16/11/13

Justiça - Narciso Miranda, a filha Adriana e um ex-assessor da empresa Conforlimpa, Paulo Ferreira, foram alvo de buscas da Polícia Judiciária, na semana passada, segundo o SOL apurou, foram constituídos arguidos por crimes de peculato e participação económica em negócio e recusaram prestar declarações.



«Narciso Miranda arguido por peculato (SOL)

Narciso Miranda, a filha Adriana e um ex-assessor da empresa Conforlimpa, Paulo Ferreira, foram alvo de buscas da Polícia Judiciária, na semana passada. Segundo o SOL apurou, foram constituídos arguidos por crimes de peculato e participação económica em negócio e recusaram prestar declarações.

As diligências foram ordenadas pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Porto, que investiga indícios de que o ex-presidente da Câmara de Matosinhos usou em proveito próprio verbas de uma instituição de utilidade pública a que presidiu, a Associação de Socorros Mútuos de São Mamede de Infesta, naquele concelho.

Contactado pelo SOL, Narciso Miranda confirmou as diligências judiciais, mas não quis fazer declarações, invocando o segredo de justiça: “Não quero, de forma alguma, contribuir para a sua perturbação”.

Em causa estão denúncias de que se apropriou de 63 mil euros daquela associação, de cuja presidência se demitiu há dois anos e meio, quando foi confrontado por outros dirigentes com as irregularidades detectadas. Narciso é suspeito de ter dirigido um estratagema, segundo o qual receberia da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte as comparticipações de milhares de requisições de exames médicos, que na verdade não eram realizados pela associação. Uma médica terá fornecido vinhetas para a falsificação dos pedidos de exames.

Na investigação, apurou-se que foi constituída uma empresa detida por um antigo apoiante de Narciso e pela filha, Adriana Miranda, que prestava serviços de consultadoria na área da saúde à associação de S. Mamede de Infesta, a troco de 2.500 euros por mês. Dois cheques totalizando 17.500 euros, pagos à empresa AP-Gestão, serviram, por sua vez, para a mesma quantia ser transferida para a empresa 111 Arquitectos – detida a 80% por Narciso, sendo o restante capital social dividido pelas filhas Adriana e Vanda, ambas arquitectas e funcionárias nas câmaras de Matosinhos e de Gaia, respectivamente.

Narciso Miranda está ainda a ser investigado num outro inquérito, por suspeitas de se ter apropriado de cerca de 30 mil euros da associação Matosinhos Sempre, a base da sua candidatura às eleições autárquicas de 2009, em que foi derrotado.

online@sol.pt? in http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=92651

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