"Poeta
Quando a primeira lágrima aflorou
Nos meus olhos, divina claridade
A minha pátria aldeia alumiou
Duma luz triste, que era já saudade.
Humildes, pobres cousas, como eu sou
Dor acesa na vossa escuridade...
Sou, em futuro, o tempo que passou
Em num, o antigo tempo é nova idade.
Sou fraga da montanha, névoa astral,
Quimérica figura matinal,
Imagem de alma em terra modelada.
Sou o homem de si mesmo fugitivo;
Fantasma a delirar, mistério vivo,
A loucura de Deus, o sonho e o nada."
Teixeira de Pascoaes Sempre (1898) In Poesia de Teixeira de Pascoaes Org. de Silvina Rodrigues Lopes Lisboa, Editorial Comunicação, 1987
(Ler Mais Ler Melhor Vida e Obra de Teixeira de Pascoaes)
Entrevista de António Mega Ferreira sobre a sua fotobiografia de Teixeira de Pascoas:
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