«ADRIÁN MONTOU A FORCA
Quatro golos do avançado espanhol na goleada do FC Porto sobre o Vila Real (6-0), na terceira eliminatória da Taça de Portugal.
Quase 30 anos depois, o FC Porto regressou ao Complexo Desportivo Monte da Forca e voltou a mostrar que por aquelas zonas do Marão nem sempre mandam os que lá estão. À semelhança do que aconteceu nas três ocasiões que ali jogou, saiu de lá com uma vitória, desta vez, por 6-0, como sempre saiu dos duelos com os transmontanos, que remontam aos primórdios do futebol português. Adrián López apontou quatro golos que ajudaram a carimbar o acesso aos 16 avos de final da Taça de Portugal e, por isso, foi a figura do jogo, como outrora foram Norman Hall ou Mihtarski na história que une os dois emblemas.
Como admitiu Sérgio Conceição na conferência de imprensa de antevisão, a preparação para a estreia na Taça em 2018/19 foi condicionada pelos compromissos das seleções, que subtraíram 11 jogadores do plantel, que apenas ficou completo na véspera. E foi por isso, sem surpresas, que o treinador apresentou uma equipa bem diferente daquela que iniciou o clássico com o Benfica: sete alterações e a estreia absoluta dos dois últimos reforços do defeso, o lateral-esquerdo brasileiro Jorge e o médio holandês Bazoer. Entraram ainda Fabiano, João Pedro, André Pereira e Adrián.
Num jogo que já se perspetivava desequilibrado, perante um adversário de um escalão não-profissional (terceiro classificado da Divisão de Honra da Associação de Futebol de Vila Real), o FC Porto tratou de acentuar as diferenças bem cedo para resolver depressa a questão, até porque se avizinham tempos intensos de combate. Ao primeiro quarto de hora, já ganhava por 2-0, com dois golos apontados por Adrián (7m e 14m) que, em cima do intervalo, fez questão de reforçar o protagonismo naquela noite. O espanhol precisou de 38 minutos para assinar o hat-trick, na conversão perfeita de um livre (45+2m) a castigar uma falta de Babo sobre Bazoer, quando o holandês se preparava para ficar cara a cara com o guarda-redes, o que valeu o cartão vermelho direto ao defesa transmontano.
Os Dragões chegavam ao intervalo com uma vantagem confortável, que até podia ter sido mais dilatada, porque oportunidades para isso não faltaram, e ainda viram o árbitro negar-lhes uma grande penalidade de Edu sobre André Pereira (44m). E se a missão para os vila-realenses já era, à partida, (muito) difícil, ainda mais ficou quando foram obrigados a jogar mais de 45 minutos em inferioridade numérica, reforçando a supremacia azul e branca e o sentido único da partida.
A baliza de Murta, que ainda assim evitou que o resultado fosse ainda mais desnivelado, era o único alvo. Na segunda parte foi Soares quem começou por alvejá-lo com êxito (49m), depois foi André Pereira (61m), para a mão-cheia, e a seguir foi Adrián, que não quis despir o fato de herói, assinou o póquer para se chegar à meia dúzia (66m), fechando o marcador de um jogo em que o FC Porto adotou sempre uma postura séria e competente, que cedo roubou ao Vila Real o sonho de ser tomba-gigantes.
A Taça de Portugal regressa ao calendário no fim de semana de 24 e 25 de novembro, agora é tempo de a equipa de se preparar o jogo da próxima quarta-feira (20h00), na Rússia, diante do Lokomotiv Moscovo, para a segunda jornada do Grupo F da Liga dos Campeões.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20181020-pt-adrian-montou-a-forca
Highlights | Resumo: Vila Real 0-6 FC Porto (Taça de Portugal 19/10/2018)
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