19/12/16

Liga NOS: F.C. do Porto 2 vs Desportivo de Chaves 1 - Mesmo penalizados pela arbitragem, Dragões deram a volta ao Chaves e estão provisoriamente a um ponto da liderança.



«A CHAVE FOI A CRENÇA

Mesmo penalizados pela arbitragem, Dragões deram a volta ao Chaves e estão provisoriamente a um ponto da liderança.
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Quantas equipas são capazes de dar a volta ao marcador depois de uma primeira parte que não corre nada bem e da qual saem em desvantagem? E, simultaneamente, quantas resistem a um golo anulado e um penálti do tamanho da Serra do Marão? Não sabemos a resposta, mas sim que isso não acontece todos os dias e que é preciso muita crença e alma para tal. Esses predicados estiveram presentes esta segunda-feira, no Estádio do Dragão, onde o FC Porto bateu o Chaves, por 2-1, com dois golos marcados no espaço de cinco minutos, pelo suplente Depoitre (72 minutos) e pelo omnipresente Danilo (77), depois de Rafael Lopes, com felicidade, ter aberto o marcador aos 12. E também sabemos que, com estes três pontos, os azuis e brancos vão para as férias de Natal com 34 pontos e estão, pelo menos provisoriamente, a um ponto do líder Benfica na Liga NOS.

Nuno Espírito Santo repetiu o mesmo onze pelo quarto encontro consecutivo, algo que já não se via no FC Porto desde 2005 e que denuncia uma clara estabilidade nos processos da equipa. Com ambas as equipas dispostas em claros 4-4-2, foram os Dragões a começar por cima e a empurrar o Chaves para a sua defesa. Brahimi era o incendiário de serviço e logo aos dois minutos quase marcava, construindo depois várias situações de perigo. O Chaves procurava não se encolher muito no terreno, mas perdia os duelos a meio-campo e era forçado a recuar.

No entanto, aos 12 minutos, chegou ao golo graças a um remate de Rafael Lopes, que aproveitou uma escorregadela de Felipe e viu depois a trajetória da bola alterada por Danilo, traindo Casillas. Os Dragões procuraram continuar a pôr em campo o futebol intenso e de combinações rápidas dos primeiros minutos, mas a verdade é que as coisas nunca mais foram as mesmas. Os flavienses, motivados, conseguiram equilibrar a luta e meio-campo e até superiorizar-se, a espaços. Casillas foi forçado a uma grande defesa, após cabeceamento de Freire, e ainda se aplicou para deter um remate de Braga.

Na segunda parte, era claramente necessária uma maior intensidade por parte dos azuis e brancos e foi isso que viu desde o primeiro instante. Claramente mais intensa e rápida, a equipa causou mais problemas ao Chaves em dez minutos do que em toda a primeira parte. Aliás, até marcou um golo, por intermédio de André Silva, aos 52 minutos, anulado por um fora de jogo inexistente. Quatro minutos depois, foi Corona a forçar António Filipe a uma defesa para a frente e, na sequência do lance, Ponck faz uma falta para penálti sobre Maxi. Como pôde uma carga tão evidente ser ignorada? É mais uma pergunta retórica.

Nuno Espírito Santo jogou todas as cartas que podia e lançou Depoitre para o lugar de Diogo Jota, pouco antes de o guardião do Chaves efetuar mais uma defesa de grande nível, a cabeceamento de Óliver. A pressão não abrandou e, se a justiça existe, ela materializou-se na cabeça de Depoitre (primeiro golo na Liga NOS), que respondeu da melhor maneira a um cruzamento de Alex Telles e incendiou o Dragão. A reviravolta ficaria completa com mais um lance de insistência, que culminou com um espetacular remate de fora da área de Danilo – estreia a marcar esta temporada – e o 2-1 no marcador. Até ao apito final, os portistas souberam preservar o resultado e só sobra mais uma pergunta. Que estádio apoiou, empurrou e motivou a equipa, assobiando apenas as decisões que considerou erradas da equipa de arbitragem e criando um ambiente bem quente, à porta do Inverno? O Dragão, que assistiu a um dos melhores jogos desta edição da Liga.

O FC Porto não perde há 16 jogos, registando o melhor período desde 2012/13 e conseguindo cinco triunfos seguidos, algo que não se via desde março de 2015. O FC Porto ainda está invicto em casa esta temporada, em 13 jogos, e tem só sete golos sofridos na Liga, naquele que é o melhor registo da competição. A prova só regressa em 2017 e até lá há desejos para fazer na passagem do ano: E os portistas sabem bem quais são.

VER FICHA DE JOGO» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/2016%20-%202017/a-chave-foi-acreditar-12-19-2016.aspx


(Reviravolta foi presente de Natal para os portistas)


(FC Porto 2-1 Chaves - após golo do Danilo - arrepiante)

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