«AO RITMO MEXICANO COM TOQUE AFRICANO
Golos de Aboubakar, Herrera e Corona na vitória do FC Porto sobre o União da Madeira (3-2), na 26.ª jornada da Liga.
O FC Porto regressou às vitórias, ao derrotar este sábado, no Estádio do Dragão, o União da Madeira por 3-2, na 26.ª jornada da Liga NOS. Num jogo em que dominaram quase do princípio ao fim, os azuis e brancos chegaram ter uma vantagem de dois golos, graças a Aboubakar e Herrera, mas viram os madeirenses, em apenas seis minutos, chegar ao empate, que só foi desfeito pelo pé direito de Corona a três minutos do fim do tempo regulamentar.
José Peseiro recuperou o esquema habitual de 4-3-3, mas foi obrigado a mexer em várias peças do xadrez portista face à indisponibilidade de quatro habituais titulares. Nesse sentido, sem o lesionado Marcano e Martins Indi a cumprir suspensão, Layún e Chidozie voltaram a formar a dupla de centrais de uma defesa em que se manteve Maxi e à qual regressou José Ángel. No meio-campo, sem o castigado Danilo e o lesionado André André, Rúben Neves teve a companhia de Herrera e Sérgio Oliveira, que se estreou a titular em jogos da Liga. No ataque, Corona juntou-se a Brahimi e a Aboubakar, que também voltou ao 11 por troca com Suk.
Entrou bem o FC Porto, autoritário, dominando a posse de bola, pressionando e encostando o União da Madeira à sua área, sempre de olhos postos na baliza de Ricardo Campos – ao fim do primeiro quarto de hora já contavam seis remates, nenhum deles, porém, levou a melhor direção. O sufoco a que os madeirenses foram sujeitos durante os primeiros 20 minutos era conseguido a partir da defesa, já que a reação rápida dos centrais à perda da bola permitia que a equipa jogasse quase sempre no meio-campo contrário, envolvendo permanentemente os médios e os laterais no processo ofensivo. E foi assim que, em resposta a um cabeceamento perigoso de Tiago Ferreira, central dos insulares formado no Dragão, o FC Porto abriu a contagem: passe soberbo de Sérgio Oliveira a lançar Maxi que, em esforço, cruzou para Aboubakar empurrar a bola para o fundo da baliza (24m). Foi a sétima assistência para golo do uruguaio, o 12.º golo do avançado na Liga, que já não marcava desde a vitória sobre o Benfica, em Lisboa.
Já depois de Amilton ter obrigado Casillas à primeira defesa no jogo, numa das poucas incursões do União no ataque durante a primeira parte, o internacional camaronês teve nos pés uma boa oportunidade para “bisar”. O 2-0 chegaria, porém, já depois do intervalo, cozinhado à moda mexicana: lançado por Corona, Herrera concluiu de forma perfeita um magnífico trabalho individual (50m). O golo deixava os portistas mais tranquilos e parecia afastar o União da Madeira da discussão pelo resultado. Pura ilusão na verdade, porque em seis minutos os madeirenses chegaram ao empate com um “bis” do recém-entrado Danilo Dias (62m e 68m) e tudo voltou à estaca zero.
O FC Porto tinha pouco mais de 20 minutos para chegar ao 3-0. Herrera começou por ver Ricardo Campos negar-lhe um golo que seria sensacional, depois foi Sérgio Oliveira que levou a bola a rasar o poste. O tempo ia escasseando e não havia meio de a bola voltar a balançar as redes, até que, a três minutos dos 90, apareceu Corona: Maxi iniciou a jogada, passou Suk, que assistiu o mexicano para um remate seco para o terceiro golo dos portistas, exatamente como tinha feito na goleada sobre o União da Madeira por 4-0 na primeira volta. A vitória, inesperadamente suada, estava garantida.
Ficha de Jogo» in http://www.fcporto.pt/pt/futebol/fichas-de-jogo/Pages/FC-Porto-Uniao-da-Madeira-26a-jor-15-16.aspx
(Análise: 'Bomba' de Corona mantém Dragão vivo)
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