«TROFÉU DA LIGA EUROPA EM EXPOSIÇÃO NA TORRE DOS CLÉRIGOS
"Histórias na Cidade": o Museu FC Porto espalha-se pela Invicta.
Os 125 anos do FC Porto e o quinto aniversário do Museu FC Porto são o mote para a iniciativa "Histórias na Cidade", que leva até ao coração da Invicta algum do espólio azul e branco em 24 pontos selecionados, todos eles com muitos factos e curiosidades para conhecer, entre 26 de setembro e 26 de outubro. Um autêntico roteiro, de visita gratuita, que parte da Baixa e percorre o Porto, com os desígnios do dragão e a história do FC Porto como pano de fundo.
7. Torre dos Clérigos
“Aleluia”. O poema de Pedro Homem de Mello que inspirou o famoso discurso de André Villas-Boas na Gala dos Dragões de Ouro, em 2011, é um ponto de ligação entre a Torre dos Clérigos e o FC Porto.
Escrito em 1970 como dedicatória ao clube, o poema foi imortalizado num painel de azulejos colocado à entrada para a zona dos balneários do antigo Estádio das Antas. Quando se avançou para a demolição, em 2004, houve a ideia de preservar o painel, que atualmente se encontra em exposição no Museu FC Porto.
Num texto pleno de expressões que se tornaram referências do portismo, o autor, em 1975, explicou ao jornal “O Porto” o motivo da obra: “É simples! O FC Porto pertence à cidade como pertence a Torre dos Clérigos… Ao nome deste clube está ligada não apenas a minha terra natal, mas a terra que mais fortemente marcou a vida que me fez poeta”.
A iniciativa “Histórias na Cidade” leva até à Torre dos Clérigos o troféu da Liga Europa. O FC Porto é o único clube português que o inclui no seu palmarés e logo por duas vezes: em 2003 e 2011. Nesta última, foi conquistado precisamente pelo homem que recuperou o poema desde a origem ligado ao FC Porto. Afinal, foi André Villas-Boas um dos homens que melhor fez avançar a bandeira...
“Azul, branca, indomável, imortal
Como não pôr no Porto uma esperança
Se ‘daqui houve nome Portugal’?”
Outros pontos do roteiro "Histórias na Cidade":
"POEMA «ALELUIA» DE PEDRO HOMEM DE MELLO
Dúvida? Não, mas luz, realidade,
E sonho que na luta amadurece:
O de tornar maior esta cidade
Eis o desejo que traduz a prece.
Só quem não sente o ardor da juventude poderá vê-la de olhos descuidados,
Porto - palavra exacta, nunca ilude
Renasce nela a ala dos namorados.
Deram tudo por nós esses atletas
Seu trajo tem a cor das próprias veias e a brancura das asas dos poetas
Ó fé de que andam as nossas almas cheias
Não há derrotas quando é firme o passo
Ninguém fala em perder, ninguém recua
E a mocidade invicta em cada abraço,
A si mais nos estreita: a pátria é sua!
E de hora a hora cresce o baluarte
Vejo a Torre dos Clérigos às vezes
Um anjo dá sinal quando ele parte
São sempre heróis, são sempre portugueses
E azul e branca essa bandeira avança
Azul, branca indomável, imortal
Como não pôr no Porto uma esperança
Se “daqui houve nome Portugal”?"
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