10/03/16

Música Pop/Rock - O produtor musical britânico George Martin, que transformou os Beatles em estrelas mundiais, morreu aos 90 anos, disse esta quarta-feira o baterista da banda Ringo Starr.



«Chamavam-lhe o "quinto Beatle", George Martin foi muito mais do que isso
MÁRIO LOPES 09/03/2016 - 07:19

Produtor britânico morreu aos 90 anos, anunciou o baterista Ringo Starr.

O produtor musical britânico George Martin, que transformou os Beatles em estrelas mundiais, morreu aos 90 anos, disse esta quarta-feira o baterista da banda Ringo Starr. "Deus abençoe George Martin. Paz e amor para Judy [a sua mulher] e para a sua família (...). Vamos sentir a falta de George", escreveu o músico na rede social Twitter.

"Podemos confirmar que Sir George Martin morreu serenamente em casa na noite de ontem [terça-feira]", escreveu em comunicado Adam Sharp, fundador da CA Management, representante do músico e produtor, sem especificar a causa da morte. "Numa carreira que atravessou sete décadas ele foi reconhecido globalmente como um dos mais criativos talentos na música e como um cavalheiro até ao fim."

Chamavam-lhe o quinto Beatle e a distinção era tão merecida quanto redutora. George Martin foi determinante ao traduzir os desejos da criatividade dos Beatles, ao dar resposta às suas dúvidas técnicas, ao colocar-se na música da banda não só enquanto produtor, mas também enquanto músico – é dele, por exemplo, o solo de piano, inspirado na música barroca, que ouvimos em In my life. Mais velho do que os membros dos Beatles, foi determinante ao aprovar a sua contratação pela Parlophone, em 1962, deixando-se seduzir pelo carisma e pela promessa de futuro que via nos quatro jovens de Liverpool, e não tanto pelos seus talentos musicais, que considerou limitados no final daquela primeira audição nos estúdios da EMI.

"Estavam sempre a perguntar-me por novos sons, a querer saber mais. Eu apresentei-lhes uma série de coisas que desconheciam, eles obrigaram-me a oferecer-lhes melhor material", dizia ao Ípsilon em 2006, aquando da edição de Love, o álbum em que, com a ajuda do filho Giles, reorganizou, quase em modo remistura, toda a obra dos Beatles num fluxo contínuo de música. Concluiu o raciocínio desta forma: "Levaram-me ao limite o tempo todo mas, honestamente, não acho que me tenham ensinado nada."

Quando se deu o encontro que mudaria radicalmente o seu percurso, George Martin já era um técnico respeitado pelo seu trabalho, não só na EMI mas, antes disso, na BBC, onde entrara nos anos imediatamente seguintes ao final da Segunda Guerra Mundial. Músico de formação clássica (piano e oboé), era nesse departamento que o encontrávamos na BBC. Mas não só. Curioso pelo som, pelas possibilidades da sua manipulação que as novas tecnologias ofereciam e pelas vanguardas musicais, trabalhara com Peter Sellers, Peter Ustinov ou Spikey Milligan, assinando as colagens sonoras e outras experiências que se ouviam nos discos editados pelos célebres comediantes nos anos 1950.

Esses conhecimentos e esse aventureirismo seriam fundamentais na relação futura com os Beatles. Não lhe chamavam o quinto Beatle por acaso, ainda que George Martin, no momento em que os Fab Four transformavam radicalmente o panorama da música popular urbana (contribuindo para mudar o mundo além dele), não se apercebesse da dimensão do que construía com a banda. "Trabalhei com eles durante quase dez anos, mas num período tão intenso, em que estava tão incrivelmente ocupado, que nunca parei para fazer julgamentos de valor. Fiz apenas que achava correcto e esperei que funcionasse", disse-nos na entrevista supracitada. "Quarenta anos depois, quando já tenho o privilégio do distanciamento, olho novamente e comento para mim próprio: 'Não eram maus, pois não? Eram muito, muito bons'."

Após o fim dos Beatles, George Martin continuou a trabalhar como produtor, assinando não só a produção de álbuns a solo de Paul McCartney ou Ringo Starr, mas também de Jeff Beck, dos Cheap Trick, de Ella Fitzgerald, dos America, da Mahavishnu Orchestra, dos Ultravox e de bandas-sonoras (007 – Vive e Deixa Morrer¸interpretado por Paul McCartney, foi uma delas, o seu segundo crédito no universo James Bond, depois de, em 1964, ter produzido Goldfinger, composta por John Barry e cantada por Shirley Bassey). 

Foi produtor da nova gravação de Candle in the wind, que Elton John registou em 1997 – um dos singles mais vendidos de sempre, na ressaca da morte de Diana de Gales –, numa altura em que já havia sido tornado Sir por Isabel II. No período pós-Beatles, actuou também ocasionalmente enquanto maestro. Em 1994 esteve no Coliseu de Lisboa e do Porto, dirigindo a Orquestra Clássica do Porto em dois concertos de celebração dos 50 anos da fundação da ONU.» in http://caras.sapo.pt/famosos/2016-03-09-Morreu-George-Martin-o-quinto-Beatle


The Beatles - "Penny Lane"


The Beatles - "Love me Do"


The it be Beatles - "Let it Be"


The Beatles - "While My Guitar Gently Weeps" - [Digital Remastered]


The Beatles - "Here Comes The Sun"


"While My Guitar Gently Weeps
The Beatles
Compositor: George Harrison

I look at you all
See the love there that's sleeping
While my guitar gently weeps

I look at the floor
And I see it needs sweeping
Still my guitar gently weeps

I don't know why nobody told you
How to unfold your love
I don't know how someone controlled you
They bought and sold you

I look at the world
And I notice it's turning
While my guitar gently weeps

With every mistake
We must surely be learning
Still my guitar gently weeps

I don't know how you were diverted
You were perverted too
I don't know how you were inverted
No one alerted you

I look at you all
See the love there that's sleeping
While my guitar gently weeps

I look at you all
Still my guitar gently weeps"

Link: http://www.vagalume.com.br/the-beatles/while-my-guitar-gently-weeps.html#ixzz42Wva3teL

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