13/03/14

Liga Europa: F.C. do Porto 1 vs Nápoles 0 - Jackson Martinez, com um pontapé acrobático de pé esquerdo, aos 57 minutos, que derrubou a estratégia conservadora do treinador espanhol do Nápoles, Rafael Benitez, apostado em explorar eventuais erros azuis e brancos.



«JACKSON DERRUBOU ESTRATÉGIA DE BENITEZ

Quaresma tinha dito na conferência de imprensa de antevisão do jogo que, no Dragão, qualquer adversário é para "derrubar". E foi Jackson, com um pontapé acrobático de pé esquerdo, aos 57 minutos, que derrubou a estratégia conservadora do treinador espanhol do Nápoles, Rafael Benitez, apostado em explorar eventuais erros azuis e brancos. O 23.º golo do colombiano em jogos oficiais esta época valeu uma preciosa vitória por 1-0 na primeira mão desta eliminatória, em que os Dragões, sob o novo comando de Luís Castro, se apresentaram mais pragmáticos e concentrados.

O FC Porto apresentou um "onze" praticamente idêntico ao do jogo anterior, frente ao Arouca (apenas Abdoulaye, que não pode jogar na Liga Europa pelos Dragões, cedeu o lugar a Alex Sandro, regressando Mangala ao posto de central), enquanto o Nápoles denunciou a sua atitude cautelosa pela colocação do defesa-central Henrique (uma contratação de Inverno) como parceiro de Behrami num duplo-pivô defensivo.

A primeira parte desenrolou-se essencialmente a meio-campo, com os italianos a recuar dez homens para trás da linha da bola e o FC Porto sem circulação suficientemente rápida para "sufocar" o Nápoles, que também não conseguiu dar profundidade ao contra-ataque. Apesar deste jogo "atado", couberam ao FC Porto as duas únicas situações de perigo: aos 12 minutos, Carlos Eduardo serviu Jackson na grande área e o colombiano proporcionou uma grande defesa a Reina; aos 20, após um primeiro remate de Defour, os papéis invertaram-se e foi Jackson a servir a cabeça de Carlos Eduardo. A bola entrou na baliza mas não foi golo, porque o lance foi invalidado devido a um fora-de-jogo fantasma, que só o assistente parece ter descortinado.

Depois do intervalo, os Dragões pareceram ter percebido que era necessária uma maior intensidade para obrigar a defesa napolitana a errar. Logo nos primeiros cinco minutos, os italianos passaram por dois calafrios: primeiro Fernando rematou a uns 25 metros da baliza e obrigou Reina a um voo para atirar a bola para canto; aos 50 minutos, Quaresma também atirou de fora da área, mas ao lado. O encontro finalmente "abriu" e o Nápoles dispôs de três situações quase consecutivas em que poderia ter inaugurado o marcador, por intermédio de Higuaín, Albiol e Callejón. Valeu Helton e alguma sorte, que tinha faltado precisamente aos azuis e brancos na primeira parte.

No momento mais difícil do encontro, acabou por ser o FC Porto a marcar: aos 57 minutos, um canto apontado por Quaresma acabou por ir ter ao pé esquerdo de Jackson, que disparou de primeira para o 1-0. O 23.º golo era essencialmente justificado por aquilo que o FC Porto tinha feito na primeira parte e permitiu aos Dragões gerir o encontro de outra forma, privilegiando a segurança e procurando explorar eventuais falhas do adversário. Só aos 74 minutos Rafael Benitez mexeu no "onze" italiano, arriscando mais um pouco e colocando Mertens ao lado de Higuaín no ataque.

O feitiço de Benítez, que veio ao Dragão em busca do empate e do erro contrário, poderia ter-se mesmo virado contra o feiticeiro, porque o FC Porto esteve muito perto de aproveitar este balanceamento mais ofensivo do Nápoles, com Ghilas e Quintero, aos 82 minutos, a ficarem muito perto do segundo golo, que certamente permitira uma estratégia mais folgada na viagem a Nápoles. Em Itália, Alex Sandro será baixa por ter visto um cartão amarelo, mas, ainda assim, a perspectiva é positiva:há seis jogos consecutivos que o FC Porto sofria golos e desta vez o registo de Helton foi limpo.

Ficha do Jogo» in http://www.fcporto.pt/pt/futebol/fichas-de-jogo/Pages/FC-Porto-Napoles.aspx


2014.03.13 (18h00) - FC Porto 1-0 Napoli

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