"Corre, árvore…
Vai dizer ao mundo a tua sorte,
A dor à noite de um monte,
E à terra presa o teu cansaço.
Corre, árvore…
Tomba ao sabor do vento norte,
E ao sol que deixa o horizonte,
A dança dos teus ramos em abraço.
Corre, árvore…
Atrás das folhas da saudade,
Que foram a sombra no caminho,
Dos homens de campo dolorido.
Corre, árvore…
Voltaram as flores da tua idade,
E à primavera de um ninho,
O desejo de um fruto proibido.
Corre, árvore...
És mulher."
Eugénio Mourão.
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