«“MEIAS” NAS MÃOS DE HELTON
Guarda-redes defendeu grande penalidade no último minuto e segurou triunfo portista no Bessa (1-0).
O FC Porto venceu esta quarta-feira o Boavista (1-0), no Estádio do Bessa, garantindo assim a passagem às meias-finais da Taça de Portugal, nas quais irá defrontar o Gil Vicente numa eliminatória disputada a duas mãos. Brahimi (24m) apontou o único golo dos Dragões no encontro, em que também se destacou Helton ao defender uma grande penalidade cobrada por Douglas Abner no 96.º e último minuto.
Com apenas três alterações em relação à equipa que iniciou o desafio anterior, o FC Porto assumiu o controlo das operações desde o apito inicial e empurrou o Boavista para a sua retaguarda, procurando rapidamente confirmar o estatuto de favorito que lhe era atribuído na antecâmara do encontro, pese embora estarmos a falar da Taça de Portugal, uma competição fértil em surpresas. Pouco antes do primeiro quarto de hora, Evandro, lançado por Varela, rematou forte, ainda que de ângulo apertado, para defesa difícil de Mika (14m). Foi uma espécie de aviso para o que estava para vir.
Brahimi, ao seu jeito, desbloqueou o segundo round com o Boavista e abriu o ativo num grande lance individual, serpenteando entre os adversários antes de rematar rasteiro e cruzado sem chances de defesa para Mika (24m). Primeira explosão de alegria para os muitos adeptos portistas que se deslocaram ao Estádio do Bessa, e que poderiam ter tido novo motivo para festejar pouco depois se o cabeceamento de Marcano não tivesse esbarrado no poste da baliza do guardião boavisteiro (27m). Instantes depois, Ruben Ribeiro ficou a centímetros no empate, naquela que foi a mais flagrante oportunidade de golo dos anfitriões (29m).
O atrevimento do Boavista não causou mossa no FC Porto e a reação não demorou, mas Mika negou o 2-0 a Herrera (36m), autor do primeiro dos cinco golos apontados pelos Dragões no domingo anterior. Maxi Pereira, numa das muitas investidas pelo corredor direito, ainda colocou em sobressalto a defensiva boavisteira (41m), mas o 1-0 favorável aos azuis e brancos manteve-se inalterável até ao intervalo. O reatamento esteve longe de ser fácil para o FC Porto, que viu o Boavista surgir transfigurado e com uma atitude completamente diferente daquela que demonstrou no primeiro tempo.
À margem do crescimento boavisteiro nos segundos 45 minutos, o FC Porto também teve de resistir ao cartão vermelho direto exibido a Imbula por uma entrada mais dura sobre Reuben Gabriel (68m), que deixou os azuis e brancos em desvantagem numérica ainda com muito tempo para jogar. Sem abdicar de atacar a baliza contrária, o FC Porto cerrou os dentes para defender a sua, mas sofreu muito para carimbar o passaporte para as meias-finais da Taça de Portugal. Já para lá do tempo de compensação indicado por Nuno Almeida, Martins Indi carregou Douglas Abner na área e viu o árbitro da partida assinalar grande penalidade.
Já dentro do sexto minuto dos descontos, o próprio Douglas Abner assumiu a responsabilidade de bater o castigo máximo e viu Helton voar para negar-lhe o golo e o prolongamento. Logo a seguir, Nuno Almeida deu o apito final e Helton não escondeu a emoção de um momento tão importante quanto heróico, fazendo lembrar o que o também guarda-redes Mlynarczyk protagonizou em 1987/88, também nos quartos de final da Taça de Portugal. Após um 2-2 e prolongamento nas Antas, persistiu o 0-0 no Bessa, num jogo de desempate que foi decidido nas grandes penalidades. Mlynarczyk foi o herói, ao fazer o 5-4 e ao parar depois o penálti de Marcos Antônio. Que sensação de déjà vu.» in http://www.fcporto.pt/pt/futebol/fichas-de-jogo/Pages/boavista-fcporto-tacadeportugal.aspx
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