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28/11/14

Museu de Arte Antiga - Uma centena de peças da colecção Franco Maria Ricci são mostradas até 12 de Abril, no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.



«"A beleza é tudo". Museu de Arte Antiga revela colecção italiana

Uma centena de peças da colecção Franco Maria Ricci são mostradas até 12 de Abril, no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa. 

"A beleza é tudo", diz Franco Maria Ricci. O coleccionador italiano, que inaugura em Lisboa uma exposição da sua colecção privada na véspera de completar 77 anos, confessa que foi por causa da beleza que fez a colecção de arte.

Junto a Parma, onde vive, plantou um labirinto de bambu. Há quem diga que é o maior labirinto do mundo. É no centro deste que está a nascer o futuro museu para as mais de 400 peças de arte que coleccionou nos últimos 50 anos. É para lá que irão as 100 obras agora mostradas em Lisboa, no Museu Nacional de Arte Antiga.

Acabado de aterrar na cidade portuguesa, Franco Maria Ricci tenta falar em português, para dizer que constituiu o seu espólio “quase como um protesto contra a falta de beleza que existe neste momento”.

Este italiano, que com o escritor Jorge Luis Borges criou a emblemática colecção "Biblioteca de Babel", fala de um sonho quando se refere às suas obras de escultura e pintura agora exibidas em Lisboa.

Entre as obras expostas estão nomes como Filippo Mazzola, Jacopo Ligozzi, Philippe de Champaigne, Bernini ou Casanova. O director do Museu Nacional de Arte Antiga, António Filipe Pimentel, explicou à Renascença que a colecção de Franco Maria Ricci gira em torno da questão da “condição humana”.

Além de editor da prestigiada revista de arte FMR, à qual Jacqueline Kennedy chamou “a mais bela revista do mundo”, Franco Maria Ricci foi também o designer responsável, por exemplo, pela criação do logótipo da marca de electrodomésticos SMEG.

“Quando estou em minha casa e me levanto à noite para ir à cozinha comer alguma coisa, vejo esta casa pouco iluminada com candeeiros pequenos e no caminho vou falando com as minhas esculturas”, contou à Renascença este italiano filho de aristocratas genoveses, detentor de uma estética apurada.

António Filipe Pimentel, que considera esta uma oportunidade única para conhecer uma colecção impar, diz que “a exposição é como se tivéssemos o privilégio de entrar em casa dele, mas com o silêncio de um museu”.

Comissariada por José de Monterroso Teixeira, a mostra que vai estar patente até 12 de Abril de 2015, tem a parceria da produtora UAU e apoio da Renascença.

A exposição vai estar aberta de terça a domingo, entre as 10h00 e as 18h00. Fecha dias 24, 25 de Dezembro, 1 de Janeiro e domingo de Páscoa.» in http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=1&did=170350

09/12/11

Museu de Arte Antiga - A partir de amanhã estará em exibição o presépio que pertenceu ao Convento de Santa Teresa de Jesus em Carnide!



«Cenas da vida de Cristo a 3D [vídeo]


O Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) sofre por estar longe do centro de Lisboa e não ter as comodidades de um jovem museu com parking, ou seja, não é tão visitado como merece. Um inconveniente que deve ser vencido nesta altura natalícia em que faz ainda mais sentido uma deslocação às Janelas Verdes.


A partir de amanhã estará em exibição o presépio que pertenceu ao Convento de Santa Teresa de Jesus em Carnide. Aquilo que se poderá ver é a reconstituição do que terá sido 'um dos mais enigmáticos presépios portugueses'. O conjunto exposto resulta de um restauro, agora terminado, feito com as técnicas mais avançadas, e é a primeira vez que as figuras do barrista António Ferreira se encontram desde que entraram para o MNAA, em 1915.


Outro motivo para entrar no MNAA é a exposição Cuerpos de Dolor– A Imagem do Sagrado na Escultura Espanhola, que ostenta (e ostenta de uma forma bastante actual, uma vez que segue os princípios de mostrar sem atafulhar) o melhor das colecções do Museu Nacional de Escultura de Valhadolid (conhecido como 'o Prado da escultura').


Até 25 de Março, estarão em Lisboa obras-primas de mestres da escultura como Juan de Juni, Alonso Berruguete, Gregorio Fernández e Alonso Cano, entre outros. E vale a pena ver estes mártires, virgens e Cristos que desafiam para um leigo ou um não crente a ideia que se fazia da escultura sacra como obra de mera repetição de um cânone. É muitíssimo melhor e mais tocante que isso.


telma.miguel@sol.pt» in http://sol.sapo.pt/inicio/Cultura/Interior.aspx?content_id=35872


(Presépio antiquíssimo em exposição)

07/09/11

Museu de Arte Antiga - Peça conhecida por “pote dos Agostinhos” devido à presença da insígnia da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho!

UMA PEÇA DO MNAA POR SEMANA

«Uma Peça do Museu Nacional de Arte Antiga


Pote dos Agostinhos


China, dinastia Ming, período de Wanli
(1573-1619), c. 1575-1600
Porcelana branca decorada a azul sob o vidrado
Fornos de Jingdezhen, província de Jiangxi
Prov. Compra (Grupo de Amigos do Museu e Legado Valmor), Amesterdão, 1959
Inv. 6917 Cer


Conhecida por “pote dos Agostinhos” devido à presença da insígnia da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho — águia bicéfala sobrepujada por coroa de cinco florões sobre coração trespassado por duas setas — na decoração, esta peça e outros vasos semelhantes têm suscitado inúmeros estudos nacionais e estrangeiros, por ora inconclusivos quanto ao mercado a que se destinavam bem como à data da sua execução.


Embora a decoração deste pote tenha sido relacionada com o brasão dos Habsburgos, Diez de Rivera esclarece que a inclusão da águia bicéfala na insígnia dos Agostinhos ocorreu após a descoberta da imagem milagrosa do Menino Jesus de Cebu, em 1564, tendo Filipe II de Espanha concedido o privilégio do seu uso aos agostinhos do Arquipélago das Filipinas. Assim sendo, tais objectos teriam sido encomendados por agostinhos espanhóis.


No entanto, a presença da Ordem Agostiniana em Portugal e no vasto império português no Oriente, bem como a inclusão da águia bicéfala coroada na produção bordada indo e sino-portuguesa dos séculos XVII e XVIII, parecem inviabilizar a certeza de uma atribuição aos agostinhos espanhóis. Acresce o facto de Filipe II, seu filho e seu neto terem detido a coroa de Espanha e de Portugal desde 1580 até 1640. Por outro lado, a inclusão de edifícios que evocam as igrejas coloniais do México abre ainda a hipótese de tais potes terem sido destinados ao mercado mexicano. Fossem para agostinhos espanhóis ou portugueses, não é de excluir que a encomenda tenha sido feita por via portuguesa dada a vasta experiência demonstrada nesta matéria desde o primeiro quartel do século XVI.


A data da encomenda continua a ser uma incógnita. Ainda que as características materiais, formais e decorativas situem a peça no final do século XVI, a ausência de documentação concreta relativa à encomenda dificulta precisar a data da execução. Mesmo assim, Rivera sugere como data possível c. 1575, ano da primeira viagem feita pelos espanhóis à China.


A iconografia da decoração, o mistério que envolve a data de execução, o mercado de destino e o facto de integrar um grupo restrito de objectos de encomenda europeia à China, na centúria de Quinhentos, são, em conclusão, os dados que fazem deste pote uma peça incontornável do acervo cerâmico do Museu Nacional de Arte Antiga.» in http://e-cultura.sapo.pt/DestaquesDisplay.aspx?ID=1002
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