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06/07/24

Saúde Mental - Agora o psicólogo David Strayer descobriu mais uma: estar na natureza regenera o cérebro humano.



«Como a Natureza pode mudar o seu cérebro

São já muitas as razões que tornam urgente a preservação da natureza. Ela é a nossa fonte de oxigénio, promove o equilíbrio climático e é um importante recurso alimentar, entre muitas outras coisas. Agora o psicólogo David Strayer descobriu mais uma: estar na natureza regenera o cérebro humano.

Investigador na área do comportamento cognitivo de mentes em multi-tarefa, Strayer conhece melhor que ninguém o impacto das exigências da vida moderna na saúde do nosso cérebro. A acumulação cada vez maior de tarefas realizadas em simultâneo não só nos torna mais suscetíveis de cometer erros graves, como leva o cérebro à exaustão.

Nos seus estudos Strayer tem vindo a observar os efeitos surpreendentes da natureza na regeneração das nossas células cinzentas. Em declarações à National Geographic explicou que “o cérebro não é uma máquina com um poder infinito. Ele entra em exaustão, mais facilmente do que nos pode parecer.”

A sua investigação mostrou que bastou a 22 voluntários passarem três dias no meio da natureza para que a capacidade criativa e de resolução de problemas aumentasse em cerca de 50%. “O efeito dos três dias é uma espécie de limpeza profunda da mente”, explica o psicólogo.

A vantagem é que não é necessário ir para o meio da selva amazónica. Basta ficar perto da árvore plantada ao fundo da sua rua para beneficiar deste efeito. Eis mais um bom motivo para equipar as cidades com cada vez mais espaços verdes.» in https://greensavers.sapo.pt/como-a-natureza-pode-mudar-o-seu-cerebro/?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques


Conferência David Strayer: https://www.youtube.com/watch?v=_vRMRBxvtZA&ab_channel=TEDxTalks


#ambiente    #ecologia    #regeneração    #cérebro    #humano    #oxigénio

#psicólogo    #davidstrayer

06/02/24

Saúde - A mais recente descoberta pode ajudar a desenvolver tratamentos para pessoas que necessitam de um rápido reforço imunológico.



«Nova molécula desencadeia explosão de glóbulos brancos para combater infeções

A mais recente descoberta pode ajudar a desenvolver tratamentos para pessoas que necessitam de um rápido reforço imunológico.

Os glóbulos brancos desempenham um papel muito importante na defesa do nosso sistema imunológico, mas os problemas de saúde e determinados tratamentos, como a quimioterapia, podem diminuir o seu número.

Os neutrófilos são um tipo de glóbulo branco que está entre os primeiros a responder a ameaças externas, como bactérias, vírus ou fungos. Contudo, os seus níveis podem cair devido a uma condição chamada neutropenia, que pode ser o resultado de certas condições genéticas ou um efeito secundário de certos tratamentos.

Em ambos os casos, um baixo número de neutrófilos pode agravar as infeções.

No mais recente estudo, cientistas da Universidade de Yale identificaram uma molécula – a A485 – que bloqueia certas proteínas que regulam a expressão genética, desencadeando a libertação de neutrófilos e outros glóbulos brancos da medula óssea.

Em testes realizados com cobaias, a equipa descobriu que a A485 funciona rapidamente e apenas temporariamente, já que a contagem de glóbulos brancos voltou ao normal em apenas 12 horas. No entanto, apesar de ser uma desvantagem, é, afinal, um benefício.

“O principal tratamento para um baixo número de glóbulos brancos no organismo é o G-CSF, que é produzido pelo corpo e pode ser administrado como medicamento”, explicou Nikolai Jaschke, principal autor do estudo, citado pelo New Atlas. “Contudo, tem um efeito duradouro, que pode ser prejudicial em algumas circunstâncias, limitando o seu uso clínico. A A485 é tão potente quanto o G-CSF, mas menos duradoura.”

A aquipa também testou se o aumento de glóbulos brancos poderia ser útil para eliminar infeções. Para isso, submeteram ratos a quimioterapia para danificar a medula óssea e infetaram os animais com a bactéria Listeria, administrando posteriormente a molécula A485.

Os resultados não deixaram margem para dúvidas: aqueles que receberam a molécula foram capazes de eliminar as infeções de forma mais eficaz e tiveram uma maior taxa de sobrevivência do que o grupo de controlo.

Os resultados, que podem ser consultados num artigo científico publicado na Immunity, sugerem que moléculas como o A485 podem mesmo ser capazes de reduzir a nossa dependência de antibióticos.

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/molecula-explosao-globulos-brancos-581916


(COMO O SISTEMA IMUNOLÓGICO PROTEGE O CORPO HUMANO CONTRA DOENÇAS INFECCIOSAS)


#saúde    #moléculaa485    #reforço    #imunologia    #universidadeyale

25/01/24

Saúde - A pandemia de Peste Negra que há quase 700 anos devastou o mundo transformou o microbioma oral de formas que contribuem para doenças crónicas nos humanos modernos.



«A Grande Peste de 1353 deixou marcas inesperadas na nossa saúde

A pandemia de Peste Negra que há quase 700 anos devastou o mundo transformou o microbioma oral de formas que contribuem para doenças crónicas nos humanos modernos.

Segundo um estudo inovador, recentemente publicado na Nature Microbiology, a Peste Negra, que devastou a Europa no século XIV, teve um impacto duradouro no microbioma oral humano.

A uma pesquisa sugere que o rescaldo da também chamada Grande Peste, incluindo mudanças na dieta e higiene, transformou o microbioma oral de formas que contribuem para doenças crónicas nos humanos modernos.

Um estudo publicado em 2022 na revista Nature tinha já sugerido que a Peste Negra gerou o processo de seleção natural mais rápido da história da Humanidade, com o surgimento de quatro genes que aumentaram a resistência da população à doença, que afetaram a nossa saúde até aos dias de hoje.

Os microbiomas modernos estão ligados a uma série de doenças crónicas, como obesidade, doenças cardiovasculares e problemas de saúde mental. Compreender as origens destas comunidades microbianas é crucial para gerir estas doenças.

O estudo enfrentou desafios, particularmente na rastreabilidade precisa da evolução dos microbiomas orais.

Estratégias anteriormente usadas, como usar os microbiomas de povos indígenas contemporâneos com estilos de vida tradicionais como um termo de comparação para os microbiomas pré-industriais, foram consideradas imprecisas e eticamente questionáveis.

A nova pesquisa, em vez disso, analisou o tártaro de 235 indivíduos enterrados em 27 locais na Inglaterra e Escócia, abrangendo de 2200 a.C. a 1853 d.C.

Os investigadores processaram as amostras num laboratório de ADN antigo estéril para minimizar a contaminação e identificaram 954 espécies microbianas, encontrando duas comunidades bacterianas distintas.

Uma destas comunidades, uma dominada por Streptococcus, é comum em povos industrializados modernos; a outra, com domínio de Methanobrevibacter, está agora praticamente extinta em populações industrializadas saudáveis.

O estudo revelou que quase 11% da variação na composição das espécies de microbiomas ao longo do tempo, incluindo durante a peste negra, foi atribuída a mudanças na dieta.

Os sobreviventes da pandemia, com rendimentos aumentados, podiam comprar alimentos mais calóricos, potencialmente alterando os seus microbiomas orais.

Os investigadores utilizaram diferenças funcionais entre bactérias ligadas à dieta, como a digestão de fibras e o metabolismo de carboidratos e descobriram que o grupo Streptococcus tinha traços associados a dietas pobres em fibras, ricas em carboidratos e ao consumo de laticínios, típicos das dietas modernas.

Em contraste, o grupo Methanobrevibacter carecia de traços associados ao consumo de laticínios e açúcar, refere o SciTech Daily.

O grupo Streptococcus foi associado à doença periodontal, que pode levar a problemas de saúde graves quando bactérias entram na corrente sanguínea. O grupo Methanobrevibacter foi associado a patologias esqueléticas.

“As microbiomas modernos estão associados a uma vasta gama de doenças crónicas, incluindo obesidade, doenças cardiovasculares e saúde mental deficiente,” explica Laura Weyrich, professora associada de antropologia da Penn State e corresponding author do estudo.

“Descobrir as origens destas comunidades microbianas pode ajudar a compreender e gerir estas doenças”, conclui a investigadora

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/peste-negra-impacto-saude-oral-moderna-579024


Documentário | A Peste Negra na Idade Média (1347 a 1353)


17/03/23

Política de Saúde - Alpinistas que visitam o Monte Evereste estão a deixar micróbios e fungos, que ficam preservados debaixo do gelo.


«Os humanos estão a deixar uma legião de bactérias escondidas no Evereste

Alpinistas que visitam o Monte Evereste estão a deixar micróbios e fungos, que ficam preservados debaixo do gelo.

O desafio de chegar — literalmente — ao topo do mundo leva centenas de aventureiros ao Monte Evereste. Bem sucedidos ou não, estes alpinistas estão a deixar algo para trás após a sua jornada: fungos e bactérias que carregam consigo e que permanecem preservados no gelo da montanha.

A descoberta foi feita por um grupo de investigadores da Universidade de Colorado, nos Estados Unidos. Recolhendo amostras de solo a 2,5 km de altitude, os cientistas encontraram diversos microrganismos que os turistas estão a trazer das suas origens. No ambiente extremo da montanha, que se eleva a 8.849 metros acima do nível do mar, estas formas de vida estão a ser conservadas no gelo.

Foi a primeira vez que uma equipa de cientistas criou culturas de microrganismos de uma altitude tão elevada: a dificuldade de acesso a tais ambientes é um grande impeditivo de estudos deste tipo. Além desta técnica tradicional de microbiologia, a equipa também utilizou técnicas modernas de sequenciamento genético para identificar as espécies que estão a habitar o Evereste.

Entre as principais bactérias encontradas estão estafilococos e estreptococos: a grande maioria destas são inofensivas, mas certas variedades são as responsáveis por doenças como pneumonia, faringite, intoxicações alimentares e infeções de pele.

Micróbios como estes, quando levados às condições de temperatura de locais como o Evereste — na faixa de -10 ºC — morrem ou ficam dormentes. Alguns organismos, porém, conseguem até multiplicar-se durante curtos períodos de elevação de temperatura e humidade.

De acordo com o artigo publicado pelos cientistas no jornal Arctic, Antarctic, and Alpine Research, os microrganismos ainda não estão a causar nenhum impacto ao ecossistema do Evereste.

Os investigadores chamam a atenção, porém, para o estudo de vida noutros planetas: se os humanos estão a contaminar ambientes como o Evereste, no futuro, devemos ficar atentos para garantir que formas de vida possivelmente encontradas em Marte não tenham sido levadas por nós mesmos.

ZAP // Canaltech» in https://zap.aeiou.pt/alpinistas-legiao-bacterias-evereste-526608

#monteevereste

#saúde

#bactérias

11/08/22

Saúde - A crise dos opioides nos Estados Unidos atingiu proporções catastróficas, com mais de 80.000 mortes por overdose no ano passado, principalmente causadas por sintéticos ilícitos, como o fentanil.


«"16 para sempre": Como a juventude dos EUA está a sucumbir ao fentanil

Makayla Cox, uma estudante do ensino secundário na Virgínia, pensava que estava a tomar medicação para a ansiedade que uma amiga tinha conseguido para ela. Em vez disso, aquilo que tomou duas semanas depois de celebrar 16 anos era fentanil, um opioide sintético 50 vezes mais potente do que a heroína, que a matou quase imediatamente.

Makayla parecia bem quando foi para o seu quarto numa noite em janeiro, depois de assistir a um filme da série "Harry Potter". Mas quando a mãe, Shannon, entrou no quarto, na manhã seguinte, encontrou a jovem parcialmente sentada, apoiada contra a cabeceira da cama, com fluido laranja a sair do nariz e boca.

"Ela estava rígida. Abanei-a, chamei-a pelo nome e liguei para o 911 [o equivalente ao 112 em Portugal]", conta Shannon Doyle, de 41 anos, à AFP, na sua casa em Virginia Beach. "Os meus vizinhos vieram cá e fizemos manobras de ressuscitação cardiopulmonar, mas era tarde demais. Depois disso, não me lembro de muita coisa", continua.

A crise dos opioides nos Estados Unidos atingiu proporções catastróficas, com mais de 80.000 mortes por overdose no ano passado, principalmente causadas por sintéticos ilícitos, como o fentanil.

Este número é sete vezes maior do que o registado há uma década.

"Esta é a epidemia mais perigosa que já vimos", afirma Ray Donovan, diretor de operações da agência antidrogas norte-americana, a DEA. "O fentanil não é como os outros narcóticos ilícitos, é instantaneamente mortal", salienta.

As mortes estão a aumentar de maneira particularmente rápida entre os jovens, que obtém medicamentos nas redes sociais, com recurso a receitas falsificadas. O que compram é misturado ou feito de fentanil.

Em 2019, 493 adolescentes morreram de overdose. Em 2021, o número foi de 1.146.

Drogas e emojis

Os traficantes de drogas chegam aos adolescentes através do Snapchat, do TikTok, do Instagram e outras aplicações, usando emojis como códigos.

A Oxicodona, outro opiáceo, é por vezes publicitada como uma banana meio descascada; o Xanax, uma benzodiazepina usada para tratar a ansiedade, como uma barra de chocolate; o Adderall, uma anfetamina que atua como estimulante, como um comboio.

O número de norte-americanos que usam drogas permaneceu o mesmo nos últimos anos, mas o grau de letalidade mudou, de acordo com Wilson Compton, vice-diretor do Instituto Nacional de Abuso de Drogas dos EUA.

Uma chávena de heroína equivale a uma colher de sopa de fentanil, e menos de um grama pode significar a diferença entre a vida e a morte.

A maior parte do fentanil ilícito que circula nos Estados Unidos é fabricada nos laboratórios clandestinos dos cartéis de drogas mexicanos, usando produtos químicos enviados da China.

Como o fentanil é muito mais potente, é necessário muito menos para encher uma pílula de medicamento, o que significa mais lucros para os cartéis.

Um quilo de fentanil puro pode custar até 12.000 dólares (11.628 euros) e ser transformado em meio milhão de comprimidos que serão vendidos a 30 dólares cada (cerca de 29 euros), valendo milhões de dólares, explica Donovan.

Além disso, é mais fácil traficar comprimidos.

No ano passado, a DEA apreendeu quase sete toneladas de fentanil, o suficiente para matar todos os americanos. Sendo que quatro em cada 10 comprimidos apreendidos continham quantidades letais de fentanil.

"Um comprimido pode matar"

Num corredor da sede da DEA estão expostas fotografias intituladas "The Faces of Fentanyl" [As caras do fentanil, a imagem que ilustra este artigo]. São de dezenas de pessoas que perderam a vida recentemente por causa desta droga.

"Makayla. 16 para sempre", diz uma delas.

O comprimidos azuis encontrados na cama desta excelente estudante e "líder de claque" eram 100% fentanil. A polícia está a investigar, mas ainda não foi feita nenhuma detenção.

A DEA lançou uma campanha no ano passado chamada "Um comprimido pode matar", com o objetivo de aumentar a conscientização sobre os perigos do fentanil.

Também há esforços em todo o país para tornar a naloxona, uma droga que pode reverter a overdose de opioides, mais acessível.

Shannon criou uma fundação em nome de Makayla para ajudar a prevenir tragédias como a da sua filha. É a sua maneira de lidar com o luto.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/16-para-sempre-como-a-juventude-dos-eua-esta-a-sucumbir-ao-fentanil

#saude    #droga    #opioides    #comprimidos

28/04/22

Saúde - Os cientistas anteveem 15 mil transmissões de vírus entre diferentes espécies até 2070, a maioria das quais causadas por morcegos que devido às alterações climáticas têm de procurar novos habitats.


«Cientistas alertam para milhares de transmissões de vírus de morcegos nos próximos 50 anos devido às alterações climáticas

Os cientistas anteveem 15 mil transmissões de vírus entre diferentes espécies até 2070, a maioria das quais causadas por morcegos que devido às alterações climáticas têm de procurar novos habitats.

Num estudo publicado na revista Nature, os cientistas alertam que um clima cada vez mais quente vai forçar diferentes espécies animais a procurarem novos habitats, levando consigo parasitas e elementos patogénicos, “aumentando o risco de doenças infeciosas emergentes que passam de animais para seres humanos nos próximos 50 anos”.

À medida que se movimentam, algumas espécies vão entrar em contato com outras pela primeira vez. Mas o perigo será maior em áreas de grande densidade populacional, particularmente em África e no sudeste asiático.

Os investigadores responsáveis por este estudo criaram um modelo da forma como os animais se poderão movimentar à medida que o mundo aquece dois graus até 2070, com os seus habitats atuais a tornarem-se demasiado quentes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que na origem da pandemia de SARS-CoV-2 esteve a transmissão do vírus de um morcego para uma espécie intermediária, que depois passou para os humanos em Wuhan, na China.» in https://multinews.sapo.pt/noticias/cientistas-alertam-para-milhares-de-transmissoes-de-virus-de-morcegos-nos-proximos-50-anos-devido-as-alteracoes-climaticas/

#saude

#oms

#virus

#morcego