«Bruxelas condena “assassinato bárbaro” de jornalistas franceses
Dois jornalistas de uma estação de rádio francesa foram raptados e mortos na localidade de Kidal, no Mali. Tinham acabado de entrevistar um líder político local.
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, manifestou-se este domingo indignado com o “assassinato bárbaro” de dois jornalistas francesas no Mali, no sábado.
“Recebemos a notícia com tristeza e indignação”, declarou à Radio France Internationale (RFI), estação à qual pertenciam os dois repórteres mortos a tiro.
O responsável europeu aproveitou ainda para destacar “o grande esforço” da RFI na cobertura da realidade nas zonas de conflito, sobretudo em África.
“Este esforço de reportar a verdade tão perto dos factos quanto possível fortalece a nossa convicção para lutar contra o terrorismo”, declarou Durão Barroso.
O homicídio também já foi condenado pelo Conselho de Segurança da ONU.
Os jornalistas Ghislaine Dupont e Claude Verlon foram encontrados mortos depois de terem sido sequestrados por homens armados na cidade de Kidal, no norte do Mali.
Ambos tinham viajado no sábado para entrevistar o porta-voz do grupo separatista tuaregue Movimento para a Libertação de Azawad e foram raptados perto da casa deste.
O entrevistado, Ambeiry Ag Rhissa, contou à agência noticiosa Reuters que os dois repórteres tinham acabado de sair de sua casa quando ouviu “um barulho estranho”.
“Imediatamente, saí para ver e, quando abri a porta, um homem com um turbante apontou-me uma arma e disse-me para voltar para dentro”, relatou.
Os jornalistas foram obrigados a entrar num jipe, que chegou a ser seguido pelas autoridades locais, mas sem sucesso.
Os corpos foram encontrados baleados a 12 quilómetros de Kidal.
Em comunicado divulgado no sábado, os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas “expressaram as suas condolências às famílias das vítimas” e ao Governo francês.
Um comunicado do Presidente francês, François Hollande, considerou o homicídio “desprezível” e o Ministério dos Negócios Estrangeiros disse estar a trabalhar com as autoridades do Mali para perceber as circunstâncias das mortes.
O Ministério da Defesa, por seu lado, refere que os jornalistas tinham sido, poucos dias antes, aconselhados a não viajar para a região por motivos de segurança e que os militares franceses se tinham recusado a levar os repórteres a Kidal.» in http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=26&did=127975
(Jornalistas franceses são assassinados no Mali)
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