28 de Novembro de 2010, 10:45
O Comité Central escolheu Xavier do Amaral para presidente da República e Nicolau Lobato para Primeiro-Ministro. Dos restantes membros do governo destaque para Mari Alkatiri como Ministro de Estado dos Negócios Políticos e José Ramos-Horta, Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Informação Externa. A independência durou somente uma semana.
A 11 de Novembro de 1975 Angola proclamou unilateralmente a sua independência pelo MPLA e a FRETILIN seguiu-lhes o exemplo.
O ano conturbado de 1975
Estamos em Janeiro e no dia 20 deste mesmo mês a UDT e a FRETILIN criam uma coligação com vista a um processo de autonomia (prazo de 5 a 10 anos) para assegurar a independência de Timor-Leste. Passados quatro meses, a Comissão de Descolonização de Timor inicia a discussão com os Partidos Timorenses para a aplicação da Lei de Descolonização de Timor.
Os partidos e organizações políticas proliferaram então em Timor. Surgiram a União Democrática Timorense (UDT), apologista de uma autonomia com vista a uma eventual independência, porém integrada numa comunidade lusíada; a Associação Popular Democrática Timorense (APODETI), a favor de uma integração na Indonésia; e a Associação Social Democrática de Timor (ASDT), depois Frente Revolucionara de Timor Leste Independente (FRETILIN), conotada com a FRELIMO de Moçambique, defensores da independência. Surgiram também pequenos partidos como o KOTA (Klibur Oan Timur Aswai/Filhos dos Guerreiros da Montanha), apologistas da restauração do poder tradicional dos Liurais e o Partido Trabalhista, que pretendia mobilizar a classe trabalhadora. A 17 de Julho foi promulgada a Lei nº7/75, que define o processo de descolonização do país.
No entanto, a UDT rompe a coligação com a FRETILIN ainda no mês de Maio. Segundo consta, Ali Murtopo, chefe dos Serviços de Informação indonésio, é o culpado por esta ruptura na coligação, desencadeando uma propaganda contra a FRETILIN, exercendo pressão sobre a UDT.
Resultado? Nas eleições desse verão quente de 1975 (Julho), a FRETILIN obteve 55% dos votos em Lospalos. No mês seguinte, a UDT, não aceitando os resultados parte para uma ofensiva que desencadeia a guerra civil no território (Agosto de 1975)
Consequências? A população estrangeira de Dili começa a abandonar o território e a Administração Portuguesa sai em direcção a Ataúro. Cinco jornalistas australianos são assassinados em Balibó pelas tropas indonésias.
A ameaça do Comunismo
Ainda no rescaldo da Guerra do Vietname, os Americanos tentavam a todo o custo a expansão dos regimes comunistas naquela área do Oriente. Os media indonésios espalhavam noticias aterradoras da FRETILIN e implementação do regime comunista em Timor-Leste.
Ora tal acusação não caia muito bem no seio dos governos australiano, indonésio e americano. Qual seria a solução mais lógica e viável? A integração de Timor-Leste na Indonésia. Os EUA não iriam reagir caso a ONU levantasse problemas, de acordo com o presidente Ford. E tal desejo viria a concretizar-se, marcando de forma indelével os timorenses.» in http://noticias.sapo.tl/portugues/info/artigo/1109219.html
Uma excelente apresentação sobre a beleza natural de Timor Leste!
Today is Timor-Leste's Independence Day. Viva Timor-Leste!!
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Timor que tem sido uma nação de sofrimento, mas que agora até se ofereceu para comprar dívida pública Portuguesa, vejam bem a que ponto José Sócrates deixou cair Portugal...