«Amarante quer regeneração urbana inspirada no exemplo do Porto
A Câmara de Amarante vai avançar com um projecto de regeneração urbana do centro histórico inspirado no trabalho realizado na cidade do Porto, avançou esta terça-feira o novo presidente do município.
De acordo com José Luís Gaspar (PSD), já houve contactos informais com Rui Quelhas, da Sociedade de Reabilitação do Porto, ao qual foi pedida uma colaboração na elaboração de uma Área de Regeneração Urbana (ARU) que compreenda o centro histórico de Amarante.
“Pretendemos um projecto sustentável e exequível para uma cidade que pode transformar-se num ponto turístico de excelência”, afirmou o autarca.
Para José Luís Gaspar, “faz sentido Amarante olhar para o exemplo de sucesso” do Porto e criar condições para o projecto “avançar rapidamente”.
A ideia é, vincou, criar condições para o aproveitamento eficaz dos fundos do próximo Quadro Comunitário de Apoio, o qual prevê o financiamento daquele tipo de projectos.
O novo chefe do executivo diz não querer que Amarante volte a perder uma oportunidade de beneficiar de apoios para a regeneração urbana, como aconteceu em mandatos anteriores sob gestão socialista, com a requalificação da zona Arquinho, que não foi apoiada por fundos da União Europeia.
Acresce que a área de reabilitação urbana, nos moldes que o novo executivo se propõe promover, vai garantir, numa primeira fase, benefícios fiscais às entidades, nomeadamente do IVA, que passa para os 6%.
Segundo o autarca, os proprietários podem arrendar os seus imóveis, obtendo benefícios em termos fiscais, nomeadamente de IRS ou IRC, o que reforça a atractividade deste programa.
A regeneração urbana será um projecto estruturante para uma cidade com grande potencial turístico, mas que, como acontece com o Porto, também apresenta um centro histórico rico, mas envelhecido, “que só tem a ganhar se for reabilitado”, defendeu.
Em declarações à Lusa, o presidente social-democrata disse querer que os técnicos da autarquia ajudem neste processo de regeneração urbana, por serem competentes e por conhecerem bem a cidade.
A regeneração passa também por intervir na zona do Rossio, na margem direita do rio Tâmega, o que permitirá a Amarante, destacou José Luís Gaspar, “voltar-se de novo para o Tâmega”, aproveitando as vantagens da desativação da ETAR.
“Não podemos viver de costas voltadas para o rio”, disse.
Aproximação ao Tâmega
Para aquela zona da área urbana existe, há alguns anos, um projecto de construção de uma ponte pedonal ligando ao parque florestal, na margem esquerda, além de outros equipamentos, incluindo áreas de estacionamento. A construção de uma segunda ponte pedonal, a montante, na zona do parque de campismo, ligando à Costa Grande, é outra ideia que o autarca se propõe concretizar, embora num horizonte que vai para além deste mandato, reconheceu. As 2 infra-estruturas melhorariam a ligação entre as 2 margens, criando um circuito que os turistas também apreciariam.
Com o mesmo propósito de aproximação ao Tâmega, a autarquia quer assumir a gestão do parque florestal, actualmente na dependência dos organismos do Estado, mas que já manifestaram abertura em relação à pretensão do município.
José Luís Gaspar propõe-se avançar com um projecto de reabilitação dos equipamentos que existem no parque, tornando-o mais atractivo para a população da cidade.
A aquisição de um terreno contíguo, de propriedade privada, para alargamento do parque, é outra possibilidade que o novo presidente da Câmara se propõe explorar neste mandato.» in http://porto24.pt/porto/05112013/amarante-quer-regeneracao-urbana-inspirada-no-exemplo-do-porto/#.UnlJxHDIZGQ
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