(A fonte dos Golfinhos)
(A Fonte do Silêncio)
(A fonte da Carranca)
"A uma fonte que secou
Com teus brandos murmúrios embalaste
O decorrer dos meus primeiros dias.
E pelos teus gemidos os contaste;
Eu era então feliz e tu sofrias.
As minhas velhas árvores regaste,
O meu jardim de Abril reverdecias
E, quando as tuas lágrimas choraste,
Como a dor que hoje sofro, entenderias!
Mas, ai, tudo mudou! Longa estiagem
Bebeu, a arder em febre, as tuas águas;
Versos de água cantando a minha imagem.
Raios de sol que as fontes evaporam,
Levando para Deus as suas máguas,
Secai também os olhos dos que choram!"
(in Terra Proibida, Teixeira de Pascoeas)
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