«DE MOSCOVO, COM AMOR
24 DE OUTUBRO DE 2018 21:10
FC Porto derrotou o Lokomotiv (3-1) na capital da Rússia, onde sempre ganhou, e é líder isolado do Grupo D da Champions.
Da Rússia, Com Amor, de Ian Fleming, é o título do quinto romance da série James Bond, publicado em 1957 e mais tarde adaptado para cinema. E é uma história de amor aquela que o FC Porto escreve em Moscovo desde 2004, ano em que, como campeão europeu, lá jogou pela primeira vez. Na noite desta quarta-feira, conquistou a quinta vitória em outras tantas possíveis na capital russa, desta vez num duelo inédito com o Lokomotiv, que lhe vale o primeiro lugar isolado no Grupo D da Liga dos Campeões, quando estão cumpridas três jornadas. Marega, Herrera e Corona marcaram os golos e Iker Casillas defendeu um penálti no dia em que cumpriu o 170.º jogo na competição, o 125.º com a camisola azul e branca.
O guarda-redes espanhol foi um dos jogadores que regressou a um onze renovado, no qual se mantiveram apenas quatro tiulares na deslocação a Vila Real (6-0), na estreia na Taça de Portugal. Casillas nem teve muito trabalho ao longo de um encontro em que os Dtagões foram quase sempre superiores, mas quando teve a oportunidade de brilhar não a deixou escapar. E ela apareceu bem cedo, logo aos dez minutos, quando voou para defender de forma magistral uma grande penalidade que Manuel Fernandes tentou converter (10m).
Os portugueses do Lokomotiv ficaram, aliás, intimamente ligados à história da primeira parte. Um quarto de hora depois, foi Éder o protagonista: o autor do golo que deu a vitória à seleção portuguesa no Euro 2016 empurrou Felipe dentro da área e colocou Marega na marca dos 11 metros. O internacional maliano foi melhor do que o internacional português e não deu hipóteses a Guiherme, assinando o segundo golo nesta edição da competição (26m), depois daquele que valeu a vitória sobre o Galatasaray, no Estádio do Dragão, na jornada anterior.
Até aí, os campeões russos tinham estado mais perto de inaugurar o marcador - primeiro de penálti e depois numa jogada salva a dois tempos por Alex Telles (18m) -, mas voltaram a sofrer: Corona cruzou de forma milimétrica para a zona do segundo poste, onde apareceu Herrera a cabecear como manda a lei e a dilatar a vantagem portista (35m). A precisar urgentemente de uma vitória para se relançar na luta pelo apuramento, o Lokomotiv via-se perante um cenário que, ao intervalo só não era tão negro porque, três minutos depois, Anton Miranchuk, servido pelo irmão Aleksey, reduziu para 2-1 (38m).
Tal como no primeiro, o FC Porto entrou melhor no segundo tempo, mas não precisou de tanto tempo para marcar, cerca de dois minutos: Brahimi assistiu para Corona fuzilar (47m) e concluir, com êxito e classe, um contra-ataque mortífero dos portistas, que revelavam, nesta altura, uma pontaria assinalável - três golos em quatro remates na direção da baliza, naquela altura. Era um rude golpe para os moscovitas que, ainda assim, não atiraram a toalha ao chão e tentaram reentrar na discussão do resultado: marcaram um golo, invalidado por fora de jogo, e foram capazes de levar perigo à baliza de Casillas, mas nem Éder, Denisov ou Aleksei Miranchuk foram tão eficazes como foram Marega, Herrera ou Corona. A diferença também esteve aí, na eficácia, e isso, na Champions, sabemos que é de ouro.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20181024-pt-de-moscovo-com-amor
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