13/08/24
Arte Pintura - A Visão fantástica da Casa de Manhufe, na obra fantástica e modernista de Amadeo.
27/07/24
Arte Pintura - Um auto-retrato de Norman Cornish, célebre artista britânico do século XX, foi encontrado quando um conservador retirou uma placa na parte de trás de outra obra de arte.
Um auto-retrato de Norman Cornish, célebre artista britânico do século XX, foi encontrado quando um conservador retirou uma placa na parte de trás de outra obra de arte.
Quando Jon Old, conservador do Bowes Museum, no norte de Inglaterra, retirou uma placa da parte de trás de uma importante obra de Norman Cornish para uma exposição, fez uma descoberta “mágica”: no verso da tela estava um autorretrato do mineiro que se tornou um artista célebre.
Um colega do curador desatou então a gritar pelos corredores do museu, cheio de entusiasmo: “O Jon encontrou um quadro“, contou ao The Washington Post a Diretora de Programação e Coleções do museu britânico, Vicky Sturrs.
O quadro recentemente descoberto foi exposto pela primeira vez no sábado, no âmbito de uma exposição no Bowes Museum, juntamente com dezenas de outras obras de arte raras de Cornish e do seu contemporâneo L.S. Lowry.
Conhecido pelas suas imagens evocativas da vida profissional dos mineiros no nordeste da Grã-Bretanha, Cornish foi o mais famoso de um grupo que veio a ser conhecido como “os pintores de minas”.
Com pinceladas vivas e definitivas e uma paleta de cores suaves, capturou a vida nas ruas das comunidades mineiras, bem como a camaradagem das reuniões comunitárias. Era uma vida com a qual ele estava intimamente familiarizado: Passou mais de três décadas a trabalhar como mineiro de carvão.
Old encontrou o autorretrato enquanto manuseava um quadro intitulado “Bar Scene“, que retrata mineiros de boné sentados curvados numa taberna, informou o Museu Bowes em comunicado.
Curiosamente, o quadro, emprestado pelo Conselho do Condado de Durham, tinha um encosto colocado na moldura e a obra tinha sido esticada sobre uma moldura, explica Old no comunicado.
“Por isso, decidi retirar a tábua para ver se estava a afetar a pintura e, para minha surpresa, revelou esta maravilhosa outra pintura no verso, que era bastante mágica“, acrescentou.
A família Cornish, explica Vicky Sturrs, documentou meticulosamente todos os seus trabalhos com elementos inacabados na parte de trás das telas: podem ser coisas que ele estava apenas a experimentar ou que abandonou antes de passar para o outro lado.
“Encontrámos algo que ninguém conhecia“, garante a diretora do Bowes. “Foi um momento de ‘oh meu Deus’.”
Com 56 por 74 centímetros, “Bar Scene”, ou “Cena de Bar”, foi adquirido pelo Conselho de Durham em 1961, explica Sturrs, o que significa que o autor-retrato passou despercebido durante mais de 60 anos.
Pintado numa tela usada, o autorretrato mostra Cornish na sua juventude com um olhar pensativo. É o 29º autorretrato no corpo de trabalho do artista, de acordo com o museu.
O desafio era expor ao mesmo tempo a nova obra e “Bar Scene”. Para esse efeito, conta a diretora do museu, foi criado um pedestal especial que inverte as pinturas ao longo do dia, de modo a que os visitantes possam ver as duas faces na posição correta em diferentes pontos.
Cornish nasceu na pequena cidade mineira de Spennymoor, no condado de Durham, em 1919, e começou a trabalhar nas minas aos 14 anos. Quando fez 15 anos, juntou-se a um instituto social que se tornou um viveiro de talentos criativos, conhecido como Pitman’s Academy.
Em 1966, deixou as minas e estabeleceu-se como um dos artistas britânicos mais procurados do século XX. Morreu em 2014.
ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/auto-retrato-de-norman-cornish-esteve-escondido-60-anos-616130
18/07/24
17/05/24
Arte Pintura - Agora, Ann Pizzorusso, geóloga e historiadora de arte renascentista, combinou as suas duas áreas de especialização para sugerir que Leonardo da Vinci pintou várias características de Lecco, nas margens do Lago Como, na região da Lombardia, no norte de Itália.
Uma geóloga e historiadora de arte renascentista acredita ter resolvido o mistério de uma das pinturas mais famosas do mundo.
Onde fica a paisagem por trás da Mona Lisa de Leonardo da Vinci? A questão foi alvo de debate durante vários anos, com alguns historiadores de arte a sugerir que a paisagem era inventada e outros a alegar várias ligações com Itália.
Agora, Ann Pizzorusso, geóloga e historiadora de arte renascentista, combinou as suas duas áreas de especialização para sugerir que Leonardo da Vinci pintou várias características de Lecco, nas margens do Lago Como, na região da Lombardia, no norte de Itália.
Para chegar a esta conclusão, detalha o The Guardian, Pizzorusso combinou a ponte de Leonardo, a cordilheira e o lago da pintura de Mona Lisa com a ponte Azzone Visconti de Lecco, do século XIV, os Alpes do sudoeste com vista para a área e o Lago Garlate, que da Vinci visitou há 500 anos.
As semelhanças são “inegáveis”, garantiu.
Em 2011, algumas teorias apontavam que a ponte e a estrada representadas em Mona Lisa seriam de Bobbio, uma pequena cidade no norte da Itália. Já em 2023, surgiu a hipótese de que Leonardo havia pintado uma ponte na província de Arezzo. Contudo, a especialista considerou que basear-se apenas na ponte não era o suficiente.
“A ponte em arco era omnipresente, tanto em Itália como em toda a Europa, e muitas delas eram muito semelhantes. É impossível identificar uma localização exata a partir de uma ponte. Todos falam da ponte e ninguém fala da geologia”, referiu, em declarações ao diário britânico.
“Os geólogos não olham para pinturas e os historiadores de arte não olham para a geologia. Os historiadores de arte disseram que Leonardo sempre usou a imaginação, mas qualquer geólogo do mundo dirá exatamente o que estou a dizer sobre Lecco. Até mesmo um não-geólogo pode, agora, ver as semelhanças”, acrescentou.
As rochas de Lecco são calcárias e, segundo Ann Pizzorusso, Leonardo da Vinci retratou as suas numa cor branco-acinzentada, “o que é perfeito, porque é esse o tipo de rocha que existe”.
A especialista acrescentou que, ao contrário de Lecco, nem Bobbio nem Arezzo têm lago. “Temos evidências realmente perfeitas em Lecco.”
“Todos os historiadores de arte especulam sobre onde foi pintada a Mona Lisa. Qualquer pessoa que vê uma ponte pensa que ela estava lá. Mas Pizzorusso identificou de forma convincente a localização com provas da presença de Leonardo na área, a sua geologia e, claro, uma ponte”, reagiu Michael Daley, diretor do watchdog ArtWatch UK.
Jacques Franck, ex-consultor de Leonardo no Louvre, disse que não duvida, “nem por um segundo, que Pizzorusso esteja certa, dado o seu perfeito conhecimento da geologia do país italiano – e mais precisamente dos lugares onde Leonardo viajou durante a sua vida, o que poderia corresponder à paisagem montanhosa da Mona Lisa.”
ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/onde-foi-pintada-a-mona-lisa-601301
#arte #pintura #monalisa #pintor #leonardodavinci #lagocomo #lecce
20/03/24
Arte Pintura - A obra "Descida da Cruz", de Domingos Sequeira, vai regressar a Portugal e ficar em exposição pública num museu.
A obra "Descida da Cruz", de Domingos Sequeira, vai regressar a Portugal e ficar em exposição pública num museu.
A obra foi adquirida por uma entidade privada nacional. De acordo com um comunicado emitido pela Museus e Monumentos de Portugal (MMP), a compra ocorreu a 10 de março, no âmbito da feira de arte e antiguidades TEFAF de Maastricht, e em "estreita articulação" com a própria MMP, entidade com a qual o novo proprietário firmou um compromisso para a "fruição pública" da obra.
No mesmo comunicado a Museus e Monumentos de Portugal avança que, na sequência de uma deliberação da Comissão para a Aquisição de Bens Culturais para os Museus e Palácios Nacionais, apresentou à galeria Colnaghi uma proposta de aquisição no valor de 850 mil euros, o mais elevado de sempre para a aquisição de uma obra de Domingos Sequeira. A oferta não foi aceite sendo, em seguida, concretizada por uma entidade privada, em concertação com a MMP e "visando, desde a primeira hora, o regresso da obra ao país".
De acordo com a Museus e Monumentos de Portugal, os contornos do acordo e a identidade da entidade privada serão revelados em momento próximo.» in https://www.portugal.gov.pt/pt/gc23/comunicacao/noticia?i=descida-da-cruz-de-domingos-sequeira-regressa-a-portugal-e-vai-ficar-em-exibicao-publica-#:~:text=A%20obra%20%22Descida,em%20momento%20pr%C3%B3ximo
#portugal #arte #pintura #domingossequeira #mmp #tefaf #maastricht
06/03/24
Arte Pintura - Retrato de Teixeira de Pascoais, Lisboa, 1927, pelo grande pintor Português, Columbano Bordalo Pinheiro.
Óleo sobre tela.
61 × 50 cm
assinado e datado
Inv. 645
Historial
Doação de Maria Emília Bordalo Pinheiro, viúva do artista, em 1930.
Exposições
Lisboa, 1928, 31; Paris: Jeu de Paume, 1931, 77; Lisboa, 1932; Lisboa, 1957, 83; Bruxelas, 1967, 10, p.b.; Paris, 1968, 10, p.b.; Madrid, 1968,10, p.b.; Lisboa, 1980, 64, cor.
Bibliografia
BRAGANÇA, s.d. (c. 1936), 13; Portugal: A arte, os monumentos, a paisagem, os costumes, as curiosidades, s.d. (c. 1936), Fasc. 9, 14; MACEDO, 1952, est. CXI, p.b.; PAMPLONA, 1954, vol. I, p.b.; BOTELHO, 1957, p.b.; MAGALHÃES, 1962, p.b.; FRANÇA, 1967, vol. II, 265; Arte Portugués: Pintura y escultura del Naturalismo a nuestros días, 1968, 10 p.b.; Art Portugais: Peinture et sculpture du Naturalisme à nous jours, 1968, 10, p.b.; Columbano, 1980, 63, cor; FRANÇA, 1981, 75.
Neste retrato do escritor e mentor do Saudosimo, poeta e apóstolo de uma vivência espiritualizada onde perpassam a arte e a história, Columbano deu outro soberbo retrato da sua notável galeria de intelectuais portugueses.
O rosto glabro, afilado e rebaixado do modelo realça o olhar arguto, tratado de maneira mais naturalista, numa atmosfera de recolhimento intimista realçado pelo fato escuro dado em pincelada larga e, sobretudo, na atitude protectora dos braços cruzados e da mão recolhida.
Raquel Henriques da Silva» in http://www.museuartecontemporanea.gov.pt/pt/pecas/ver/30
#arte #pintura #columbanobordalopinheiro #lisboa #teixeiradepascoaes
12/12/23
Arte Pintura - Há vários relatos de incêndios em casas, com a famosa pintura do Menino da Lágrima a escapar intacta, o que alimentou teorias sobre uma possível maldição.
Há vários relatos de incêndios em casas, com a famosa pintura do Menino da Lágrima a escapar intacta, o que alimentou teorias sobre uma possível maldição.
Num bairro de South Yorkshire, em Inglaterra, quando Thatcher era primeira-ministra, uma casa foi devastada por um incêndio. A sala de estar ficou completamente carbonizada, com cortinas e mobília reduzidas a cinzas.
Os proprietários, Ron e May Hall, perderam quase tudo, exceto uma pintura: um menino a chorar, cujos olhos observavam a destruição, sem qualquer dano pelo fumo.
Esta não era a primeira vez que uma imagem de um menino a chorar era encontrada no meio das cinzas de uma casa incendiada. Em 4 de setembro de 1985, o tablóide britânico The Sun publicou “Blazing Curse of the Crying Boy Picture!”, um artigo a relatar vários casos em que sobre as pinturas azaradas que causavam incêndios. Segundo um bombeiro local, estas pinturas apareciam misteriosamente intactas em incêndios por todo o Reino Unido, todos a começar espontaneamente.
As pinturas, relíquias estranhas da arte impressa em massa, eram populares entre os jovens casais entre as décadas de 1950 e 1970. A obscuridade do pintor Giovanni Bragolin — autor do famoso quadro O Menino da Lágrima que ainda hoje está pendurado em muitas casas — alimentou a lenda.
Muitos rumores indicavam que o artista pintou centenas de crianças a chorar, muitas delas órfãs, em Itália ou Espanha. Um livro de histórias assustadoras de 2000, “Haunted Liverpool”, afirmou que o pintor se chamava, na verdade, Franchot Seville.
O jornalista David Clark, que pesquisou a lenda para a Fortean Times e no seu site, identificou que Bragolin e Seville eram pseudónimos do pintor espanhol Bruno Amadio. Amadio teria pintado cerca de 20-30 destes meninos chorosos após treinar em Veneza depois da Segunda Guerra Mundial, escreve a Atlas Obscura.
Em 1985, o The Sun incentivou o público a enviar as suas pinturas do Menino da Lágrima para serem destruídas. Centenas de pinturas foram enviadas e queimadas numa fogueira perto do Rio Tâmisa, alegadamente dissolvendo a maldição.
No livro The Martians Have Landed, que relata várias lendas e notícias falsas propagadas pelos media, Robert Bartholomew e Benjamin Radford relatam que muitas pessoas escreveram para outros jornais em resposta à cobertura do The Sun, incluindo uma mulher que não conseguia “pensar numa razão pela qual uma imagem tão linda pudesse de repente ser considerada azarada”, mas queria deitá-la fora na mesma, pelo sim pelo não.
Apesar das respostas dos cépticos à angústia do público através de entrevistas e cartas abertas, a história manteve-se. Uma publicação no website do Committee for Skeptical Inquiry diz que o The Sun acrescentou detalhes importantes, como o facto de o menino ter sido maltratado pelo pintor, com a explicação de que “estes incêndios podem ser a maldição da criança, a sua forma de se vingar”.
Steven Punt, comediante e escritor, também explorou a lenda no seu programa de rádio Punt PI, e deu de caras com a história de Jane McCutchin, que pendurou a impressão na sua sala nos anos 80.
Quando a sua casa foi destruída por um incêndio, apenas a pintura do menino a chorar permaneceu intacta. “Oh não, não outro“, terá dito um bombeiro que respondeu ao incêndio na casa de McCutchin, que prontamente se livrou da pintura amaldiçoada.
Punt decidiu comprar uma pintura semelhante e descobriu que ela não se queimava facilmente, possivelmente devido a um verniz retardador de chamas —podendo esta maldição ser assim facilmente explicada.
No entanto, a lenda d’O Menino da Lágrima sobreviveu na era da internet, gerando clubes de fãs e discussões em blogs até hoje.
Adriana Peixoto, ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/maldicao-famosa-pintura-menino-lagrima-569199
15/11/23
Arte Pintura - Durante anos, uma idosa francesa teve pendurada sobre o seu fogão uma pintura rara com 700 anos de Cimabue, um influente mestre florentino, avaliada em vários milhões de euros.
A pintura é uma das 15 raras obras conhecidas do mestre florentino Cimabue. Esteve durante anos pendurada por cima do fogão numa casa em França.
É uma daquelas descobertas que todos nós gostaríamos de fazer no meio de todas as tralhas que temos em casa. Durante anos, uma idosa francesa teve pendurada sobre o seu fogão uma pintura rara com 700 anos de Cimabue, um influente mestre florentino, avaliada em vários milhões de euros.
A mulher, na casa dos 90 anos, achava que o quadro se tratava de um ícone russo sem valor e quase o deitou fora. No entanto, a leiloeira Philomène Wolf reconheceu a obra “Cristo Zombado” durante o despejo da casa e salvou-a de acabar no lixo e no esquecimento.
A pintura foi vendida em leilão por 24 milhões de euros em 2019 a um casal de bilionários chilenos. No entanto, o Governo do Presidente Macron interveio, recusando uma licença de exportação e declarando a obra um tesouro nacional.
Esta intervenção do Governo francês permitiu ao Museu do Louvre, em Paris, adquirir a pintura. Laurence des Cars, presidente do Louvre, expressou “grande alegria” com esta aquisição, observando a importância da pintura como um marco na história da arte.
O Louvre chegou recentemente a um acordo com os proprietários, embora o preço de compra e a identidade do vendedor permaneçam não divulgados. A pintura, datada de 1280 e considerada uma das apenas cerca de 15 obras conhecidas de Cimabue, será exibida em 2025, escreve o The Times.
A descoberta e subsequente compra de “Cristo Zombado” fazem parte de um esforço mais amplo do Louvre para adquirir obras históricas significativas. Recentemente, o museu lançou um apelo para angariar fundos para comprar outra obra-prima, “O Cesto de Morangos Silvestres”, de Jean Siméon Chardin, um mestre francês do século XVIII.
Esta pintura, exibida pela primeira vez em 1761 e anteriormente numa coleção privada, foi vendida por 24,3 milhões de euros num leilão em Paris. A aquisição do Louvre foi significativamente auxiliada pela LVMH, o grupo de bens de luxo criado pelo bilionário francês Bernard Arnault, que contribuiu com dois terços do montante necessário. Os fundos adicionais foram fornecidos pela Sociedade dos Amigos do Louvre e um benfeitor anónimo.
O Louvre procura agora apoio do público para cobrir os restantes 8 milhões de euros para a pintura de Chardin, com o objetivo de angariar 1,3 milhões de euros através do seu apelo.
ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/deitar-fora-quadro-valia-25-milhoes-567314
20/04/23
12/04/23
19/10/22
Arte Pintura - O painel a óleo “Ressurreição de Cristo”, atribuído a Cristóvão de Figueiredo (c.1490-c.1555) e Diogo de Contreiras (c.1500-1563), vai a leilão entre hoje e amanhã, em Lisboa, anunciou a leiloeira Veritas Art Auctioneers.
O painel a óleo “Ressurreição de Cristo”, atribuído a Cristóvão de Figueiredo (c.1490-c.1555) e Diogo de Contreiras (c.1500-1563), vai a leilão entre hoje e amanhã, em Lisboa, anunciou a leiloeira Veritas Art Auctioneers.
A peça, datada de 1530 e produzida em Lisboa, sob iniciativa ou por inspiração régia, no reinado de João III, é um dos 943 lotes do leilão de Antiguidades e Obras de Arte, Pratas e Joias, e vai à praça com uma estimativa entre 80 mil e 120 mil euros.
“Ressurreição de Cristo” é proveniente de uma coleção privada portuguesa, e terá integrado o retábulo de uma igreja, juntamente com outras cenas da Paixão de Cristo de paradeiro desconhecido, indicou a leiloeira.
A pintura a óleo, com 121 centímetros por 59 centímetros, foi alvo de um restauro em 1970, pelo Atelier Edmundo Silva, em Lisboa.
“Constitui um ótimo testemunho da arte produzida em Lisboa, sob iniciativa ou por inspiração régia, em pleno reinado de D. João III”, segundo o historiador Vítor Serrão, citado no catálogo do leilão, através de um ensaio, considerando ainda que a obra é, “sem dúvida, de uma pintura de excelência, cujos problemas de arte por si levantados lhe acrescem significativa importância”.
No painel, Cristo surge de pé, junto ao túmulo, e ao fundo da escadaria encontram-se soldados, uns a dormir e outros surpreendidos por se depararem com ele vivo.
Desconhecida até final do século XX por parte dos estudiosos de pintura antiga e não referenciada na bibliografia respeitante a leilões de arte ou ao colecionismo, a importância da peça foi reconhecida num seminário internacional realizado no Instituto José de Figueiredo, em 1999, refere ainda o historiador no texto do catálogo.
No leilão, destaca-se ainda, na pintura, um quadro de Pierre Auguste Renoir (1841-1919), intitulado “Rivière, bateaux à terre derriére une barrière”, com uma estimativa entre 120 mil e 200 mil euros, também proveniente de uma coleção particular.
O óleo sobre tela com pequenos barcos em madeira junto a um rio é assinado pelo artista francês, um dos principais pintores no desenvolvimento do estilo impressionista.
Todos os lotes encontram-se em exposição ao público nas instalações da Veritas, em Lisboa, até terça-feira, e o leilão decorrerá em formato presencial, por telefone e em plataformas ´online´.» in https://executivedigest.sapo.pt/pintura-portuguesa-ressurreicao-de-cristo-do-seculo-xvi-vai-hoje-a-leilao-valor-pode-chegar-aos-120-mil-euros-euros/
27/07/22
Arte Pintura - A obra que Paula Rego produziu enquanto artista associada da National Gallery, nos anos 1990, está exposta pela primeira vez no museu londrino juntamente com o quadro do século XV de Carlo Crivelli no qual a portuguesa se inspirou.
A obra que Paula Rego produziu enquanto artista associada da National Gallery, nos anos 1990, está exposta pela primeira vez no museu londrino juntamente com o quadro do século XV de Carlo Crivelli no qual a portuguesa se inspirou.
A exposição, que decorre até 29 de outubro de 2023, “convida os visitantes a estabelecerem comparações diretas” entre as obras e pretende ser uma homenagem à artista, que morreu no passado dia 08 de junho, aos 87 anos, que esteve em residência no museu entre 1990 e 1992.
Na altura, foi pedido a Rego para criar um mural para a cafeteira da nova ala Sainsbury, inaugurada em 1991 e adjacente ao edifício do século XIX, tendo produzido “O Jardim de Crivelli”.
Inspirada no retábulo “La Madonna della Rondine”, que terá sido pintado depois de 1490, Rego reimaginou a casa e jardim de Carlo Crivelli, um pintor italiano especialista em quadros para altares representando as vidas de santos.
No mural estão representadas figuras inspiradas pela Virgem Maria, Santa Catarina, Maria Madalena e Dalila, mas também outras mulheres de histórias bíblicas e mitológicas, e Rego usou amigos, membros da família e até funcionárias do museu para servirem de modelos.
Segundo o museu, Rego quis “explorar as narrativas das mulheres na história bíblica e popular baseadas em quadros da coleção” do museu e histórias de manuscritos medievais.
Numa entrevista ao site “Web of Stories”, contou ter usado as cores branco e azul como os azulejos tradicionais portugueses, para que o mural fosse “discreto”.
Na exposição estarão alguns desenhos das sessões originais bem como de esboços para a obra final, permitindo aos visitantes compreenderem melhor o processo criativo de Rego, disse o museu.
A National Gallery, fundada em 1824, é um dos mais importantes museus europeus e um dos mais visitados em todo o mundo, tendo no acervo uma coleção com mais de 2.000 pinturas desde o século XIII, com obras-primas de grandes mestres, como Leonardo da Vinci, Botticelli, Caravaggio, Rembrandt e Rubens» in https://24.sapo.pt/vida/artigos/national-gallery-evoca-paula-rego-com-exposicao-sobre-mural
08/06/22
Arte Pintura - Morreu Paula Rego, a sua obra ganhará agora a dimensão dos artistas que ficam para sempre na memória da Cultura, a sua obra é eterna e faz parte de Portugal.
20/05/22
Arte Pintura - Esta quarta-feira, a pintura “Nu de um jovem rodeado por duas figuras” arrecadou, num leilão da Christie’s, em Paris, o valor recorde de mais de 23 milhões de euros.
O desenho de Michelangelo “Nu de um jovem rodeado por duas figuras”, do século XV, foi vendido em leilão por 23 milhões de euros.
Esta quarta-feira, a pintura “Nu de um jovem rodeado por duas figuras” arrecadou, num leilão da Christie’s, em Paris, o valor recorde de mais de 23 milhões de euros.
A obra representa um homem nu com outras duas figuras de fundo e data do final do século XV. Segundo o Público, o preço de venda é o mais elevado de sempre de uma obra do artista renascentista italiano.
Em 1907, o desenho foi vendido num leilão no Hotel Drouot, em Paris, e estava identificado simplesmente como tendo sido produzido pela escola de Miguel Ângelo. Mais de um século depois, em 2019, durante o inventário de uma coleção privada, foi atribuído a Michelangelo e declarado “tesouro nacional” pelo Estado Francês.
A designação foi retirada para que pudesse ser vendido na quarta-feira, em Paris.
A figura central da pintura é o “Baptismo dos Neófitos”, um fresco de Masaccio, datado de 1425 e pintado na Igreja de Santa Maria del Carmine, em Florença.
O fresco mostra São Pedro a batizar convertidos à fé cristã. Michelangelo concentrou-se na figura de um deles, um homem despido e com os braços em cruz.
Helene Rihal, diretora do departamento de desenhos antigos da Christie’s, referiu que existem, atualmente, “menos de 10 desenhos de Michelangelo em mãos privadas”.
Os especialistas acreditam que o desenho recentemente leiloado é uma das primeiras obras do artista, datado do final do século XV. “Este desenho é uma das descobertas mais emocionantes feitas no campo dos desenhos dos Velhos Mestres desde há muito tempo”, disse Stijn Alsteens, chefe internacional da Christie’s, à CNN.» in https://zap.aeiou.pt/desenho-de-michelangelo-23-milhoes-479950
19/10/21
Arte Pintura - A pintora Armanda Passos morreu hoje, aos 77 anos, confirmou a Universidade do Porto, lamentando a perda de uma das “mais notáveis artistas plásticas” portuguesas.
A pintora Armanda Passos morreu hoje, aos 77 anos, confirmou a Universidade do Porto, lamentando a perda de uma das “mais notáveis artistas plásticas” portuguesas.
À Lusa, fonte oficial da Universidade do Porto, citando um familiar próximo, indicou que a artista morreu durante a madrugada.
“Com este triste desaparecimento, o país perde uma das suas mais notáveis artistas plásticas e a Universidade do Porto uma das suas principais referências estéticas”, lê-se no comunicado, assinado pelo reitor, António de Sousa Pereira.
O reitor manifestou “o reconhecimento” da instituição que dirige “pela admirável carreira e extraordinária obra” da artista, a quem prestou “sentida homenagem”.
A Universidade do Porto lembrou que Armanda Passos manteve com a “comunidade académica uma ligação estreita e continuada, ao longo de mais de 40 anos”.
Armanda Passos nasceu em 1944, no Peso da Régua, e licenciou-se em Artes Plásticas na Escola Superior de Belas Artes do Porto.
A sua obra está representada em coleções como a do Museu Nacional de Arte Contemporânea, da Fundação Calouste Gulbenkian, da Fundação Oriente, Fundação Champalimaud, do Museu de Serralves, ou do Museu Amadeo de Souza-Cardoso.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/morreu-a-pintora-armanda-passos-uma-das-mais-notaveis-artistas-plasticas-portuguesas
14/10/21
Arte Pintura - Um nova obra de Picasso foi descoberta por baixo de outra reprodução do artista, trata-se da pintura de uma mulher nua estava escondida pela obra “A Refeição de um Homem Cego”.
Um nova obra de Picasso foi descoberta por baixo de outra reprodução do artista. A pintura de uma mulher nua estava escondida pela obra “A Refeição de um Homem Cego”.
Segundo noticia a CNN, a descoberta foi possível através do uso de tecnologia de imagem avançada e impressão 3D.
O comunicado a que a CNN teve acesso revela que o retrato “The Lonesome Crouching Nude” (“A Nua Sozinha e Agachada”), não estava finalizado.
A Oxia Palus, empresa que usa tecnologia para recuperar arte, usou um sistema de inteligência artificial para completar a pintura com o estilo de Picasso, a partir das linhas deixadas pelo artista.
Os especialistas estimam que a obra do famoso pintor terá sido criada no Período Azul, que corresponde ao início da sua carreira, quando este ainda era pobre e não tinha forma de comprar materiais de pintura mais requintados. Isso fez com Picasso pintasse por cima da agora desvendada figura, refere George Cann, um dos fundadores da Oxia Palus.
A mulher retratada aparece em outras pinturas de Picasso, como a “La Vie” (“A Vida”), o que sugere, segundo Cann, uma “afinidade” do pintor com ela.
“Picasso ficaria feliz se soubesse que o tesouro que escondeu para as gerações futuras foi, finalmente, revelado, 48 anos depois da sua morte, e 118 anos depois de ter escondido esta pintura”, destacou Cann.
Já David Dibosa, responsável pelo Mestrado em Curadoria e Colecionismo da Chelsea College of Arts, em Londres, felicitou os especialistas pela tecnologia aplicada, e afirmou que esta descoberta deveria entusiasmar qualquer apreciador da obra de Picasso.
Contudo, Dibosa defendeu que, uma vez que esta obra apenas ficou acessível devido à tecnologia do século XXI, devia ser divulgada como uma peça digital, em vez de ser impressa e colocada num museu.
De acordo com a CNN, a obra de Picasso vai ser exposta na Deeep AI Art Fair em Londres, a partir desta quarta-feira e até domingo.» in https://zap.aeiou.pt/pintura-de-picasso-descoberta-437513
15/07/21
Arte Pintura - Paisagem com figuras e carro de bois, 1945, Travanca, Amarante, Acácio Lino De Magalhães, (Portuguese, 1878–1956).
13/04/20
Arte Pintura - A tela foi criada entre 1907 e 1908, pertencendo à fase dourada do pintor, quando folhas de ouro foram usadas durante os seus trabalhos.
«É UMA DAS PINTURAS MAIS REPRODUZIDAS DE SEMPRE. CONHEÇA A HISTÓRIA DE "O BEIJO" DE GUSTAV KLIMT
Um encontro amoroso entre dois amantes, abraçados e envoltos por cores em tons de dourado. "O Beijo" é o quadro mais famoso do pintor austríaco Gustav Klimt.
É impossível ficar indiferente ao cenário pintado por Klimt neste quadro. A tela foi criada entre 1907 e 1908, pertencendo à fase dourada do pintor, quando folhas de ouro foram usadas durante os seus trabalhos.
O quadro, que mede 180 cm por 180 cm, foi exibido ao público pela primeira vez em 1908 na Galeria Austríaca. Na altura, a pintura foi comprada pelo Museu do Palácio Belvedere, onde está, até hoje, em exibição. "O Beijo" foi, desde sempre, apreciado, tendo sido exposto e comprado antes mesmo de ter sido finalizado.
Além de ser uma das pinturas mais famosas e reproduzidas do mundo, "O Beijo" é, antes de mais, um símbolo da Áustria. Existem moedas comemorativas que assinalam este e outros trabalhos de Kilmt.
Interpretações antagónicas
Há quem veja um retrato perfeito da união e do amor entre o casal do quadro, há quem veja uma dominação da figura masculina sobre a figura feminina.
Existem diversas interpretações para "O Beijo" que, tal como outros trabalhos de Klimt, teve influências do famoso psicanalista Sigmund Freud, também austríaco e da mesma época do pintor.
Quem são os dois amantes?
Alguns investigadores dizem que o quadro é um auto-retrato do pintor com o seu grande amor, a estilista Emilie Flöge.
Por outro lado, existe a tese de que a mulher do quadro pode ser uma das muitas musas que posavam para Klimt, como Adele Bloch-Bauer ou Red Hilda.» in https://viagens.sapo.pt/viajar/viajar-mundo/artigos/e-uma-das-pinturas-mais-reproduzidas-de-sempre-conheca-a-historia-de-o-beijo-de-gustav-klimt
(O BEIJO - Gustav Klimt | Análise de obra)
30/06/19
Arte Pintura - A minha Beatriz hoje surpreendeu-me com Arte tirada do armário, só de quando em quando me deixa ver as suas telas...
(Arte escondida no armário, Beatriz Barros)
19/06/19
Arte Pintura - O revólver que supostamente terá sido usado por Vincent Van Gogh para se suicidar em 1890 foi hoje vendido por 162.500 euros, o triplo do valor antecipado, num leilão promovido pela AuctionArt-Rémy, no Hôtel Drouot, em Paris.
O artista instalou-se em Auvers-sur-Oise dois meses antes do seu suicídio, aconselhado pelo irmão, Théo, após passar um ano numa instituição para doentes mentais. Nesta fase, o pintor estava no auge da carreira, pintando mais de uma obra por dia, mas, ao mesmo tempo, era vítima de grandes crises psicológicas que se acentuaram pouco antes da sua morte.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/arma-supostamente-usada-no-suicidio-de-van-gogh-vendida-por-mais-de-160-mil-euros
REVÓLVER do SUICÍDIO de VAN GOGH em LEILÃO - [TRANSACIONANDO]