mundiais de Atletismo de 2009, disputados em Berlim, competição onde conquistou a medalha de prata no salto em comprimento, um torneio onde a portuguesa Naide Gomes ficou em quarto lugar.

Com esta desclassificação, a ex-atleta, agora com 38 anos, sobe ao terceiro lugar e conquista a medalha de bronze numa competição que ainda não tinha no palmarés.

A saltadora portuguesa tinha sido campeã mundial em pista coberta, bi-campeã europeia em pista coberta e vice-campeã europeia em pista.

Naide Gomes já reagiu nas redes sociais a esta situação e escreveu que "infelizmente nem todos jogam limpo"

"Injusto! Chorei tanto após essa prova, nem imaginam. Após os Jogos olímpicos de 2008, onde havia falhado a qualificação, jurei que nunca mais iria falhar. Lutei muito com os meus fantasmas em 2009, mas nunca deixei de baixar os braços, trabalhei com um único pensamento, ganhar uma medalha nos mundiais de Berlim." Naide lembra que ficou desapontada com o resultado nessa competição. "Nesta prova de Berlim de 2009, foi a minha pior competição a nível emocional, estava fragilizada com o que aconteceu nos jogos, mas nunca deixei de lutar e de acreditar que era possível vencer esta competição. Até ao último salto estava na posição do pódio, infelizmente a Atleta turca passou-me no último salto e lá fiquei no lugar que ninguém quer ficar, 4° lugar. Fiquei tão triste, que ninguém imagina!", começou por escrever.

"Nunca fiz batota, competi sempre limpa, os resultados que alcancei foi o resultado do nosso trabalho (Meu e do Meu grande Treinador Abreu Matos). E acreditem fui muito feliz, alcancei títulos, fui medalhada 11 vezes em anos consecutivos. Fiz história, fui a primeira mulher Portuguesa a passar barreira dos 7 metros. O meu recorde Nacional é de 7m12. Extraordinário, não é? Pois é! Alcancei tudo isso completamente limpa. Não fiz batota. Cá estou eu, com a minha consciência limpa, durmo muito tranquilamente (agora nem por isso, pq os meus filhotes não me deixam ). É Injusto? É, muito. Infelizmente no desporto nem todos jogam limpo!", finalizou.» in https://desporto.sapo.pt/modalidades/atletismo/artigos/desclassificacao-de-atleta-russa-da-medalha-a-naide-gomes-nos-mundiais-de-2009

13/08/18

Desporto Atletismo - O português Nelson Évora sagrou-se hoje pela primeira vez campeão europeu do triplo salto, conquistando o ouro nos campeonatos disputados em Berlim, com a marca de 17,10 metros na final.



«É DE OURO! NÉLSON ÉVORA SAGRA-SE CAMPEÃO EUROPEU NO TRIPLO SALTO 

Atleta português alcançou a marca de 17,10 metros no quinto ensaio.

O português Nelson Évora sagrou-se hoje pela primeira vez campeão europeu do triplo salto, conquistando o ouro nos campeonatos disputados em Berlim, com a marca de 17,10 metros na final.

O atleta do Sporting, campeão mundial em 2007 e campeão olímpico em 2008, conseguiu hoje, aos 34 anos, o único grande título que lhe faltava ao ar livre, com a sua melhor marca da temporada, alcançada ao quinto ensaio.

Évora abriu o concurso com um salto de 16,55, insuficiente no entanto para subir ao pódio, onde já figurava na terceira tentativa com 16,86, perdendo apenas para o cubano naturalizado azeri Alexis Copello, com 16,93 metros no segundo salto.

O atleta luso melhorou um centímetro no quarto ensaio e no quinto e penúltimo conseguiria os tais 17,10 que viriam a dar-lhe o ouro com a melhor marca pessoal da época ao ar livre.

Nelson Évora sobe assim ao lugar mais alto pódio, ladeado por Alexis Copello, do Azerbaijão, que conquistou medalha de prata (16,93), e pelo grego Dimitrios Tsiámis, que arrecadou o bronze (16,78).

Esta é a segunda medalha de ouro de Portugal nestes Europeus, depois da vitória de Inês Henriques nos 50 km marcha.

Este ano, recorde-se, Évora foi terceiro classificado nos Mundiais de pista coberta em Birmingham, Inglaterra.» in https://desporto.sapo.pt/modalidades/atletismo/artigos/nelson-evora-sagra-se-campeao-europeu-no-triplo-salto

Imagens de vídeo:
https://www.msn.com/pt-pt/video/sicnoticias/salto-de-1710-metros-deu-medalha-de-ouro-a-n%C3%A9lson-%C3%A9vora/vi-BBLPJGr

08/08/18

Desporto Atletismo - O atleta Nicholas Bett morreu num acidente de carro, aos 28 anos, no Quénia, confirmaram as autoridades locais esta quarta-feira.



«Morreu o medalha de ouro em atletismo Nicholas Bett

O atleta tinha 28 anos.

O atleta Nicholas Bett morreu num acidente de carro, aos 28 anos, no Quénia, confirmaram as autoridades locais esta quarta-feira.

De acordo com o The Sun, o atleta queniano, que em 2015 foi medalha de ouro nos 400 metros barreiras, no Campeonato Mundial de Atletismo, não sobreviveu depois do carro em que seguia se desviar da estrada e acabar por embater numa valeta. O óbito foi declarado no local.

Também a família de Nicholas já confirmou a notícia.

Recorde-se que o atleta fez história por ser o primeiro queniano a ganhar o ouro numa corrida de curta distância no Campeonato Mundial.» in https://ionline.sapo.pt/621733


(Kenyan Nicholas Bett reflects on his 400m hurdles win)